sexta-feira, fevereiro 12, 2021

Ninhos

É perfeitamente evidente, pelo menos para quem quiser ver futebol sem as palas de uma clubite exacerbada, que a arbitragem (no campo e no VAR) em Portugal vive um dos seus piores períodos de sempre fruto de uma geração de árbitros de muito pouca qualidade, das pressões imensas que sobre eles são exercidas e da forma como alguns clubes se acham no direito de ganharem sempre seja de que forma for.
Mesmo o VAR, que em teoria ( e na prática...noutros países) foi introduzido para ajudar os árbitros, e portanto melhorar a verdade desportiva das competições, tem-se na prática revelado o "crime perfeito" ajudando a favorecer quem já era favorecido e inclinando campos que por natureza já estavam quase sempre inclinados.
Com a enorme vantagem, para eles árbitros, de as decisões serem tomadas na tranquilidade de uma sala sem qualquer pressão de bancos ou bancadas.
Esta situação de falta de verdade desportiva não afecta apenas a primeira liga, onde é obviamente muito mais visível, mas também a II liga e o campeonato de Portugal para já nem falarmos das distritais e do futebol de formação.
É um mal transversal a todos os escalões.
E por isso neste reflexão que faço considerando especialmente Vitória (equipas A e B), Moreirense, Pevidém , Berço e Brito ( os clubes de Guimarães que disputam os três principais escalões seniores do nosso futebol) mas onde poderiam caber muitos outros clubes da grande maioria das associações de futebol, não posso deixar de considerar que esses cinco clubes vimaranenses devem estar particularmente atentos ao que se passa no conselho de arbitragem da Associação de Futebol de Braga, nos critérios que levam a que uns árbitros façam carreira e outros não, nos critérios de promoção às categorias superiores, nas simpatias clubísticas de uns e outros (incluindo os dirigentes)que e em tudo que se relacione com a arbitragem de uma forma geral.
Porque não tenho qualquer dúvidas que é nos conselhos de arbitragem distritais que estão os "ninhos das serpentes" que andam a desvirtuar a verdade desportiva do nosso futebol.
E muitas vezes os clubes , especialmente os que disputam competições profissionais, tendem a desvalorizar o que se passa nas suas associações distritais.
E depois pagam esse erro bem caro.
Depois Falamos

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