sábado, março 16, 2013

Dez Finais

Começo já por manifestar a minha total solidariedade pessoal e vitoriana com Luiz Felipe, a equipa técnica e os jogadores que tem servido a equipa B.
E muitos tem sido.
Quer nos que jogam quer nos que apenas treinam ou quase.
Acredito, como no primeiro dia, na qualidade e capacidade dos técnicos e jogadores e na forma dedicada como tem servido esta equipa vitoriana.
Não sou, portanto, daqueles que trilham o mais fácil dos caminhos que é responsabilizar o treinador pelos insucessos e preconizam chicotadas psicológicas por dá cá aquela palha.
Tivesse a direcção do clube ido por aí, logo no inicio da época, em relação a Rui Vitória e bem arrependidos estaríamos todos hoje por semelhante asneira.
Agora há coisas impossíveis de ignorar se quisermos ser sérios na análise.
Esta equipa B pouco tem a ver com a equipa B do primeiro terço do campeonato em que vinha fazendo uma prova tranquila e que não previa sobressaltos.
Porque o superior interesse da equipa A falou mais alto e alguns dos titulares indiscutiveis da B subiram á equipa principal e com os bons resultados com que todos nos congratulamos.
Agora não podemos ter sol na eira (gostar da prestação dos jovens na A) e chuva no nabal( ignorar a falta que fazem na B) como se o futebol fosse uma mera equação matemática em que se tiram uns e põe outros sem perda de qualidade ou de nível competitivo.
A equipa B começou a época com um bloco sólido de jogadores (e técnicos) que se conheciam muito bem e tinham entre eles uma relação de profunda solidariedade e até amizade fruto de muitos anos em comum na formação vitoriana.
Os estrangeiros (Kanu,Indio, Assis,Crivellaro) e os portugueses(Tiago Almeida e Fábio Fortes)que a vieram reforçar integraram-se perfeitamente no espírito e foi possível construir uma verdadeira equipa em toda a acepção da palavra.
Até porque desses seis havia três(Assis,Crivellaro e Fortes) que já pertenciam ao clube e apenas Kanu,Indio e Tiago Almeida vieram realmente de fora.
Era esse o projecto para a equipa B.
Depois foi o que se sabe.
Lesões, CAN, saídas de jogadores e a B foi o verdadeiro pronto socorro da A ao ponto de Luiz Felipe ter dias em que nem dez jogadores tinha para treinar.
E isso em alta competição paga-se.
Em Janeiro chegaram vários jogadores para o grupo mas em bom rigor apenas Hernâni trouxe ( e trará) uma mais valia de qualidade porque quanto aos outros tenho as maiores duvidas.
Admito, em teoria, que Touré ainda se venha a tornar um jogador interessante para a equipa B e daqui a uns anos talvez para a A.
Daí que um bloco sólido assente essencialmente em jogadores portugueses(esmagadoramente  formados no Vitória)e reforçado por quatro brasileiros que já jogavam em Portugal deu lugar a uma quase manta de retalhos com quatro árabes, um senegalês, um venezuelano, um burkinafasense e ás vezes um espanhol.
Que pode fazer um treinador perante isto?
Quando até em termos de linguagem se passa de um balneario em que apenas se falava português para um balneário em que se falam meia duzia de linguas?
Apenas tentar minorar os estragos, "inventar" todas as semanas uma nova equipa em função do que as necessidades da A lhe deixam e tentar desesperadamente fazer os pontos necessários á manutenção.
Com a dificuldade suplementar de os pontas de lança(e a equipa mas especialmente eles) não marcarem golos. Tendo até a maioria deles, por razões que desconheço, desaparecido da equipa e até das convocatórias.
O que,sinceramente, me surpreende porque esperava de Tiago Almeida , Índio e Tomané (Areias está no primeiro ano de sénior e precisa de tempo) uma produção goleadora bem superior.
MAs agora o que importa é fazer das dez finais o caminho para a salvação.
Tarefa bem difícil agora.
Mas não impossível ainda.
Depois Falamos

P.S. Do jogo com o Feirense nem falo porque não vale a pena. Foi apenas mais uma demonstração prática dos problemas que esta equipa vive há meses.
Saliento apenas a bela exibição de André Matos.
Sem culpa nos golos e com algumas defesas de grande qualidade que evitaram uma derrota penosa.
Mais um jovem com quem o Vitória pode contar.

4 comentários:

Anónimo disse...

O Luis não fala dos estarolas do apito, mas devia. O primeiro golo é fora de jogo, no segundo a bola é roubada ao Vitor Bastos com o braço. Não viram. Pois não. São portugueses. São desonestos. Sinónimos.

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Na televisão não se vê o roubo de bola com a mão no segundo golo. No primeiro também fiquei com duvidas

Anónimo disse...

Luis,
Desculpe, mas vê. E bem. Na Sportv, no resumo da noite, fizeram 2 repetições para provar isso mesmo. É um roubo de bola com a mão. No primeiro golo, quem assiste, está em fora de jogo. Claramente. Também repetiram esse lance. Não era preciso.

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Não ponho minimamente em causa o que me diz.
Não vi esse programa.
Mas ao Vitória todos parecem gostar de prejudicar