domingo, dezembro 30, 2018

A Aliança Vale a Pena!

O caminho faz-se andando!
É uma velha máxima que tem aplicação a dobrar neste processo tão estimulante de ajudar a construir um novo partido político que representa, sem qualquer sombra de dúvida, uma nova esperança para um Portugal progressivamente cansado das soluções tradicionais.
E tem aplicação a dobrar porque a construção faz-se passo atrás de passo mas são precisos muitos passos (leia-se milhares de quilómetros) para que de norte a sul, passando pelas regiões autónomas e pelas comunidades portuguesas no mundo se vá paulatinamente dando forma a uma nova formação política.
É um esforço grande, no qual participam dentro da sua disponibilidade muitas pessoas, mas que se tem revelado gratificante porque da maior cidade à mais pequena aldeia se fica com a clara sensação de que a Aliança é algo que tem o seu espaço mas mais do que isso é algo pelo que as pessoas esperavam para poderem participar de forma activa na vida da sua comunidade e do seu país.
Dos mais jovens aos mais experientes (para já o mais experiente de todos tem 84 anos, salvo erro, e filiou-se pela primeira vez num partido) tem sido possível encontrar um vastíssimo conjunto de pessoas que separados pela idade, pela experiência profissional, pelas confissões religiosas, pelas simpatias clubísticas, pelas comunidades em que residem se encontram fortemente irmanadas na vontade de fazerem da Aliança um projecto de sucesso através do qual possam contribuir para um país melhor.
Pessoas que vem de outros partidos, pessoas que nunca tiveram partido, pessoas que foram militantes deste ou daquele mas estavam há anos afastadas, pessoas que tradicionalmente faziam da abstenção a sua opção eleitoral, pessoas que se sentem mobilizadas por este novo projecto, pessoas que se reveem num estilo de liderança que faz a diferença, pessoas a quem não se pergunta de onde vem mas se querem ir com a Aliança nesta caminhada, constituem a base de um partido que tem tudo para ser um sucesso num país  a precisar de mudanças profundas, de reformas corajosas (das leis eleitorais para começar), de clarificação quanto a quem é quem , quem é o quê e o que  cada partido quer na política portuguesa.
A Aliança vale a pena.
E acredito que em 2019 vai começar a prová-lo através do voto livre dos portugueses.
Depois Falamos.

Nostalgias

Nem sou de grandes nostalgias, que o tempo não está para isso, mas confesso que nesta época tão especial do ano elas por vezes aparecem aqui ou ali ao sabor do que se vai vendo, lendo e encontrando por vezes onde menos se espera.
Claro que não me refiro às grandes nostalgias, aqueles que se prendem com pessoas que já partiram e com convívios natalícios que não voltarão a acontecer, mas a outro tipo de nostalgia mais conducente aos pequenos pormenores que se prendem com o Natal.
Os cartões de Boas Festas por exemplo.
Que dantes se escreviam e recebiam e que mais que nos porem em contacto com amigos e familiares significavam que do outro lado havia pessoas que se lembravam de nós e de que nós nos lembrávamos ao ponto de escrevermos um postal, o metermos no envelope, comprarmos um selo e o metermos no correio.
Dava trabalho mas era gratificante.
Entretanto o mundo girou (nalgumas coisas bem noutras nem tanto...) e essa tradição do postal de Boas Festas foi desaparecendo ao sabor dos avanços da tecnologia que hoje permite outras soluções para enviar os votos natalícios.
Primeiro foram os e-mail, depois os sms, a seguir o messenger, o whatsApp, o Instagram, o twitter, o Linkedin e sei lá que mais e que nos despejam em cada Natal uma enxurradas de votos de Boas Festas de familiares, amigos, conhecidos, mais ou menos conhecidos e completos desconhecidos!
Com tanta tecnologia, tantas formas de comunicar, tanta interacção de onde virá esta nostalgia pelos postais de Boas Festas?
Não sei.
Mas sei que esses rectângulos de papel com texto manuscrito , metidos em envelopes com moradas também elas manuscritas, tinham um "calor" afectivo que nenhuma moderna tecnologia consegue igualar quanto mais substituir.
É...nostalgias.
Depois Falamos

Paisagem


Veleiro


Grou


quarta-feira, dezembro 26, 2018

O Pai Natal

O meu artigo desta semana no zerozero.

O Pai Natal é, como todos sabem, um velhote simpático, rechonchudo, de fartas barbas brancas  que traja umas vestes vermelhas e um gorro da mesma cor e se faz transportar num trenó puxado por um conjunto de renas.
Para os crentes nas suas potencialidades, e são muitos pelo mundo inteiro, o Pai Natal é aquela veneranda figura a quem as crianças (e pelos vistos não só...) fazem as suas encomendas natalícias na esperança de que o simpático personagem as satisfaça por mais estranhas e mirabolantes que possam parecer a quem nele não acredita.
O Pai Natal é um produto de importação, digamos assim, que em Portugal teve o enorme sucesso guardado para tudo que vem de fora como o Carnaval, o Halloween, o dia de S.Valentim e quejandos porque se há coisa que os portugueses adoram é aquilo que é moda noutros lados e aparece por cá mais dia menos dia.
E por isso o Pai Natal foi moda de sucesso imediato, desde há décadas a esta parte, rivalizando na iconografia natalícia com o “Menino Jesus”  a quem tradicionalmente eram feitos os pedidos de prendas de Natal.
É pois uma instituição de Natal ansiosamente aguardada nas casas dos portugueses que nele acreditam constituindo-se numa verdadeira tradição da época natalícia  que começa a ser preparada com bastante antecedência porque as “prendas” demoram o seu tempo a serem preparadas.
Este ano, uma vez mais, o Pai Natal andou por aí visitando as casas de ricos e pobres, de grandes e pequenos, de quem nele acredita ou nele se vê obrigado a acreditar face a evidências que se metem pelos olhos dentro.
Uma das casas que o Pai Natal este ano visitou, correspondendo seguramente à enorme vontade de o ver por lá, foi a sede da Federação Portuguesa de Futebol ali para os lados de Oeiras onde deixou uma prenda ansiosamente aguardada .
Que foi o sorteio da Taça de Portugal.
Eu explico:
Naturalmente que a FPF, como instituição séria que é, organiza todos os anos a Taça de Portugal mas sem privilegiar qualquer equipa sendo-lhe perfeitamente indiferente quem a vence edição após edição.
E por isso nos últimos anos clubes como o Vitória, o Braga, a Académica, o Vitória de Setúbal e o Aves venceram a competição em compita com outros clubes que já eram dados como vencedores anunciados mas...não ganharam!
Num país tão dado a tradições, ainda que importadas como o Pai Natal, terá nalgumas pessoas começado a lavrar o sonho secreto de cumprir tradições do antigamente e voltar a ter uma final de taça em que o vencedor, sendo A ou B não fosse C, e por isso o troféu ficasse pela certa na posse daqueles que tradicionalmente o ganham.
Uma final do antigamente terá sido o pedido, em sonhos naturalmente, ao bom do Pai Natal.
Acontece que o panorama tinha algumas dificuldades para poder ser concretizado.
Nas oito equipas apuradas para os quartos de final estavam sete vencedores da Taça (Benfica, Porto, Sporting, Braga, Vitória, Aves e Leixões) apenas ficando de fora o Feirense como único clube sem o troféu nas vitrinas.
Ainda por cima nos oito cinco deles ocupam os cinco primeiros lugares da classificação o que parecia apontar para uns jogos de quartos de final muito equilibrados e sendo provável que houvessem encontros entre os tais que os sonhos de alguns colocavam na tal final do antigamente.
Mas que chatice terão pensado.
Se calhar ainda não é desta que vamos ter uma final com um dérbi dos antigos,que ponha frente a frente dois dos três maiores clubes do país, e ainda vamos ter de aturar um ou dois “patos bravos” a marcarem presença na única coisa garantidamente velha da final que é o estádio do Jamor.
Desconfio que erraram no pessimismo.
Por um lado porque subestimaram os imensos poderes do Pai Natal e por outro porque se esqueceram que o bom do velhote percebe de prendas e da realização de sonhos mas nada entende de estatística e de leis das probabilidades.
E foi por isso com um encantamento que apenas o Pai Natal poderá explicar que viram o sorteio da Taça corresponder a tudo aquilo com que sonhavam mas jamais se atreveriam a exprimir nem que fosse a brincar.
O Pai Natal deixou no sapatinho da FPF quatro jogos em que os quatro primeiros não se defrontam entre si !
Melhor  não era possível.
Até porque o alinhamento para as meias finais também aponta para uma final do antigamente salvo grande surpresa .
É certo que os quatro primeiros jogam todos fora (eu bem digo que o velhote não percebe nada de estatística nem de leis das probabilidades...) mas excepto num dos casos em que a um dos favoritos do PAI Natal saiu a “fava”, tendo de jogar num estádio dificílimo para qualquer visitante, para todos os outros pouca diferença fará jogar fora de muros tal a diferença de valores que se conhece.
E por isso tudo se conjuga para que esses sonhos natalícios de alguns tenham pleno cumprimento lá para Maio do ano que vem com a disputa da final há tanto tempo ansiosamente sonhada!
A não ser que Vitória, Feirense, Aves e Leixões resolvam arvorar-se em desmancha prazeres e estragarem, individualmente ou a dois (era bonito...) os tais sonhos natalícios de alguns e marcarem presença na final contrariando todo o laborioso e discreto trabalho do Pai Natal em sentido contrário.
Coitado do Pai Natal mas feliz do futebol português.

P.S. Não acredito minimamente na existência do Pai Natal. Mas é problema meu como está bom de ver...

Mãe Leoa


Luar em Banguecoque


terça-feira, dezembro 25, 2018

Reflexão

Começo pelo fim e não posso deixar de pensar que com os nove pontos que o "sistema" nos ficou a dever o Vitória estaria neste momento em segundo lugar a apenas dois pontos do Porto e completamente metido na luta pelo acesso à Liga dos Campeões.
E é pena que todos quantos glosaram na comunicação social a esplêndida exibição vitoriana face ao Sporting não tenham valorizado devidamente esse factor que distorce de forma irremediável a verdade desportiva do campeonato.
Nada de novo, é verdade, mas que não pode deixar de ser denunciado com a força da justa indignção dos vitorianos e de todos aqueles que gostam de campeonatos em que todos os clubes sejam iguais nos direitos e nos deveres.
Quanto ao jogo, em que o Vitória fez a melhor exibição da temporada, já tudo terá sido mais ou menos dito.
Uma equipa que vinha de onze jogos sem derrota (é a equipa portuguesa há mais tempo invicta nas provas nacionais) e acabadinha de conseguir um moralizador triunfo para a Taça de Portugal fez gato sapato de um Sporting que,como o próprio treinador teve a humildade e o desportivismo de reconhecer , nãoe stava preparado para um adversário tão forte.
Ben a defender , assertiva no transporte de jogo e demolidora na criação de oportunidades só não construiu um resultado histórico porque Renan fez cinco enormes defesas a remates de Davidson (2), Ola John, Pepê e Estupinan enquanto Pedro Henrique viu um cabeceamento em que o guarda redes estava batido bater na barra e sair pela linha de fundo.
Num jogo em que Tozé foi mais uma vez o melhor há que registar as belas exibições de Pepê (não acusou a responsabilidade e "secou" Bruno Fernandes) , de Dodô ,Pedro Henrique e Davidson num "onze" que esteve globalmente muito bem e em que Wakaso foi mais uma vez imenso e Douglas chegou para as "encomendas".
O Vitória está num grande momento de forma que torna a diferença para os quatro da frente como algo possível de ser ultrapassado e meter a equipa na luta por uma posição entre os melhores do campeonato.
Para isso além do trabalho do treinador, equipa técnica e jogadores há que conseguir que se verifiquem dois factos entre 1 e 31 de Janeiro de 2019.
Que a SAD consiga reforçar a equipa com dois ou três jogadores de qualidade para posições menos "guarnecidas" e, antes de tudo o mais, que não saia nenhum dos jogadores que são indispensáveise que tem assegurado esta excelente fase da equipa.
Refiro-me a Pedro Henrique, Wakaso, André, Tozé, Davidson, Guedes à cabeça embora haja outros que também não dava jeito nenhum que saissem.
A ver vamos.
Depois Falamos.

Lago Como, Itália


Convívios


25.000 Vitorianos



Natal

O meu artigo desta semana no "Duas Caras".

O Natal é uma chatice!
Na estrita perspectiva de quem se comprometeu a escrever uma crónica todas as terças feiras e não gosta de falhar esse compromisso embora por vezes não consiga cumpri-lo na sua plenitude por razões inultrapassáveis.
Ora acontece que este ano o Natal calha a uma terça feira.
E para quem, como é o caso, não gosta de escrever por escrever e menos ainda de seguir o politicamente correcto que é nesta quadra natalícia escrever textos cheios de amor, paz e boas intenções o caso torna-se realmente difícil.
Senão vejam:
Podia escrever sobre política nacional, mais ainda num tempo em que tenho responsabilidades nacionais num partido muito jovem e para quem todas as oportunidades são boas para afirmar por todos os meios e em todos os lugares as suas ideias, projectos e programas de acção.
Mas para escrever sobre política nacional teria de, a par de afirmar as ideias do partido Aliança, pronunciar-me sobre as política do governo e aí fugiria seguramente ao espiríto natalício porque se há algo em que não acredito, ao contrário do governo, é no Pai Natal e menos ainda no Pai Natal todo o ano como parece ser a crença profunda de António Costa.
E inevitável seria falar também sobre os partidos que apoiam o governo, crentes que este país abunda em ouro , incenso e mirra e que para sustentarem esse apoio dão mais coices na lógica e na sua própria coerência do que os dados pelos camelos que levaram os três reis magos a Belém.
E por isso falar de política nacional tem de ficar fora deste texto de Natal.
Como?
Falar de outros partidos que nem estão no governo?
Nem pensar.
Porque aí é que o espírito natalício  não teria mesmo nenhuma hipótese de se encontrar em qualquer das linhas do texto.
Portanto de política nacional nem pensar que não gostaria que os leitores encontrassem no meu escrito qualquer dissonância com o Natal e o espírito tão próprio desta quadra que todos (menos os que tem de escrever textos neste dia...) tanto gostam.
Política local?
Pensei nessa hipótese mas concluí que em Guimarães parece ser Natal todo o ano a avaliar pela extensa lista de “prendinhas” resultantes de cada reunião camarária,no que toca a subsidios e apoios, a tudo que mexe e não incomoda o partido no poder.
E portanto um texto exclusivamente de Natal para quem vive numa espécie de presépio a céu aberto não teria qualquer sabor a novidade e corria o inevitável risco de ser visto como mais do mesmo.
Portanto política local também não.
E futebol?
Não me pareceu.
E embora o fim de semana anterior ao Natal tenha sido particularmente agradável para os vitorianos com os triunfos de Vitória e Moreirense e as derrotas de Braga e Boavista a verdade é que a semana passada foi tão triste que misturá-la com o Natal seria de muito mau gosto.
Ou não se tem de considerar como triste uma semana em que se assistiu ao mais inacreditável “sorteio” de toda a História da Taça de Portugal e se viu a Justiça mandar para julgamento dois intermediários e assobiar para o ar quanto às pesadas responsabilidades( e consequentes proveitos) do beneficiário que passa impune na mais espantosa demonstração de como o crime às vezes  compensa e mesmo no foro judicial parece existirem filhos e enteados?
Não. O futebol português nada tem a ver com espiríto de Natal!
E por isso o problema do escriba mantém-se.
Sobre que escrever nesta crónica de Natal?
Olhem com esta falta de inspiração é melhor não escrever nenhum texto natalício e limitar-me a desejar Boas Festas aos que tem a paciência de me lerem.
Para o ano há mais!

quinta-feira, dezembro 20, 2018

Muito Mérito

À partida nem era uma eliminatória de elevado grau de dificuldade porque nos últimos anos o Vitória tem vencido naquele campo com relativo à vontade e o adversário é este ano uma das equipas mais fracas de um campeonato onde nem devia estar mas isso são outros contos.
Ainda para mais o Vitória chegava a este jogo depois de uma série de dez jogos sem derrotas (equipa portuguesa há mais tempo invicta em competições oficiais ) e isso traduz sempre um elevado grau de moralização para o grupo de trabalho.
Mas estamos em Portugal.
Onde há excelentes jogadores, bons clubes, selecções de excelência mas paradoxalmente uma tremenda falta de verdade desportiva de que os árbitros nos jogos e os VAR atrás de ecrans são a face mais visível o que não significa que sejam os maiores culpados.
E quando essa falta de verdade desportiva "entra em campo" tudo pode acontecer porque há um "sistema" montado que distingue entre filhos enteados favorecendo os primeiros e prejudicando os segundos.
E o Vitória, bem ao contrário do adversário, esteve sempre no segundo lote.
Ontem mais uma vez isso aconteceu tendo como interprete maior um apitador chamado Fábio VARissimo que anda a mais no futebol e apenas contribui para o seu progressivo descrédito com intervenções como árbitro e como VAR que são claramente tendenciosas e a favorecerem os do costume.
Ontem isso verificou-se em dois planos.
Primeiro permitindo ao adversário do Vitória a prática das suas velhas estratégias de jogo violento e tentativas de intimidação do adversário através dessa forma de estar no futebol própria de quem joga pouco...futebol.
Cotoveladas, entradas a destempo, faltas violentas, simulação de faltas na tentativa de "cavar" lances perigosos perto da área vitoriana tudo isso o adversário do Vitória fez perante a complacência cobarde do apitador.
Depois através da expulsão de Matheus Oliveira em que os erros se sucederam.
Primeiro porque no lance não existiu qualquer falta dado que o desarme do jogador vitoriano foi limpinho apenas jogando a bola. Depois porque expulsou o jogador por protestos que embora espalhafatosos não atingiram seguramente a intensidade dos feitos por Brahimi(Porto) e Fábio Coentrão(quando estava no Sporting) na cara do mesmo apitador até com referências à respectiva mãe no caso do segundo.
E não foram expulsos.
O que mostra bem que o sujeito tem critérios consoante as camisolas dos faltosos.
Quanto ao jogo ele ficou marcado, inevitavelmente, por uma das equipas ter jogado uma hora em inferioridade numérica mas nem isso tira mérito, muito mérito, ao Vitória que soube organizar-se muito bem para suprir essa carência e disputou o jogo pelo jogo sempre com a intenção de ganhar.
Chegou ao golo num excelente lance de bola corrida (só o "rapaz do bar" que treina a outra equipa conseguiu ver o golo na sequência de um lance de bola parada mas dali também não se pode esperar muito em termos de discernimento como é sabido...) com eficácia e sentido de oportunidade de Dodô na hora da finalização e depois soube aguentar a vantagem valendo-se também de uma bela exibição de Miguel Silva que defendeu tudo que chegou à sua baliza.
Nas bancadas (quem não soubesse não acreditaria que o Vitória jogava fora) a habitual goleada dos adeptos vitorianos que se vão habituando a fazer daquelas bancadas o seu salão de festas fora de Guimarães.
Passagem aos quartos de final com absoluto mérito e o objectivo de chegar ao Jamor a manter-se intacto.
Sexta feira se saberá quem é o próximo adversário.
Depois Falamos.

Oitavos

Em 31 de Agosto tinha deixado aqui as minhas previsões sobre a fase de grupos da Liga dos Campeões vaticinando que os apurados seriam Atlético de Madrid, Borússia Dortmund, Barcelona , Tottenham, PSG, Liverpool,Porto, Galatasaray, Bayern ,Benfica, Manchester City, Shaktiar, Real Madrid, Roma, Juventus e Manchester United.
Falhei no Benfica, Galatasaray e Shaktiar o que não se pode considerar como mau de todo.
Entramos agora na fase do "mata mata" o que dá lugar a novas previsões que se esperam, ao menos, com uma taxa de acertos idênticas às anteriores.
No Schalke 04 vs Manchester City a equipa inglesa é a grande favorita e seria uma surpresa de razoável dimensão se não lograsse o apuramento
Atlético de Madrid e Juventus disputam uma eliminatória dramática.
Os espanhóis que terão a final no seu estádio tem todas as razões mais essa (que é fortíssima) para quererem seguir em frente enquanto os italianos agora reforçados com Ronaldo (que regressa por um dia a Madrid) tem grandes aspirações a vencerem este ano o troféu.
Favoritismo da Juventus mas muito ligeiro.
Manchester United, agora sob os efeitos da saída de Mourinho, recebe um PSG que tem melhor plantel e está em momento de boa forma embora a falta de competitividade do campeonato francês o possa prejudicar numa competição tão exigente.
Favoritismo francês.
Tottenham e Borússia disputarão uma eliminatória muito equilibrada e sem favorito visível.
Talvez o facto caso incline a balança a favor dos alemães. Talvez...
Lyon e Barcelona é confronto com vencedor certo tanto quanto é possível dizer isso em futebol e na sua eterna caixinha de surpresas. Passa o Barcelona.
Roma e Porto voltam a encontrar-se depois da pré eliminatória do ano passado.
Em condições normais o Porto seguirá em frente até porque a um ataque já de si muito forte os azuis e brancos poderão juntar Soares que não estava inscrito para a fase de grupos e poderão ter Aboubakar já recuperado da lesão.
Ajax e Real Madrid é eliminatória de claro pendor "blanco" face a um Ajax que para a fase de grupos "chegou" mas agora a música é outra.
Finalmente, e par ao fim ficou o melhor, uma grande eliminatória entre Liverpool e Bayern de Munique colocando frente a frente uns ingleses que Klopp transformou numa máquina de jogar futebol com uns alemães que quase sempre o são.
Aposto no Liverpool mas é eliminatória de 50% de favoritismo para cada lado.
Em suma  acredito que nos quartos de final estarão Manchester City, Juventus, PSG, Borússia Dortmund, Barcelona , Porto, Real Madrid e Liverpool.
Para o ano saberemos.
Depois Falamos.

Grande Canyon, Estados Unidos


Comboio


Choco


terça-feira, dezembro 18, 2018

Previsível

A saída de José Mourinho do Manchester United, hoje consumada, é tudo menos uma surpresa face à incapacidade do grande clube inglês conseguir competir com o grande rival da cidade (Manchester City), com o grande rival do país (Liverpool) e com outros clubes em alta como Chelsea , Tottenham e Arsenal.
Pese embora os triunfos na primeira temporada em Inglaterra com destaque para a Liga Europa mas também para taça da liga inglesa e a supertaça a verdade é que o ano passado "apenas" ganhou o acesso à Liga dos Campeões mas sem vencer qualquer troféu e este ano é já claro que não venceria o campeonato face ao atraso pontual para Liverpool e Manchester City restando como hipóteses de "consolação" a taça e/ou a taça da liga porque embora permanecendo na Champions é evidente que não tem equipa para a ganhar.
É evidente que os tempos hoje são outros e a paciência que no passado houve para Alex Ferguson, que nos primeiros anos em Manchester nada ganhou, não existe hoje para Mourinho ou qualquer outro porque no longo consulado do grande treinador escocês o MU tornou-se numa máquina de ganhar competições (é hoje o clube com mais campeonatos ganhos a titulo de exemplo) e esse hábito de vencer tornou-se numa ameaça para qualquer treinador.
Especialmente num cenário em que o outro clube da cidade, por força do muito dinheiro vindo das Arábias e da contratação de Pep Guardiola, se tornou também ele num clube vencedor que ameaça hoje ter a hegemonia que o United teve ontem.
É certo que o MU também gastou muitos milhões (veja-se a contratação de Pogba por exemplo) em reforços mas não tantos como aqueles que a equipa exigia para poder bater-se de igual para igual com a concorrência porque os desequilíbrios do plantel eram muitos e nomeadamente no sector defensivo as coisas estavam particularmente frágeis.
E por isso na (para ele) fatídica terceira época mais uma vez Mourinho conhece o lado mais amargo da vida de um treinador e deixa o comando técnico do clube que ele mais quis treinar em toda a sua vida.
É certo que vai receber uma compensação milionária mas acredito que Mourinho preferiria mil vezes continuar a treinar o Manchester United,até porque dinheiro não será certamente o seu principal problema, e conquista mais troféus pelo clube.
Aguardemos agora pelo próximo passo da sua carreira.
Que não me admiraria nada que passasse por um regresso a Itália ou ao Real Madrid.
Depois Falamos

Democracia e Informação V

O meu artigo de hoje no jornal digital Duas Caras.

Nas últimas semanas, intervalando-os com outros assuntos, escrevi quatro artigos sobre a comunicação social vimaranense dentro da perspectiva que dela tenho desde o final dos anos sessenta do seculo passado eaté à actualidade.
Perspectiva essa que começou como leitor do “Notícias de Guimarães” nessa época final do Antigo Regime, que continuou como colaborador de vários jornais e rádios ( e até de uma televisão “Pirata” conhecida como TV Covas e depois  Televisão Regional de Guimarães) desde 1983 até ao presente de forma quase ininterrupta, e que concluo agora com este quinto e último texto sobre o assunto.
Fazendo a ressalva que continuo a ser leitor de alguns orgãos de comunicação local, agora na net, mas que deixei há muito de ouvir as rádios locais e a colaboração cinge-se, e assim continuará a ser enquanto a Catarina Castro Abreu quiser, exclusivamente ao “Duas Caras”.
O resto é passado.
Devo referir, ainda, porque não o fiz nos artigos anteriores que há um jornal em Guimarães que merece uma saliência especial porque creio ser único no país e ao longo dos anos tem mostrado a viabilidade de um projecto que começou por ser um sonho(bem sucedido) do Amadeu Portilha.
Refiro-me ao “Desportivo de Guimarães” que de há muitos anos a esta parte faz a cobertura exaustiva do que se passa no concelho em termos desportivos desde o Vitória e o Moreirense na primeira liga até aos clubes mais modestos e humildes de outras modalidades que não o futebol.
Recordo-me bem dos seus tempos iniciais em que as dúvidas em seu redor eram muitas e o ceptcismo quanto ao seu futuro imenso mas a verdade é que se impôs e é hoje uma agradável certeza da comunicação social vimaranense.
 E qual é então o panorama hoje?
Desde logo um panorama influenciado pelo advento da internet e do mundo de inovação e posssibilidades que ela abriu e que em Guimarães, como no resto do país (e do mundo), tem expressão evidente nas redes sociais, na comunicação social digital, nas páginas on line e por aí fora de que o “Duas Caras” é um visível e agradável exemplo.
E como não há bele sem senão é também evidente que esse mundo novo significou em muitos casos o progressivo desaparecimento do mundo “velho” ou seja os jornais em papel que durante tanto tempo tiveram um papel fundamentalna iformação e entretenimento dos cidadãos.
Foi assim que desapareceram alguns dos títulos referidos em artigos anteriores mas dos quais se releva o fim dos históricos “Notícias de Guimarães”, “Povo de Guimarães” e  “Toural/Expresso do Ave” que durante tanto tempo foram referências jornalisticas do concelho vitimados também pela crise económica e consequente retracção do mercado publicitário.
Outros sobreviveram por mérito da sua gestão como são os casos do “Comércio de Guimaraes”, do atrás referido “Desportivo de Guimarães” e do “Reflexo” que se publica nas Caldas das Taipas e cuja qualidade informativa tem subido de forma apreciável nos últimos anos.
Existe ainda a revista “Bigger”, de periodicidade mensal, e que cobre aspectos da cidade e da região menos presentes nos restantes orgãos de comunicação e portanto com um espaço de intervenção muito próprio.
Há ainda a registar, com o apreço merecido por quem ousa surgir contra uma corrente negativa de desaparecimento de jornais em papel, o jornal “Mais Guimarães” que sucede à revista com o mesmo nome (que se publica mensalmente) e que tem feito um trabalho meritório na cobertura noticiosa do concelho.
Quanto às rádios mantem-se a Santiago e a Fundação que são as detentoras dos alvarás concedidos no concelho de Guimarães.
Devo dizer, a concluir, que correndo o risco de ser eventualmente injusto não posso deixar de considerar que o jornalismo escrito (em papel) e radiofónico que se faz hoje em Guimarães deixa algo a desejar mesmo por comparação com o jornalismo que se fez no passado mais ou menos recente.
Creio haver pouca investigação, pouca curiosidade em questionar o porquê das coisas, “notícias” que são publicadas ao sabor dos interesses das fontes sem merecerem qualquer dúvida jornalística e uma proximidade excessiva, às vezes sufocante, ao poder político e a outros poderes de algumas das principais instituições do concelho.
Dir-me-ão que em tempos difíceis é o preço da sobrevivência.
Será.
Mas é desejável que deixe de ser, tão depressa quanto possível, e que todos possam seguir o seu caminho longe de qualquer tentação tulelar dos poderes instituídos e privilegiando sempre a isenção, a independência e a equidistância informativa no tratamento de todos os assuntos.
Guimarães merece-o e estou certo que os jornalistas vimaranenses são disso capazes.

Inverno


Castelo Vajdahunyad, Hungria


Cangurus


sábado, dezembro 15, 2018

Das Aves a Modric

O meu artigo desta semana no zerozero.

“E para nós chuva é sol”.
Este é um dos mais carismáticos cânticos das claques e adeptos vitorianos e é normalmente entoado quando são obrigados a assistirem expostos à chuva e ao mau tempo a jogos do Vitória disputados fora do estádio D.Afonso Henriques.
Com ele, cântico, pretendendo demonstrar que para os vitorianos as condições climatéricas em que assistem aos jogos não tem qualquer importância face à vontade de estarem sempre ao lado do Vitória.
E isto vem a propósito de este sábado uma vez mais se ter assistido, no meu caso pela televisão e a mais de trezentos quilómetros de distância, a uma extraordinária manifestação de amor ao seu clube pelos três mil adeptos vitorianos que em Vila das Aves debaixo de uma chuva inclemente (é incrível como na primeira liga ainda se permitem estádios tão velhos e ultrapassados como o do Aves) fizeram com que a sua equipa se sentisse em casa tal a intensidade e o calor do apoio que transmitiram ao longo dos noventa minutos de jogo.
Os vitorianos são um exemplo imenso para o país futebolístico.
Para um país em que não fora a existência deste clube tão “sui generis” e destes adeptos tão extraordinários e a macrocefalia parola do apoio aos chamados “três grandes” não conheceria excepções no território nacional.
Felizmente existe o Vitória e existem os vitorianos que fazem do estádio D.Afonso Henriques o único deste país onde qualquer um dos “grandes” é muito pequeno e que fora de casa são seguramente aqueles que em maior número seguem o seu clube para todo o lado.
Percebendo-se, é claro, a diferença entre seguir e estar lá!
E por isso não tenho a mínima duvida que o Vitória não sendo o clube que mais adeptos têm em Portugal é, de longe, o que tem melhores adeptos.
E todas as semanas isso é visível.
Segundo assunto tem a ver com o fim da fase de grupos das competições europeias.
Que no caso dos clubes portugueses não encerrou qualquer surpresa prosseguindo os três em prova nas competições para que estão talhados em função da valia das respectivas equipas e do seu rendimento na fase de grupos.
O Porto, depois de um percurso de alto nível com cinco vitória em seis jogos e a mais elevada pontuação de toda a fase de grupos, continua na Liga dos Campeões e será cabeça de série no sorteio da próxima segunda-feira.
A par dessa excelente performance desportiva encaixou quase setenta milhões de euros de receitas o que tem de se considerar como assinalável e seguramente lhe criará condições para apostar num reforço da equipa em Janeiro.
O Benfica, imerso nas suas contradições entre um passado que não volta mas de que alguns adeptos querem fazer presente e a real valia de um plantel que não dá para mais, foi relegado para a Liga Europa depois de fazer uma fase de grupos dentro do que está ao seu alcance.
Na segunda competição da UEFA, aí sim, poderá ambicionar chegar a fases mais adiantadas porque a valia dos adversários é mais compatível com as suas possibilidades.
Quanto ao Sporting, que nessa matéria de ambições europeias parece ter os pés bem assentes no chão, fez uma fase de grupos tranquila e apurou-se para a etapa seguinte onde, tal como o Benfica, pode ambicionar chegar a fases mais adiantadas da competição se os sorteios (ao contrário do Benfica não é cabeça de série) não lhe correrem especialmente mal.
Modric não é, nunca foi e jamais será o melhor jogador do mundo!
É excelente, tem lugar nos quinze ou vinte melhores da actualidade, mas está longe de Ronaldo e Messi que continuam a ser os dois melhores e a larga distância de uma concorrência que nem o é por falta de valia para isso.
Mas o futebol é cada vez mais negócio.
E o negócio vive da novidade que a atribuição das “Bolas de Ouro” dos últimos dez anos fez desaparecer porque sempre ganhas pela fabulosa dupla luso-argentina que as dividiram rigorosamente a meio.
E quando ao negócio se junta o chauvinismo, de que os franceses são grandes especialistas, percebe-se que passar mais três ou quatro anos a dividir o troféu pelos “do costume” era demasiado para os senhores do “France Football” ansiosos que estão por darem o troféu a Mbappé ou a Griezmann.
O problema é que dava demasiado nas vistas não premiar Ronaldo ou Messi para o fazer a um francês que por muito bom que seja (e esses dois são) não está ainda ao nível dos tais “do costume”.
Por isso nada melhor que quebrar o ciclo de dez anos com o croata, que até pela idade não voltará a sequer ser candidato, fazendo dele “bode expiatório” da atrocidade que foi não premiar um dos dois que são de facto os melhores para no futuro próximo então poderem dar “a “Bola de Ouro” a um desses dois franceses sem o frete ser demasiado evidente.
Posso estar enganado, é claro, mas daqui a um ano saberemos.

quarta-feira, dezembro 12, 2018

Mistificações

No seu comentário televisivo do passado domingo, na SIC, Luís Marques Mendes referiu-se a uma sondagem "que anda por aí" (a expressão não é minha) e que "dá" um excelente resultado ao PS e ao PAN, péssimos resultados ao PSD e ao Aliança e resultados normais a CDS, CDU e Bloco de Esquerda.
É uma sondagem curiosa.
Porque embora profusamente divulgada por SMS, WhatsApp, e-mail e sabe-se lá que mais a verdade é que a sondagem  pura e simplesmente não existe!
Não foi depositada na ERC, como a lei obriga, não se lhe conhece ficha técnica nada mais se lhe conhece que os resultados divulgados ao sabor do interesse de quem pôs a correr a mistificação que mais do que sondagem deve ser vista como uma já corriqueira conversa de amigos com interesses convergentes.
E esses interesses são claros como a água.
Ameaçam com um PS à beira da maioria absoluta, acenam com um bom resultado para o PAN (o que não aquece nem arrefece ), tranquilizam os eleitores de CDS.CDU e BE e depois mostram um PSD com o  pior resultado de sempre e uma Aliança que nada capitaliza com esses presumíveis maus resultados.
Ou seja como o PSD está muito mal,e a Aliança não é alternativa, a solução é mudar a liderança do PSD para alguém que agrade mais aos tais amigos que fazem de conversas sondagens e através delas tentam manipular a opinião pública.
Só não percebe quem não quiser porque não é "gato escondido com rabo de fora" mas sim rabo escondido com o gato todo de fora com a devida licença do PAN para usar esta velha máxima.
Depois Falamos

terça-feira, dezembro 11, 2018

O Melhor

Agora que parecem confirmar-se as (más) notícias do adiamento da estreia do próximo filme da saga "007 James Bond" para 2020, e para piorar o cenário adensando-se as duvidas sobre se vai ser protagonizado por Daniel Craig, é curioso fazer uma reflexão sobre qual dos seis actores que interpretou o personagem o fez melhor.
Embora nisto , como em tantas outras coisas, se use o "cada cabeça cada sentença" é quase consensual entre os fans da saga que Sean Connery terá sido aquele que melhor interpretou o agente com licença para matar.
Porque foi o primeiro, é verdade, e "candeia que vai à frente alumia duas vezes" mas essencialmente porque o actor escocês compôs um 007 que marcou uma época e ficou como a grande referência para alguns dos que se lhe seguiram.
E se Connery é para muitos o melhor o que se lhe seguiu,George Lazenby, é quase unanimemente apontado como o...pior!
Entrou apenas num filme, curiosamente um dos que tem melhor enredo de toda a série, e não deixou saudades.
Roger Moore foi o menos Bond de todos os Bond.
E os filmes por ele interpretados derivaram com demasiada frequência para o burlesco, para a comicidade excessiva, fazendo com que este actor seja mais recordado pelo papel de Simon Templar em "O Santo" (grande série televisiva dos anos 60) do que pelo agente ao serviço de Sua Majestade.
Curiosamente, e prova de uma longevidade sempre destacada, os seis Bond serviram sempre a mesma Majestade,ou seja, a Rainha Isabel II que já era rainha quando a série estreou e rainha continua ainda hoje vinte e quatro filmes depois!
Depois de Moore veio Timothy Dalton que fez a transição do tal Bond burlesco para o registo do Bond de Connery embora ainda longe da imagem de marca estabelecida pelo pioneiro dos actores que interpretaram o personagem.
Pierce Brosnan foi, do meu ponto de vista, um dos actores que melhor encarnou o espírito de James Bond compondo um personagem onde se aliavam o espião, o galanteador, o agente secreto com ordem para matar e tudo isso complementado com alguns dos mais bem sucedidos gadgets fabricados pelo eterno "Q".
E agora Daniel Craig.
O Bond mais na linha de Sean Connery e que radicalizou algumas das características mais marcantes do personagem desde a dureza física à componente emocional numa fase em que a saga ,ao contrário do que sempre acontecera, tem encadeado as histórias umas nas outras com vários fios condutores.
O que também acontecerá no vigésimo quinto filme com a repetição de Lea Seydoux como a "Bond girl" de serviço.
Repetição essa que só acontecera com Maud Adams nos tempos de Roger Moore.
Sendo certo, contudo, que na minha modesta opinião a melhor "Bond girl" de sempre foi Eva Green a "Vesper Lynd" de Casino Royale no primeiro filme de Daniel Craig como James Bond.
E o melhor Bond?
Não sei.
Mas entre Connery,Brosnan e Craig um foi de certeza.
Depois Falamos.

Zanzibar


Doninha


Bratislava


Democracia e Informação IV

O meu artigo desta semana no jornal digital Duas Caras.

Com a concessão pelo Estado dos alvarás de funcionamento a Rádio Fundação e Rádio Santiago, que passaram assim a deixar de ser rádios “piratas” para entrarem na legalidade, a comunicação social em Guimarães entrou numa nova fase na sua já centenária História de vida e serviço à comunidade.
É certo que perderam, ambas, alguma da espontaneidade, improviso, saudável “loucura” que caracterizaram os seus primeiros tempos de funcionamento (embora nesse aspecto da saudável “loucura” a Rádio Guimarães, extinta nessa altura, tenha sido completamente imbatível !!!) para passarem a adoptar uma pose mais institucional que se reforçaria, e muito, nos anos seguintes e até à actualidade em que o seu institucionalismo é manifestamente sinónimo de perda de distância crítica em relação a muitos acontecimentos, protagonistas e instituições.
Mas ainda não chegamos aí.
Com a legalização, e funcionando como qualquer outra empresa, as rádios locais passaram a poder manter um relacionamento comercial e institucional que naturalmente beneficiou as suas actividades e lhes permitiu fontes de financiamento legal que vieram substituir as dádivas de amigos e a publicidade sem recibo (em muitos casos) que caracterizavam a sua actividade nos primeiros anos de vida e não lhe permitiam qualquer expectativa de gestão financeira para lá do mês seguinte passe o exagero.
Creio que a legalização das rádios, a manutenção dos jornais já existentes e o aparecimento de novos títulos significaram que no final dos anos oitenta do século passado e durante a década de noventa até aos primeiros anos do presente século a comunicação social vimaranense viveu o seu período de maior pujança, capacidade informativa, pluralismo político e ideológico e diversidade informativa e opinativa que o advento do novo século não viria, infelizmente, a dar-lhe continuidade.
Guimarães teve ao logo desse período, e para lá das duas rádios locais já referidas, os seguintes títulos a publicarem-se semanalmente:
“Notícias de Guimarães”, o mais lido, vendido e com grande carteira de assinantes (boa parte deles vivendo fora de Guimarães e até do país o que relevava a importância do jornal) que se situava numa área de centro-direita ,embora com pluralismo em termos de colaboradores, e era o mais influente em termos de opinião pública.
“Comércio de Guimarães” que se limitou a sobreviver durante décadas mas após a sua aquisição pela Sociedade Santiago e introdução de uma gestão profissional e com lógica empresarial rapidamente aumentou o número de leitores , assinantes e anunciantes e se viria a tornar no jornal de maior circulação no concelho aproveitando muito bem as sinergias com a Rádio Santiago que fazia e faz parte do mesmo grupo.
“Povo de Guimarães” ,pertencente a uma cooperativa, jornal claramente de esquerda surgido pouco anos após o 25 de Abril e desde sempre dirigido por homens e mulheres afectos ao PS, ao PCP e a outras forças de esquerda mas com colunistas de outras áreas políticas.
Foi agente activo, embora quando precisou de nada lhe tenha valido, da conquista da Câmara pelo PS ao PSD em 1989 dando origem a um ciclo político que ainda se mantém de domínio do município pelos socialistas.
Estes eram os jornais tradicionais das últimas décadas de Guimarães.
Dois anteriores ao 25 de Abril e um surgido logo a seguir.
Depois aparecem mais três.
“Toural”, posteriormente “Expresso do Ave” ,que surgiu na área política do PSD fruto de uma sociedade com 15 membros que tinham projectos ambiciosos na área da comunicação social,mas que se ficaram pelos projectos, tendo o jornal ficado pouco tempo depois da sua fundação nos braços do jornalista José Eduardo Guimarães que conseguiu mantê-lo em publicação durante mais de vinte anos.
Foi no seu tempo um jornal criativo, com rubricas que os outros não tinham, que marcou a diferença em muitas áreas.
O “Tribuna de Guimarães”, um jornal de combate político à câmara socialista, dirigido pelo jornalista e escritor João Barroso da Fonte que trouxe à comunicação social vimaranense um estilo de combate frontal e sem tréguas pouco comum em Portugal mas com sucesso noutros países.
Teve vida efémera mas marcou um estilo.
Finalmente o “Semanário de Guimarães”, pertencente à Rádio Fundação e que pretendia replicar o modelo Rádio Santiago/Comércio de Guimarães, mas cuja publicação não durou muito tempo embora fosse um jornal de fácil leitura e até bastante interessante.
Chegaram a publicar-se os seis em simultâneo e foram, de facto, os anos de ouro da comunicação social vimaranense.

(Continua)

segunda-feira, dezembro 10, 2018

Rio Revolto

O Rio Ave é uma boa equipa.
E por isso estava empatada em pontos com o Vitória, por isso está a fazer um bom campeonato, por isso também era crucial o Vitória vencer o jogo para reforçar a quinta posição e continuar a olhar para cima com a esperança que aqueles que o precedem um dia também percam pontos mais que não seja por o VAR cumprir com honestidade as suas funções e não os ajudar a vencer jogos.
O que não tem acontecido e esta jornada foi mais um triste exemplo disso!
O Vitória entrou bem.
Uma boa primeira parte com futebol de muito bom nível, pressionando o adversário e criando um conjunto de jogadas em que conseguiu colocar em aflição o último reduto vilacondense ao ponto de em desespero de causa este ter cometido duas grandes penalidades que André André aproveitou para fazer dois golos.
Por seu turno o Rio Ave também atacou, procurou o golo a que chegou numa grande penalidade também ela indiscutível, proporcionando uma primeira parte de muito bom futebol de parte a parte mas com ascendente claro do Vitória.
Não sei o que se passou ao intervalo.
Mas sei que o Vitória fez uma péssima segunda parte, quase sempre dominado pelo adversário que foi construindo situações de golo ao ponto de ter empatado e ameaçado mais do que isso, em que apenas criou duas oportunidades claras de golo mas ambas desperdiçou de forma inglória perante o desespero dos adeptos.
Quando o jogo se encaminhava para o fim, e nas bancadas se temia cada vez mais o terceiro golo dos forasteiros, acabou por ser o Vitória que num cabeceamento oportuno de Pedro Henrique fez o terceiro e garantiu um triunfo que não lhe assenta mal mas podia ter assentado bem melhor.
Pelo caminho há que registar que na forma como Luís Castro mexeu na equipa apenas se aproveita a troca de Rafa Soares (uma segunda parte aflitiva depois de um bom primeiro tempo) por Florent porque a saída de Matheus Oliveira foi um erro que nos fez perder o meio campo ( Ola John passou completamente ao lado do jogo parecendo longe da melhor forma) e quando Davidson saiu era Estupinan e não Pepê quem devia ter entrado porque com o resultado em 2-2 havia que procurar o triunfo.
De facto o treinador do Vitória (não sei se à hora que escrevo ainda o é mas isso é assunto para outro texto) parece ter dificuldade em admitir que às vezes é preciso jogar com dois pontas de lança em simultâneo especialmente em casa e contra adversários mais ou menos fechados.
Salvaram-se os três pontos e a moralização de mais uma jornada positiva que permite ao Vitória continuar a ser a equipa do campeonato que não perde há mais tempo.
A seguir vem o Aves, fora, e o Sporting em casa nos dois últimos jogos de 2018.
Será bonito acabar o ano com dois triunfos.
O árbitro Nuno Almeida esteve bem nas três grandes penalidades que marcou , menos bem nalguns lances em que foi minucioso em demasia e muito mal na tolerância para com Fábio Coentrão e os seus constantes protestos.
Mas de Nuno Almeida se há coisa que é escusado esperar são arbitragens de qualidade.
Depois Falamos

quarta-feira, dezembro 05, 2018

Incómodos

Nem lhe vou chamar polémica, porque não polemiza quem quer mas apenas quem pode (e por caridade cristã nem explano o pensamento para lá disto), mas é perceptível que existem alguns "incómodos" com o candidato escolhido pelo partido Aliança para encabeçar a lista ao Parlamento Europeu.
Os incómodos, que tem verdadeiramente a ver com a qualidade do candidato e o factor de inovação que introduzirá no cenário político, tem sido disfarçados através de criticas à sua posição de consultor do Presidente da República considerando que em função disso não deveria ser candidato de um partido ou para o ser devia abandonar as funções que exerce em Belém.
Tristes conceitos de democracia antes de mais!
Porque nem é situação nova (e o partido em que alguns militantes , que não o líder honra lhe seja feita, mais se tem mostrado incomodados é o último que teria moral para se incomodar...) nem o facto de exercer em "part time" funções de consultoria inibe quem quer que seja de exercer os direitos políticos que a Constituição da República lhe garante.
Naturalmente, e o bom senso quer do candidato quer do Presidente há muito o estabeleceram, que quando a campanha eleitoral se aproximar essas funções cessarão para que não exista, aí sim, qualquer indesejável mistura entre a qualidade de consultor e o estatuto de candidato.
E por isso esses "incómodos", materializados até em disparatadas e virulentas criticas ao Presidente da República que apenas não são mais significativas porque... ( a já referida caridade cristã impede-me de explicitar), mais não servem do que para traduzir a preocupação com a qualidade do Paulo Almeida Sande e o receio de que a candidatura que encabeça  abale seriamente "feudos" antigos.
Mas com isso pode a Aliança bem.
Depois Falamos

Fim

A atribuição da "Bola de Ouro" a Modric, a exemplo de prémios que misteriosamente já lhe tinham sido atribuídos por UEFA e FIFA fazendo dele o que ele nunca foi (melhor jogador da Europa e do mundo na época passada incluindo mundial e liga dos campeões) marca o fim de um ciclo em que esse prémio era atribuído a quem de facto tinha sido o melhor, ou perto disso, durante toda uma época desportiva.
Modric não foi.
E enquanto dois jogadores como Ronaldo e Messi jogarem ao nível que tem jogado na última década é completamente incompreensível que o prémio seja atribuído a outro que não um deles como regularmente aconteceu nas últimas dez edições.
Modric não ganhou nada que Ronaldo não tivesse ganho sendo certo que para as vitórias comuns ao serviço do Real Madrid o contributo do português foi incomensuravelmente superior ao do croata.
Quanto a Messi, apenas décimo segundo (???) nas "votações" deste ano ganhou vários títulos individuais e colectivos (Campeão de Espanha e melhor marcador do campeonato entre outros) para além de ter jogado um futebol cuja qualidade é superior à de Modric.
Deram a "Bola de Ouro" a Modric e com isso mataram o prestigio do prémio.
Porque noutros anos, ganhando Ronaldo ou Messi e havendo sempre debate qual dos dois a merecia mais, ganhava seguramente um dos dois melhores.
Este ano ganhou um que não foi nem nunca será o melhor do mundo.
É um grande jogador mas a cujo nível existem mais de uma dúzia idênticos e alguns até superiores para lá da dupla luso argentina.
Em suma também a "Bola de Ouro" se transformou num prémio como qualquer outro.
Depois Falamos.

quarta-feira, novembro 28, 2018

Natural.

A derrota, e a expressão da mesma, do Benfica em Munique é das coisas mais naturais que esta temporada futebolística nos ofereceu até ao presente momento.
Falemos da realidade.
E a realidade diz-nos que o Bayern é muito melhor que o Benfica, jogador a jogador e portanto com um plantel inquestionavelmente melhor em todos os capítulos sem qualquer excecpção.
Mais golo menos golo, salvo uma tarde muito infeliz dos alemães ou excepcionalmente feliz dos portugueses, o resultado nunca poderia ser outro que não uma vitória tranquila daquela que é a melhor equipa.
Claro que para os adeptos, e aí podem variar os clubes mas dificilmente variam as lógicas, é muito mais fácil culpar o treinador pelos insucessos e exigir a sua substituição do que olhar a realidade de frente e perceber que com Rui Vitória ou Pep Guardiola o plantel é aquele e não dá para mais do que para tentar uma carreira decente na Liga Europa.
Hoje nenhum clube português pode aspirar, racionalmente, a vencer a Liga dos Campeões.
Porque nenhum tem categoria para isso em termos de valia do respectivo plantel.
Há no futebol europeu em termos de Liga dos Campeões uma primeira divisão constituída pelos que vencem os grupos ou ficam em segundos nos grupos mais fortes e que depois disputam as várias etapas até à final, uma segunda divisão constituída pelos que passam a fase de grupos mas depois dificilmente passam dos oitavos de final, uma terceira divisão composta pelos que após a fase de grupos são relegados para a Liga Europa e uma quarta divisão para os últimos classificados de cada grupo.
As equipas portugueses, actualmente, apenas podem aspirar a competir na segunda divisão pelo que o previsível apuramento do Porto para os oitavos, de onde dificilmente passará, e a ida do Benfica para a Liga Europa correspondem plenamente a essa realidade.
Que é dolorosa para os adeptos desses clubes mas nem por isso deixa de ser realidade.
Depois Falamos.