quarta-feira, novembro 28, 2018

Natural.

A derrota, e a expressão da mesma, do Benfica em Munique é das coisas mais naturais que esta temporada futebolística nos ofereceu até ao presente momento.
Falemos da realidade.
E a realidade diz-nos que o Bayern é muito melhor que o Benfica, jogador a jogador e portanto com um plantel inquestionavelmente melhor em todos os capítulos sem qualquer excecpção.
Mais golo menos golo, salvo uma tarde muito infeliz dos alemães ou excepcionalmente feliz dos portugueses, o resultado nunca poderia ser outro que não uma vitória tranquila daquela que é a melhor equipa.
Claro que para os adeptos, e aí podem variar os clubes mas dificilmente variam as lógicas, é muito mais fácil culpar o treinador pelos insucessos e exigir a sua substituição do que olhar a realidade de frente e perceber que com Rui Vitória ou Pep Guardiola o plantel é aquele e não dá para mais do que para tentar uma carreira decente na Liga Europa.
Hoje nenhum clube português pode aspirar, racionalmente, a vencer a Liga dos Campeões.
Porque nenhum tem categoria para isso em termos de valia do respectivo plantel.
Há no futebol europeu em termos de Liga dos Campeões uma primeira divisão constituída pelos que vencem os grupos ou ficam em segundos nos grupos mais fortes e que depois disputam as várias etapas até à final, uma segunda divisão constituída pelos que passam a fase de grupos mas depois dificilmente passam dos oitavos de final, uma terceira divisão composta pelos que após a fase de grupos são relegados para a Liga Europa e uma quarta divisão para os últimos classificados de cada grupo.
As equipas portugueses, actualmente, apenas podem aspirar a competir na segunda divisão pelo que o previsível apuramento do Porto para os oitavos, de onde dificilmente passará, e a ida do Benfica para a Liga Europa correspondem plenamente a essa realidade.
Que é dolorosa para os adeptos desses clubes mas nem por isso deixa de ser realidade.
Depois Falamos.

2 comentários:

Saganowski disse...

E eles lá vão acreditando que a culpa é do treinador, esquecendo que lá fora o apito soa independente da cor das camisolas... se bem que neste caso, o Bayern também é vermelho! Eh eh...

luis cirilo disse...

Caro Saganowski:
Há vermelho e h+a encarnado ;-)