sexta-feira, fevereiro 05, 2021

Pragmatismo

João Henriques começou por surpreender, e não foi pouco, com algumas das suas opções para este jogo com o Benfica na Luz.
Bruno Duarte e Janvier não integraram a convocatória , provavelmente por problemas fisícos, e na hora de escolher o onze inicial a surpresa foi ainda maior (pelo menos para quem não acompanha a semana de trabalho) com a titularidade de Trmal, Miguel Luís e Rúben Lameiras ficando no banco Bruno Varela, Pepelu (e Wakaso) e Edwards (e Rochinha) o que foi de facto surpreendente.
Há que dizer que Trmal correspondeu, Lameira e Miguel Luís nem tanto o que levou a que ambos acabassem por ser substituídos no decorrer do jogo.
Face a um Benfica que gastou mais de cem milhões de euros em reforços ( e não me venham dizer que tinha alguns lesionados porque no Vitória também os há como são os casos de Joseph. Mikel, Silvio e Maddox) a equipa vitoriana foi pragmática, até porque sabia que este jogo era terrivelmente importante para o seu adversário face aos desaires recentes e à distância pontual que o separa de Porto e principalmente Sporting, preocupando-se primeiro em suster a pressão adversária e só depois pensando em atacar.
E na primeira parte  é verdade que teve sucesso na primeira tarefa, mesmo perante o domínio do adversário, é igualmente verdade que foi inofensivo na segunda tendo feito apenas um remate à baliza adversária através de um golpe de cabeça de Estupiñan que saiu ao lado enquanto o Benfica rematou uma dúzia de vezes mas sem perigo.
Ao intervalo o técnico vitoriano trocou Miguel Luís por Pepelu e o Vitória equilibrou as operações, mesmo com o Benfica sempre mais dominador, conseguindo mais posse de bola e saídas para o ataque mais consequentes mostrando que o adversário dominava mas o Vitória controlava algo que já se viu noutras oportunidades.
Com o decorrer do jogo João Henriques foi mexendo começando por trocar Quaresma por Rochinha, sem grande benefício para a equipa mas permitindo refrescá-la, e depois Lameiras e André Almeida por Edwards e Wakaso com a perspectiva num caso de aproveitar a ansiedade do Benfica que balanceado para a frente abria muitos espaços vazios na zona defensiva e no outro reforçar o meio campo e dar-lhe o músculo e a combatividade que são a imagem de marca do ganês.
E foi bem sucedido porque Wakaso esteve eficaz no reforço da intermediária e Edwards fez os dois melhores remates do Vitória em todo o jogo o último dos quais ligeiramente ao lado naquela que foi a melhor oportunidade de golo que qualquer uma das equipas teve.
Em suma um ponto importante, a manutenção da invencibilidade fora de casa e o reforço da candidatura à Europa de uma equipa que, como aqui escrevi na semana passada,  está cada vez mais sólida, mais competitiva e a interpretar melhor as ideias do seu treinador.
Para lá da curiosidade de em duas visitas à Luz esta época o Vitória ter conseguido dois empates.
Comecei este texto a falar de surpresas e com uma grande surpresa o termino:
 E não é que Nuno Almeida, o conhecido "ferrari vermelho" fez uma boa arbitragem?
Às vezes há surpresas que de tão inesperadas caem duplamente bem.
Depois Falamos.

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