segunda-feira, junho 30, 2014

Castelo de Montalegre


Contratados e Reforços

Já com a selecção fora do Mundial é natural que a atenção dos portugueses que gostam de futebol se vire agora para os seus clubes e para o sempre emocionante mercado de transferências e toda a especulação que o rodeia.
Alguns anos atrás, juntamente com o meu amigo Francisco Martinho, entretinhamo-nos de Maio a Agosto a ir tomando nota dos potenciais reforços que a imprensa ia apontando para o Vitória para no final vermos quantos de facto se confirmavam.
Nunca, mas nunca, mais de quatro ou cinco!
Se tanto.
Pois (mal) resolvida a questão do Mundial vamos entrar em plena "silly season" futebolistica com os diários desportivos a contratarem todos os dias mãos cheias de futebolistas para os chamados "grandes" coisa que,aliás, vão fazendo também durante o resto do ano.
Se alguém um dia se desse ao trabalho, por exemplo, de contabilizar quantos jogadores "A Bola" coloca no Benfica durante os 365 dias do ano chegaria facilmente à conclusão de que a confirmarem-se todas as anunciadas transferências o clube poderia ter umas quatro ou cinco equipas!
Mas como os adeptos desse clube e leitores desse jornal gostam de alimentar ilusões...Nada a opor!
Pessoalmente tenho uma máxima de há muitos anos a esta parte.
Só acredito que um jogador vai alinhar por um clube depois de o ver envergar a respectiva camisola em jogo oficial.
Até lá são apenas probabilidades.
Tal como só nessa altura, quando se inicia a competição a "sério",inicio a destrinça entre o que é um contratado e um reforço.
Porque contratados são todos.
Reforços apenas os que trazem mais valia às equipas onde se integram.
E salvo excepções, que nos clubes portugueses são cada vez mais raras, os reforços só se revelam depois de começarem a jogar e não pelo curriculum de que são portadores ao chegarem.
Depois Falamos

Pelicanos


Seguro vs Costa

Tenho acompanhado com natural interesse a longa disputa pelo poder que dentro do Partido Socialista é travada por António José Seguro e António Costa.
Uma disputa que antes de o ser já o era porque a rivalidade entre ambos tem décadas e vem dos tempos da JS ao que dizem os mais bem informados.
Quase a lembrar uma rivalidade muito conhecida do PSD...
Pois a três meses , mais dia menos dia, da data das primárias do PS (uma inovação de riscos elevados como se comprovará) são muitas vozes que se erguem contra o período excessivamente longo para a campanha eleitoral interna.
Mais de três meses desde que Costa assumiu querer o que tempos atrás não queria.
Sendo realmente muito tempo é bom que se recorde que no PS já não é situação nova porque em 1991 a disputa interna entre o líder (Jorge Sampaio) e o pretendente (António Guterres) também durou um tempo equivalente.
Sendo certo que nessa época não havia a pressão comunicacional, especialmente a nível televisivo, que existe nos tempos correntes.
E que se desgasta imenso a imagem do PS tem a enorme vantagem de os portugueses,ao sabor do "zangam-se as comadres sabem-se as verdades", irem conhecendo coisas de que ouviam falar mas nunca ninguém de dentro do PS tinha comentado.
Como,por exemplo, os disparates dos governos Sócrates.
É essa uma das razões porque vozes do PS, todas conotadas com Costa(e Sócrates...) , querem desesperadamente antecipar prazos e arranjarem maneira de as eleições internas serem o mais depressa possível.
Porque enquanto Seguro está tranquilo quanto às suas nulas responsabilidades governação de Sócrates já Costa (e muitos dos seus apoiantes) não pode dizer o mesmo porque fez parte do governo e em posição de destaque.
Por isso a conhecida estratégia de Seguro "qual é a pressa" parece-me bem aplicada neste contexto.
Ao contrário de Costa que gostaria de um processo rapidíssimo no qual não tivesse  que se expor mais do que o minimamente necessário a Seguro o tempo traz pelo menos duas vantagens.
Durante mais noventa dias aparece,todos os dias, como líder do PS empenhado em combater o governo e alvo de uma traição interna por parte de camaradas sequiosos de poder que só avançaram quando lhes pareceu que esse poder era possível. E com o caminho das pedras" já feito!
E isso pesa nos militantes do PS.
Mas há uma segunda razão mais sublime, e inteligente, para Seguro apostar nessa estratégia de desgaste de uma campanha longa.
É que ele sabe que Costa não tem nada de novo para dizer.
Nem uma ideia, que seja, suficientemente inovadora para chamar a tenção de algum indeciso.
O seu discurso de apresentação foi vago, inconclusivo, pobre mesmo.
E de lá para cá o que se viu?
Costa a defender os governos de Sócrates (é o preço de alguns apoios) e Costa a receber o apoio de uma parte dos idosos fundadores do PS.
Ou seja, Costa agarrado ao passado e "pendurado" nos protagonistas desse passado para tentar ter futuro.
É uma incongruência.
Por isso acho que se Seguro nestes três meses souber fazer uma campanha inteligente, afirmando-se como alternativa civilizada ao governo através de uma boa administração entre o diálogo no que tem de ser e a oposição no que considera inegociável, e "vestindo" sempre o "fato" de líder do PS e não de candidato à liderança pode muito bem ganhar as primárias.
E então os "esqueletos" voltarão aos armários de onde nunca deviam ter saído enquanto Costa terá a oportunidade de cumprir o que prometera aos lisboetas em campanha eleitoral.
Dedicar-se exclusivamente a Lisboa.
Depois Falamos

Campeões

O Vitória sagrou-se este fim de semana campeão nacional de juvenis em pólo aquático.
Um titulo nacional que premeia , e de que maneira, esta secção do clube que tem vindo a fazer um percurso de clara afirmação que já lhe permitiu dar vários títulos ao Vitória (incluindo um de campeão nacional da II divisão) e que permitirá que no futuro a "colheita" continue a ser muito produtiva.
O pólo aquático não tem no clube, como é evidente, a popularidade das outras modalidades de equipa como o futebol, o basquetebol e o voleibol.
Mas é uma secção bem dirigida, bem estruturada, e composta por pessoas que gostam muito da modalidade e do clube e que não olham a sacrifícios para competirem com as cores do Vitória.
Porque desde as horas dos treinos ás dos próprios jogos , passando pelo investimento financeiro pessoal que quase todos tem de fazer para jogarem e treinarem, não é nada fácil a vida dos membros desta secção.
A verdade é que ganham títulos.
E dão jogadores às selecções nacionais, desde a A ás das camadas jovens.
Mas o que importa relevar é que a secção de pólo aquático e estes jovens campeões conseguiram provar mais uma vez duas premissas que devem fazer parte sempre do nosso ADN enquanto clube desportivo com fortes responsabilidades sociais perante a comunidade.
Vale a pena apostar na formação!
No pólo aquático e nas outras modalidades.
O Vitória é um clube ecléctico e deverá sê-lo sempre!
Depois Falamos.

P.S. Além do mais o pólo aquático já "deu" um vice presidente à actual direcção do Vitória.
O Pedro Coelho Lima.
Que fundou a secção, foi jogador e dirigente, é um enorme entusiasta da modalidade.
E que hoje tem todas as razões para estar imensamente satisfeito.
Porque este triunfo também é (duplamente) dele.
Enquanto homem do pólo aquático e enquanto vice presidente do clube.

Girassóis


Londres


sábado, junho 28, 2014

Gratidão

Guimarães tem uma excelente razão para estar grata ao governo de Pedro Passos Coelho.
A instalação na cidade berço de um instituto da Universidade das Nações Unidas tem uma importância extraordinária para Guimarães (e para Portugal é claro) que passará a ser uma cidade referência em termos mundiais no que ao ensino e investigação no domínio da governação electrónica concerne.
E foi uma decisão politica do governo ao escolher Guimarães em detrimento de outras cidades candidatas como era o caso de Lisboa por exemplo.
Que motivou até alguma "estranheza" por parte da Universidade das Nações Unidas mais habituada a que os seus institutos (que nem às duas dezenas chegam em todo o mundo) fiquem sediados em capitais ou cidades que venham logo a seguir em termos de dimensão.
Mas o governo escolheu Guimarães.
Escolheu e pagou.
Porque a instalação de um instituto desta dimensão significou um investimento na casa dos cinco milhões de euros o que nos tempos correntes, e com as dificuldades económicas que se conhecem, tem um claro significado quanto à dimensão da aposta.
O que deve ser levado em conta por todos e muito em especial por aqueles que em fóruns políticos locais gostam muito de se queixar da falta de investimento do actual governo em Guimarães.
Depois desta decisão do governo creio que terão de se calar por muitos e bons anos.
Porque este instituto tem uma importância estratégica, económica( até de criação de emprego e incentivo à economia local) e naturalmente na área da ciência e da investigação que se vai reflectir no concelho e na região de forma extremamente positiva ao longo de muitos anos.
O governo tomou uma excelente decisão.
A que se seguirão outras que muito vão beneficiar Guimarães e a região.
E fez na prática aquilo que muitos pregam mas não praticam.
Descentralizou de facto.
E apostou numa cidade que nem capital de distrito é para receber tão importante instituição.
São factos.
Que nos orgulham e honram o governo que teve a coragem de tomar a decisão.
Depois Falamos

P.S. O evento de Novembro que trará cerca de 500 participantes (que vão permanecer na cidade durante vários dias) de 70 países é já um primeiro exemplo da importância para Guimarães de albergar este instituto.
Para além de tudo o mais , nomeadamente a divulgação da cidade e da região, os hóteis, restaurantes e comércio tradicional muito vão beneficiar deste afluxo de pessoas.

Castelo de Vitré, França


Poupa


sexta-feira, junho 27, 2014

Desrespeito


Sou do Vitória como é sabido.
Apenas e só como é normal nos vitorianos e vitorianas.
Mas tenho uma simpatia natural pelo Moreirense, como é normal nos vitorianos, tal como a maioria dos adeptos do Moreirense também simpatizam com o Vitória.
Aliás há muitos vimaranenses que são sócios dos dois clubes.
E por isso fiquei naturalmente satisfeito com o seu regresso à primeira Liga e ainda mais com o facto de se terem sagrado campeões nacionais da II liga com absoluto mérito.
É um clube bem organizado, muito bem gerido e que anda há muitos anos na elite do futebol português em função desses factores atrás referidos e que lhe permitem superar a dificuldade de ser um clube sediado numa freguesia de um concelho onde existe um grande clube como o Vitória.
Foi pois com surpresa que constatei que tendo  .a equipa vimaranense obtido o titulo de campeão nacional da II liga não tinha sido recebido na Câmara Municipal com a pompa e circunstância registada com outros campeões nacionais .
Na ultima reunião de Câmara o vereador André Coelho Lima, surpreso com o facto tal como eu e muitos vimaranenses, questionou o presidente do município sobre as razões de tal discriminação para com o clube de Moreira de Cónegos.
Recebeu a espantosa resposta de que a Câmara apenas homenageia campeões nacionais da 1ª divisão seja em que modalidade for.
Fiquei perplexo.
Porque o titulo de campeão nacional da II Liga de futebol é um titulo relevante obtido em compita com as equipas B de alguns dos principais clubes portugueses e com clubes de cidades como Penafiel, Faro, Portimão,Viseu,Aveiro, Chaves, Matosinhos e por aí fora.
Onde um titulo natural seria valorizado, e celebrado, de forma bem diferente.
E não me parece que seja boa politica de valorização do município e dos seus principais clubes o ignorar os títulos por eles obtidos com todo o mérito.
E como uma desgraça nunca vem só não pode passar em claro idêntico desrespeito do município perante o Xico Andebol.
Também ele campeão nacional da 2ª divisão e consequentemente promovido à 1ª divisão.
Também ele esquecido pelo município. 
Dois clubes de Guimarães campeões nacionais de duas modalidades de topo a quem a câmara "negou" uma homenagem mais que merecida.
É bom que este elitismo municipal(só homenageiam campeões de 1ª divisão nem que seja de chincalhão) não seja esquecido pelos vimaranenses quando chegar o tempo de puxarem pela memória.
Porque Guimarães faz-se com todos e não apenas com os de 1ª divisão.
E não apenas no desporto sejamos claros.
Depois Falamos. 

quinta-feira, junho 26, 2014

E Tudo o "Bento" levou...

Mas não hoje.
Porque hoje Portugal cumpriu aquilo que é normal numa fase final do Mundial e venceu um adversário mais fraco e que apesar de ter dado bastante que fazer ao seleccionado luso nunca deu a ideia de poder ganhar o jogo.
E, ironia do destino, ao Gana bastava ganhar.
Portugal com a equipa mais uma vez remodelada (terceiro lateral esquerdo em três jogos entre outras mudanças) até entrou bem e podia perfeitamente ter chegado ao intervalo com um resultado bem animador face ás oportunidades criadas.
Nomeadamente um remate à barra de Ronaldo e depois uma cabeçada do mesmo jogador defendida por instinto pelo guardião ganês.
Mas não marcou.
E dizem os livros que quem não marca...sofre.
Foi o caso.
E depois, mesmo com as boas noticias vindas do Alemanha-EUA ,o mais que Portugal conseguiu fazer foi marcar outro golo através de Ronaldo(que bem o mereceu) que garantindo o triunfo foi demasiado escasso para o apuramento.
Até ao final o mesmo Ronaldo ainda teve mais três oportunidades mas em duas o guarda redes opôs-se com sucesso e noutra a pontaria saiu demasiado alta.
Pelo meio ainda tivemos a anedótica troca de Eder por Vierinha(entrou bem) que deixou Portugal a jogar com quatro extremos e nenhum ponta de lança na área ganesa.
Essa substituição e a forma ridícula como desperdiçamos o minuto de compensação antes do intervalo, com aquela cerimónia toda sobre quem fazia o lançamento lateral, foram bem a imagem de uma selecção que passou ao lado do Mundial por exclusiva culpa própria.
Porque mesmo com aquele seleccionador, e aquela disparatada convocatória que comprometeu e muito o percurso mundialista, tínhamos obrigação de passar aos oitavos de final face à valia muito relativa de Estados Unidos e Gana e até à forma como decorreu o jogo com os americanos em que tivemos tudo para vencer e quase perdemos.
Não sei quais as consequências desta eliminação prematura do Mundial.
Bem à portuguesa creio que nenhumas.
Porque Paulo Bento não vai prescindir do chorudo ordenado, de trabalhar de longe a longe e de treinar uma selecção que tem Cristiano Ronaldo.
E a direcção da FPF não vai querer admitir o tremendo erro que foi renovar o contrato ao portador da braçadeira de treinador antes da disputa do Mundial.
Entre a teimosia de um e a falta de capacidade de reconhecerem o erro de outros o folclore vai continuar.
Já em Setembro, frente à poderosa (com PB a treinar todos os adversários são fortes) Albânia no inicio da fase de apuramento para o Europeu de 2016.
Depois Falamos.

Sim ou...Casa

E hoje se saberá se Portugal tem futuro neste Mundial ou se a exemplo de Espanha,Inglaterra e Itália (para citar apenas os dois últimos campeões do mundo e a "pátria" do futebol) regressa a casa debaixo da frustração imensa de ter ficado muito aquém das expectativas.
Não vou aqui debruçar-me sobre o seleccionador, a FPF , a preparação do Mundial e quejandos porque sobre isso está dito tudo que havia para dizer até hoje.
Antes lembrar que Portugal vai entrar em campo com a obrigação absoluta de ganhar e marcar vários golos (quantos vai depender do Alemanha-EUA) sabendo que depende do resultado da Alemanha e o seu próprio triunfo por si só não basta.
Embora como qualquer português deseje o apuramento, e "torça" por ele enquanto ele for possível, devo dizer que a minha esperança é quase nenhuma face ao que tem sido o percurso de Portugal neste mundial brasileiro.
Esmagado pela Alemanha, impotente perante os Estados Unidos, é preciso um grande dose de fé para acreditar que no ultimo dia vai correr tudo bem quando nos nos dias anteriores tudo correu mal desde as exibições aos resultados passando pelo número incompreensível de lesões.
Mas é futebol e por isso sendo Portugal melhor que o Gana (mesmo nesta deprimente versão "Paulo Bentiana"),e tendo nas suas fileiras um jogador genial como é Ronaldo (embora diminuído), há sempre alguma esperança de que o milagre possa acontecer.
Logo, a partir das 17.00h, saberemos se o "sonho" tem substância ou se o "pesadelo" será o resultado desde ultimo dia do grupo G.
Apurado ou eliminado só uma certeza existe para Portugal.
Fez a cama em que se vai deitar.
Depois Falamos.

P.S. É evidente que o empate no Alemanha-EUA bastar ás duas equipas também não é factor de tranquilidade.
E não é pela amizade entre Low e Klinsmann que até já trabalharam juntos nas selecção alemã.
É mesmo porque nesta fase a poupança de energias é importante e por isso um jogo "entretido" (como dizia o grande Quinito) convém aos dois.

Yangshuo,China


Basilisco


terça-feira, junho 24, 2014

Duras mas Verdadeiras!

As declarações de Ronaldo, depois do jogos com os EUA, referindo-se à valia da selecção nacional e ao facto de nunca a ter visto como candidata ao titulo soltaram o já habitual coro recriminatório de umas "virgens púdicas" que detestam a verdade e adoram o politicamente correcto.
E que bem à portuguesa incensam Ronaldo quando ele faz grandes jogos mas adoram exibições menos conseguidas porque nelas vêem motivos para o criticarem por tudo e por nada.
Sofrem essas "virgens" do defeito português por excelência que é a inveja.
Adiante.
Acontece que num olhar pelos convocados é fácil perceber a razão de Ronaldo.
Começando pelos guarda redes(Patrício, Beto e Eduardo) não é certamente por eles que Portugal está como está. Todos os três são bons mas não são Vitor Baía, Manuel Bento ou Vítor Damas para citar três "monstros" da baliza.
João Pereira é curto como lateral. No tamanho e na inteligência. Vale-lhe ser empenhado.
Os centrais Pepe e Bruno Alves são uma boa dupla mas um tem as conhecidas limitações de inteligência e o outro parece também ele preso por arames.
Neto é bom jogador mas "apenas" isso e Ricardo Costa está lá pela polivalência,pela experiência (é o seu terceiro mundial) mas nunca poderia ser mais do que quarto central numa equipa com aspirações.
Coentrão, esse sim, é um jogador de grande nível que dá sustento a uma equipa candidata a vencer títulos.
 Infelizmente foi o primeiro a "morrer" para o Mundial.
Na defesa resta André Almeida um dos jogadores mais fracos que vi vestir a camisola da selecção.
No meio campo o que temos?
Miguel Veloso a jogar no competitivo campeonato da Ucrânia, Raul Meireles convocado apenas por teimosia do seleccionador porque fez uma época fraquissima e Moutinho que depois de várias épocas em alta rotação no FCP fez um campeonato de França muito para o fraquito.
São os titulares!
Depois?
William Carvalho, uma grande promessa mas que é ainda e só isso. Ruben Amorim que ás vezes é titular no seu clube.
Curtíssimo.
E na frente?
Ronaldo é..Ronaldo.
Nani é excelente mas ainda "deve" à selecção um conjunto de jogos a grande nível, Varela é bom jogador mas não mais do que isso, Vieirinha aos 28 anos é "aquilo" que se vê e já não dará muito mais.
Postiga está há 10 anos na selecção, tem marcado uns golos mas todos temos dificuldade de nos recordarmos de uma exibição, Hugo Almeida é presença regular mas mais por ser um jogador grande(morfologicamente diferente do português...comum) que um grande jogador e Eder é muito esforçado e talvez um dia marque um golo pela selecção.
Resta Rafa que como William Carvalho tem um enorme potencial. Potencial...
E por isso para uma selecção com aspirações a chegar longe neste Mundial o que temos(tínhamos) de facto e considerando que todos estavam a jogar ao seu melhor nível?
Ronaldo, Coentrão, Nani, Moutinho, Pepe e Bruno Alves.
Convenhamos que é curto.
Porque, a titulo de exemplo, em 2004 já tínhamos Ronaldo (embora muito jovem) e tínhamos Figo, Rui Costa, Ricardo Carvalho,Deco, Costinha, Pauleta, Maniche, Jorge Andrade, Paulo Ferreira, Nuno Valente, Simão,Fernando Couto,Tiago, Nuno Gomes...e não ganhamos o Europeu em casa convém lembrar.
E em termos de valores essa selecção dava 10-0 a esta.
Por isso Ronaldo tem razão.
Toda a razão.
E ninguém mais do que ele tem moral para por os pontos nos is.
Afinal levou a selecção ás costas até ao Brasil.
Depois Falamos.

P.S. E ainda foi misericordioso. Porque podia ter dito , e é verdade, que a selecção para além de todos os problemas que referiu ainda tem um outro. Provavelmente o pior seleccionador da sua história.

P.S. 2 Mais do que palavras basta olhar para a fotografia que encima o texto para perceber bem a dimensão da nossa "tragédia" por terras de Vera Cruz...

Sugestão de Leitura

Desta vez não é uma biografia.
É, antes, um livro de certa forma biográfico sobre as grandes famílias de antes do 25 de Abril e os seus negócios,o imenso poder de que dispunham, as ligações entre elas até sob a a forma de casamentos a fazerem lembrar negócios de Estado.
Como se construíram e desfizeram "impérios", os segredos por trás dos grandes negócios, a oposição de Salazar e Marcelo a grupos económicos "demasiado" grandes com receio do excesso de concentração de poder,
Dos Champalimaud aos Mello passando pelos Espírito Santo, da CUF à Lisnave, da Siderurgia Nacional ao BPA são muitos os capitulos que nos recordam o que era o poder económico antes da revolução.
Que também tem o seu espaço.
O 25 de Abril, o gonçalvismo e as nacionalizações, a fuga para o exílio de muitos industriais e banqueiros pertencentes ás famílias atrás referidas e a forma como a partir de Espanha, Brasil, Inglaterra ou Estados Unidos refizeram os seus grupos, os seus negócios e as suas fortunas.
E um retrato demolidor dos anos de "loucura" de 1974 e 1975.
Uma obra interessante e que se lê num ápice.
Depois Falamos

Lua


Parlamento, Budapeste


segunda-feira, junho 23, 2014

O Parolo do Pic Nic

A Avenida da Liberdade está para Lisboa, como o Passeio da Castelhana para Madrid, os Campos Elísios para Paris ou a 5ª avenida para Nova Iorque.
São espaços nobres, autênticos "ex libris" dessas cidades, e portanto ponto obrigatório de visita de todos os turistas que demandam essas paragens.
No caso de Lisboa, como no das outras cidades citadas e outras que o poderiam ter sido, é uma artéria onde se concentram grandes cadeias hoteleiras e lojas das grande marcas viradas para o turismo de gama alta e que frequenta esses hóteis e essas lojas com um poder de compra que a esmagadora maioria dos portugueses não tem.
É pois o tipo de turismo que qualquer país procura captar e conservar pelo maior espaço de tempo possível.
E por isso quando se vê esse espaço "profanado" por um pic nic de uma cadeia de supermercados "abrilhantado" pelo inevitável concerto de Toni Carreira, misturando couves, feijões, nabos, ovelhas e porcos com lojas de luxo e hóteis de cinco estrelas apenas ocorrem as seguintes perguntas:
Seria isto possível em Madrid, Paris ou Nova Iorque?
Que influência tem a Sonae dentro da câmara de Lisboa que lhe permite assentar aquele arraial na mais emblemática avenida da cidade, perturbando trânsito, negócios e cidadãos, com a mais absoluta das impunidades?
Quem é o autarca que permite semelhante parolice dando da cidade cujos interesses foi eleito para defender esta imagem deprimente e típica de um provincianismo do século 19 ?
As respostas são claras.
À primeira pergunta é não.
À segunda é não sei mas bem gostava de saber.
À terceira o parolo está identificado.
Chama-se António Costa e se o deixarem ainda,um dia, transforma Portugal num imenso pic nic do PS.
Não será por falta de aviso...
Depois Falamos

Fado Português

Precisávamos de ganhar.
Não ganhamos.
Para ganhar dava jeito termos jogado bem.
Não jogamos
E,naturalmente, marcar mais golos do que o adversário.
Não marcamos!
Assim regressamos ao velho fado de nos agarrarmos à calculadora com a mirifica esperança de que a racionalidade de uma ciência exacta dos números nos mostre uma realidade diferente daquela que ontem,uma vez mais, nos entrou pelos olhos dentro.
Temos o "melhor do mundo", é verdade, mas o "melhor do mundo" não é este Ronaldo preso por arames e a jogar sabe Deus (e ele próprio) com que sacrifício e correndo riscos físicos sérios na "louca" esperança de apurar para a fase seguinte uma selecção que não merece.
Porque para lá de Ronaldo...é o terror quase absoluto.
Da rábula dos pontas de lança que duram dez minutos antes de entrar Éder que dura o resto do tempo mas sem resultados práticos.
Daquele corredor esquerdo da nossa defesa que "morto" Coentrão se tornou numa verdadeira avenida para os nossos adversários fruto da burrice de um seleccionador incompetente que deixou de fora Antunes para convocar o "protegido" André Almeida um dos jogadores mais banais que alguma vez vestiu a camisola de Portugal.
De um meio campo apático e sem intensidade, onde a imagem deste ou daquele parece ser prioritária em relação à profissão que exercem(só no Portugal de Paulo Bento um jogador com a imagem apalhaçada de Raul Meireles é sempre titular pese embora um rendimento a roçar o ...miserável), e que deixou Portugal sem fio de jogo e sem permitir aos nossos extremos fazer aquilo que sabem melhor e que é aparecerem nas costas da defesa em lances de velocidade.
De uma defesa em que apesar de tudo Ricardo Costa foi o melhor (ele que teoricamente até seria o 4º central) face ao naufrágio disciplinar de Pepe e à penumbra de Bruno Alves bem abaixo do que lhe é habitual.
E por aí fora...
Face ao Gana alguns, desconfio que poucos, ainda estarão de calculadora na mão fazendo contas impossíveis.
Por mim já estou noutra.
A de querer saber a quem serão pedidas responsabilidades pela má planificação de toda esta campanha.
Do estágio nos EUA à preparação dos jogos no Brasil.
Passando, como é óbvio, pela justificação para tantas lesões que quase transformaram o quartel general da selecção em Campinas num hospital de campanha.
Quanto a Paulo Bento , à sua vergonhosa convocatória(que para além de muito mais já contemplava jogadores ...lesionados) e à gestão incompetente dos jogos, só me resta uma duvida:
Se depois do jogo com o Gana ganha vergonha e se demite ou se é a própria FPF que perde a vergonha e o demite.
Qualquer outra solução é lesiva dos interesses da selecção de Portugal.
Depois Falamos.

quinta-feira, junho 19, 2014

Imaginemos...

Imaginemos que a "doutrina Coutada" faz escola.
A "doutrina Coutada" é aquela segundo a qual se num jogo que decide um titulo houver algum sinal de crispação(falta saber como define Coutada o grau da mesma e a perigosidade respectiva mas isso são peanuts...) então o troféu respectivo não é entregue ao capitão da equipa campeã no final da partida  e fica a entrega diferida para o dia seguinte no local que der mais jeito a quem o vai entregar e a quem vai acolher a cerimónia de entrega.
Imaginemos...
Imaginemos que a 13 de Julho pelas 20.00h, no Maracanã do Rio de Janeiro, se encontram Brasil e Portugal!
Nas bancadas estão 70.000 brasileiros e 5.000 portugueses.
Os brasileiros não admitindo sequer um "Maracanazo" como o de 1950 e os portugueses sonhando com a repetição de 1966.
Imaginemos que Portugal ganha.
Pela "doutrina Coutada" os 70.000 frustrados brasileiros nas bancadas propiciam um clima de crispação incompatível com a entrega do troféu.
E perante a natural frustração de jogadores, dirigentes e adeptos Ronaldo não recebe a taça Jules Rimet.
Imaginemos que nessa noite Sepp Blatter liga a Fernando Gomes a explicar que devido à crispação o troféu não tinha sido entregue no final do jogo mas se-lo-ia no dia seguinte.
Imaginemos que Blatter se mete num avião e vem a Portugal.
Imaginemos que jogadores, técnicos e dirigentes federativos são convidados para no dia seguinte ao triunfo se apresentarem na residência oficial do primeiro ministro para serem homenageados como é da praxe.
Imaginemos ,ainda, que ao chegarem a S. Bento a comitiva lá encontra Blatter, a taça e as medalhas, e Passos Coelho preparado para fazer a respectiva entrega ao lado do presidente da FIFA.
Imaginemos que cerimónia se desenrola nesses moldes com Blatter e Passos Coelho a entregarem as medalhas aos campeões do mundo.
Alguém se quer dar ao trabalho de imaginar o que diria o PS de Seguro, o PS de Costa,a CDU, o BE de tão inaceitável mistura entre politica e desporto?
No mínimo exigiriam ao Presidente da República, pela milésima vez, que demitisse o governo.
Tudo o que foi atrás escrito é pura imaginação!
A "doutrina Coutada" não.
Já foi posta em prática.
E não é por ter sido aplicada a uma "escala" muito menor que a de um Mundial de futebol que deixa de ser grave.
Porque a dignidade de um clube, dos seus jogadores e técnicos, não se mede à escala.
Depois Falamos.

P.S Espero que desta vez mesmo aqueles que anteriormente fizeram de conta que não perceberam...percebam!
Porque na génese de tudo está um imenso desrespeito da FPF pelo Vitória.
A partir daí,e face ao que se passou, não é difícil concluir o resto.

Estádio, Singapura


Camaleão


terça-feira, junho 17, 2014

Serenamente!

Já sei que alguns, os do "costume" e/ou os "inspirados pelos do "costume", vão soltar "cobras e lagartos" a este post através de comentários que terei o grato prazer de não publicar.
Mas não ficaria bem com a minha consciência, nem com o vitorianismo de que não abdico, se não comentasse esta imagem e tudo que a ela está associado.
Todos os vitorianos, e quero crer que todos os vimaranenses, ficaram extremamente felizes com o triunfo do Vitória no campeonato nacional de juvenis em futebol.
Mas em volta desse triunfo aconteceram factos que do meu ponto de vista são inaceitáveis.
O primeiro foi a FPF não ter entregue taça e medalhas no fim do jogo.
O argumento do vice federativo (Carlos Coutada) de que tal não aconteceu porque havia um ambiente de alguma "crispação" em volta do jogo não é aceitável.
Porque em volta de jogos decisivos há sempre crispação e isso não impede que os troféus sejam entregues.
A administração da SAD do Vitória não devia ter aceite que assim fosse.
E desvalorizar o facto, porque "alguém" telefonou a "alguéns", não é a atitude que se esperaria neste contexto em que é a imagem e o respeito ao clube que estão em causa.
Porque ainda recentemente, a titulo de exemplo, os basquetebolistas do Benfica receberam taça e medalhas no nosso pavilhão num ambiente que em nada lhes era favorável e não veio mal nenhum ao mundo.
E estava muito mais gente que no domingo em Alcochete.
A atitude da FPF é inaceitável e demonstrou falta de respeito pelo Vitória.
Se calhar tinham outro nome gravado na taça e tiveram de emendar....
O segundo facto reprovável foi o discurso do presidente da câmara.
Considerando que é uma taça especial porque é a primeira que o Vitória e Guimarães ganham no seu mandato.
Há coisas que até se podem pensar. Mas não dizer.
Porque o Vitória não ganha títulos para abrilhantar mandatos.
Sejam de quem forem.
E é, até, uma enorme injustiça para com o Moreirense que semanas atrás se sagrou campeão nacional da II liga com todo o mérito.
O terceiro facto que considero inaceitável é taça e medalhas terem sido entregues nas instalações da Câmara.
Não!
Assim não!
Porque qualquer  "municipalização" de uma conquista desportiva  não pode merecer a concordância de quem quer o Vitória, e qualquer clube, completamente independente do poder politico.
Seja ele qual for.
Já que a taça não foi entregue no dia e no sitio certos (Alcochete no final do jogo)então não faria diferença esperar mais algum tempo e entregá-la em instalações vitorianas perante todos os vitorianos que pudessem estar presentes.
Fosse na Assembleia Geral de 5 de Julho fosse no primeiro jogo em casa da próxima época.
Qualquer dessas hipóteses seria preferível à opção de ontem.
Que até pode ter sido na melhor das intenções mas não devia ter acontecido.
Tenho pena de ter que fazer estes reparos em volta de uma conquista que tantos nos alegrou a todos mas em boa verdade não ficaria bem comigo próprio se não o tivesse feito.
Até porque muito tenho eu calado...
Depois Falamos

P.S . Gostei de ver o dr Domingos Bragança corporizar a ambição de todos os vitorianos em verem o Vitória ser campeão nacional de futebol.
É um imenso desafio, como frisou o presidente do clube e da SAD, mas nele estou certo que todos os vitorianos estarão ao lado de quem erguer essa bandeira de forma consequente.

Tigre


Palácio da Pena


segunda-feira, junho 16, 2014

"Músicos" e "Maestro"...

A durissima derrota perante a Alemanha, apenas atenuada pelo reconhecido valor da equipa teutónica e por (mais) uma "arbitragem FIFA" , teve a sua principal razão de ser na fraquissima exibição da equipa portuguesa.
Que nunca foi uma orquestra afinada antes pareceu, durante os 90 minutos, uma banda filarmónica de amigos sem grande talento musical regida por um maestro que mal sabia ler a pauta quanto mais reger a banda!
Pelo que fica a interrogação sobre que fazer para ganhar os dois próximos jogos.
O ideal seria mudar de treinador.
Infelizmente não é possível.
Excelente seria "devolver" alguns dos convocados e em troca "repescar" alguns que por cá ficaram e em nada são inferior aos que viajaram para o Brasil.
Infelizmente também não pode ser.
Pelo que terá de ser com este treinador (ó tristeza...) e os jogadores disponíveis que Portugal terá de preparar os próximos jogos.
Sobre o treinador pouco há a acrescentar ao que aqui foi escrito durante os últimos meses.
Fez uma convocatória inaceitável, levou jogadores que nada justifica e deixou outros que já estão a fazer falta como é o caso flagrante de Antunes.
Porque com a lesão de Coentrão , mesmo contra EUA e Gana, é um autêntico filme de terror pensar em André Almeida como titular.
Mas os seus erros vão muito para lá disso.
Nos jogos de preparação andou a experimentar os guarda redes.
No jogo "fácil" (Irlanda) jogou Patrício. Nos jogos mais difíceis jogaram Eduardo e Beto.
Hoje Patrício fez uma exibição tão pobre que deixa interrogações sobre que fazer nos próximos jogos.
Outra incongruência foram os centrais.
Nos jogos de preparação o treinador  deu claras indicações de que Neto seria o terceiro central.
Hoje jogou Ricardo Costa.
Depois há decisões de gestão do jogo incompreensiveis.
Quando Pepe é expulso qualquer treinador (até dos distritais) faria entrar de imediato um outro central.
PB esperou, sofreu o terceiro golo, e só ao intervalo fez entrar Ricardo Costa.
Tirando Veloso por acaso o melhor médio português na primeira parte e mantendo em campo Meireles cuja figura caricata só encontra paralelo na caricata exibição que fez.
Paulo Bento, claramente, não tem categoria para treinar Portugal.
Mas a FPF até já lhe fez o favor, mesmo antes do Mundial, de renovar contrato!
Quanto aos jogadores:
Bem...ninguém!
Mal quase todos.
Patrício com culpa em golos que entraram e naquela oferta a Khedira que não entrou por milagre.
Pepe que com uma atitude estúpida e destituída de qualquer espírito profissional enterrou a equipa.
Meireles com uma exibição ...inexistente.
João Pereira que fez um penalti ingénuo e nunca mais se redimiu.
Moutinho que passou quase totalmente ao lado do jogo.
Bruno Alves com culpas em golos alemães embora com outros lances em que evitou jogadas perigosas dos adversários.
André Almeida com culpas no quarto golo e que quase fazia um penalti de uma ingenuidade do tamanho do estádio.
Mas a culpa não é dele mas sim de quem levou a um mundial um jogador banalissimo.
Menos mal ?
Eder que entrou bem e deu trabalho aos defesas alemães.
Veloso o melhor do meio campo incompreensivelmente substituído ao intervalo.
Ronaldo e Nani que bem tentaram criar situações de perigo mas quase sempre inconsequentes.
Coentrão que ainda foi dos mais esforçados.
Ricardo Costa que entrou para tentar remendar uma equipa já muito esburacada e não comprometeu.
Hugo Almeida que, em bom rigor, não teve tempo para muito mais que para um remate fácil para Neuer.
Podemos, ó se podemos, lembrar aqui nomes como Quaresma, Adrien,Bebé, Danny e especialmente Antunes cuja não convocatória foi um erro grosseiro de Paulo Bento como a partir de hoje é evidente mesmo para os mais cépticos.
Mas os problemas vão ter de se resolver com os vinte que estão no Brasil.
Porque Pepe vai ser suspenso e a dupla de lesionados (Coentrão e Hugo Almeida) dificilmente voltará a jogar neste Mundial( e nunca nesta fase) segundo o departamento médico da selecção.
A minha esperança é que Portugal. fiel a si próprio, seja no "mata,mata" que encontre o seu espaço de afirmação.
Já assim tem sido noutras ocasiões.
Oxalá seja mais uma.
Depois Falamos.

P.S. Mas o Mundial de 2002 é um fantasma que já paira sobre a selecção...

Descalabro!

Embora o mais fácil, e popular, fosse ir por outro caminho creio que é mais importante olhar para esta péssima estreia no mundial com a frieza possível.
Em primeiro lugar nada está perdido.
Vencendo USA e Gana a selecção nacional seguirá em frente e esse é o grande objectivo.
Em segundo lugar perder com a Alemanha é mais "normal" do que ganhar face ao valor futebolistico de cada um dos países e por isso nada de anormal aconteceu hoje em Salvador nesse aspecto.
Porque se é verdade que Ronaldo teria lugar na selecção alemã creio que isso não aconteceria com mais nenhum jogador português.
Em terceiro lugar parece que perante um 0-4 é ridículo falar do árbitro porque não terá sido ele o responsável pela dimensão da derrota.
A verdade é que assistimos a uma típica "arbitragem FIFA" sempre na óptica de defender o "negócio" à custa do beneficio ao mais poderoso.
Nada a que não se assistisse neste Mundial noutros jogos.
A grande penalidade contra Portugal aceita-se mas é incompreensível que clarissima falta para idêntico castigo, sobre Éder, não tenha sido assinalada.
A expulsão de Pepe, sem que nada justifique a estupidez da atitude do jogador da selecção nacional, foi claramente forçada porque ali o que se justificava era uma amarelo para cada um dos jogadores e mais nada.
E aí o sérvio nomeado pela FIFA para a "tarefa" decidiu o jogo.
Mas nada disso justifica a fraquissima exibição de Portugal (quando muito atenua) que foi derrotado por uma boa selecção alemã que passou a segunda parte a fazer um treino de posse e troca de bola e apenas isso impediu uma catástrofe história em termos de resultado.
Agora importa levantar a cabeça, mudar de atitude nos dois próximos jogos, e conseguir o apuramento que está perfeitamente ao nosso alcance.
Depois Falamos

P.S. De Paulo Bento e das exibições individuais falarei noutro post...

Veleiro


Rio de Janeiro


Fantástico!

 O Vitória sagrou-se campeão nacional de juvenis.
Treinados pelo vimaranense e vitoriano Tozé Mendes os miúdos fizeram uma primeira fase de bom nível e depois na hora da verdade não falharam.
E é isso que define os campeões.
Na fase final começaram mal (derrota caseira com o Benfica) mas rapidamente recuperaram o "prejuízo" indo vencer o Porto ao Olival e só não vencendo o Sporting em casa porque o árbitro apenas os deixou empatar naquilo que foi a primeira tentativa dos "pseudo sérios" em ganharem fora das quatro linhas.
Depois duas vitórias consecutivas , frente ao Benfica no Seixal e ao Porto em Guimarães, levaram a que a nossa equipa apenas precisasse de um empate na visita a Alcochete para trazer para o Vitória o único titulo nacional que faltava ao nosso futebol de formação.
Conhece-se a rábula dos bilhetes que os "pseudo sérios" não quiseram disponibilizar aos adeptos vitorianos (embora nas fotografias não se vissem bancadas a abarrotar...) mas isso não perturbou a equipa que soube fazer o jogo que mais lhe interessava e mesmo estando em desvantagem por duas vezes soube recuperar com uma raça digna de verdadeiros campeões.
É um titulo nacional extremamente saboroso e que perdurará na memória dos vitorianos pela forma como foi conseguido.
Estão de parabéns técnicos, jogadores e dirigentes do clube/SAD por mais esta conquista que tanto nos honra.
E a que se seguirão outras, não o duvido, porque o ADN do Vitória é um ADN de campeões!
No futebol e nas modalidades com está sobejamente demonstrado.
Duas notas finais:
Uma para "louvar" o critério com que se escolhem seleccionadores na FPF. No recente europeu de sub 17 o Vitória, agora campeão nacional, não teve um único jogador convocado!
Ao contrário de Benfica(12), Porto (4) e Sporting(3).
O outro para constatar, sem surpresa, que este titulo nacional passou ao lado das nossas queridas televisões para quem futebol são os 3 estarolas , a selecção A e CR7.
Ainda assim tiveram tempo para resumos e noticias da final de Futsal ganha pelo Sporting.
Não faz mal.
Ainda dá mais sabor ao titulo!
Depois Falamos

P.S. Um abraço de Parabéns, muito especial, ao Rui Leite, ao Ricardo Almeida e ao Jorge Freitas.
Ninguém mais do que eles trabalhou durante anos para que sucessos como este sejam uma realidade no futebol de formação.

É Hoje

É hoje que Portugal se estreia no Mundial do Brasil.
Um Mundial com golos, e isso é de realçar, mas sem exibições de encher o olho daquelas que ficam na memória para lá do final dos jogos em que se produzem.
Aliás depois de ver os jogos dos primeiros quatro dias é muito difícil, para além da nova versão da "laranja mecânica"(excepção à regra e único jogo que vale a pena recordar), afirmar que já se "viu" um candidato claro ao titulo.
Claro que a segunda parte da Argentina frente à Bósnia (exemplo claro da importância de ter um treinador que sabe mexer na equipa), a exibição letal da Itália frente à Inglaterra, pormenores do jogo do Brasil indiciam que essas equipas podem aspirar a estarem presentes no jogo derradeiro.
Aspirar.
Mas hoje é dia do Portugal-Alemanha.
Duas equipas com aspirações nesta prova com os alemães assumindo o habitual favoritismo a serem campeões mundiais e os portuguesas aspirando a de jogo a jogo irem andando até onde puderem sem perderem de vista o ...Maracanã.
Considero que dificilmente a selecção de Portugal terá um jogo tão difícil como este ao longo da sua presença no Brasil.
Porque a Alemanha tem uma equipa fortíssima, uma mentalidade ganhadora, um sistema de jogo que "cilindra" quem não se lhe souber opor.
Nomes como Neuer, Ozil, Gotze, Lahm, Schweinsteiger, Schurrle, Podolski, Muller e o veterano (36 anos) Klose dispensam apresentações tal a valia que lhes é reconhecida e a capacidade que transmitem enquanto equipa.
Mas Portugal também tem os seus argumentos.
O maior dos quais é obviamente Ronaldo um jogador que, pura e simplesmente, teria lugar em qualquer uma das equipas presentes neste mundial do Brasil.
Mas nele não se esgotam os argumentos portugueses.
Há uma defesa que sofre muito poucos golo, um meio campo que sabe trabalhar o jogo e esconder a bola quando tal se torna necessário e na frente jogadores com talento  e argumentos para infundirem respeito à defesa alemã.
Todos os olhos e grande parte das esperanças estarão em Ronaldo como é evidente.
Mas tenho o feeling de que hoje poderá ser o dia de ...Nani.
Em boa forma, "fresco" depois de uma época menos desgastante do que lhe é habitual, sabedor de que é uma oportunidade extraordinária de ser visto pelo mundo (ainda por cima numa altura em que está no "mercado") Nani pode perfeitamente ser hoje a "carta" que baralhe os alemães e conduza Portugal a uma excelente estreia no Mundial.
Assim seja!
Depois Falamos

sábado, junho 14, 2014

The End ?

O Holanda vs Espanha foi o jogo mais surpreendente do Mundial até agora.
Não pela vitória holandesa como é óbvio mas sim pela dimensão numérica de que se revestiu e pela sensação de pura impotência transmitida por uma selecção espanhola completamente aturdida pelo furacão holandês que a "varreu" do jogo.
Tinha a curiosidade, e não era pequena, de reeditar a final do ultimo Mundial o que acontecia pela primeira vez na fase de grupos e voltar a juntar duas selecções com poucas alterações em relação ao jogo de Joanesburgo em 2010.
Mais na Holanda do que na Espanha.
A grande diferença é que tinham passado quatro anos.
E o "tiki taka", que valeu aos espanhóis a conquista de dois europeus e um mundial (para além de inúmeros triunfos do Barcelona em competições de clubes), está "gasto", muito visto pelos adversários e essencialmente a "pagar" pelo envelhecimento do seu maior interprete dentro das quatro linhas o fabuloso jogador chamado Xavi.
Que continua com a mesma cabeça e os mesmos pés que fizeram dele um dos melhores do mundo da ultima década mas os pulmões é que começam a dar indícios de um desgaste sem remédio.
E os espanhóis ate nem começaram mal com o penalti "cavado" por Diego Costa (a quem os até à pouco tempo compatriotas demonstraram bem o que acham de naturalizações mercenárias)mas foi um verdadeiro canto do cisne.
A que os imensos equívocos de Del Bosque, desde a equipa inicial ás substituições, também não ajudaram nada a inverter.
Será o fim de um ciclo espanhol nas grandes competições de selecções?
Nunca fiando.
Mas que parece... lá isso parece.
Depois Falamos

P.S: Sneidjer, Van Persie e Robben se não são o melhor tridente ofensivo deste Mundial também parecem bastante...ser!

Ponte da Torre, Londres


quinta-feira, junho 12, 2014

Antes, Durante e Depois

Antes:

Esgotada a presidência de Mário Figueiredo que perdera o apoio de quase todos os clubes, e se agarrara ao poder (com os cúmplices conhecidos) de forma vergonhosa, surgiu um movimento alargado de clubes a exigir eleições antecipadas e renovação dos orgãos sociais da LPFP.
Sabe-se como Figueiredo e os cúmplices, entrincheirados (ás vezes literalmente) na sede da Liga tudo fizeram para evitar a destituição e arrastar um mandato em coma profundo até ao fim.
Desse grupo de clubes surgiu um candidato largamente consensual, Júlio Mendes, para operar a necessária mudança.
De repente, sem que nunca se percebesse porquê (agora percebe-se...), alguns clubes afastaram-se dessa candidatura e até de forma muito deselegante como foi os casos de Benfica,Sporting, Nacional e Marítimo (nalguma coisa Carlos Pereira e Rui Alves haviam de estar  de acordo) ficando claro que as eleições seriam disputadas por vários candidatos.

Durante:

Entrando em processo pré eleitoral com  a marcação das eleições para 11 de Junho lá foram aparecendo os vários pré candidatos.
Entre eles dois ligados ao Benfica. Fernando Seara e Rui Rangel.
Curiosamente o clube demarcou-se deles e da eleição propriamente dita.
Percebe-se agora porquê.
A candidatura de Seara, que o Benfica nunca apoiou publicamente mas que ganhou terreno precisamente pela enorme ligação do candidato ao SLB e aos seus orgãos sociais (foi mandatário da ultima candidatura de Luís Filipe Vieira), apareceu a certa altura como a mais capaz de alargar consensos.
Prontamente o outro pré candidato benfiquista,Rui Rangel, desistiu a seu favor e mais tarde o próprio Júlio Mendes e o movimento de clubes conhecido por G-18 aderiram à candidatura teoricamente abrangente de Seara.
É então que Fernando Seara, jurista experiente e com muitos anos ligados aos orgãos jurisdicionais da FPF, apresente uma lista que não era inatacavelmente correcta perante os estatutos e sujeita a não ser aprovada.
A par disso, e para aumentar a confusão, o outro benfiquista (Rangel) apresenta uma lista que era para ser de Seara mas afinal... não era!
Entretanto Figueiredo, quase proscrito pelos clubes, lá conseguiu arranjar quatro da II liga que lhe subscreveram a candidatura enquanto o Sporting vagueava de ambiguidade em ambiguidade a par de declarações nojentamente escatológicas do seu presidente.
E assim se chega ás eleições.
E sem surpresa os cúmplices de Figueiredo rejeitam todas as listas menos a do próprio (isto nem na Roménia de Ceausescu)e os adeptos do futebol vêem assombrados um acto eleitoral vigiado pela PSP e com recurso a "gorilas" posicionados dentro da sede da Liga.
Uma vergonha sem fim.
Isto num país e num futebol que tem o melhor jogador do mundo e a selecção nacional prestes a iniciar a disputa do Mundial.
E neste cenário ainda há oito desavergonhados (entre os quais o Sporting) que tem a coragem de sancionar esta enorme pouca vergonha com o seu voto.
E Mário Figueiredo, a quem a palavra vergonha nada diz, é reeleito.

Depois:

Perante a justa revolta da maioria dos clubes assiste-se ao "pornográfico" espectáculo de Fernando Seara, qual Pôncio Pilatos, lavar as mãos daquilo tudo todo e anunciar que se afasta do processo eleitoral ao invés de ficar ao lado dos que o apoiaram e lutar pelo que acreditam ser a Justiça.
Já se sabia que o Sporting, o tal dos discursos escatológicos, apoiara Figueiredo algo que perseguirá o seu actual presidente até ao fim do mandato em Alvalade.
Mas faltava a cereja em cima do bolo ou a águia no poleiro como preferirem.
E o presidente do Benfica, o tal que nem se queria meter nas eleições da Liga, aparece a fazer um apelo aos clubes para apoiarem o mandato agora iniciado de Mário Figueiredo!
Precisamente o seu maior aliado na questão dos direitos televisivos e na guerra contra a Olivedesportos.
Abro um parêntesis para registar a minha curiosidade sobre o canal em que vão ser transmitidos jogos dos quatro clubes proponentes de Figueiredo e de alguns dos oito que nele votaram.
Para mim tudo é claro como a água.
Sobre o "quem é quem" e o "quem fez o quê" em todo este processo.
Em que para alguns defender os interesses globais do futebol português foi sempre algo de descartável e subalternizado em favor de interesses materiais e de influência perversa nos orgãos dirigentes.

Conclusão

Usando uma vez sem exemplo a linguagem escatológica de Bruno de Carvalho é hoje claro que a Liga é o "anûs" do futebol português, Benfica e Sporting são as "nádegas" que o ladeiam e quanto à "trampa" e aos "ventos mal cheirosos" que cada um lhes atribua os rostos que quiser.
Eu, enquanto vitoriano e adepto do futebol, limito-me a desejar que o Vitória e restantes clubes "vigarizados" neste processo tenham a energia, a coragem e a determinação necessárias a serem o "autoclismo" que varra esta porcaria toda!
Depois Falamos

Macaco


Balões


quarta-feira, junho 11, 2014

Nem 8 nem 80

Os portugueses são um bocado de extremos.
Gostam de alternar entre o 8 e o 80 sem deixarem espaço para o meio termo.
E com a selecção nacional, desde a fase de apuramento para o Mundial do Brasil, tem sido assim de forma continuada.
Desde o 8 do empate 3-3- em Israel ao 80 da grande vitória por 3-2 na Suécia que nos apurou para o Mundial.
Nos três jogos de preparação já efectuados o "risco" é o mesmo.
Porque as exibições com a Grécia e o México foram realmente fracas, e pouco animadoras para o futuro, e o triunfo de ontem face à Irlanda já desenha perspectivas radiosas ao que se vai lendo pelas redes sociais e não só.
Critiquei as duas primeiras exibições e em especial a pobreza do jogo com os mexicanos mas nunca esquecendo que são duas selecções que também vão disputar o Mundial.
Ontem, perante uma Irlanda que não vai ao Brasil, é evidente que a exibição foi bem melhor (não só pelos golos mas essencialmente pela atitude)e mostrou uma selecção mais entrosada mas sempre sem esquecermos que o adversário não foi propriamente de um grau de dificuldade elevado.
Ainda assim ficaram boas indicações.
Desde logo a recuperação de Ronaldo que pareceu em muito razoáveis condições depois de semanas sem competir.
E com Ronaldo a selecção vale muito mais como é óbvio.
Gostei muito da exibição de Fábio Coentrão o melhor jogador português ao longo de toda a partida. Marcou um golo ...e meio e fez uma bela exibição.
Promete um Mundial em cheio.
Hugo Almeida, para muitos o "patinho feio", fez dois golos à ponta de lança e mostrou que com extremos que saibam cruzar (Varela muito bem nesse aspecto) pode ser um jogador decisivo face a ter  argumentos físicos invulgares em pontas de lança portugueses.
Boa entrada em jogo de Nani (extraordinário o seu domínio de bola no lance do 4º golo) muito activo e com grande frescura física depois de uma época não muito cansativa face ás paragens por lesão. Também dele se espera um grande mundial.
Foi um bom ensaio que naturalmente motivou o grupo de trabalho.
Agora...venha o Mundial.
Depois Falamos.

Pirilampos

Foto: www.nationalgeographic.com

terça-feira, junho 10, 2014

Referência

O futebol também se faz de referências.
E Moreno é uma referência do Vitória.
Desde os escalões mais jovens que foi perceptível o gosto que este vimaranense tem em jogar no Vitória e o amor que tem ao clube e que vai muitíssimo para lá de uma simples relação profissional regida por um contrato.
Moreno não joga por amor à camisola(nenhum profissional o faz) mas joga com amor à camisola e isso é algo que merece realce a apreço por parte de todos os vitorianos.
As provas disso ao longo da sua carreira são muitas.
Mas esta disponibilidade evidenciada para ajudar a equipa B a subir do terceiro escalão à II liga merece especial destaque.
Porque Moreno, um consagrado da equipa A e com pergaminhos ao nível da I Liga, não teve problemas em ir jogar dois escalões abaixo para ajudar a equipa B do "seu" Vitória a alcançar o objectivo de subida e regressar ao escalão em que deve estar sempre.
E a forma como festejou a subida em nada o distinguiu dos jovens colegas de equipa em busca de um lugar ao sol.
Exemplar.
Moreno ainda tem mais alguns anos à sua frente para jogar pelo Vitória.
Mas um dia que termine a sua carreira é daqueles homens para os quais o clube tem de ter sempre um lugar nos seus quadros dirigentes ou técnicos.
Porque é com homens como ele que se constrói um Vitória maior e melhor.
Depois Falamos