segunda-feira, setembro 20, 2010

Caso Raro

Se há modalidade desportiva em que nos dias de hoje não faz nenhum sentido falar em patriotismo é a F1 !
Tantas são as nacionalidades que se misturam em cada equipa.
Ao ponto de ser cada vez mais raro que pilotos e respectivas equipas tenham a mesma nacionalidade.
Veja-se o caso da Ferrari por exemplo.
Equipa italiana,piloto espanhol e piloto brasileiro,e as mais diversas nacionalidades no staff técnico e mecânicos.
Curiosamente a Ferrari é,contudo,uma excepção honrosa.
Porque ao contrário do que acontece nas restantes, em que os adeptos "são" dos pilotos e não das equipas, na "Scuderia" acontece o inverso.
Os italianos, e não só, são pela Ferrari.
Independentemente dos pilotos.
Depois podem gostar mais,ou menos, de quem em cada momento tripula os carros vermelhos.
Mas o importante é mesmo a marca.
E quando,como no passado domingo, a Ferrari ganha em Monza então a festa é total.
E inigualável em qualquer outro circuito do Mundial.
Por mim assumo que o unico vermelho que aprecio é mesmo o da Ferrari.
E por isso vibro com a suas vitórias independentemente do piloto que as consegue.
Apreciei Schumaker,para mim o segundo melhor piloto de sempre, gosto mais de Massa do que de Alonso.
Mas pena,pena tenho é de Ayrton Senna nunca ter conduzido para a Ferrari.
Tinham-se juntado o melhor piloto de sempre com a mais mítica e fabulosa de todas as marcas.
O Destino não quis.
Depois Falamos

10 comentários:

Rui Osório disse...

Eu até na fórmula 1 não gosto do vermelho :) GO GO Mclaren...
Mas admiro a Ferrari, sem ela a Fórmula 1 não seria a mesma coisa!

luis cirilo disse...

Caro Pantic.
Tem toda a razão. sem a Ferrari a F1 não seria a mesma coisa. Afinal é unica equipa que participou em todos os campeonatos do mundo.

Vimaranes disse...

Não há, nem haverá piloto nenhum que mais odeie do que Schumacher. Por ser desleal e arrogante. Aliás, nunca esquecerei os seus festejos no dia da morte do meu último herói. Senna.

Unknown disse...

Caro Luís. Permita-me discordar com a primeira afirmação que faz. Penso que faz tanto sentido falar em patriotismo na F1 como em outros desportos.

Patriotismo na F1(ou qq outro desporto de equipa) pode ficar restringido à averiguação de quantas pessoas com a mesma nacionalidade lá trabalham.

O que é que a Ferrari representa?

A Ferrari representa a vontade de ganhar a todo o custo, mesmo com a "batota" que as regras permitem. Haverá sentimento mais genuinamente Italiano que este? E já agora, haverá maior mestre das entrelinhas que Shumacher?

A Ferrari representa uma filosofia onde os gastos superam sempre as previsões iniciais (na verdade, na Ferrari nem um orçamento anual existe). Haverá sentimento mais Mediterrâneo (e por arrasto Italiano) que este?

A Ferrari representa paixão pelo automobilismo. Uma marca cujos carros não deixam ninguém indiferente quando passam. O mesmo se passa com os Italianos que andam por este Mundo, barulhentos e entusiastas. Ou então os políticos italianos, sempre a dar nas vistas. E já agora, haverá piloto mais barulhento e emproado que Alonso.

A Ferrari, independentemente do país de origem dos seus técnicos e pilotos, continua a representar a Itália.

As falsas polémicas com a dicotomia desporto/nacionalidade ficam muito mais simples quando as pessoas perceberem que Nação não é igual a País...

Quanto ao restante texto, concordo em pleno. Viva la scuderia...

SicGloriaTransitMundi disse...

McLaren!!!!!

Mas admito que ia torcer (com dificuldade) pela Ferrari se o Senna tivesse tido a oportunidade de cumprir o seu sonho de sempre, que era guiar um daqueles carros vermelhos...

luis cirilo disse...

Caro Vimaranes:
De acordo quanto ao feitio do alemão.
Mas é um piloto fabuloso.
Caro Luis Carvalho:
Não deixo de estar de acordo com muito do que diz.
Apenas quis realçar o facto de na Ferrari importar mais a marca do que os pilotos.
Caro Sic:
Mas infelizmente não cumpriu.

Nuno Leal disse...

Só fui fã de dois pilotos: Villeneuve e Rosberg. O primeiro, que morreu a conduzir um Ferrari, era o maior génio que vi conduzir, de antologia a volta dele com Arnoux num Renault em sucessivas ultrapassagens e travagens retardadas, num tempo em que não havia grandes apoios tecnológicos à condução. E o Roseberg porque conduzia um F1 como se estivesse a conduzir no Rali dos 1000 Lagos na Finlandia natal, sempre em slide nas curvas e de forma algo louca nas travagens... Era um caso à parte!
De resto sempre fui fã da Ferrari, sempre quis que vencessem os pilotos Ferrari, mesmo que nunca tivesse gostado de apoiar o Prost ou o Schumi, como hoje não gosto do Alonso. Mas enquanto pilotos da Scuderia, quero que vencam sempre. O que acho engraçado é que nunca "engracei" com nenhum dos grandes pilotos das décadas de 80, 90 e 2000, nunca gostei do Senna, do Prost ou do Schumi ou campeões como Hakinen ou Hamilton. Sempre apreciei mais segundos planos (salvo seja...) como Rosberg, Mansell, Barrichelo, Raikonen ou Massa... E ainda hoje não gosto de nenhum dos principais como Hamilton, Weber ou Alonso, preferindo o Massa ou o jovem Vettel da Red Bull.

luis cirilo disse...

Caro Nuno:
O meu primeiro idolo foi Jackie Stewart.
Tri campeão do mundo em 69/71/73.
Os dois ultimos titulos pela Tyrrel Ford.
Depois Nelson Piquet.
O ultimo Ayrton Senna.
Admiro o piloto Michael Schumaker,que não devia ter regressado á F1,mas não o cidadão.
Hoje tenho simpatia por três pilotos:
Massa, Button e Vettel.
Mas nada que se pareça com a adiração que tive por Stewart,Piquet ou Senna

Nuno Leal disse...

Pois, esse já não me lembro dele, afinal nasci "apenas" em 72... Mas Piquet também era um piloto que me agradava, ao contrário do Senna que nunca me caiu no goto, não sei bem porque motivo...
E totalmente de acordo quanto ao regresso do Schumi, completamente fora de tempo, sem o ritmo de antigamente, é hoje um piloto "banal", se a expressão me for permitida. Acho que ele quis tentar o que o Lauda fez, regressar depois daquele pavoroso acidente, mas não me parece que vá conseguir grandes resultados, ao contrário do austríaco que ainda comemorou um titulo mundial.

luis cirilo disse...

Caro Nuno:
Em tuido na vida tem de se saber sair.
E o Schumaker saiu em gloria escusava de ter voltado.
Mas,se calhar,fe-lo pelo puro prazer de conduzir um F1. E se assim foi...que se divirta