segunda-feira, fevereiro 15, 2021

Vacinas

O cidadão por motivos profissionais terá de viajar para um país africano durante o mês de Março.
O cidadão não facilita em termos de precauções a tomar e por isso tem as vacinas  como primeira prioridade nos preparativos para a viagem e delas quer tratar com a distância temporal que o ponha ao abrigo de surpresas.
Tal como fizera no passado o cidadão liga para o centro de vacinação internacional de Viana do Castelo, para marcar a "Consulta do Viajante" de molde a poderem ser-lhes prescritas as vacinas necessárias, mas o simpático funcionário que atende o telefone informa que desde Março do ano passado que essas consultas estão suspensas e portanto terá de dirigir-se a outro centro mas que tanto quanto sabia só no Porto o assunto poderia ser resolvido.
O cidadão agradece e tenta o centro de vacinação interncional de Braga.
Onde a resposta é exactamente a mesma mas recomendam-lhe que tente o de Matosinhos.
Nesse ninguém atende o telefone razão pela qual o cidadão, já muito descrente do sucesso, envia um e-mail a pedir a marcação da consulta com a maior brevidade possível.
Menos de dois minutos passados, louve- se a eficiência, o cidadão recebe um e-mail de resposta  pedindo desculpa e  informado que as consultas para esse efeito estão suspensas há meses pelo que o cidadão deverá dirigir-se a um centro de vacinação da cidade do Porto.
Num nem atendem o telefone nem respondem aos e-mails pelo que o cidadão vendo a vida a andar para trás liga para o outro sem grande esperança de ser bem sucedido mas às vezes há momentos de sorte pelo que tentar não custa.
E não é que atendem mesmo?
E o funcionário a quem o cidadão expõe o caso, e a necessidade de viajar daí por mais ou menos trinta dias, mostra-se compreensivo e simpaticamente marca a consulta para...12 de Março.
Ou seja exactamente um mês depois da data em que cidadão telefonou.
O cidadão ainda alvitra que tendo de viajar em meados de Março uma consulta a 12 do mesmo mês era um bocadinho em cima porque as vacinas tem de ser tomadas  e ainda se lembra do caso anterior em que a medicamentação para a malária tem de começar a ser tomada com dias de antecedência.
O funcionário percebe perfeitamente mas elucida que com o encerramento de vários centros de vacinação no norte do país (e provavelmente no centro e sul também) todos os viajantes tem que marcar consulta naquele centro e no outro pelo que ambos estão com as consultas muito atrasadas.
O que o cidadão compreende perfeitamente mas não lhe resolve o problema.
E por isso terá de encontrar uma solução mas sempre sem se esquecer que o dr António Costa tinha garantido que não faltava nada no SNS.
E não.
A ele, António Costa.
Depois Falamos.

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