quinta-feira, dezembro 17, 2020

Injusto

Sim, hoje estou muito satisfeito com a exibição do Vitória.
Embora indignado com a forma como a derrota aconteceu, fruto de um penalti inventado e de uma arbitragem que inclinou o campo e cometeu erros graves, como no lance em que o guarda redes do Benfica agarra a bola com as mãos fora da área e depois entra nela sem árbitro e fiscal de linha assinalarem ( de Fábio VARissimo uma dos "padres" mais conhecidos pelos favores ao clube de coração nunca se pode esperar mais do que isso), há que reconhecer que o Vitória efectuou uma exibição pragmática, tacticamente perfeita na forma como impediu que o domínio do adversário se traduzisse em lances de golo e sabendo sair em lances de ataque e contra ataque que não foram muitos mas foram bem gizados e apenas por azar não se transformaram em golo numa ou duas das ocasiões.
É claro que o Benfica teve muito mais posse de bola, mais lances de ataque, mais jogadas de relativo perigo mas a verdade é que se o árbitro não inventasse o penalti salvador o Vitória estaria na "final four" da taça da liga.
Aliás no lance do penalti inventado há um duplo erro do árbitro porque não só o choque de Poha com Pedrinho é casual, e com a bola longe, como no início do lance há uma falta sobre Quaresma que o árbitro não assinala dando a lei a vantagem mas a imediata perda de bola por Foster devia ter levado à marcação da falta. Normalmente é assim mas naquele estádio há muito pouca coisa que seja normal. 
João Henriques armou bem a equipa embora correndo riscos como estrear Trmal, mas o guardião checo esteve muito bem e mereceu a aposta, lançando Janvier que também ele fez uma bela exibição e estreando Estupiñan num trio ofensivo com Edwards e Rochinha que causaram problemas à defesa encarnada.
O Vitória adiantou-se no marcador precisamente numa jogada de combinação entre os três com uma arrancada demolidora de Edwards que arrasou a defesa adversária, passe para Rochinha no tempo certo e assistência deste para Estupinan que não perdoou.
Depois o Benfica reagiu , como era óbvio, mas sem causar grandes problemas à defensica vitoriana onde Mumin fez uma senhora exibição bem acompanhado por Jorge Fernandes e Sílvio e algo abaixo deles Sacko que teve alguns lances menos felizes.
Na segunda parte manteve-se a toada com o Benfica a dominar e o Vitória a controlar mesmo quando se entrou na fase das substituições com a maior valia do banco do Benfica a não conseguir fazer a diferença perante o banco vitoriano com os encarnados a levarem a jogo jogadores que custaram milhões (fora os muitos milhões que já tinha em campo) e o Vitória a lançar três jovens e o relativamente jovem Poha apenas tendo em Quaresma a experiência e a dose extra de talento.
Depois o penalti e o jogo a ir para o desempate por penaltis onde o Benfica esteve melhor e venceu.
Venceu sem honra nem glória, como tantas vezes acontece, mas lá estará na "final four" para grande alegria e alívio de patrocinadores, televisões , jornais e do "sistema" propriamente dito.
Quanto ao árbitro Fábio Veríssimo , conhecido aficionado do Benfica, foi neste jogo como noutros o melhor jogador dos encarnados com influência decisiva no resultado e provando uma vez mais, como se fosse preciso, que "padres " e "missas" não são ficção mas sim a triste realidade de um futebol sem verdade desportiva.
Depois Falamos.

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