terça-feira, dezembro 22, 2020

O Nosso 16

 A  uma equipa que terminou o jogo com uma média de idades de 22 anos não se podia pedir mais nem melhor do que aquilo que ela rubricou nos Açores com um triunfo absolutamente convicente, por quatro golos sem resposta,  confirmando as boas exibições anteriores face a Benfica e a este mesmo Santa Clara.
Hoje a equipa aliou a sua fantástica eficácia defensiva (um golo sofrido em cinco jogos fora) a uma capacidade goleadora que tem tudo a ver com a utilização (finalmente!!!) de Óscar Estupiñan , o grande momento de forma de Ricardo Quaresma e a clara melhoria do processo de jogo da equipa.
Individualmente:
Bruno Varela: Uma noite sossegada em que até teve tempo para defender uma grande penalidade que o árbitro, estranhamente, mandou repetir mas sem o marcador obter sucesso atirando para fora.
Sacko: Bem a defender e muito frequente nas subidas pelo corredor combinando bem com Quaresma.
Jorge Fernandes: A classe habitual na liderança da defesa. Por ali não passou ninguém.
Mumin: A exemplo do colega do lado uma exibição em que chegou para todas as encomendas.
Mensah: Chamado á última hora, por lesão de Sílvio no aquecimento, cumpriu sem problemas. Bem a defender mas menos afoito que Sacko a atacar o que se compreende perfeitamente até porque o adversário atacou mais pelo seu lado.
Pepelu: Foi o primeiro pivot das saídas para o ataque e proporcionou sempre boa circulação de bola e uma eficaz cobertura aos adversários. Boa exibição.
André André: Regressado após dois jogos de ausência esteve em bom plano abrindo o marcador e marcando o ritmo de jogo a meio campo. Fez a assistência para o terceiro golo. Muito bem.
André Almeida: Está a tornar-se num "box to box" extremamente eficaz levando a equipa para o ataque, distribuindo jogo, marcando os adversários e tentando o remate. Para mim formou com Quaresma  e Estupiñan o trio dos melhores vitorianos neste jogo.
Quaresma: Que grande jogo fez o extremo vitoriano. Duas assistências perfeitas, um golo de grande categoria, vários cruzamentos perigosos e uma enorme demonstração de classe num jogo em que demonstrou que ainda é dos melhores extremos do futebol português. 
Estupiñan: Pois é. Três jogos, quatro golos e a certeza de que o Vitória encontrou o ponta de lança que lhe pode dar muitos golos e muitos motivos de alegria. É um goleador mas também um jogador que sabe segurar a bola, pisar perfeitamente os terrenos do ponta de lança, complicar a vida aos defesas pela forma como os pressiona. Hoje fez dois golos "à matador" e tem tudo para se tornar o próximo de uma lista de grandes goleadores que se tornaram ídolos dos adeptos vitorianos. E cabe deixar aqui uma pergunta que nunca terá resposta; onde poderia o Vitória estar se Estupiñan jogasse desde Setembro em vez de ser dispensado, posto a treinar à parte e só agora recuperado por João Henriques numa decisão que prestigia o técnico? Pois...
Rochinha: Preocupado em ajudar Mensah a defender viu-se muito pouco em acções ofensivas num jogo em que terá sido o mais discreto dos vitorianos. 
Foram suplentes utilizados:
Miguel Luís: Rendeu André André e integou-se no colectivo sem destaques.
Edwards: Procurou agitar o jogo mas estava tudo resolvido e o relvado não ajudava.
Janvier: Rendeu Rochinha mas sem oportunidade para brilhar.
André Amaro: Aos 18 anos teve uma estreia que não esquecerá. Bem andou João Henriques em dar a oportunidade a este jovem oriunda da formação e que tem evoluido na equipa B.
Bruno Duarte: Sem tempo para grandes destaques.
Não foram utilizados.
Trmal, Poha, Holm e Sílvio que se lesionou no aquecimento.
 O Vitória dá a clara sensação de ser uma equipa a entrar em velocidade de cruzeiro com os jogadores perfeitamente identificados com as ideias do treinador e este a utilizar inteligentemente todos os recursos que tem no plantel com destaque, é justo repeti-lo, para a chamada de Estupiñan à primeira equipa retirando-o de um injusto,incompreensível e inacreditável estatuto de dispensado.
Vem aí o jogo com o Porto, que será sempre um excelente teste à equipa, e depois um mês de Janeiro do qual se espera que seja mais um passo na afirmação da candidatura aos lugares europeus, ou seja, que faça corresponder os resultados desportivos à capacidade de usar a janela de mercado para reforçar a equipa.
Sendo que reforçar pode ser, no mínimo, não mexer no actual plantel em termos de saídas dos seus principais jogadores.
Depois Falamos.

Sem comentários: