domingo, maio 13, 2018

Moreno

O jogo de ontem com o Porto foi um jogo triste para todos os vitorianos.
Não tanto pela derrota,porque em bom rigor o jogo não contava para nada, nem pelo nono lugar no campeonato que estava previsto há alguns dias mas porque o "capitão" Moreno se despediu dos relvados depois de uma carreira de que se pode orgulhar.
Não se despediu a jogar, como tanto gostaria,mas quis o destino que tivesse de ser apenas com uma presença no relvado onde sentiu o carinho das bancadas e o testemunho de apreço de colegas e adversários que reconhecem nele alguém que sempre deu o máximo pela sua camisola mas com lealdade e desportivismo.
Acompanhei toda a carreira de Moreno desde os escalões de formação.
Foi um jogador que sempre apreciei pela categoria, pela entrega ao jogo, pelo profissionalismo e por um amor sem limites ao Vitória de que sempre deu provas mesmo quando a carreira o levou episodicamente para o Leicester e depois para o Nacional da Madeira.
Mas também porque sempre foi alguém que em campo nunca teve medo de arriscar, fosse em passes em profundidade fosse em remates de meia distância (às vezes perante a impaciência dos adeptos quando saiam mal) quando lhe seria mais fácil passar a bola para dois metros ao lado e eliminar o risco de errar.
Penso que tendo feito uma bela carreira ainda assim podia ter feito uma carreira ainda melhor porque qualidade não lhe faltava para isso.
Talvez lhe tenham faltado,isso sim, mais treinadores que soubessem extrair dele todo o potencial de que dispunha mas que ficou muitas vezes subalternizado face às necessidades das equipas que o impediram de se fixar duradouramente numa posição e não andar a saltar entre defesa e meio campo.
Mas agora nada disso interessa.
A caminho dos 37 anos entendeu que era tempo de pendurar as botas e terminar a sua carreira de futebolista profissional.
É a lei da vida.
Pessoalmente tenho pena de ver o balneário perder a sua última grande referência de vitorianismo, deixando um vazio que apenas Miguel Silva poderá preencher se por cá continuar mais alguns anos, porque é fundamental a presença de homens com a mística do clube no seio dos grupos de trabalho.
Mas a vida continua e até pode ser (não faço a mínima ideia se assim será) que Moreno continue ligado ao Vitória.
Seja como venha a ser ...obrigado "capitão".
Depois Falamos.

2 comentários:

Nuno Almeida disse...

Foi uma falta de bom senso no mínimo, deste fraco treinador que pelos visto se vai embora (nunca deveria ter vindo, depois de ter dito que em Portugal só treinava os 3 e aquilo do outro lado), ultimo jogo oficial da carreira nem no banco? já não digo que joga-se de inicio mas pelo menos que entra-se nem que fosse a dois minutos do fim para as palmas, um jogo que não contava para nada e que o pseudo treinador nem as 3 substituições utilizou, não é humano, ser treinador não é só achar-se que entende de futebol é preciso entender os homens que são também jogadores.

luis cirilo disse...

Caro Nuno ALmeida:
Não partilho minimamente da sua opinião quanto a José Peseiro mas isso pouco importa para este caso.
Eu também esperava ver Moreno despedir-se a jogar e este jogo era o ideal para isso porque acabar a carreira frente ao campeão nacional seria bonito.
Fiquei admirado por nem no banco estar e tentei saber o que se passou.
Disseram-e que não estava em condições fisícas de jogar e se assim foi está explicado.