E essa intenção é salientar o trabalho de excepcional qualidade que o treinador fez nestes três anos em que dirigiu a equipa.
Conseguindo sempre cumprir os dois objectivos principais que são a manutenção e o preparar jogadores para subirem à equipa A.
A manutenção conseguiu-a sempre de forma tranquila, classificando a equipa a meio da tabela e melhorando todos os anos a posição classificativa ( décimo terceiro, décimo primeiro, décimo em igualdade com o Varzim) embora isso não fosse o mais importante.
Esta ultima época, e em termos de equipas B, apenas a do Porto ficou à nossa frente porque a do Sporting desceu, a do Braga salvou-se miraculosamente de idêntico destino e a do Benfica ficou atrás da nossa.
E é preciso levar em linha de conta que em termos de arbitragens o Vitória B foi espoliado numa boa dúzia de pontos, alguns deles de forma escandalosa, que lhe teriam dado um lugar nos cinco primeiros.
Tudo isto com o treinador a ver-se obrigado a utilizar dezenas e dezenas de jogadores por época, numa delas foram cinquenta e cinco o que deve ser recorde mundial, o que naturalmente obrigava a um esforço extraordinário em termos de entrosamento da equipa, de assumpção por todos os jogadores da ideia de jogo e do estabelecimento de uma equipa base.
Já para não falar da deficiente, e ás vezes muito deficiente, colaboração que recebia do então treinador da equipa A ,Pedro Martins, que nunca teve um ideia global do que era o interesse da colaboração entre equipa A e B.
Em termos de jogadores que passaram pelas suas mãos e ascenderam à equipa A, alguns definitivamente e outros ainda naquela fase de jogarem por uma e por outra, a lista fala por si.
Miguel Silva, Konan, Pedro Henrique, Dénis Duarte, Hélder Ferreira, Kiko, Sacko,Raphinha, Tyler Boyd, Joseph, Miguel Oliveira, João Vigário, Estupinan, Xande Silva e Marcos Valente para citar apenas quinze de um lote bem mais vasto.
A isto há que acrescentar, com gosto particular, que nas equipas de Vítor Campelos sempre se viu bom futebol e uma ideia consolidada de jogo, que se mantinha com as constantes alterações de jogadores , o que merece natural realce.
Pode pois dizer-se que Vítor Campelos cumpriu brilhantemente o que lhe foi pedido quando assumiu o cargo de treinador do Vitória B.
Aqui chegados, e dado que José Peseiro resolveu não continuar, é caso para perguntar se não seria natural que o treinador da equipa B assumisse a equipa A e desse sequência ao excelente trabalho que vinha fazendo no clube.
Natural era, mas não em Portugal e menos ainda no Vitória onde ser da "casa" e vitoriano obriga ao "pagamento" de um pesado "imposto" junto de muitos adeptos que tem toda a tolerância do mundo para quem vem de fora mas são implacáveis para quem é um dos seus.
Seja treinador seja jogador.
E por isso depois de três anos de objectivos plenamente cumpridos percebo que Vítor Campelos queira continuar a sua carreira noutro clube onde possa mostrar a qualidade do seu trabalho sem estar "vergado" ao peso do seu cartão de sócio e do seu cartão de cidadão.
Para um dia, acredito firmemente nisso, poder regressar ao Vitória pela porta grande por onde sairá agora e assumir o cargo de treinador da nossa equipa A.
E também acredito que esse dia não demorará muito...
Depois Falamos.
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