Não era um jogo decisivo para a conquista do quarto lugar, em termos de definição final da classificação, mas era uma das quatro finais em que o Vitória vai ter de efectivar essa conquista e por isso esperava-se uma equipa compenetrada dessa responsabilidade.
E a equipa esteve à altura.
Mesmo com alguma atrapalhação entre golos o Vitória mostrou sempre um querer e uma determinação, que aliados à sua maior valia individual e colectiva, foram decisivos para regressar de Setúbal com os três pontos.
Há que dizer, desde já, que foi um bom jogo de futebol entre duas boas equipas.
Intenso,competitivo, com oportunidades de ambos os lados, sem anti jogo, bem arbitrado e constituindo um espectáculo muito agradável de ver e que certamente mereceria melhor moldura humana nas bancadas do Bonfim.
Mas sextas feiras à noite não permitem mais.
A primeira parte foi especialmente bem jogada, com bola cá e bola lá, e boas oportunidades para cada lado mas com o mérito dos guarda redes e a falta de pontaria dos avançados a impedirem os golos que o futebol praticado merecia.
No segundo tempo a qualidade do jogo baixou um pouco, sem deixar de ser de um nível bastante aceitável, as oportunidades também foram menos mas aí veio ao de cima a qualidade dos jogadores do Vitória SC e uma das suas mais temíveis armas que é a rapidez no contra ataque.
E foi assim que numa jogada rápida a assistência de Marega encontrou Hernâni e este não falhou abrindo o marcador com toda a justiça e dando alguma lógica ao resultado depois de Hurtado em excelente posição ter cabeceado ao lado e Texeira, correspondendo a magnifico passe de Zungu, ter visto Bruno Varela tapar-lhe todos os caminhos do golo.
Reagiu o Vitória FC.
E o Vitória SC, a exemplo do já visto noutros jogos, recuou e demonstrou alguma "tremideira" permitindo ao adversário tomar conta do jogo e construir sucessivas jogadas de ataque a que o Vitória não se conseguia opor a não ser através de faltas (algumas em zonas proibidas) e de pontapés para a frente sem grande intencionalidade.
Valeu a grande forma de Douglas e o acerto dos centrais para irem debelando as jogadas de perigo e manterem a vantagem no marcador já que a equipa, enquanto tal, mostrava dificuldade em por a bola no chão e ligar as jogadas de forma eficaz.
Foram 15 minutos menos bons mas que felizmente foram ultrapassados sem prejuízo de maior pese embora o Vitória FC tenha tentado por todas as formas chegar ao golo inclusive através da utilização simultânea de uma experiente dupla de pontas de lança-Edinho e Meyong- que causaram algumas dificuldades ao sector mais recuado vimaranense.
Mas o contra ataque visitante, como atrás se referiu uma das suas mais temíveis armas, estava lá e por isso numa rápida triangulação entre Texeira, Marega e Raphinha o maliano fez uma assistência perfeita (a sua segunda do jogo) e o brasileiro concretizou mais ou menos do mesmo sítio onde Hernâni fizera o primeiro golo.
Estava resolvido o jogo, e muito bem encaminhada a questão do quarto lugar, naquele que foi um triunfo justo do Vitória SC perante um excelente adversário que vendeu cara a derrota e mostrou merecer melhor classificação do que a que actualmente ocupa.
Manuel Oliveira fez um bom trabalho. Deixou jogar, foi criterioso, não complicou e os jogadores também não.
Um excelente espectáculo na noite do Bonfim.
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