sexta-feira, outubro 31, 2014

Uma Década

José Manuel Durão Barroso termina hoje uma década como presidente da comissão europeia.
A História, e só ela, se encarregará de avaliar os seus mandatos uma vez decorrida a necessária distância temporal face aos mesmos.
Não cairei por isso na tentação, tão corrente nestes dias, de fazer uma avaliação imediata e "a quente" de uma década de exercício de funções por parte do português que presidiu ao "executivo" comunitário entre 2004 e 2014.
Prefiro relembrar o antes e o durante e perspectivar o depois.
O "Antes" é conhecido.
Durão Barroso(DB) era primeiro-ministro de Portugal quando surgiu a oportunidade de ser presidente da comissão europeia no âmbito das complexas negociações para escolher o sucessor de Romano Prodi.
A meio de um mandato,para que tinha sido eleito em 2002, não terá sido seguramente uma decisão fácil para DB mas a opção acabou por ser a Europa em detrimento do cargo que vinha exercendo o que lhe mereceu na altura (e ainda hoje) criticas oriundas dos mais diversos quadrantes incluindo o próprio PSD .
A verdade factual é que deixou uma maioria estável na assembleia da República, um governo liderado pelo seu primeiro vice presidente no partido e uma situação politica estável.
E a garantia (falsa como se provaria depois mas aí a culpa não foi de DB mas de quem lhe garantiu algo que não cumpriu) de que a sua ida para Bruxelas não provocaria eleições antecipadas em Portugal.
O "Durante" foram dez anos de presidência da comissão europeia na década mais difícil, perturbada e complexa desse espaço comunitário.
Foi a "crise" do alargamento de 15 para 28 membros, feita com uma pressa que agora se sabe errada, que obrigou a complexas negociações, ajustamentos, remodelação dos mecanismos eleitorais e alargamento da própria comissão.
Foi a tremenda crise económica ,que atravessou toda a década, cujos efeitos ainda hoje se fazem sentir e que colocou mais que um país à beira da saída da União Europeia e do euro.
Foi, agora na fase final do mandato, a grave crise entre Rússia e Ucrânia que lançou sobre a Europa a memória de alguns dos seus piores fantasmas e os receios (ainda não erradicados) de um alastramento da situação a outros países da ex União Soviética.
Tempos de extrema dificuldade para a Europa.
E como o próprio diz, em entrevistas hoje dadas a público na TSF e no DN, em tempo de crise o papel dos líderes é manterem o barco à superfície.
E Durão Barroso fê-lo.
Com muitas dificuldades, sucessos e insucessos, o projecto europeu continua.
Resta o "Depois".
Que neste momento não se sabe qual é.
DB foi durante dez anos presidente da comissão europeia, longevidade apenas igualada por Jacques Delors, e Portugal nunca teve ninguém em cargo internacionalmente tão importante como esse.
Nem é provável que volte a ter nas próximas décadas.
Tem um capital de experiência política, conhecimentos pessoais e "agenda telefónica" que o tornam numa personalidade de topo  que Portugal não pode nem deve dispensar no futuro.
Até porque estou certo que nas funções que agora cessa terá ajudado o seu país sempre e quando lhe foi possível.
Conheço-o o suficiente para estar certo disso.
Veremos o que ele quer fazer no futuro e aquilo que o futuro lhe reserva.
Depois Falamos.

P.S. Ontem,no seu comentário político na RTP, Nuno Morais Sarmento garantia que Durão Barroso não será candidato à presidência da Republica em 2016.
A par de José Luis Arnaut é uma das pouquissimas pessoas que pode ser vista como porta voz "oficioso" de Durão Barroso.
E acho que é a decisão correcta.
É cedo para pensar num regresso à politica portuguesa.

Castelo de Grub, Austria


Mónaco


quinta-feira, outubro 30, 2014

O Melhor e o Pior

Uma fotografia absolutamente notável pela sua oportunidade.
Que junta aquilo que o futebol tem de melhor, lhe dá uma visibilidade planetária, e o torna adorado por milhões de pessoas em todo o mundo com aquilo que o futebol tem de pior e sobre ele lança anátemas e suspeitas que o impedem de ser ainda maior e muito mais credível.
Do lado esquerdo Ronaldo e Pelé.
O melhor jogador mundial da actualidade e o melhor de todos os tempos.
Eles representam aquilo que o futebol tem de melhor.
O espectáculo, a genialidade, a emoção, a competição, o triunfo dos melhores.
Do lado esquerdo Blatter e Platini.
Ninguém representa melhor do que eles os dois aquilo que o futebol tem de pior, de mais asqueroso, de mais indigno.
A prepotência, a sacanice, a falta de escrúpulos.
As suspeitas sobre corrupção, tráfico de influências e batota.
O uso e abuso de poder.
O ano passado todos nos lembramos das tentativas que ambos fizeram de influenciar a atribuição da "Bola de Ouro".
O francês Platini "puxando" para o francês Ribery e o suíço Blatter (ao contrário da longa tradição do seu país ,e da decência que o cargo lhe devia impor, nada neutral) fazendo pressão para o argentino Messi não se coibindo até daquela patética rábula em que, provavelmente embriagado, tentou imitar Ronaldo.
Tiveram a "sorte" que se sabe.
Mas como crápulas que  são não desistiram.
E este ano aí estão de novo.
Agora com a peregrina tese de "um alemão" porque a Alemanha ganhou o Mundial.
Quando não se tem razão qualquer argumento serve.
E na sua tentativa de impedirem Ronaldo de vencer a sua terceira "Bola de Ouro", ainda por cima num ano em que a merece mais do que nunca, os dois crápulas não olham a meios nem a invenções para atingirem os seus objectivos.
Até porque sabem que o único que pode disputar com Ronaldo a conquista do troféu, Leo Messi, não fez uma época que o justificasse.
E ainda que tenha sido vice campeão do mundo (mais um estranho e imerecido título de melhor jogador do Mundial que a FIFA lhe "arranjou") é igualmente verdade que Ronaldo ganhou a Liga dos Campeões.
E por isso tem de arranjar outros candidatos com base no titulo mundial da Alemanha.
"Um alemão" diz Platini (desde que não seja CR7 qualquer alemão serve...), Manuel Neuer diz Blatter.
Creio que mais uma vez não vão ter sorte.
Porque embora existam excelentes jogadores alemães nenhum tem a classe ou fez sequer uma época parecida com a de Ronaldo.
E quanto a Neuer, o melhor guarda redes mundial da actualidade, não acredito que um guarda redes alguma vez ganhe o troféu.
Porque a essência (e a lenda) do futebol constroem-se em volta dos grandes golos e de quem os marca ou ajuda a marcar.
Não de quem os evita!
Por isso Ronaldo vai voltar, e bem, a ganhar a "Bola de Ouro".
E o que fica para a História do futebol é isso mesmo.
Os grandes jogadores como Ronaldo e Pelé.
Não o lixo como Platini e Blatter.
Depois Falamos.

Veleiro


Mocho ao Luar


Estórias da História


O PSD está a comemorar 40 anos de História.
Nesse âmbito decidiu a secretaria-geral criar um espaço no qual para além de se fazer a própria História do partido se pudessem contar estórias em volta da própria História.
www.psd40anos.pt é o endereço.
Onde os militantes são convidados a contarem as suas próprias estórias , ligadas a qualquer aspecto da vida do partido, com isso contribuindo para que a História do PSD seja ainda melhor conhecida.
É uma iniciativa muito interessante.
E por isso decidi contribuir com duas pequenas histórias passadas comigo e com dois líderes do PSD.
Com o primeiro e com o actual.
Ainda não foram publicadas, nem sei se o virão a ser tantas as estórias que devem estar a ser enviadas, mas aqui as partilho com os leitores do Depois Falamos.

1) Com Francisco Sá Carneiro

Tinha-me filiado na JSD de Guimarães em 21 de Janeiro de 1975.
Seis dias depois, a 27, o PPD realizava o seu primeiro comício em Guimarães no Teatro Jordão com as presenças de Francisco Sá Carneiro, Marcelo Rebelo de Sousa, Helena Roseta e outros dirigentes da altura.
Naquele tempo, em pleno PREC, e com um partido com pouco mais de meio ano de vida tudo era improviso, boa vontade e uma ponta de loucura.
Vivam-se tempos em que de norte a sul os comícios do PPD eram alvo de tentativas de boicote provocadas pelo PCP e pela extrema esquerda.
Sabíamos que no de Guimarães, ainda por cima com a forte componente operária do concelho, não seria diferente.
O partido tinha a sua segurança assegurada pelos militantes e pela JSD que na base do voluntariado davam literalmente o corpo ao manifesto.
No dia anterior ao comício apareceram na sede de Guimarães uns companheiros vindos do Porto que reuniram com a malta da Jota e alguns mais velhos para tentarem organizar a segurança do comício dentro daquilo que nos era possível fazer.
No dia lá nos concentramos todos no Teatro Jordão para ocuparmos os lugares que nos eram destinados (entradas, quadro da luz, acesso ao palco, etc) portando umas braçadeiras a dizerem "SEGURANÇA" e que "pesavam" como chumbo a miúdos de 15,16, 17 anos como a maioria de nós era.
Penduradas as faixas e bandeiras, colocados os distícos, restava-nos esperar pela hora do comício.
Foi então que tivemos o mais inesperado dos brindes.
Por baixo do Teatro Jordão existia o restaurante...Jordão que durante muitos anos foi uma referência de Guimarães mas encerrou anos atrás com grande pena dos seus mais que muitos clientes.
Pois no restaurante Jordão estavam a jantar os dirigente do PPD que iam participar no comício.
E entre eles Francisco Sá Carneiro.
Foi então que um desses companheiros do Porto veio junto dos miúdos da Jota dizer que aqueles que quisessem podiam descer ao restaurante (existia uma escada interior  a ligar os dois espaços) para cumprimentarem o Homem (foi exactamente assim que ele se referiu a FSC) e o conhecerem pessoalmente.
Para nós foi um alvoroço e um entusiasmo.
Lá descemos, em grupos de três ou quatro, para com uma devoção explicada pela idade e pela aura do líder cumprimentarmos o secretário-geral do PPD.
No meu caso foi um aperto de mão que valeu como um compromisso de vida.
Que passados quase 40 anos continuo a respeitar.

2) Com Pedro Passos Coelho

Esta estória é mais recente.
Algures em 1988 o PSD de Guimarães, ao tempo dirigido pelo então deputado José Mário Lemos Damião, realizou um plenário concelhio para o qual foi convidado o então presidente da JSD Carlos Coelho por esses dias de visita ao distrito de Braga.
No dia aprazado para o plenário (recordo-me que era uma sexta feira mas não tenho a mínima ideia do mês nem para a estória importa) ,e uns quinze minutos antes da hora prevista , quando os dirigentes da concelhia de que eu fazia parte chegamos à sede já lá encontramos Carlos Coelho acompanhado por um dos seus vice presidentes na JSD.
Um jovem alto, magro, aloirado e dando a imagem de ser algo tímido pelo menos nos primeiros contactos.
Lemos Damião e Carlos Coelho eram colegas no Parlamento e no meio de algumas brincadeiras em volta da pontualidade do segundo (famosa já nesse tempo) lá se criou um ambiente de enorme descontracção em que o jovem vice-presidente da Jota se integrou.
Entrados na sala do plenário, e enquanto Carlos Coelho se sentava na mesa da presidência dada a sua qualidade de orador convidado ,o jovem VP sentou-se entre os membros da CPS e casualmente entre mim e um tradicional militante da secção chamado Laurentino Macedo conhecido pelo seu sentido de humor e permanente boa disposição.
E a verdade é que o jovem VP durante todo o plenário ,deixada de lado a imagem inicial de timidez, se fartou de fazer perguntas acerca da secção, da distrital, do concelho e da sua realidade autárquica pontuadas com alguns comentários próprios sobre a politica nacional ou a curiosidade sobre algumas intervenções dos militantes locais.
Mostrando um interesse, uma curiosidade de saber e uma perspicácia invulgar e que recordo ainda hoje passados vinte e seis anos sobre a data.
Ao ponto de no final do plenário, e já os dois dirigentes da JSD se tinham retirado, o militante Laurentino Macedo comentar comigo acerca do jovem VP da Jota.
":.sim senhor... este rapaz vai longe...".
Foi.
É hoje primeiro-ministro de Portugal.
Depois Falamos.

quarta-feira, outubro 29, 2014

Uma imagem...Mil Palavras!

Cartoon de Miguel Salazar

Diz-se, e é bem verdade, que há imagens que valem por mil palavras.
É o caso destas.
Em que o talento e o humor bem conhecidos do Miguel Salazar fazem o retrato perfeito de um tema desportivo dos últimos dias que tem indignado a família vitoriana.
Na imagem de cima a forma como a generalidade da comunicação social vê a classificação da Liga.
Na imagem inferior...a realidade dos factos!
Por isso ganhar no sábado terá o sabor de um duplo triunfo.
Será vencer o adversário e derrotar o jornalismo de sarjeta.
Depois Falamos

P.S. O cartoon de Miguel Salazar e o texto de José Rialto podem ( e devem ) ser vistos em:

http://miguelsalazar.blogs.sapo.pt/

Nazaré


terça-feira, outubro 28, 2014

Acalmia

Parece, mas tratando-se do futebol português nunca nos podemos fiar muito, que regressou a acalmia à Liga Portuguesa de Futebol Profissional com a eleição de Luís Duque e o fim dos tempos de desvario e irresponsabilidade de Mário Figueiredo.
Candidato único e eleito com uma votação extremamente confortável (46 votos a favor, cinco nulos e dois brancos) num universo eleitoral em que apenas o Atlético não participou, o novo presidente parece gozar de boas condições para um mandato pacífico e pacificador.
Tem o apoio da esmagadora maioria dos clubes, a neutralidade dos restantes, e até o raro facto de ter expressamente a seu lado os presidentes de Porto e Benfica.
Com a curiosidade nunca antes verificada de termos visto Pinto da Costa a falar pelo Porto e pelo...Benfica assegurando que nenhum dos clubes tinha estado na origem da indicação de Luís Duque.
Ainda bem que assim é.
E que os clubes parecem ter percebido que face à dimensão dos problemas que tem de enfrentar era bem preciso união e trabalho conjunto para os solucionarem.
Já todos sabemos que de boas intenções está o inferno cheio e por isso há sempre o risco de ao sabor de arbitragens que desagradem se correr novamente o risco de o caldo se entornar e esta união de esforços se evaporar que  nem fumo.
Mas acredito que para lá das "guerras" e do "show off" próprio das disputas desportivas podem ter sido dados passos importantes para uma nova era no nosso futebol.
Ficam agora alguns desafios para o novo presidente e a nova direcção da LPFP.
Com a questão dos direitos televisivos (um dos cavalos de batalha em que Mário Figueiredo tinha razão) a ser , de longe,  a mais importante das batalhas a vencer.
Aguardemos.
Depois Falamos.

P.S. Caiu bem a decisão de Luís Duque de abdicar do salário que lhe cabe enquanto presidente da Liga.
Não tinha que o fazer e nada o obrigava a fazê-lo.
Mas já que tem condições para o fazer...foi um gesto que caiu bem.

Mocho


Málaga


segunda-feira, outubro 27, 2014

Amargas Reflexões

A decisão tomada hoje pelo Tribunal da Comarca de Lisboa de inocentar Carmona Rodrigues, Fontão de Carvalho e Eduarda Napoleão das acusações que enfrentavam desde 2007(!!!) é de saudar com satisfação no plano pessoal ,e até político, mas suscita duas amargas reflexões.
A primeira prende-se com a morosidade da Justiça que andou com este processo em mãos durante quase uma década e só agora surge uma decisão que ainda pode ser passível de recurso.
Dez anos é muito tempo.
Especialmente quando implica processos judiciais a pessoas que se vem apurar estarem inocentes. 
A quem ninguém indemnizará nunca das preocupações, das angústias, dos transtornos pessoais e profissionais, dos graves danos injustamente causados ao bom nome a quem todos tem direito.
A segunda é politica.
Carmona Rodrigues ganhara a Câmara de Lisboa em 2005 pelo PSD, sucedendo a Pedro Santana Lopes,  e foi alvo de uma brutal pressão interna para se demitir por parte do então presidente do partido (Luís Marques Mendes) e da então presidente da distrital de Lisboa (Paula Teixeira da Cruz)a partir do momento em que foi constituído arguido neste processo.
E pese embora as reiteradas afirmações de Carmona Rodrigues alegando a sua inocência não desistiram enquanto ele não se demitiu provocando eleições antecipadas.
Que "deram" a Câmara de Lisboa a António Costa.
2007 foi o ano em que Luís Filipe Menezes ganhou as directas a Marques Mendes.
E estive suficientemente envolvido nessa campanha para me recordar bem das várias vezes em que em intervenções públicas  Menezes alertou Marques Mendes de que na questão de Lisboa estava a ir por muito mau caminho com um "justicialismo" partidário que se antecipava ás decisões dos tribunais e transformava arguidos em culpados.
Tinha razão.
Antes do tempo, como em várias outras coisas, mas tinha razão.
E se ninguém pode compensar Carmona, Fontão e Eduarda de todos os prejuízos causados por uma acusação injusta também ninguém compensará o PSD de ter entregue a maior câmara do país ao PS por decisões profundamente erradas dos seus dirigentes de então.
Há erros que marcam eras.
E deviam "marcar" também quem os cometeu mais que não fosse obrigando-os a outra contenção nas críticas a terceiros.
Porque foram grandes de mais para serem esquecidos.
Depois Falamos

P.S. Confesso que no próximo sábado adorava ver Marques Mendes falar na SIC sobre este processo e os seus próprios erros no que a ele diz respeito.
Mas desconfio que não vou ter sorte.
Lá teremos mais umas "tácticas" ao governo e a divulgação de mais uns "sussurros" oriundos do conselho de ministros.
Para lá disso...era muita sorte mesmo!

Invasão "Bárbara"

Esta semana Guimarães vai ser "invadida".
Pelos novos "bárbaros".
Os antigos matavam, roubavam, pilhavam e destruíam.
Estes também.
Só que de forma diferente.
Matam a verdade, roubam os sonhos, pilham o rigor, destroem a isenção.
O antigos bárbaros eram os Álanos, Vikings, Hunos, Germanos, Suevos, Vândalos, Teutónicos, Saxões, entre outros.
Que ao serviço dos seus senhores não tinham contemplações com nada nem com ninguém.
Os novos "bárbaros" tem outros nomes.
RTP,TVI, SIC, Sport-Tv, TSF, Antena 1,Público, Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Correio da Manhã, etc.
Que ao serviços dos seus senhores (Benfica-Porto-Sporting) também não tem contemplações com ninguém.
Especialmente com a Verdade, o Rigor e a Isenção.
Vão"invadir" Guimarães embora cá nada lhes interesse em boa verdade.
Nem sequer uma jovem equipa, com forte componente portuguesa e origens sólidas no futebol de formação, que está a fazer um belo campeonato e ocupa o terceiro lugar para escândalo desses "bárbaros"  que odeiam ver alguém incomodar os seus senhores.
Vão "invadir" Guimarães apenas e só porque sábado vem cá jogar o Sporting e por isso há que falar do jogo, promover o visitante e, se houver tempo, dizer qualquer coisita sobre o visitado.
Para fazer de conta que são isentos.
Porque de resto só por cá aparecem quando lhes cheira a "sangue".
Então se forem incidentes nas bancadas, problemas com os adeptos, desacatos com claques adversárias ou intervenções policiais a reprimirem adeptos vitorianos aparecem cá mais depressa do que Usain Bolt corre os 100 metros!
Devo dizer que estou absolutamente confiante na resposta que o Vitória lhes vai dar no relvado.
Mas gostava que a resposta não ficasse circunscrita ao jogo jogado.
Uma resposta a salvaguardar a nossa dignidade e a valorizar a nossa honra enquanto clube seria,pura e simplesmente, decretar um black out esta semana.
Nem uma entrevista ou declaração a esses orgãos de comunicação.
Proibição rigorosa de captarem fotografias ou imagens dos treinos.
Nada.
Rigorosamente nada.
Para perceberem bem a dimensão do nosso desprezo face à (falta de ) qualidade do jornalismo que produzem.
E entenderem de uma vez por todas que com o Vitória Sport Clube não se brinca.
Nem agora nem nunca.
Depois Falamos

P.S Naturalmente que o o "black out" teria três excepções.
Rádio Santiago, Rádio Fundação e Desportivo de Guimarães.
Seria de um masoquismo idiota fazer os "nossos" pagarem pelos erros dos "deles".

Equidna


Lampião


Lago Louise, Canadá

Foto: www.nationalgeographic. com

domingo, outubro 26, 2014

O Melhor...

Um destes dias um "velho "amigo com o qual faço de futebol nas suas múltiplas facetas, mas sempre com um toque vitoriano, sugeriu-me uma reflexão curiosa sobre qual o melhor jogador estrangeiro que tinha visto jogar no nosso futebol.
Escolha difícil.
Tantos e tão bons foram.
Desde os "nossos" Paulinho Cascavel, N'Dinga, Ademir Alcântara e outros de que a memória guarda gratas recordações.
Como Soudani, Saganowski, Geromel, Edmur ou Ernesto Paraíso (estes dois nunca os vi jogar mas fazem parte da lenda vitoriana) nomes que qualquer vitoriano tem na ponta da língua numa questão como esta.
E os outros.
Comecemos pelo Sporting.
Como escolher entre a genialidade de Salif Keita, a eficácia única de Hector Yazalde ou a classe de Peter Schmeichel?
E no Porto.
A classe de Cubillas, a veia goleadora de Mário Jardel ou a enorme segurança de Aloísio.
E no Benfica:
A classe de Ricardo Gomes, o "perfume" de Pablo Aimar ou o melhor guarda redes que me lembro de ver o extraordinário Michel Preud'homme.
Entre muitos outros que poderia referir.
É muito difícil escolher o melhor.
Mas há sempre uma opinião a ter.
Para mim o melhor de todos foi Rabah Madjer.
Um futebolista extraordinário cuja nacionalidade o impediu de atingir o galarim dos eleitos.
Fosse ele alemão, brasileiro, argentino ou italiano e jogando numa dessas selecções e certamente teria ganho títulos mundiais tal o acréscimo de qualidade  que dava a qualquer equipa.
Mas a Argélia era pequena para tanto talento.
Como o era a Libéria para George Weah ou a Dinamarca para Alan Simonsen.
Mesmo assim Madjer assinou grande momentos do futebol.
De que o "calcanhar de Viena" terá sido o maior de todos.
Nem tanto pela dificuldade técnica do movimento.
Mas pelo arrojo, pelo descaramento, pela coragem de fazer aquilo naquele momento.
Futebol em estado puro.
E esse, como se sabe, só está ao alcance dos génios.
Depois Falamos

Sapo


Amarelo & Azul


sábado, outubro 25, 2014

O Nosso 14

                                
                                
                                
Não era um jogo fácil.
O adversário a precisar de pontos e com tentativas de "mind games".
A defesa ,que já não tinha Moreno e Douglas, acabara de perder Defendi.
O ambiente em Setúbal que é sempre de uma hostilidade incompreensível por parte dos poucos espectadores afectos ao clube local.
Mas o Vitória a tudo soube responder da melhor forma.
Individualmente:
Assis: Um jogo"manhoso" a que o GR vitoriano soube responder da melhor forma. Um adversário que foi pouco à baliza, remates esporádicos de longe, tudo a exigir uma enorme concentração. Posta à prova nos últimos instantes com um ressalto a que Assis deu excelente resposta. Mais um jogo, o terceiro consecutivo, sem sofrer golos e em que tudo que havia para fazer foi bem feito.
Bruno Gaspar: Um bom jogo. Primeira parte de grande sinal ofensivo e depois mais cauteloso no segundo tempo mas sem descurar oportunas subidas ao ataque.
Josué: É um jogador com classe. Tem-lhe faltado, talvez, mais oportunidades mas a concorrência naquele lugar tem sido muita e boa nos dois últimos anos. Correspondeu plenamente nesta chamada.
João Afonso: Tal como o seu parceiro de defesa rubricou uma boa exibição. Coroada com o golo do triunfo naquele que foi seguramente o primeiro de muitos.
Traoré: É uma lateral muito ofensivo que no Bonfim teve um jogo ao seu gosto. Boa exibição.
Bouba: Sabe os terrenos que pisa e faz o seu trabalho sem se dar muito por ele. Pena o "amarelo" a revelar alguma ingenuidade.
André: O "operário" do meio campo que não nega esforço nem empenho. Não fez, como noutras oportunidades, um jogo brilhante mas esteve lá.
Bernard: Uma boa exibição adornada com alguns pormenores de grande qualidade como a execução de um livre que quase dava golo. Nota-se que quando tem a bola os adversários o temem. Acabou esgotado.
Hernâni: Talvez o mais brilhante dos vitorianos na noite de ontem. Um reportório técnico muito acima da média reforçado com velocidade, engodo pela baliza e destemor em ir para cima dos adversários. Bem merecia o golo que tentou por várias vezes.
Álvez: Uma exibição discreta. Muito só na área e sem bolas rematáveis. Sentiu a falta de Tomané.
Alex: Outra exibição discreta. Melhor a fechar os flancos do que a atacar. A substituição pecou por tardia.

Tomané: deu outra "vida" ao ataque rematando com perigo em duas oportunidades. Acredito que se tem feito parceria com Álvez, como noutras oportunidades, o resultado seria mais dilatado.
Cafu: Entrou para ajudar a defender a vantagem e cumpriu.
Ricardo Gomes: Praticamente nem teve tempo para tocar na bola.

Miguel Oliveira, Plange, Crivellaro e Gui não sairam do banco.

Depois Falamos

P:S. É apenas uma curiosidade  mas aquando da sua contratação foi dito que o lateral esquerdo tunisino Chemman também jogava como central.
Ontem, sem nenhum central no banco, ficou fora da convocatória enquanto o lateral(adaptado e que nunca será central)Plange integrou os 18.

Tubarão

Foto: www.nationalgeographic.com

Lua de Halloween


sexta-feira, outubro 24, 2014

Justo

Foto: A Bola
O Vitória conseguiu hoje em Setúbal um triunfo tão justo e indiscutível como estranhamente difícil e arrancado quase a ferros.
Perante um adversário a puxar para o fraco, e que pese embora o esforço posto no jogo raramente criou perigo para a baliza de Assis, o Vitória dominou quase todo o jogo mas com uma "cerimónia" excessiva na hora de concretizar.
Jogou bem, especialmente na primeira parte e nos últimos vinte minutos, mas na hora de rematar a felicidade andou arredia dos jogadores vitorianos.
Jogando no clássico 4-3-3 tão do agrado de Rui Vitória pareceu sempre que o volume de jogo ofensivo criado por Bernard e Hernâni, com a ajuda de dois laterais em bom nível, nunca encontrou Álvez em posição de tiro talvez por "saudades" da companhia de Tomané numa dupla de pontas de lança que já provou o bom entendimento entre eles.
Na segunda parte o Vitória soube controlar uma entrada mais agressiva do seu homónimo e acabou por chegar ao golo num lance de boa parada com uma eficaz assistência de Hernâni a que correspondeu João Afonso com um excelente remate de cabeça.
A partir daí, e com excepção de um remate traiçoeiro mesmo no expirar da partida que Assis resolveu bem, as oportunidades de golo foram todas do Vitória mas a falta de pontaria nuns casos e uma excepcional defesa de Ricardo Baptista a remate de Bernard impediram que o marcador atingisse uma expressão mais justa.
Venceu quem mereceu num jogo bem arbitrado por Duarte Gomes.
Uma nota final para as substituições operadas por Rui Vitória e que , desta vez, não me pareceram particularmente felizes.
A vencer por 1-0, faltando mais de 25 minutos para jogar, trocar de pontas de lança foi ficar desprevenido caso o adversário empatasse e fosse necessário reforçar o ataque.
A saída (tardia) de Alex e a entrada de Cafu reforçou a segurança defensiva mas foi quase um "convite" aos sadinos para atacarem mais dado que passamos a ter menos jogadores na frente pese embora Bernard ter descaído para o flanco direito.
E finalmente a saída de Hernâni ,que se "entreteve" a aterrorizar a defesa setubalense em especial durante toda a 2ª parte, quando fisicamente aparentava bem melhores condições do que Bernard pareceu algo estranha.
Do meu ponto de vista faria mais sentido trocar Bernard por Crivellaro para assegurar posse de bola e manter a defesa setubalense receosa dos piques,simulações e dribles de Hernâni.
Mas esta é apenas a minha opinião que só expresso porque ganhamos.
Rui Vitória é que sabe,como é óbvio, as linhas com o que se cose e qual a melhor estratégia para a equipa.
Depois Falamos

"El Clássico"

Amanhã há um daqueles jogos que faz parar o mundo do futebol.
Literalmente e em todo o mundo.
No Santiago Bernabéu joga-se o "clássico dos clássicos", o Real Madrid-F.C. Barcelona.
Que independentemente da posição das equipas na tabela classificativa e do momento de forma de cada uma delas é sempre um jogo de resultado imprevísivel.
No de amanhã, com as equipas separadas por quatro pontos favoráveis ao Barcelona, não se joga a liderança do campeonato mas joga-se a competitividade do mesmo (uma vitória do FCB aumenta para sete pontos a diferenças e embora ainda falte muito sete pontos são...sete pontos) e essencialmente o prestígio de querer ganhar ao maior dos rivais.
Mas há outras curiosidades em volta do mesmo.
A atenção com que Sevilha, Valência e Atlético de Madrid seguirão o desfecho porque em caso de empate ou especialmente de  vitória caseira o topo da classificação poderá (desde que esses três vençam os respectivos jogos) ficar em "fogo" com cinco equipas separadas por dois pontos.
A previsível estreia de Luís Suárez formando com Messi e Neymar um ataque verdadeiramente fabuloso que só tem paralelo no do Manchester United (Falcao-Van Persie-Rooney) e não tem no do Real Madrid porque a Ronaldo e Bale faltam o "complemento" que Benzema não é.
Bale que será,precisamente, a grande ausência por lesão.
E depois, cereja em cima do bolo, o sempre aguardado confronto entre Ronaldo e Messi.
Os dois melhores jogadores mundiais dos últimos anos e de cujo talento se espera sempre mais qualquer coisa a abrilhantar estes jogos.
Com a atracção muito especial de Messi poder tornar-se, neste jogo, o melhor marcador de sempre do campeonato de Espanha ultrapassando o mítico recorde do bilbaíno (e do Atlético de Bilbau) Zarra.
Amanhã é dia grande no futebol mundial.
E dia também de os verdadeiros aficionados do futebol poderem seguir o jogos entre dois grandes clubes e o "confronto" particular de dois génios sem a ridícula preocupação de discutirem qual dos clubes é maior e qual dos jogadores é melhor.
Deixemos esse debate para "merengues" e "culés" e apreciemos o melhor futebol do mundo.
Depois Falamos.

Que Safra...


Jogada mais uma ronda das competições europeias que conclusões tirar no que ás equipas portuguesas diz respeito?
Fracas. 
Na Liga dos Campeões, e conforme aqui se tinha previsto antes do inicio da competição, apenas o Porto está a fazer uma carreira compatível com as suas aspirações e em posição confortável para se apurar para a próxima fase.
Mesmo com as rotações de Lopetegui.
Benfica e Sporting penam nos ultimos lugares dos respectivos grupos e pouco mais aspirações podem ter que não seja o serem repescados para a Liga Europa embora em teoria(o velho hábito português de agarrar na calculadora...) ainda possam matematicamente continuar pela Champions.
O facto de ambos ainda terem dois jogos em casa acalenta-lhes a esperança e esta é a ultima a perder-se.
Pessoalmente tenho muitas dúvidas mas nada como esperar para ver.
Não deixa contudo de ser curioso que os velhos rivais lisboetas se agarrem ambos ao mesmo argumento (os árbitros) para justificarem os insucessos desportivos.
Quando em boa verdade, e não negando ao SCP razão num penalti mal assinalado, esses insucessos se devem essencialmente à falta de qualidade das respectivas equipas para jogarem com alguns adversários que lhes tem aparecido.
Na Liga Europa, então, é que o panorama é mesmo desolador.
O Rio Ave com três derrotas em três jogos apenas vai cumprir calendário porque quanto ao apuramento nem em sonhos.
Os outros três clubes do grupo tem seis pontos cada (apuramento renhido) enquanto os vilacondenses nem um para amostra.
O Estoril está melhor.
E ainda pode discutir o apuramento mas, em boa verdade, com pouca possibilidades de o atingir dado ter de jogar fora duas partidas e apenas uma na Amoreira com o PSV.
É possível mas muito complicado.
Em suma postos perante a realidade da Europa os clubes portugueses vão descobrindo a sua verdadeira dimensão futebolistica.
Que na esmagadora maioria dos casos se revela insuficiente para ter qualquer tipo de aspiração.
Essa é que é a verdade.
E o ranking do futebol português vai pagar isso bem caro.
Depois Falamos

Castelo de Combour, França


Cegonhas


quinta-feira, outubro 23, 2014

"Combater"

Conheço o PSD (que começou PPD) desde a  sua fundação.
Filiei-me na JSD em Janeiro de 1975 mas já antes acompanhava as actividade do partido e a sua implantação em Guimarães.
Comprava semanalmente o "Povo Livre" e lia-o de uma ponta a outra com o entusiasmo de quem está a ver coisas novas e a entrar num mundo até então desconhecido.
Ainda hoje tenho alguns exemplares desses tempos heróicos em que ser do PPD era perigoso em muitos sítios deste país.
Especialmente a sul do Tejo mas também em muitos outros lugares.
Mas o PPD não tinha medo.
E não "dava" a rua à esquerda.
Fazia sessões de esclarecimento, comícios e manifestações de rua mesmo sabendo que algumas dessas iniciativas iriam ser alvo de tentativas de boicote e muitas delas terminariam em monumentais sessões de pancadaria.
Recordo-me bem de sessões, no Minho, que estavam a ser atacadas pela esquerda totalitária e se telefonava para as sedes de concelhos vizinhos a pedir reforços para fazer frente a quem não nos queria reconhecer o direito de existir.
E lá iam pessoas da JSD e do PPD ajudar os que estavam em dificuldades.
Com o passar dos anos , e o exercício do poder, o PPD (já PSD) foi-se acomodando e "esquecendo" a rua de onde vinha e que lhe tinha valido o poder.
Rua só nas campanhas com umas "arruadas" e pouco mais.
De resto optou pelos jantares de campanha, pelos comícios em espaços fechados e por outras iniciativas mais "confortáveis".
E fora das campanhas, então, caiu no vício das sessões e reuniões  em hotéis com ar condicionado e confortáveis cadeira em cima de macias alcatifas.
Dir-me-ão que são tempos diferentes e que as coisas evoluíram.
Direi que só para nós PSD.
Porque a esquerda continua na rua e faz dela uma "coutada" por ausência de quem dela não tem que ter medo.
Vem isto a propósito da forma como a esquerda radical e os sindicatos por ela instrumentalizados transformam cada visita do primeiro-ministro num acto de contestação ao governo, com "direito" a noticia em todos os telejornais, fazendo passar a ideia de que em todo o país há uma enorme contestação ao governo e um estado geral de insatisfação e revolta.
Quando em muitos dos casos não passam de brigadas "autocarrotransportadas"de um lado para outro.
E o que faz o PSD para contrariar este estado de coisas?
Que se saiba...nada.
Nem sequer convocar os seus militantes para estarem presentes a apoiarem o seu governo e o seu primeiro-ministro.
E contrariarem a imagem quase diariamente passada nos telejornais.
Ter medo de "combater", evitar os terrenos do "inimigo", recear assumir o apoio a quem apoiamos é uma atitude que dificilmente deixará de conduzir a uma derrota "anunciada" e perante a qual parece existir algum conformismo.
Há que mudar de atitude e de estratégia.
Enquanto é tempo.
Depois Falamos.

P.S. A fotografia é de um comício do PSD/Madeira.
Que ao fim de 37 anos de poder continua a não "dar" a rua aos adversários.
Ocupa-a.
E também por isso está tão duradouramente no poder.

Cores de Outono


Parga, Grécia


quarta-feira, outubro 22, 2014

Pontos nos Is

Os jornais de Lisboa, as televisões, os comentadores futebolisticos e os telespectadores (sportinguistas) que ligam para os fóruns dos canais informativos entraram em perfeita histeria por causa da arbitragem do Schalke-Sporting de ontem.
Transformando um erro grave do árbitro num crime de lesa Pátria.
Vamos ser claros.
Maurício foi muito bem expulso.
Infelizmente para ele e para o clube não parece ter a maturidade necessária a jogar a este nível.
Duas faltas tão graves quanto desnecessárias deixaram a equipa com dez jogadores durante uma hora.
Em vez de culparem o árbitro,branqueando a sua estupidez, bem farão os responsáveis se o chamarem à responsabilidade.
O terceiro golo dos alemães tem um fora de jogo do seu marcador.
Mas é daqueles milimétricos e extremamente difíceis de analisar na fracção de segundo de que o fiscal de linha dispõe para o efeito.
É um erro mas daqueles que fazem parte do jogo e não das teorias da conspiração.
O penalti é,esse sim, um erro brutal.
Não do árbitro, que ia deixar o jogo prosseguir, mas sim do árbitro de baliza (essas figuras caricatas inventadas pela UEFA do senhor Platini) que a dois metros do lance a com total visibilidade assinalou mão na bola quando apenas foi bola na cara e nada mais.
Devo dizer, a propósito, que nunca gostei dessa invenção dos árbitros de baliza.
Cuja movimentação é ridícula e que não servem para nada a não ser para duas coisas:
Disfarçar a má consciência de quem manda no futebol quanto à não introdução de tecnologias auxiliares e proporcionar a um número cada vez maior de árbitros e fiscais de linha generosas deslocações à boleia das competições europeias.
E quando a isso se junta o facto de ainda virem contribuir com erros graves (como o de ontem) para a adulteração da verdade desportiva dos jogos ainda mais se comprova a sua inutilidade.
Em conclusão.
O Sporting tem razões de queixa, é verdade, mas nada que justifique esta histeria que se desatou mal terminou a partida e promete continuar mais uns dias ao sabor das estratégias que já todos conhecemos.
Bem pior aconteceu ao Vitória em Basileia (porque aí o erro negou-nos o acesso á fase de grupos da Champions e não apenas um ponto merecido como ontem) e não vi metade da preocupação da imprensa e de histerismo dos comentadores.
Depois Falamos.

P.S. Curiosamente ainda não ouvi Bruno de Carvalho falar de "nádegas" e "ventosidades" a propósito de ontem.
Ou sabe com quem se pode ( e não pode) meter ou então vai aumentar a "parada"e pedir ao Presidente da República para convocar o Conselho de Estado !
Aguardemos...

P.S 2: A UEFA tem de ter mais cuidado nas nomeações. Uma equipa de arbitragem russa para o jogo de uma equipa patrocinada pela Gazprom é, no mínimo, imprudente.
Mas devia ser incompatível.

Haarlem, Holanda


Curiosidades da Champions

Vi ontem com algum interesse os jogos e resumos da Liga dos Campeões.
Nomeadamente os que envolveram equipas portuguesas.
Nos outros o destaque vai, naturalmente, para a goleada esmagadora do Bayern em Roma perante uma equipa local com pergaminhos mas que se viu "varrida" pelo vendaval de futebol dos alemães.
Nos das equipas lusas destacaria algumas curiosidades.
Começando pelo Porto.Atlético de Bilbau.
Impressionante o número de adeptos bascos, todos com camisola oficial, que estavam nas bancadas do Dragão.
Vários milhares que em largos períodos do jogo fizeram a sua equipa sentir-se em casa.
Curioso o jogo entre uma equipa portuguesa com um onze inicial sem portugueses e uma equipa espanhola com um onze inicial com onze...bascos.
Parecido...
Mais uma rotação de Lopetegui, neste caso bem sucedida, mas uma equipa que denota fragilidades defensivas na zona do meio campo. Com adversários mais fortes vai passar mal.
Quaresma mostrou o porquê de o banco ser demasiado pequeno para ele e Casemiro, uma vez mais, comprovou que há árbitros cuja tolerância vai até ao inimaginável.
Com um árbitro que aplicasse correctamente as leis do jogo não chegaria ao intervalo.
Sendo como for o Porto, com sete pontos, continua num excelente caminho rumo à fase seguinte.
O Sporting foi um "filme" diferente.
Em que começou por ter razões de queixa de si próprio, da idiotice repetida de Maurício ao "frango" de Rui Patrício, e acabou com razões de queixa da equipa de arbitragem.
Essencialmente por causa de um penalti muito mal assinalado e de um golo(o terceiro) em que há um fora de jogo,é verdade, mas daqueles de muito difícil avaliação.
Pelo meio saliente-se a forma como a equipa jogando desde os trinta minutos com 10 elementos ainda teve a resistência anímica, e a classe, de conseguir recuperar dois golos de desvantagem.
Foi uma derrota injusta é indiscutivel.
Mas que apenas conforma que bem andará o SCP em pensar na Liga Europa.
Porque a Champions...não me parece nada.
Depois Falamos.

P.S. Hoje joga o Benfica. Com a curiosidade, desde logo, de ser uma equipa portuguesa a defrontar um adversário que vai ter no onze inicial mais portugueses do que ela própria.

Castelo de Caerverlock, Escócia


Cisnes


terça-feira, outubro 21, 2014

Luís Duque

Foi uma escolha surpreendente.
É um homem do futebol, conhece o meio, é uma pessoa afável e civilizada.
E isso são qualidades.
Mas...
Há sempre um mas.
E neste caso o "mas" tem a ver com situações extra futebol em que se viu envolvido  e que podem de alguma forma vir a condicionar a sua acção.
Parte,ainda assim, com um lastro positivo.
Mereceu o apoio unânime de 27 clubes e tem a inegável vantagem de ter ao seu lado (por quanto tempo é outra questão) Porto e Benfica que propuseram o seu nome.
Depois há a questão Sporting.
Não tanto por Bruno de Carvalho não gostar de Luís Duque.
Em boa verdade o presidente do SCP não gosta de ninguém desde o Visconde de Alvalade até Godinho Lopes.
Passando por Manuel Fernandes um dos maiores futebolistas da história do clube.
Tal como Luís XIV, no seu tempo, Bruno de Carvalho acha que o Sporting é ele e mais ninguém.
Mas a escolha de um sportinguista para presidir à Liga, num tempo em que o clube leonino faz pública questão de viver de costas viradas para o organismo depois de ter apoiado a incrível "reeleição" de Mário Figueiredo, parece (pode não ser) uma retaliação contra o clube e o seu presidente.
E se assim for tem dois inconvenientes:
Em primeiro lugar é utilizar a Liga para guerras entre clubes quando ela tem tanto para fazer em prol do futebol.
Em segundo lugar dá a Bruno de Carvalho (e ao SCP) uma importância que não merecem e uma posição de privilégio para serem continuamente do "contra" com tudo o que isso significa no exercício de influências a vários níveis.
Porto e Benfica dificilmente sofrerão com isso mas já os restantes clube não poderão dizer o mesmo.
Espero estar enganado e desejo, naturalmente, que tudo corra pelo melhor.
Mas talvez o nosso futebol, neste delicado momento que vive, merecesse uma escolha de menos risco.
Depois Falamos.

Eram 50...

Eram 50.
Chegaram num autocarro alugado, a uma empresa da zona de Guimarães, com um papel para desempenhar.
Não eram professores nem alunos e muito menos representavam alguém que não fosse quem os mandou.
Eram uma das brigadas "autocarrotransportadas" dos senhores Arménio Carlos e Mário Nogueira.
Chegaram com as palavras de ordem habituais, os insultos do costume, as faixas e bandeiras mil vezes vistas, as buzinas próprias para incomodar.
E com a ordinarice e falta de respeito que os caracteriza em todas as situações.
Como na Guarda onde nem a indisposição do Presidente da República respeitaram ou em Coimbra onde pensando (não é o forte deles convenhamos...) estarem a afrontar o PM e o Governo apenas estavam a faltar ao respeito aos mortos da Grande Guerra que estavam a ser homenageados na cerimónia.
E quem nem os mortos respeita como há-de respeitar os vivos?
Desta vez as "vitimas" foram as crianças, alunas do centro escolar inaugurado por Passos Coelho, que viram o pequeno número musical que tinham preparado para receber o primeiro-ministro permanentemente perturbado pelas buzinas dos 50 figurantes mandados com esse objectivo.
Que depois da entrada da comitiva na escola se foram embora.
A missão estava cumprida.
À noite as televisões lá bolsaram a noticia que "interessava":
"Passos Coelho vaiado por manifestantes".
Esquecendo-se de dizer que eram 50.
E que enquanto cá fora eram 50 a vaiar lá dentro eram mais de 200 a aplaudir e ás vezes com entusiasmo.
E nesses 200 estavam pais e professores.
Mas isso não é notícia. 
Pode-se lá bem noticiar a mínima,que seja, manifestação de aplauso ao governo...
Depois Falamos

Peixe Napoleão

Foto: www.nationalgeographic.com

Escalada


Nuvens


segunda-feira, outubro 20, 2014

Aniversários....

Nos últimos anos tenho registado a curiosidade, agradável diga-se de passagem, de passar parte do meu dia de aniversário por perto de líderes (ou futuros lideres) do meu partido.
Em 2001 acompanhando Durão Barroso num jantar de pré campanha autárquica em Celorico de Basto.
Em 2002 com Luís Marques Mendes numa inauguração em Vila Nova de Famalicão.
Em 2006 com Luís Filipe Menezes numa sessão em Azambuja.
Hoje foi a vez de Pedro Passos Coelho.
Não como líder do partido mas como primeiro ministro na inauguração de um Centro Escolar na vila de Forjães no concelho de Esposende.
Onde o primeiro ministro se deslocou, acompanhado pelo ministro da educação e muitas outras personalidades, para participar na referida cerimónia e onde proferiu um excelente discurso deveras apreciado por todos os presentes.
Assertivo,mobilizador e demonstrando um ânimo e uma pujança bem nos antípodas de desânimos e outras fragilidades que alguns lhe querem colar a todo o preço.
Foi um bom momento político.
Que os noticiários televisivos das 20.00 h estiveram longe de mostrar tal como tinham sido.
Não só porque deram um relevo ridículo á habitual brigada "autocarrotransportada" dos senhores Arménio Carlos e Mário Nogueira (50 manifestantes que só se representavam a eles próprios...e mal)como também tiveram o cuidado de suprimir das reportagens as frequentes interrupções por aplausos do discurso do primeiro-ministro.
Enfim, num e noutro caso nada a que não estejamos habituados.
Por mim dei aquele bocado da tarde como bem passado.
E espero para o ano, ou para um dos outros a seguir, voltar a passar parte do meu dia de aniversário por perto do líder do PSD e primeiro-ministro de Portugal.
Será bom sinal.
Para o país!
Depois Falamos.

Guimarães