domingo, abril 30, 2006

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"A imaginação é a visão da alma"

Joseph Joubert

Mordaças ?

É apenas uma reflexão ao sabor do dia,nada mais do que isso,mas não pode deixar de ser feita.
Já atrás tive oportunidade de escrever sobre todos os pormenores recambolescos que caracterizaram a tentativa de impedir a candidatura de Jose Alberto Pereira Coelho á liderança do PSD.
Ontem,depois de um esforço notável conseguiu regularizar o processo (se é que ele estava irregular...) e entregou mais 700 e muitas assinaturas.
A comunicação social de referência esteve presente e assistiu.
Pese embora RTP e TVI se terem ausentado,com base em informações desmobilizadoras(mais uma vergonha !) ainda antes da chegada do candidato.
A SIC entrevistou-o em directo (na Sic Noticias) e ao longo da noite passou varias vezes a peça.
Os outros canais televisivos nem uma palavra !
Hoje os jornais de referência,Publico,Diario de Noticias e Jornal de Noticias,nem ao assunto se referem.
É um manto de silêncio sobre a candidatura.
Pelos vistos o Jose Alberto Pereira Coelho está a incomodar muita gente;dentro e fora do PSD.
O que não deixa de ser curioso...
Depois Falamos

O Dia D

É hoje o dia em que o Vitória,e os seus milhares de incondicionais adeptos,vão saber em que divisão actuarão na próxima época.
Depois de uma longa agonia,que se prolonga desde práticamente a 1ª jornada do campeonato,em que aos momentos de ligeiras melhoras se sucederam crueis desilusões, já não é possivel adiar mais o destino.
Pese embora as profissões de fé,muito mais oriundas do coração do que da razão,o haver quem acredite que uma vitória hoje (já de si altamente improvável)adiará a decisão para a próxima jornada,e mais algumas mirabolantes soluçoes que impeçam a despromoção,a verdade é que o Vitória está numa situação completamente desesperada e do meu ponto de vista irreversivel.
Parece incrivel,custa imenso a acreditar,que uma equipa que parecia ter todas as condições para atingir o sucesso tenha mergulhado neste pesadelo e neste autêntico buraco sem fundo.
Gostava de ter mais esperança,de acreditar num milagre de ultima hora,mas confesso que este D do dia me parece irreversivelmente o D de descida !
Como é possivel ?
Depois Falamos

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"I´m a poor lonesome cowboy"

Lucky Luke

Uma Questão de Honra


Estaremos todos,mais ou menos,de acordo que quando foram aprovadas as directas como método de eleição do lider do PSD ,ninguém estaria a pensar numa disputa entre Marques Mendes e Jose Alberto Pereira Coelho.
Sabia-se que o primeiro,eleito em Pombal,seria sempre candidato mas pensava-se noutras figuras como alternativas.
Por razoes diversas,que agora pouco importam,ninguém se perfilou e MM parecia avançar numa corrida solitária.
Que,aliás,os politicamente correctos e os "salta pocinhas" aproveitaram para imediatas juras de amor eterno.
Eis senão quando,com o espirito de irreverência que sempre o caracterizou,JAPC resolve impedir o estender de passadeira vermelha e o plebiscito anunciado e apresenta-se como candidato.
Admito,como humilde observador do processo,que se calhar nunca se saberão todas as razoes que estiveram na origem do seu avanço,mas em boa verdade também pouco importa.
Sem a máquina do partido,sem a notoriedade do oponente,sem o lastro da comunicação social,sem acesso a documentos tão elementares como os cadernos eleitorais, lá foi fazendo um caminho, que admito dificil, de recolha das 1500 assinaturas para formalizar a candidatura.
E a verdade é que o conseguiu.
Claro que o "sistema" não gosta de ser perturbado e numa conferência fulminante de processos de candidatura,apurou que enquanto o processo de MM estava em ordem (claro,sabiam quem tinha e nao tinha quotas pagas !) o de JAPC tinha cerca de 500 subscritores irregulares por falta de pagamento de quotas e outros problemas menores.
Ou seja,das 1700 subscrições entregues só 1200 estavam regulares.
Misericordiosamente foi-lhe dado um prazo de dois dias para regularizar o processo.
Entretanto,e começando inacreditavelmente pelo proprio presidente do conselho de jurisdição (inacreditavelmente para quem não o conhecer entenda-se)começou,ou continuou,um processo de tentar descredibilizar a candidatura.
Passou-se para a opinião publica a história da falta de pagamento de quotas,das moradas erradas e até de uns "mortos" que seriam subscritores da candidatura.
Simultâneamente para a imprensa passaram a informação de que as assinaturas teriam sido essencialmente recolhidas em Gaia,Gondomar e Oeiras.
Informação que só os serviços que procederam á conferência dos processos podiam ter como é óbvio.
E ,digo eu,como se os militantes dessas concelhias não fossem tão dignas de subscreverem candidaturas como quaisquer outros.
Cereja em cima do bolo,o jornal oficioso do "mendismo" (O Expresso) tentava de forma grotesca vender a ideia de que Luis Filipe Menezes estaria por detrás da candidatura de JAPC.
Enfim,um nojo imenso,métodos indignos da história do partido e um sinal claro do estado a que isto chegou !
Vale que as bases,as tais de quem todos falam mas quase nenhuns respeitam,souberam responder e em apenas dois dias JAPC terá arranjado mais cerca de 800 assinaturas e será candidato á liderança do PSD.
Seja qual for o resultado que venha a obter,louve-se a coragem e o espirito de serviço ao partido face a todas os obstaculos que lhe puseram no caminho.
A sua candidatura transformou-se numa verdadeira questão de honra para todos aqueles que entendem o PSD como um partido de gente livre.
Depois Falamos

sábado, abril 29, 2006

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"Amor é fogo que arde sem se ver"

Luis de Camões

Trabalho Politico...


Noite dentro,pela A1 fora,de facto há coisas que não mudam,ou se quiserem há velhos habitos que felizmente vão retornando.
Pese embora uma vaga e indefinida inquietaçao...
Para uma brevissima reflexao politica.
Ainda sobre os deputados faltosos e as desculpas que foram arranjando.
A ultima que conheço é a velha chapa 4 das justificações para faltas;trabalho politico !
No caso,quatro ilustres deputados que justificaram a famosa falta a sessao de 12 de Abril argumentando com a consabida desculpa que no caso remetia para um jantar partidário na Trofa.
Nao olvidando a importancia do trabalho partidario,não me parece bem é que ele ganhe primazia sobre o trabalho parlamentar em função do qual são,aliás,remunerados.
Especialmente quando dois dos presentes,usando o estatuto partidário que detém tinham garantido equidistância em relação disputa pela liderança no partido.
Afinal a equidistância foi participarem num jantar de um dos candidatos e ainda usarem o facto para justificarem a ausencia a um dever parlamentar.
Realmente há pessoas com uma grande imaginação...
Depois Falamos

quinta-feira, abril 27, 2006

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"A maior lição da vida é que,ás vezes,até os tolos tem razão"

Winston Churchill

E esta heim ?


Diria o saudoso Fernando Pessa se lhe fosse dado observar o panorama que se oferece ao PSD para as proximas e primeiras (quiçá ultimas ???) eleiçoes directas para a liderança.
Depois de em Pombal, Luis Marques Mendes (MM) ter criticado as directas e de Luis Filipe Menezes (LFM) as ter defendido, a vitória do primeiro no referido congresso levou a que essa fundamental reforma estatutária tivesse levado o caminho que ...levou !
Um congresso para alteração de estatutos marcado a correr,nos prazos minimos,vedando aos militantes o direito a um debate tão amplo e abrangente quanto possivel; um congresso mais pequeno do que o normal em que o espaço ao debate não era seguramente a primeira das prioridades dos seus organizadores e,finalmente,um resultado surpreendente que foi a aprovação das directas no modelo defendido por LFM e não no consagrado na proposta de MM.
Conclusão: Directas marcadas,outra vez a correr,outra vez apressadamente,e o cenário de um candidato unico a disputá-las.
LFM,por razões já publica e suficientemente explicadas,entendeu não ser candidato e muitos dos que o criticaram por não avançar...também não o fizeram !
Pior,não o fizeram agora nem o fizeram nunca ,porque há gente neste partido que só serve para ser levada ao colo,não tem,definitivamente,perninhas para andarem por si próprios !
Face a este cenário (que era virtual embora poucos o soubessem) foi uma delicia ver os politicamente correctos,os "salta pocinhas", os oportunistas de todas as horas perfilarem-se atrás de MM com as juras de amor eterno mais hipócritas a que me foi dado assistir nos ultimos anos.
Largos anos !
São poucos,muito poucos,os que tendo apoiado outras candidaturas no passado,tiveram a elementar dignidade de se manterem arredados desta novissima "Brigada do Reumático" que se precipitou ,como uma manada de gnus enlouquecida, para a rua de S.Caetano á Lapa no terror de que MM não reparasse na sua fidelidade,no seu entusiasmo,no seu apoio fraterno.
Fraterno na versão Caim-Abel,naturalmente !
Eis senão quando,emergindo la do meio das bases,aparece a candidatura do Jose Alberto Pereira Coelho (o Ze Beto em linguagem laranja) a disputar a liderança com MM.
Que chatice !
Agora vai ser preciso discutir,debater,expor ideias.
Agora num sinal de respeito pelas bases,perante quem todos os candidatos são iguais,vai ser preciso aceitar debates televisivos em que todo o País saberá,e verá,quem são as alternativas de liderança no PSD.
Após estas directas,em que pela primeira vez as bases tem um candidato delas oriundo,julgo que nada será como dantes no PSD.
Depois Falamos

quarta-feira, abril 26, 2006

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"So se vê bem com o coração,o essencial é invisivel para os olhos"

Antoine de Saint Exupéry

terça-feira, abril 25, 2006

O "Meu" 25 de Abril


Faço parte de uma geração que viveu com alguma intensidade o 25 de Abril. Á data,nos meus catorze saudosos aninhos, fazia parte de um grupo de jovens que no Liceu de Guimaraes,sem preocupaçoes nem conhecimentos politicos,mas curiosidade pelo mundo que nos rodeava já nos iamos apercebendo que o "rei ia nu".
Falava-se timidamente de politica,apercebiamo-nos que nos mais velhos e necessariamente mais politizados havia um desasossego permanente,motivado certamente pela perspectiva que se ia aproximando da ida para a guerra em Africa,mas tambem por leituras proibidas e "agitações" subversivas á nossa pequena escala do género de escrever umas coisistas nas paredes das casas de banho ou distribuir uns panfletozitos.
Diria o meu amigo Pedro que era uma "intifada" já a germinar !
No dia 25 de Abril,recordo-me que só para o fim da tarde fomos ouvindo falar de que se tinha passado qualquer coisa em Lisboa mas de contornos vagos e imprecisos.
Depois os noticiarios,os jornais,os comunicados do MFA, enfim durante essa noite ficamos esclarecidos.
Tinha-se dado uma revolução.
No dia 26, no Liceu,ainda houve,tanto quanto me lembro a primeira aula da manha,mas a partir daí a situação tornou-se incontrolável.
Orientados pelos mais velhos (semanas mais tarde perceberiamos que militantes do MRPP e da UEC) reunimos no recreio e decidimos fazer uma manifestação pelas ruas da cidade.
Lá fomos corredores fora rumo á saida,engrossando a hoste a a cada sala de aulas porque passavamos e mesmo a saida,já centenas,depararamos com o vice reitor e dois ou tres funcionários a tentarem barrar a saida.
E recordo-me,como se fosse hoje,do curtissimo diálogo então travado em clima de enorme tensão:
"Aconselho-os a que voltem as aulas" palavras do vice reitor.
"Aconselhamo-lo a sair da frente" resposta da multidão.
Resta dizer que o então vice reitor,dr Daniel Marques Mendes,pessoa aliás estimável,acatou a "sugestão" dos alunos.
Penso muitas vezes que o choque com "esse" Marques Mendes,no 25 de Abril de 1974,viria a ter algo de premonitório em relação a outros choques do futuro...
Se bem me lembro, o actual lider do PSD,também estava nesse grupo de alunos que forçou a saida do Liceu de Guimaraes.
Curiosidades !
Depois sim foi a manifestação.
Percorreu as ruas da cidade,foi a outras escolas buscar alunos (lembro-me bem da aflição que foi num colégio de religiosas para não deixarem as alunas sair !!!) e no final eramos muitas centenas a percorrer Gimarães dando vivas ao 25 de Abril, ao general Spinola e ás forças armadas.
Começava aí um periodo exaltante de grandes experiencias e sensações novas.
Talvez volte ao assunto...
Depois Falamos

segunda-feira, abril 24, 2006

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"É á noite que é belo acreditar na luz"

Edmond Rostand

Ponto de Partida


Vi hoje,casualmente,num noticiário televisivo,uma manifestação de cidadãos de Bruxelas contra a violência.
Não sei o ponto de partida,nem de chegada da manifestação em causa,mas pelas imagens televisivas vi que o percurso passava diante de um ponto da cidade ao qual atribuo particular significado.
A Estação Central de Bruxelas.
É uma das principais gares ferroviárias da Europa,que liga a capital belga a quase todos os grandes destinos do continente europeu,quer através de comboios de curso normal ,quer através do TGV.
È também,como qualquer estação desta dimensão,um ponto de encontro de culturas,personalidades e gerações.
Desde os jovens que viajam em inter rail,aos homens e mulheres de negócios que de lá partem e chegam para, e de, uma multiplicidade de destinos,aos turistas que escolhem o comboio como meio privilegiado de viajar,aos trabalhadores dos suburbios que todos os dias utilizam aquele meio de transporte,enfim todo um conjunto de viajantes que dão aquela estação uma cor,um movimento,uma sedução muito própria.
As estações,tal como os aeroportos,são edificios que independentemente de gostarmos mais ou menos do estilo arquitectonico,nos fazem sonhar com viagens,emoções e descobertas.
São daqueles lugares de onde apetece sempre partir em busca de novos mundos e novas sensações,tal como os nossos antepassados o faziam nas caravelas .
Também já parti,e cheguei,da estação de Bruxelas.
Com um optimo grupo ,de amigas e amigos, para uma viagem quilometricamente pequena,mas de grande significado e completamente inesquecivel.
Afinal, o dar a cada viagem a duração e o significado que quisermos,não é seguramente dos encantos menores de viajar.
Depois Falamos

domingo, abril 23, 2006

sábado, abril 22, 2006

Curioso q.b.

Costumo dizer que tivesse para o Euromilhões a queda que tenho para pressentir as desgraças e seguramente a sexta feira seria o meu dia preferido da semana.
Assim foi mais uma vez !
Não em relação ao euromilhões seguramente,mas a outro jogo que já adivinhava como muito complicado.
Empatando com o Boavista,e como não acredito em milagres deste género,o Vitória disse adeus á I Liga.
50 anos depois de ter descido de divisão pela última vez,sem honra nem glória,e pagando um alto preço pela gestão desportiva do presidente da direcção,um clube histórico da I Liga despede-se dos grandes palcos sabe-se lá por quanto tempo.
Receio que muito !
Porque passado o choque desta sexta feira,aliás na sequência de outros choques anteriores nalguns casos no mesmo dia da semana,será tempo de fazer o balanço do passado e perspectivar um futuro que,para já,se apresenta como triste e anunciador de tempos muito dificeis.
Aos vitorianos,que como eu serão sempre do Vitória,cabe para já interiorizar a derrota.
Lutamos muito,demos tudo o que tinhamos,fizemos de fraquezas forças,mas não foi possivel.
Como se diz na giria...não deu !
Agora há que olhar em frente e seguir o caminho árduo que se nos depara.
Eu sei que já não fazer parte de um campeonato onde estavamos há tanto tempo,e na convicção de que lá ficariamos para sempre,é muito dificil de aceitar e vai causar muitas noites de insónia.
Vamos perguntar a nós próprios,muitas vezes, " Porquê ?"
Porque caimos ?
Que mal fizemos ?
Porque razão não foi possivel ?
Eu que sou curioso q.b.,acho impensável meter o nariz onde não sou chamado (e não meto mesmo !)e não tenho nenhuma simpatia pelos que comummente se chama de bisbilhoteiros,confesso que gostava de dar uma discreta espreitadela a algumas conversas dos responsáveis por este insucesso.
Mais que não fosse para perceber algumas coisas para mim incompreensiveis.
Mas não posso...
Depois Falamos

sexta-feira, abril 21, 2006

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"O CAMINHO ESTÁ,ONDE ESTÁ A VONTADE"

Winston Churchill

O Vitória Somos Nós !


Hoje é sexta feira !
Grande conclusão dirão alguns dos que têm a paciência de ler estes escritos dispersos por temas ,opiniões,estados de alma e mais umas quantas coisas.
Diz-me o instinto,mais do que a razão, (bom assunto para uma proxima postagem, o instinto e a razão) que é um dia decisivo para o futuro.
Sem superstições,que nunca tive nem terei,não é própriamente o meu dia de semana favorito de há muito tempo a esta parte,mas também não será por isso que as coisas vão correr melhor ou pior.
Creio que vale a pena acreditar.
Procuro convencer-me disso.
Logo á noite,num estádio completamente cheio de vitorianos,vamos jogar a 2ª das quatro finais e aquela,em minha opinião,que se afigura como mais decisva.
30.000 vitorianos,sim 30.000 não é engano,estarão incondicionalmente ao lado da equipa a empurrarem-na para a vitória absolutamente necessária para continuar a manter viva a esperança de ficarmos na I Liga.
Num programa de rádio de que sou colaborador ,sobre o Vitória,com a participação de ouvintes,um deles dizia ontem uma frase que costumo usar e que traduz o mais fundo do sentir vitoriano.
Nós não somos pelas vitórias,somos pelo Vitória !
Nessa frase está tudo.
O amor,a dedicação,a devoção e a adoração que dedicamos a uma entidade que para nós é unica,insubstituivel e merecedora de todos os sacrificios.
Sejam quais foram os condicionalismos,os problemas,os impedimentos,os momentos de desânimo,as horas em que tudo parece perdido,ela está lá a mostrar-nos o caminho e a fazer-nos crer que vale a pena.
Tive ontem oportunidade de dizer nesse programa,no âmbito de uma postura positiva e de fé,que procurei transmitir a um vasto auditorio que extravasa largamente as fronteiras do concelho de Guimarães,que um vitoriano não só não desiste,como acredita e luta até ao fim.
E vence !
É com esse espirito que vamos encarar o dia de hoje.
Depois Falamos

quinta-feira, abril 20, 2006

Para Marte com Amor


Agora que a NASA parece preparar-se para a grande aventura do seculo XXI que é levar o homem a Marte, passando por novas missoes tripuladas á Lua, apetece fazer um exercicio de imaginação e pensar que prendas gostariamos de mandar aos pequenos homens verdes que preencheram inumeras historias de ficção cientifica.
Ou seja,pensando de outra forma,de que modo gostariamos de dizer a essas civilizações extraterrestres o que temos de melhor e de pior neste velho planeta do sistema solar.
Fá-lo-ia sobre a forma de clones.
Mais propriamente o que mandariamos do terceiro para o quarto planeta.
Considerando como é óbvio,que bem ao contrário da velha tradição da ficção cientifica,os discos voadores que por ai andam não são de Marte oriundos e portanto os marcianos da Terra nada conhecem.
Então aí vai:
  • Um clone do presidente do meu partido,que ás vezes bem parece andar noutro planeta,e que lhes falaria de igual para igual
  • Um clone do presidente do meu clube para lhes ensinar a complicar o fácil e a descerem de divisão em vez de irem á Uefa lá do sitio
  • Um clone do presidente da minha distrital para os ensinar a darem-se bem com gregos e ...marcianos
  • Um clone do secretario geral do meu partido para lhes explicar a teoria dos vales postais
  • Um clone do primeiro ministro para apreenderem que quanto pior se governa maior é a popularidade que se disfruta
  • Um clone de outro presidente de distrital para lhes explicar a teoria da equidistância entre a Terra e Jupiter
  • Um clone do seleccionador nacional para poderem entranhar a razão porque vai ao mundial o terceiro guarda redes de um clube.
  • Varios clones,de varios deputados faltosos,para os marcianos poderem dar umas boas gargalhadas com as justificações para as faltas.

E muitos outros clones,de muitas outras personalidades,para os marcianos se darem por felizes com o que por lá tem.

Depois Falamos

O Casino


Abriu ontem ,com pompa e circunstância , o casino Lisboa.
Ponto prévio:Abomino casinos e outros lugares onde a ilusão do dinheiro fácil tantas vezes torna a vida dificil.
Se bem me lembro, a abertura de um casino no centro de Lisboa estava incluida num pacote de soluções que abrangiam o Parque Mayer e a Feira Popular de Entrecampos.
Até me recordo de visitas badaladissimas do arquitecto Frank Gehry a quem, o então presidente da Camara de Lisboa ,adjudicara o projecto de reconversão do referido parque.
Passaram-se anos e nada se fez.
A Feira Popular foi desmantelada,o Parque Mayer continua o seu caminho de degradação e progressivo abandono,mas o casino,precisamente o que menos falta fazia,abriu e já estará a enriquecer os seus proprietários.
Não resolveu nenhum problema,não alavancou nenhuma solução,contribui apenas para aumentar a ilusão dos que,e são muitos,acreditam na miragem da sorte ao jogo.
Na inauguração lá estava aquilo a que se chama o (pindérico digo eu) jet set nacional.
Ansiosos por aparecerem na televisão,sorrisos "Pepsodent" para as fotografias,enfim, a parolice do costume mas que infelizmente tem consumidores fieis nas revistas da especialidade.
Portugal,neste inicio do sec.XXI é cada vez mais um país adiado,vivendo de expedientes e miragens,de casinos e totolotos,de euromilhões e outras confusões.
Acho,é uma opinião,que isto não vai acabar nada bem...
Especialmente para os jovens de hojeque veêm o seu futuro cada vez mais complicado.
Depois Falamos

quarta-feira, abril 19, 2006

19


Há quem tenha uma relação muito própria com os números que roça a própria superstição,quando não a crendice mais exacerbada.
É o caso daqueles,e são mais que muitos,que entendem que o 13 dá azar e evitam os mais diversos comportamentos nos dias com esse número
São formas de pensar que respeito mas nas quais não me revejo.
Coisa bem diferente é gostar mais deste ou daquele número,por esta ou aquela razão.
Por mim,e para mim,existem dois números com especial significado.
O 3 e o 19 !
O 3 esteve sempre ligado aos meus numeros de aluno de ciclo preparatório,de Liceu (durante anos era o nº 33 da turma)e quando joguei andebol no Desportivo Francisco de Holanda usei sempre a camisola número 3.
E tirei carta de condução num dia...13 o que não trouxe tanto azar assim.
Só umas multazitas de vez em quando...
Ao 19 atribuo outros significados dispersos mas que em bom rigor se juntaram á volta desse número.
E como neste blog também quero falar das coisas boas ,do que nos alegra e faz viver ,daquilo que dá verdadeiro sentido á vida quero aqui simbolicamente deixar 19 testemunhos de coisas importantes e sem as quais nada tem o mesmo significado.
Fá-lo-ei através da atribuição simbolica de uma flor a cada.
Mais própriamente uma rosa,que á excepção da politica,me traz sempre boas recordações.
Ai vai uma rosa para:
  1. O amor
  2. A cumplicidade
  3. A partilha
  4. A frontalidade
  5. A comunhão de ideias
  6. As musicas da nossa vida
  7. Os sonhos
  8. Os poemas
  9. As viagens
  10. Os olhares
  11. O dar de mãos
  12. Uma vista para o mar
  13. Um jantar á luz de velas
  14. O adivinhar de pensamentos
  15. As noites sem fim
  16. O prazer dos reencontros
  17. A verdade
  18. A coragem de querer
  19. O nós

A vida tem muitas outras coisas importantes. Estas são,para mim,especialmente importantes.

Depois Falamos

Histerias...


Uma primeira leitura rápida dos jornais do dia confirma as piores expectativas acerca do badalado caso dos deputados faltosos.
Tipo telenovela mexicana,de enredo piroso e actores de 5ª escolha,sucedem-se os episodios de gosto duvidoso que só alimentam quem se satisfaz com estes sub produtos.
Depois do acto grave que foi a falta de quórum,apareceram as explicações e as desculpabilizações.
Primeiro das lideranças parlamentares,que no bom estilo "manga de alpaca" ,preferiram atirar culpas para o parceiro do lado em vez de assumirem responsabilidades.
A seguir,os faltosos entraram num delirante concurso interno á procura da desculpa mais risivel,extravagante e não justificativa de nada.
Eu próprio,que como alguns amigos sabem,tenho algum gosto por concursos e charadas mas confesso que a imaginação dos deputados foi muito para além da minha própria imaginação.
Se foi !
Finalmente,e uma vez mais recusando assumpção de responsabilidades e olvidando o prestigio da instituição Parlamento,saõ as lideranças partidárias a começar por Jose Sócrates (que se bem me lembro do meu tempo de Assembleia não era nenhum exemplo especial de assiduidade...) que resolveram exigir medidas de "moralização"
Mais próprias para meninos de escola que chegam atrasados ás aulas do que para um orgão de soberania com a importãncia da Assembleia da República.
Quando a solução é tão simples.
Basta escolher melhores deputados.
Com sentido de responsabilidade,noção correcta do que são deveres e direitos inerentes á função e que assumam o trabalho parlamentar (dentro e fora da Assembleia) como a sua actividade fundamental e não como um biscate que proporciona uma avença jeitosa .
Será assim tão dificil ?
Avançem para os circulos uninominais e logo se verá...
Depois Falamos

terça-feira, abril 18, 2006

O que faz falta...


Não é sobre uma canção de Zeca Afonso,por sinal bem bonita,que escrevo neste momento.
Confesso que tenho acompanhado com alguma atenção o folhetim da falta dos deputados á celebre sessão da passada quarta feira.
Tive oportunidade de aqui escrever,e agora reitero,que não é a nenhum partido que cabe assegurar o quórum ,mas sim a cada deputado individualmente.
Estar nas votações faz parte dos deveres dos deputados.
Não usarei em relação aqueles em que votei,os eleitos por Braga,o grau de exigencia de outro eleitor do distrito(Marcelo Rebelo de Sousa) eventualmente menos bem informado sobre algumas realidades.
Só pode ter aquela postura,quem como ele,tivesse expectativas eventualmente altas.
Não é manifestamente o meu caso.
Nunca as tive !
Tenho lido algumas pseudo justificações, sobre as faltas ,que só não me admiram porque cada vez me admiro menos com o que vou ouvindo e vendo por aí.
Embora considere que a irresponsabilidade devia ter um limite.
Especialmente para quem é deputado e está no Parlamento a representar quem nele confiou.
Tenho pena que nem um dos faltosos,que eu saiba,de Braga ou outro distrito,do PSD ou de outro partido tenha feito o mais simples e adequado.
Pedir desculpa aos eleitores e garantir que não voltaria a incorrer nessa situação.
Esse acto de humildade e arrependimento teria contribuido mais para a dignificação do parlamento e dos deputados do que todas as desculpas e justificações apresentadas.
Em que ninguém pode acreditar.
O escandalo criado á volta da questão,desprestigia tudo e todos.
Servirá para alguma coisa ?
Depois Falamos

Momentos


Há momentos assim.
Fins de dia e de noite,serenos,tranquilos sem nuvens no céu nem confusões nas mentes.
Como um Pór de sol resplandecente depois de dias de mau tempo.
Momentos em que nos sentimos bem connosco próprios e reencontrados com aquilo que para nós é muito importante.
E com a serena confiança de que amanha é um novo dia.

segunda-feira, abril 17, 2006

As Quotas do nosso Desencanto...


Termina hoje o prazo para os militantes do PSD pagarem as suas quotas de molde a poderem participar nas directas de 5 de Maio.
Raramente se viu um balão de expectativa esvaziar tão depressa.
Por um lado porque não era suposto que as primeiras directas da história do partido se disputassem em clima de tamanho desencanto.
Basta ver a quantidade de "politicamente correctos" que se arrastam penosamente em volta de Luis Marques Mendes(MM),na sofreguidão de serem vistos e não perderem o comboio deste poder,para perceber que deste ovo (não de Páscoa) não vai sair grande pinto.
Confesso que nos ultimos dias não tenho parado de,politicamente,rir,sorrir e até soltar umas boas gargalhadas conforme a imprensa escrita vai revelando apoios e as imagens das televisões vão mostrando um desfile de "cristãos novos" que não envergonharia os tempos do Marquês de Pombal.
São deputados, antigos dirigentes,alguns presidentes de distritais, autarcas,enfim um quase unanimismo que espero que não iluda o próprio Marques Mendes.
È que daqueles que apoiam o poder pelo poder,qualquer poder,exerça-o quem o exercer,mais não se pode esperar que uma mão vazia e outra cheia de ...nada !
Embora faça a justiça de reconhecer que no PSD existem verdadeiros especialistas na matéria,alguns dos quais sobrevivem (e bem...) há mais de vinte anos dominando essa especial técnica do "...dirigismo salta pocinhas..." !
Por outro lado é inequivoco que esta corrida solitária de MM á procura da liderança não motiva o partido,não entusiasma os militantes,passa ao lado do País real.
O PSD,oxalá esteja enganado,vai-se paulatinamente afastando da realidade e mergulhando na fantasia dos que acham que tudo vale a pena...desde que a duração desta liderança não seja pequena.
É ai que entram as quotas.
O novo regulamento de pagamento de quotas para ser mais preciso.
Nunca vi,em nenhuma instituição,tanta preocupação em impedir que os seus membros paguem as quotas.
È inacreditável e é uma vergonha !
Enquanto noutros lados a maior preocupação é receber as quotizações, no PSD,neste PSD,é dificultá-las ao maximo.
Sáo regulamentos de duvidosissima legalidade já impugnados junto dos orgãos jurisdicionais do partido mas infelizmente já a caminho de outras jurisdições,são exigências ridiculas de codigos e mais codigos,é a proibição de pagar em dinheiro (no PSD a moeda do Banco Central Europeu não vale...)enfim,ao que isto chegou.
Mas o pior,de longe o pior eo mais grave,é a imagem que para fora do partido é transmitida quer do partido quer dos seus militantes.
Dá a impressão,pelo menos aos mais desatentos,que o PSD é uma instituição de jogadas e golpes,de habilidades e desenrascanços,onde toda a gente anda a enganar toda a gente.
E não é verdade !
Não é !
E eu,que ja tive oportunidade de passar pela secretaria geral e conheço bem a realidade do partido e dos seus militantes,sei que nenhum vende a consciência e o voto por 12 € ou 6 € consoante milite no PSD ou na JSD.
As estratégias de manutenção de poder para as directas de 2008,porque é isso que está em causa,dispensavam que na voragem do vale tudo se arrastasse o partido,a sua imagem e acima de tudo,o seu maior património que são os seus militantes anónimos.
Percebo que reduzir o numero de militantes ,com expedientes destes, pode ser uma atracção fatal para quem sente a fragilidade do próprio poder (e não me refiro a Marque Mendes que fique claro) e pensa que o controle totalitário será mais fácil sobre menos gente.
Mas não é disso que o partido precisa.
É de um enorme sobressalto civico,que só os militantes lhe podem dar, e que reponha a matriz original do PSD como grande partido interclassista,de militantes e profunda e umbilicalmente ligado aos portugueses.
Não será nestas directas.
Mas acredito que será possivel.
Depois Falamos

domingo, abril 16, 2006

F de Festas,F de Fretes.


Por razões que vem de trás e que prefiro atribuir ao sempre simples "...Não sei explicar..." nunca gostei de datas festivas.
Nem Natal,nem Páscoa,nem Ano Novo,nem dia de S.Valentim,nem Carnaval,nada mesmo !
Admito que a generalidade das pessoas,incluindo a esmagadora maioria dos que eventualmente leiam este blog,pensarão exactamente o contrário.
Provavelmente terão razão.
Mas não é a minha razão !
Não me sinto feliz por decreto,não festejo por obrigação,não tenho pulsões consumistas associadas a datas especificas.
Ainda por cima,confirmando uma absoluta azia a essas datas,todas as ultimas corresponderam a momentos complicados de recordar.
Por razões radicalmente opostas é verdade...
Natal e Ano Novo por uma razão,Carnaval por outra oposta e esta Páscoa...enfim já lá vai. Por isso,também por isso,prefiro que estes momentos passem o mais rapido possivel.
Feitios são como os gostos,não se discutem...têm-se !
Depois Falamos

Il Divo


Os Il Divo são um grupo relativamente recente,com apenas dois albuns editados,mas qualquer um deles constituindo grande sucesso de vendas.
O tipo de musica que interpretam,não sendo do género popular,é uma curiosa mistura entre rock(?) e ópera que resulta simplesmente espectacular.
A musica,a melodia,as letras tudo junto constituem uma simbiose que se torna irresistivel.
A RTP 2 ,serviço público de televisão,ofereceu a todos os apreciadores um memorável concerto do grupo,realizado em Mérida nas ruinas do Teatro Romano.
Num cenário simplesmente espectacular (Mérida é uma das cidades em que as ruinas das construçoes romanas estão mais bem conservadas) mesmo em televisão (porque ao vivo nem quero imaginar...) foram momentos de puro deleite auditivo e visual.
Até porque a músiva dos "Il Divo" faz-nos voar a imaginação..
Mesmo iniciando o programa com 30 minutos de atraso creio que a RTP 2 está de parabéns pela qualidade do exibido.
Uma nota final para os apreciadores,ou aqueles que não conhecendo ...queiram conhecer: Os " Il Divo" devem ser escutados com a música bem alta e na companhia de quem partilhe o mesmo prazer pela sua audição.
Tornam-se Irressistiveis.
Especialmente com as fabulosas "Regresa a Mi" , "Isabel","I Believe in You" e acima de tudo o absolutamente único " Ti Ameró".
Depois Falamos

A Primeira Final


Empurrado pelos melhores adeptos do Pais o Vitória venceu a primeira das quatro finais que tem de disputar para evitar a descida á II Liga.
A situação continua extremamente complicada,a salvação ainda está longe mas uma coisa é certa: se houvesse um campeonato para os adeptos,os vitorianos seriam campeoes nacionais.
O seu apoio á equipa tem sido inexcedivel e um exemplo para outras massas associativas que a lutarem por objectivos bem mais estimulantes nao conseguem mobilizações equiparáveis.
Sexta feira,com o Boavista,disputa-se talvez a mais importante das finais.
Sei que ainda há que lutar,ainda vai ser preciso sofrer,mas a esperança esta bem viva.
E este sabado foi muito importante para continuar a acreditar.
Depois Falamos

sábado, abril 15, 2006

Trofa, dia e noite


Conheço a Trofa desde há muitos anos.
Lá tive,tenho e terei bons amigos que me foram ensinando,ao longo dos tempos, a conhecer a Terra,as suas belezas,os seus recantos mais pitorescos,os seus problemas,enfim a verdadeira dimensão deste jovem municipio.
Tenho também uma longa e repetida memória de inumeras viagens de comboio em que no percurso Guimaraes - Porto passava na Trofa ou até lá mudava de comboio quando me dirigia para Campanha e não para a estação da Trindade.
Muitas vezes me apeei lá e,enquanto fazia horas para o novo comboio,passeei,lanchei e até convivi com amigos lá residentes.
Tenho com a Trofa, desde há muito, uma relação...patusca !
Recentemente,nestes ultimos dias,a Trofa apareceu-me á frente por razoes politicas e também desportivas.
Uma que muito me satisfez,a outra que provocou uma reflexão que, não totalmente ,exporei adiante.
Comecemos pela Trofa de noite (não by night !) e ao jantar de apoio a candidatura de Marques Mendes á liderança do PSD.
Apenas para referir que nas presenças e ausências,nos apoios e entusiasmos,se vislumbra bem o ponto em que vai a crise oculta do partido neste tempo que devia ser de entusiasmo e disputa e é de conformismo e resignaçao.
Cada vez compreendo melhor alguns amigos que tenho no PSD/Trofa.
Se compreendo !
A Trofa ,de dia, e a noticia desportiva que tanto me agradou; soube que uma das claques do Vitória,os "White Angels",vão ter a sua primeira delegação fora de Guimarães precisamente na Trofa por iniciativa de um conjunto de jovens de lá naturais e simpatizantes do Vitória.
Não tinha a minima dúvida que na Trofa,como noutros municipios da região,existem simpatizantes do clube.
Mas fico muito satisfeito por lá se materializar,dessa forma,esse apoio.
A secção da Trofa,do PSD,é a maior do País e face ás tensões internas que a dividem ,de há muito, ninguém sabe o que dela pode esperar em futuros confrontos pela liderança.
Mas sei que o Vitória pode contar com a Trofa.
E neste momento isso é para mim muito importante.
Efeitos práticos ?
Depois falamos.

sexta-feira, abril 14, 2006

Ilha da Páscoa

Com um gosto inveterado por viajar e conhecer,embora a taxa de concretização das viagens desejadas seja,como é normal,inferior á realidade idealizada,nesta época do ano "ressuscito" sempre um velho projecto,mil vezes sonhado mil vezes adiado.
Na Páscoa religiosa,considerando que todos temos as nossas vias sacras,sexta feiras santas e ás vezes ressurreiçoes,a mim surge sempre essa vontade de visitar a Ilha da Páscoa.
Ou seja,uma Páscoa diferente.
Sendo um dos lugares mais remotos do planeta,algures no Pacifico Sul ao largo da costa chilena,a milhares de quilometros da civilização mais próxima,a ilha encerra alguns dos mistérios mais inexplicáveis que nos é dado conhecer.
Celebrizada por uma estatuas em pedra,gigantescas,com milhares de anos e dimensoes colossais,a verdade é que ninguem sabe quem as fez,como foram feitas e para ali transportadas dado aquele tipo de pedra não existir na ilha.
É uma daquelas questões intrincadas e complexas que nos remete direitinhos para a problemática das eventuais civilizações extra terrestres.
Fascina-me esse mistério,intriga-me a completa falta de explicação para o mesmo,seduz-me o isolamento da ilha,creio ser um daqueles lugares em que nos podemos encontrar perante a nossa própria dimensão.
O filme "Rapa Nui" mostra-nos alguma dessa problemática.
Já não será nesta Pascoa que darei cumprimento a esse velho desejo de voar até essa ilha perdida na imensidão do Pacifico.
Mas custe o que custar,demore o que demorar...iremos lá.
Depois Falamos

A Importância do cinema


Desde a minha infância sempre gostei muito de ler e ir ao cinema.
As minhas primeiras memórias cinematográficas remontam aos inevitáveis filmes da Disney (tambem poucas mais opções havia) vistos no já encerrado Teatro Jordão de Guimaraes e no Cine Teatro Garrett na Póvoa de Varzim.
Creio ser uma memória comum a milhares de jovens vimaranenses dos ultimos 50 anos.
Da Disney,passava-se ao inevitavel Tarzan ,depois aos emocionantes filmes de cowboys e a seguir com a evolução dos anos entravamos nos filmes mais densos,com outro enredo,enfim no cinema propriamente dito sem qualquer menosprezo pelos géneros anteriormente citados.
Terei visto em sala centenas de filmes e em cassette ou DVD outros tantos.
Alguns,como a trilogia de "O Padrinho",tocaram-me pela qualidade da interpretaçao e pela história,outros como os de Spielberg pelo espectáculo inerente,outros pelas mais diferentes razões.
Alguns ,como" Dr. Jivago", são excelentes adaptaçoes de obras primas da literatura,outros são baseados em obras desconhecidas e popularizadas pelo filme como é o caso,por exemplo,do excelente "As Palavras que nunca te direi".
Este ultimo,que tem uma história bonita e um fim triste,pode na simbiose livro/filme devidamente interpretada ter um uma história linda e um fim mais bonito ainda.
Tudo depende da forma como fôr lido e na cumplicidade existente em volta.
Confesso que não discutindo os méritos que são inegáveis,nunca fui um incondicional de Woody Allen.
Á excepção do fabuloso"Manhattan", um dos filmes da minha vida,e vá lá de "Annie Hall",nunca encontrei na filmografia de Allen o prazer que encontro na de Scorcese,Spielberg,Eastwood,Coppolla ou Kubrik.
Gostos !
Contudo, e curiosamente,foi á volta do filme que ilustra esta postagem (A Rosa Purpura do Cairo)e da interactividade entre o cinema e a vida (tema central de pelicula) que tive uma das conversas mais interessantes,esclarecedoras e importantes da minha vida.
Não sendo um grande filme,vê-se bem mas não passa disso,deixa contudo uma lição importante e uma referência de grande utilidade.
Se é verdade que o cinema,com maior ou menos fantasia,retrata a vida em todas as suas vertentes,então não podemos nem devemos esquecer-nos de que essa interactividade é para ser cumprida e não esquecida.
Ou por outras palavras,tal como no enredo da pelicula,é importante não assumirmos perante a vida a postura de actores passivos á espera de ver como acaba o filme e sim ,a exemplo dos actores, sabermos saltar do ecrã para a plateia e da plateia para o ecrã quando tal é necessário.
Não podemos,nem devemos, participar em nenhum filme em que não sejamos simultâneamente actores e espectadores.
Em que não tenhamos uma palavra a dizer no enredo e uma participação quanto maior possivel no desfecho.
Só assim a vida nos poderá dar o almejado "Óscar"
Foi uma lição que valeu a pena apreender.
E pôr em prática.
Depois Falamos

quinta-feira, abril 13, 2006

Somos Únicos


Pois somos !
Sempre fomos.
Os que não conhecem a nossa particular realidade,tão própria,tão inimitável, olham e por mais que olhem não veêm.
Porque eles não conseguem entender a forma como nos sentimos,eles simplesmente não confiam naquilo que não conseguem explicar.
Eu sei que somos diferentes mas,dentro de nós não somos tão diferentes assim.
Esta é a realidade do Vitória.
Um clube absolutamente unico na relação que os adeptos mantém com ele.
Para um vitoriano,o Vitória não só faz parte da Familia como é um dos seus elementos mais queridos.
Hoje em Guimarães,e em qualquer lugar do mundo onde exista um vitoriano,vive-se um sentimento de profunda tristeza e até desespero.
Sentimos que estamos a ponto de perder,pelo menos por algum tempo,algo que nos é muito querido.
Uma longa permanência,48 anos consecutivos,no primeiro patamar do futebol português.
Com excepção do Porto,Sporting e Benfica ninguém está lá há tanto tempo.
E o desespero ainda é maior porque não fizemos nada para que isto acontecesse.
Rigorosamente nada.
Nunca como nos ultimos meses uma equipa foi tão acarinhada,apoiada,levada ao colo como a actual.
Milhares de adeptos no estádio,milhares de vitorianos a percorrerem o País atrás do Vitória.
Com sacrificios pessoais,horas perdidas,dinheiro gasto,enfim exuberantes gestos de amor a um emblema e a uma causa.
Com a arrepiante sensação de que tanto esforço,tanta dedicação,tanto sacrificio pode resultar...em nada !
Um vitoriano,ou uma vitoriana,acredita até ao fim.
E por isso hoje,mais do que apurar responsáveis ou definir responsabilidades,importa fazer um ultimo esforço á volta do Vitória.
Sim ,do Vitória apenas e só do Vitória.
Só os vitorianos e vitorianas podem salvar o Vitória.
E esquecer,por algum tempo,que quem vai no terreno e fora dele corporizar esse esforço final são aqueles que,infelizmente na historia de 84 anos do clube,menos merecem o nosso apoio.
Mas até ao fim do campeonato não temos outros.
Depois...
Depois Falamos

Que Quórum ?


Noticiaram as radios e televisões ontem,e confirmaram os jornais hoje,que na sessão de ontem da Assembleia da Republica não puderam ser efectuadas as votações regimentais por falta de quórum.
Ou seja dos 230 deputados que em condiçoes normais deviam estar na sessão apenas estavam presentes 111.
Ninguém conte comigo para discursos pseudo moralistas á volta desta temática.
Nem tão pouco para discursos sobre a responsabilidade de cada partido na ausência dos seus deputados.
A obrigação de estar presente é estritamente individual.
Faz parte dos deveres dos deputados.
Em 1999 quando fui pela primeira vez eleito deputado, o meu partido tinha a seguinte direcção do grupo parlamentar:
Presidente : Antonio Capucho (Hoje Presidente da Camara de Cascais)
Vice pres.: Manuela Ferreira Leite (Conselheira de Estado)
Vice pres.: David Justino (Assessor do Presidente da Republica)
Vice Pres.: Rui Rio (Presidente da Camara do Porto)
Vice Pres.: Carlos Encarnação (Presidente da Caâmara de Coimbra)
Vice Pres.: Guilherme Silva (Vice Presidente da Assembleia Republica)
Vice Pres.: Marques Guedes (Actual Lider parlamentar)
Sem ir ao pormenor de referir quem eram os secretarios da direcção,os presidentes e coordenadores de comissões,etc,etc,.
Qualquer comparação com a realidade de hoje é pura ficção !
Tudo isto para dizer que o primeiro ensinamento transmitido aos que lá estavam pela primeira vez era muito claro: Dentro da grande liberdade de movimentos que é permitida aos deputados existia, contudo, um momento sagrado.
As votações regimentais normalmente á quinta feira as 18 h.
Aí, faltar só por motivos de força maior.
Não me lembro,em 6 anos que lá estive de alguma vez as votações serem adiadas por falta de quórum !
É fácil fazer demagogia á volta deste assunto,até porque se há matéria que deleita a opinião pública é ouvir dizer mal do Parlamento e dos deputados.
Não irei por aí !
Não é o meu género,nem é justo.
Por um lado para os 111 que lá estavam a cumprir o seu dever,por outro para aqueles que eventualmente estarão ausentes do País não em férias de Páscoa mas no âmbito de missões parlamentares.
Serenamente,porque os tempos que correm apelam á serenidade e ao conter de emoções,direi apenas o seguinte; Por muitas e variadas culpas,ao longo dos anos,estamos a chegar a um ponto em que a credibilidade das instituições politicas e dos seus agentes mais destacados atinge niveis preocupantemente baixos.
Creio que os principais partidos,a nivel interno e externo,tem a responsabilidade de fazerem qualquer coisa; Eficaz e rápida.
A nivel interno,sem puxar a brasa á minha sardinha,não posso deixar de dizer que a proposta que Luis Filipe Menezes vem fazendo,de há mais de um ano a esta parte,sobre as primárias internas para a escolha de deputados faz cada vez mais sentido.
Os deputados tem de ser responsabilizados e escrutinados pelos militantes sobre aquilo que fazem,e não fazem,uma vez eleitos.
Não num sentido de vigilãncia,mas num de pura avaliação.
Em termos externos,na minha opinião,os maiores partidos tem de se entender na reforma do sistema eleitoral.
Ou seja,circulos uninominais para todos os deputados já !
Quem quiser ser deputado tem de ganhar o lugar numa disputa de votos perante os seus eleitores.
E se falo em circulos para todos é por uma razão simples.
Porque a criação de circulos uninominais a par de um circulo nacional só terá uma consequência: a "arraia miuda" terá de ir a votos,disputar o lugar,enquanto os "barões" e "tubarões" se refugiarão no circulo nacional,em lugar de eleição garantida,e continuarão a ser os maiores contribuintes para as faltas de quórum que vão andando por aí.
E quem já esteve,ou está,no parlamento sabe bem que é assim.
Se não houver a coragem reformista de mudar ,e mudar depressa,então os sintomas vão-se agravar até pontos extremamente perigosos.
Alarmismo ?
Depois Falamos.

quarta-feira, abril 12, 2006

Quotas ? Não Obrigado !


A questão de fomentar a participação das mulheres na politica através do sistema da imposição de quotas nunca me agradou.
Desde logo por entender que as mulheres não necessitam de sistemas artificiais para poderem participar seja na politica,seja na vida empresarial,seja onde for ao mesmo nivel,com a mesma competência e capacidade de qualquer homem.
E nalguns casos bem superior.
Agora é verdade,e bem verdade infelizmente,que as mulheres em Portugal e um pouco por todo o mundo tem é falta de oportunidades de poderem mostrar o que valem.
Iso tem muito a ver com questões culturais e de entendimento do papel que homens e mulheres tem, e devem ter ,na sociedade.
Não tenho,nunca tive,dúvidas que uma mulher para se afirmar no dificil mundo da politica portuguesa (é disso que vou falar essencialmente) para além da qualidade que deve ser exigida a qualquer agente politico,tem de ter uma persistência,uma coragem e uma frieza ao que a rodeia muito acima do que é exigido a qualquer homem.
No mundo politico português,esmagadoramente masculino e também por isso tão fraco,o sucesso feminino tem que ser sempre estribado em permissas tão claras e evidentes que não deixem duvidas a ninguém.
Caso contrário,vão-se procurar sempre explicações para esse sucesso a questões não politicas,não verdadeiras e muito injustas.
Para não dizer pior !
Sempre defendi,por palavras e acçoes,a participaçao das mulheres na politica e o fomento de oportunidades para demonstrarem o seu valor.
Em 1996,quando quase ninguém (falo dos figurões) queria dar a cara por Cavaco Silva nas presidenciais em que defrontou Jorge Sampaio,fui director de campanha em Guimarães.
Na equipa, que então constitui, eramos nove pessoas,sendo 5 mulheres e 4 homens.
Perdemos as eleições em Guimaraes (e no País) mas recordo com saudade o trabalho fantástico que fizemos .
E "elas" sempre na primeira linha !
É um pequeno e insignificante exemplo,mas que comprova que o cerne da questão está nas oportunidades,na evolução cultural e não nas quotas.
Conheço mulheres que estão na politica,do Parlamento ás distritais e concelhias partidárias,que tem potencial,ideias,visão politica,capacidade de intervenção oral e escrita e que podem ser excelentes agentes politicos num futuro próximo.
Mas,sejamos rigorosos,também não é só uma questão de oportunidades;é preciso acreditarem em si próprias,libertarem-se de inibiçoes e condicionalismos,e virem a jogo disputarem o seu espaço acreditando que são capazes.
A politica,portuguesa e mundial,precisa de gestos simbolicos nessa matéria,mas também precisa de incentivos reais e visiveis.
Espero,tendo pena de nela não poder votar,que Hillary Clinton seja a próxima (e primeira) presidente dos Estados Unidos da América.
Depois Falamos

terça-feira, abril 11, 2006

O Nosso Caminho.


Existe um velho provérbio,cuja origem francamente desconheço,que diz "... se o caminho é longo,é melhor irmos andando..." .
E este é um caminho que não pode ser feito sozinho.
O passado já demonstrou que mesmo com convergência de vontades várias nem sempre é possivel atingir o objectivo.
Importa,se tal fôr possivel,apreender com os erros e fazer melhor.
Isto na perspectiva de considerarmos que esse percurso ainda é passivel de ser feito.
Penso que apesar de todas as dificuldades e obstaculos criados,ainda há caminho.
Falo da regionalização.
Passados sete anos sobre o referendo que ditou o não á criação das regiões administrativas,são hoje cada vez mais os que pensam que vai sendo tempo de devolver a palavra ao povo nessa matéria.
Incluo-me no lote dos que assim pensam.
É verdade,mudei de opinião.
Em 1998 fiz campanha e votei pelo não.
Em boa parte por causa da trapalhada em que o PS mergulhou a questão com aqueles mapas pré fabricados ao sabor dos interesses de alguns pseudo barões regionais.
Hoje,se a questão vier a ser posta,farei campanha e votarei sim ás regiões administrativas desde que o processo pressuponha um verdadeiro e esclarecedor debate politico .
Qual a razão porque mudei de opinião de 1998 para 2006 ?
É muito simples: nesse espaço de tempo ocupei cargos vários,de deputado na assembleia da republica a governador civil do distrito de Braga,e tive oportunidade de ver por dentro a forma de funcionar da máquina do Estado.
Que é de um centralismo tão imobilista e retrógrado que atrasa verdadeiramente o desenvolvimento do País de forma equilibrada e harmoniosa.
Só descentralizando os verdadeiros centros de decisão,transferindo competências e meios,impedindo que Lisboa tenha a palavra decisiva em tudo que é importante,se poderá trazer ao País um verdadeiro equilibrio entre as partes.
Que fique claro que isto nada tem contra Lisboa ou os lisboetas;tem é tudo contra uma classe politica,no PSD e no PS,acantonada na capital e que não quer abrir mão de nenhum quinhão do poder que lhe permite uma vida desafogada e sem preocupações.
E em muitos casos permite a alguns figurões passarem vinte ou trinta anos sem profissão,sem experiencia laboral,apenas porque o dominio das maquinas partidárias lhes permite serem deputados,gestores públicos ou membros do governo a vida toda .
A regionalização,que faz parte do seu programa e que já Francisco Sá Carneiro defendia convictamente,devia ser uma bandeira fundamental do PSD !
Mas parece que andam mais preocupados em saber se os militantes põe o código multibanco no verso dos vales postais com que pagam as quotas...
Resultados desta prioridade ?
Depois falamos...

Indecisão


A Itália está hoje como uma linda mulher dividida entre dois sedutores.
De um lado Romano Prodi,"O Professor" e do outro Silvio Berlusconi "O Cavalheiro.
Depois daquela tremenda confusão das presidenciais americanas entre George W Bush e Al Gore,em que foi necessário esperar mais de um mês para apurar quem tinha ganho ,e acabando por ganhar quem teve menos votos,não era suposto que tão cedo se voltasse a repetir o cenário.
Mas repetiu !
E agora,ainda por cima num país tão "simples" como a Itália,em que o gosto pela discussão faz parte do património genético dos italianos,não custa prever que face a tão curta diferença se irá enveredar por recursos,expedientes,recontagem de votos e tudo o mais que permita a quem perdeu acalentar a ilusão de que ainda pode ganhar.
Duas ilacções se podem contudo tirar:
Por um lado,fruto do seu sistema eleitoral,desde há muito que os italianos tem o bom senso (quem diria neles...) de se deixarem governar pelos directores gerais dos ministérios.
Normalmente funcionários de carreira,conhecedores dos dossiers e capazes de assegurarem uma gestão eficaz.
Nao haverá País europeu com tantas crises governamentais como a Itália,mas também não haverá,seguramente,nenhum que saiba viver tão bem com elas.
A segunda ilacção,que se tira deste resultado,mas que fácilmente faz prever futuros resultados semelhantes noutros paises,é que os eleitores estão confusos.
Hoje são poucas as diferenças politicas e ideológicas entre os grandes partidos do centro politico,seja em Itália,seja em Portugal,seja onde for nesta Europa cada vez mais descaracterizada.
Eleição após eleição,governo após governo,cada vez conta mais o perfil dos lideres e menos a substância do que está em causa.
E isso leva por caminhos perigosos.
Especialmente quando atrás dos lideres se acolitam alguns espécimes que representam o que a politica tem de pior.
Voltando a Itália: Esperemos que esse país fundamental da Europa comunitária,de imensos contrastes e enormes paixões saiba,como as belas morenas que dele são naturais,escolher o sedutor que a faça mais feliz.
A Europa está a precisar,muito,de alguma felicidade.
Depois Falamos...

A Luta Continua...




A imensa Bósnia em que se transformou o PSD de Lisboa provocou ontem mais uma vitima. O João Mota Lopes,presidente da secção H,perdeu as eleiçoes para a referida secção e não continuará á frente da mesma.

Tive oportunidade,ao longo dos tempos de acompanhar o trabalho que ele e a sua equipa fizeram naquela secção inserida numa zona problemática de Lisboa e sei bem o tempo,a dedicação e o sacrificio que por ele,pela Silvia e restantes dirigentes,foi feito para a dinamização do partido.

Mas hoje,para já em Lisboa,mas depois no resto do País vale tudo na disputa do poder interno.

Normalmente,sei do que falo,aqueles que nunca conseguirão levar o partido ás vitórias que importam,nomeadamente autarquicas,são os mais acirrados,empenhados e ás vezes raivosos na disputa do poder interno.

O Joao Mota,que é um jovem quadro politico com largo futuro,perdeu porque não quis disputar eleições usando os métodos do" Preto das malas" e dos seus seguidores.

Honra lhe seja feita !

Há derrotas bem mais honrosas do que algumas vitórias.

E,como certo dia disse José Mourinho depois de uma derrota teoricamente comprometedora,"...isto não acaba aqui...!

A luta continua.

Depois Falamos...

Momentos Dificeis




Estive em Leiria. como estivera em Setubal ,em Barcelos e noutros estádios onde a equipa não soube merecer os adeptos que a acompanham e apoiam incondicionalmente.
Em Setubal perdeu-se a ida á final da Taça e certeza de apuramento para a Uefa.
Em Leiria,jogando literalmente em casa,pôs-se em risco a permanência na I Liga.
Uma equipa com pouca categoria,um treinador que gere uma manta curta que ora destapa os pés ora a cabeça,e a mais absoluta falta de liderança de que há memória lançam o clube na que pode ser a maior crise desportiva dos ultimos 50 anos.
Sim,leram bem,cinquenta anos.
Sou dos que acredita até ao fim.
Agora é tempo de um ultimo esforço á volta da equipa para tentar evitar a catástrofe que se adivinha.
Haverá,depois e seja qual for o desfecho desta longa agonia,tempo para apurar responsabilidades e responsáveis.
Depois Falamos...

segunda-feira, abril 10, 2006

Tudo tem um Inicio


É verdade.
Até um blog tem o seu inicio.

Este,que em termos de net é apenas mais um blog,para mim é o meu blog.
Onde livremente,sem limites nem soberanias,exporei a minha opinião sobre aquilo que muito bem me apetecer.
Da politica ao futebol,do cinema aos jornais,de televisão á literatura,este é o lugar onde serei eu próprio,sem condicionantes nem inibições.
Para aqueles que tiverem a paciência de me lerem,apenas peço a tolerância para aquilo de que discordarem.
Aos amigos,não peço,exijo a critica frontal e verdadeira.
O percurso é longo, o ânimo não falta, e como dizia Winston Churchill " O caminho está onde está a vontade".
Terá Sucesso ?
Depois Falamos ...