
Extremadas as posições entre PSD e PS, até ao nível da relação dos líderes, não existe qualquer margem de recuo para as condições que os sociais democratas consideraram como essenciais á viabilização do Orçamento:
Redução da despesa e não subida de impostos.
Sem floreados nem jogos de palavras são estas as condições que PPC definiu, e muito bem, e qualquer cedência ao governo ou aos lobbys do bloco central serão vistas como uma falta de coerência e firmeza.
Pior.
Indiciarão falta de autoridade interna.
E todos sabemos como isso costuma acabar no PSD...
É por isso que a todos os "cantos de sereia" o líder do PSD deve dizer não.
Indiferente ás pressões, internas e externas, ignorando timings e interesses subjacentes a recandidaturas presidenciais, PPC deve seguir o caminho que definiu.
Porque é o caminho que as bases do partido entendem.
Mas,essencialmente,é o caminho que serve Portugal e os portugueses.
Basta de maus orçamentos e de péssimos governos.
Se o caminho for a crise politica,apesar dos custos que acarreta,então vamos a ela.
Tudo é melhor do que esta "paz podre" em que vivemos desde as ultimas legislativas e que tanto tem prejudicado o país.
Até por uma razão:
Alguém,com um mínimo de bom senso, acredita que quem nos meteu neste "sarilho" vai saber tirar-nos dele ?
Eu não acredito.
E por isso defendo que o PSD deve ,responsavelmente, votar contra este Orçamento de Estado caso as suas exigências não sejam respeitadas.
Se outros acreditam nele, se crêem que Sócrates e o seu governo serão capazes de fazer o que nunca fizeram (governar bem!),então viabilizem-no.
A "pista" está pronta para quem quiser dançar o tango...
Ainda que seja o "Ultimo tango em..Lisboa"!
Depois Falamos