Era o jogo em que falhar significava o fim de linha para qualquer aspiração que o Vitória ainda possa ter no presente campeonato.
Frente ao Rio Ave, actual quinto classificado que entrou em campo com mais dez pontos que o Vitória, qualquer outro resultado que não o triunfo significaria a impossibilidade de chegarmos a um quinto lugar que mesmo assim se mantém remoto.
Mas mantém.
Porque este Vitória de Peseiro é melhor que o Vitória de Pedro Martins e de jogo para jogo os resultados e as exibições tem vindo a prová-lo de forma inequívoca mantendo a equipa ainda com um objectivo para a época.
Há que dizer que o Rio Ave entrou melhor, criou duas ou três oportunidades que Miguel Silva e a defesa resolveram, e durante os primeiros minutos dominou o jogo perante um Vitória que demorou algum tempo a encontrar-se e a por ordem no assunto.
Mas pôs.
Defendendo bem, conseguindo fazer uma boa ligação defesa-ataque e atacando com mais unidades do que era habitual num passado recente o Vitória ganhou o domínio do jogo e começou a criar oportunidades de golo junto da baliza forasteira.
Rafael Martins marcou, mas o golo foi anulado depois de o fiscal de linha levar uma eternidade a assinalar um fora de jogo existente, e depois o Vitória fez quase de rajada três golos que sentenciarem a partida.
Todos de cabeça,uma curiosidade, sendo o primeiro a meias entre Rafael Miranda e o rio avense Marcelo o segundo por Jubal na sequência de um canto marcado por Matheus Oliveira (outro aspecto em que a equipa melhorou claramente foi no "trabalho de casa" nos lances de bola parada)e para o terceiro ficou guardado o melhor momento do jogo quando depois de uma esplêndida jogada de Heldon surgiu a adequada finalização de Rafael Martins.
Na segunda parte com o jogo em ritmo mais baixo o Vitória geriu a vantagem mas ainda assim podia ter feito mais um ou dois golos enquanto o Rio Ave nunca deu a sensação de poder contrariar o maior poderio vitoriano dando a este jogo o que devia ser o retrato do campeonato e não é.
Tempo ainda para a habitual aposta sem retorno em Sturgeon (nisso Peseiro repete P.Martins) e para a incompreensível entrada de Whelton aos 91 minutos(!!!) com a equipa a ganhar por três golos e portanto sem que o queimar tempo fosse a razão da substituição.
Creio que Peseiro errou a dobrar porque meter um jogador naquela altura e naquelas condições apenas serve para o desmoralizar e ainda por cima sujeitou Hurtado à habitual vaia quando por mais um minuto ela podia ter sido evitada.
Espero que o treinador vitoriano meta a mão na consciência e não volte a repetir um erro tão fácil de evitar.
Faltam agora cinco jogos e o objectivo Europa continua muito distante face à quantidade de equipas que estão entre o quinto lugar ocupado, pelo Rio Ave e Marítimo, e o nono em que o Vitória se encontra bem como à diferença de sete pontos que é significativa com tão poucos jogos para fazer.
E por isso o melhor é ir fazendo contas jornada a jornada.
Jorge Sousa e os assistentes (especialmente o do lado da bancada nascente) fizeram um trabalho irregular mas sem influência no resultado.
Depois Falamos.
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