domingo, dezembro 20, 2020

Líder

Costuma-se dizer que não é líder quem quer mas quem pode e sabe.
Desde que deixou a liderança do PSD e renunciou ao mandato de deputado o cidadão Pedro Passos Coelho tem mantido um grande distanciamento do palco político e mediático, também por razões muito tristes da sua vida pessoal com o falecimento da mulher e de um irmão, ao qual apenas regressa de forma muito esporádica e com significativos espaços temporais.
Recordo a participação numa iniciativa da JSD como exemplo disso e mais uma outra aparição sempre seguidas ao regresso à discrição da sua vida profissional e familiar que nesta fase do seu percurso são a sua prioridade primeira.
Acontece é que quando vem a público exprimir opiniões tem uma repercussão e um impacto que líderes políticos que falam todos os dias, da direita à esquerda, não conseguem nem para lá caminham por mais que nesse sentido se esforçem.
E a razão é muito simples.
Pedro Passos Coelho fala com a autoridade de quem sabe o que diz e com o prestígio que lhe advém de ter governado com coragem, eficácia e patriotismo numa das fases mais difíceis da vida de Portugal enquanto país.
E por isso as suas intervenções tem um brutal peso político.
Porque mesmo os que não gostam dele, os que sonham todas as noites com os seu fantasma, os que não conseguem, por mais que se lhes ponham as evidências debaixo do nariz, reconhecer o seu notável trabalho em prol do seu país, os que lhe sucederam e sabem bem que qualquer comparação lhes será desfavorável, mesmo esses não ficam insensíveis ao que ele diz e aos caminhos que aponta.
Ser líder formal é ser eleito para um cargo. E muitos embora eleitos nunca o são.
Ser líder , de facto, é fazer com que vastas camadas dos seus compatriotas se revejam nas suas posições, apoiem as suas ideias, estejam dispostos a segui-lo no rumo que lhes apontar, lhe reconheçam a autoridade moral e política que advém da competência e honestidade com que exerceu cargos públicos.
É o caso de Pedro Passos Coelho.
Depois Falamos.

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