sexta-feira, setembro 29, 2017

Eu Voto

Com convicção.
Com entusiasmo.
Com a certeza que é o melhor para Guimarães.
É o tempo de André Coelho Lima.
É o tempo de "Juntos por Guimarães".
Depois Falamos.

Pôr do Sol


O Nosso 14

Pedro Martins optou, e bem do meu ponto de vista, por manter a equipa que tinha defrontado o Marítimo com a troca obrigatória,por lesão, de Douglas por Miguel Silva tentando assim manter rotinas numa equipa que tem vindo a ser construída a conta gotas.
Mais duvidosa seria, porém, a lógica de constituição do banco de suplentes nomeadamente deixando em Portugal o central Marcos Valente (para já falar de Kiko desaparecido depois de prometedoras exibições) e levando como terceiro central o "capitão" Moreno que tinha zero minutos de competição oficial nesta época.
Individualmente:
Miguel Silva: Sem qualquer culpa nos golos esteve bem no restante nomeadamente em duas defesas de boa valia. 
João Aurélio: Permeável às investidas pelo seu corredor fez um jogo em esforço mas sem brilho.
Jubal: Uma exibição sem motivo para reparos.
Pedro Henrique: Com responsabilidades no primeiro golo teve outras acções de boa valia. Saiu lesionado.
Konan: Mal em termos físicos, desastrado na marcação, o seu corredor foi uma avenida para os turcos. Não tem justificado a titularidade e com Vigário recuperado talvez seja de o tirar da equipa durante algum tempo.
Wakaso: Estava a cumprir e com a saída de Pedro Henrique pensava-se que recuaria para central permitindo a entrada de um médio mais ofensivo. Afinal também saiu.
Célis: Não brilha mas trabalha que se farta. Tem de ser mais expedito quando tem a bola nos pés porque a rouba-la aos adversários é ele bom.
Hurtado: É um jogador "triste" que quando tem a bola faz tudo bem feito (até golos de execução técnica difícil como o de ontem) mas quando não a tem desaparece. Precisa de mais"alegria" no jogo.
Héldon: Foi o mais perigo dos avançados do Vitória com várias iniciativas de bom nível. Este sim trouxe qualidade à equipa.
Estupiñán: Mais um jogo ao lado do jogo. 
Raphinha: Está precisar de um banho de humildade e que lhe expliquem que o futebol é um jogo de equipa onde o talento,que não lhe falta, deve servir para fazer  diferença e não apenas para tentativas de brilho individual.
Falhou uma clara oportunidade de golo com o resultado de 0-1.
Foram suplentes utilizados:
Moreno: Estreou-se esta época em jogos oficiais e valeu-se da experiência para cumprir sem problemas.
Francisco Ramos: Outra estreia absoluta e uma exibição que deixou boas indicações.
Hélder Ferreira: Quando se esperava uma aposta no ataque ,com a entrada de Texeira para junto de Estupiñán, foi o colombiano a sair e entrou um extremo para se juntar aos dois que já estavam em campo. Não teve tempo para outra coisa que não fosse para provar o desnorte de Pedro Martins. Sem com isto beliscar minimamente o valor do jogador.
Não foram utilizados:
Miguel Oliveira, Rafael Miranda, Rincón e Texeira.

Melhor em campo: Héldon

Mais um resultado frustrante na Liga Europa ainda por cima fazendo parte de um grupo em que o apuramento era praticamente obrigatório face aos adversários que nos calharam em sorte.
Claro que matematicamente nada está perdido e o Vitória ainda pode dar a volta ao texto mas para isso tem que jogar muito mais e muito melhor do que o tem feito desde o inicio das competições oficiais desta temporada.
Sabendo que o plantel é este (mais o ainda não estreado Júnior Tallo)  e que até Janeiro este será.
Ciclópica a tarefa de Pedro Martins.
Depois Falamos.

Pesca...

Foto: National Geographic

Floresta


Triste !

O Vitória não tem uma das melhores equipas dos últimos dez anos nem nada que se pareça.
O Vitória não tem melhor equipa que o ano passado por esta altura e ,infelizmente, a que tem é claramente mais fraca.
O Vitória tem um plantel constituído de forma deficiente e leviana, com jogadores importantes que saíram a não serem devidamente substituídos, com reforços a chegarem a conta gotas e fora de horas (e alguns ainda tem de provar que são reforços...), com empréstimos desejados a nunca se consumarem como era fácil de prever, ,com lacunas em todos os sectores menos na baliza, com jogadores dispensados e cedidos que tinham lugar no plantel, com um treinador obrigado a coser uma manta de retalhos e dando a clara sensação de estar algo perdido nessa tarefa.
À luz de tudo isto é fácil perceber que após um empate com um mediano Salzburgo o Vitória tenha perdido com um Konyaspor que no campeonato português da época passada não se classificaria de certeza absoluta nos cinco primeiros lugares.
Mas este Vitória é uma equipa frágil, que entra nos jogos " a medo" e que só tem uma atitude minimamente ambiciosa quando se encontra em desvantagem e tem de ir em busca da recuperação do prejuízo.
Ontem foi mais do mesmo.
Face a um adversário acessível, mesmo a "este" Vitória "auto enfraquecido", a equipa entrou a ver no que paravam as modas e pese embora ter sido a primeira a criar um lance de relativo perigo depressa se percebeu que os seus medos e fantasmas assolariam se o adversário marcasse.
Como isso aconteceu, num lance em que a inocência da defensiva vitoriana foi gritante, depressa se percebeu que vinha aí mais um "drama" já conhecido de todos os vitorianos e que passaria por uma equipa sem rotinas ofensivas, sem pontas de lança goleadores, ter de recuperar uma desvantagem sabendo que para isso teria de arriscar e portanto expor-se defensivamente num tempo em que a defesa,especialmente nas laterais, não inspira grande tranquilidade.
Com o segundo golo, construido através da "avenida Konan" , chegou a recear-se que o drama se avolumasse porque as substituições ao intervalo apenas serviram para avolumar temores (felizmente não confirmados) dado o treinador ter recorrido, num caso por lesão de Pedro Henrique, a dois jogadores com zero minutos de competição esta época o que naquele cenário europeu e num jogo em ambiente adverso podia ser ...desastroso.
Felizmente não foi embora fique por entender a razão da saída de Wakaso que como de costume estava a ser dos melhores jogadores da equipa.
No esforço final em busca do empate Pedro Martins não encontrou melhor "coelho" para tirar da cartola do que meter um extremo, para juntar ao dois que já estavam em campo, tirando o inoperante Estupiñán e deixando no banco o ponta de lança Texeira (Rafael Martins voltou para a bancada) continuando assim o processo de destruição anímica dos seus avançados.
Mau demais para o que o Vitória e os vitorianos merecem esta carreira na Liga Europa que com dois jogos disputados, face a adversários completamente acessíveis, se cifra no magro pecúlio de um ponto conquistado.
Quando se vê a carreira que o quinto classificado do ultimo campeonato está a fazer na mesma Liga Europa temos cada vez mais razões para olharmos com tristeza este Vitória que está "assim" sem nenhuma necessidade.
Agora, com uma dupla jornada com Marselha pela frente, só valerá a pena pegar na calculadora se a equipa melhorar consideravelmente nas próximas semanas porque caso contrário vamos ter quatro jogos para cumprir calendário.
É triste!
Depois Falamos.

Crack dos Cavaleiros, Síria


Parque Banff, Canadá


Sede


quinta-feira, setembro 28, 2017

Egoísmo e Interesses

Devo dizer que não me incomodam, no que é substantivo, as afirmações de Nuno Morais Sarmento sobre a liderança de Pedro Passos Coelho e o estado em que  um dia entregará a liderança do partido a quem lhe suceder.
E não incomodam porque Morais Sarmento é um daqueles típicos protagonistas políticos, adepto do "agarrem-me senão faço e aconteço", que periodicamente sente a necessidade de fazer prova de vida porque interesses mediático/empresariais assim o exigem mas que nunca terá coragem superior à necessária para se candidatar a assembleia municipais, assembleias distritais, conselhos de jurisdição ou  vice presidente de um qualquer candidato a líder.
As coisas são o que são.
E com ele são assim desde o tempo da JSD!
É pena porque Nuno Morais Sarmento tem qualidade pessoais e políticas que lhe permitiriam, se a tal coragem existisse, assumir no PSD papeis bem mais relevantes e úteis do que este de andar a tentar fragilizar lideranças no intuito de provocar eleições e ter no partido alguém mais consentâneo com os tais interesses mediático/empresariais que o movem e a que pelos vistos Passos Coelho é imune.
Não quero com isto dizer que ele não tenha o direito de não gostar de Passos Coelho, de discordar da sua liderança, de desejar outro líder à frente do partido.
Tem. 
Ele e qualquer militante de um partido democrático como o PSD é.
Não tem é o direito (e então de moral é melhor nem falarmos...) de enquanto no país milhares de militantes e candidatos do PSD lutam para que o partido vença as autárquicas ele, arrogando-se de um estatuto que nem ele nem ninguém tem, ande a fragilizar a liderança e próprio partido com questões que não tem qualquer cabimento quando estamos em campanha eleitoral.
Nuno Morais Sarmento terá as suas prioridades.
Pena é que uma delas seja ser o Pacheco Pereira da sua geração...
Depois Falamos.

Jornada 2

A segunda jornada da Liga dos Campeões não trouxe surpresas em termos de resultados embora a expressão de alguns deles mereça natural saliência pelo inesperado de que se revestiram e que traduz uma diferença entre contendores que não era previsível.
Destacaria nesses resultados as robustas vitórias obtidas fora de casa por Celtic, Porto, Manchester United e Tottenham e a expressão dos triunfos caseiros de Basileia e PSG (por ser sobre o Bayern) que surpreenderam apenas pela enorme diferença de golos.
No resto pode falar-se de resultados normais, mesmo a tranquila vitória do Real Madrid em Dortmund por 3-1, naquela que foi realmente uma jornada sem nenhuma surpresa de monta mas que já vai deixando indicações, nalguns casos, sobre favoritos ao apuramento.
Já lá iremos.
Para já importa dizer que em termos de grupos as coisas estão assim:
No A o Manchester United é claro favorito e vai confirmar isso nas duas próximas jornadas.
No B as coisas apontam no sentido de o PSG estar bem encaminhado se entretanto as birras de Neymar não provocarem mais problemas na equipa.
No C o Chelsea já está com meio pé na fase seguinte mas Roma e Atlético de Madrid vão oferecer uma disputa interessante pelo outro apurado.
No D o Barcelona é naturalmente favorito mas os jogos entre Sporting e Juventus vão pesar no outro apurado.
No E está tudo em aberto entre Sevilha, Liverpool e Spartak de Moscovo.
No F o favorito é claramente o Manchester City.
No G, provavelmente o mais equilibrado de todos, o Besiktas está na frente mas qualquer um dos quatro é candidato à fase seguinte.
No grupo H Real Madrid e Tottenham estão com um pé na fase seguinte.
Quanto às equipas portuguesas esta jornada trouxe sortes e perspectivas diferentes.
O Porto, depois do tropeção caseiro face ao Besiktas, venceu categoricamente o campeão de França e reentrou na corrida para o apuramento com uma exibição de grande solidez a defender e enorme capacidade atacante. Brilharam, a grande altura, Marega e Aboubakar mas também Sérgio Oliveira e Brahimi fizeram excelente jogo.
O Sporting fez exactamente o contrário do Porto.
Enquanto os portistas vinham de derrota caseira e conseguiram triunfo fora o Sporting que vinha de um triunfo fora foi derrotado em casa, com a infelicidade de um auto golo, pelo Barcelona depois d eum jogo bem disputado em que os "leões" se bateram de igual par aigual com uma das mais fortes equipas do mundo.
Perder com o Barcelona, o que acontece a quase todas as equipas,não deslustra em compromete o apuramento pelo qual o Sporting se mantém na luta.
O Benfica, que vinha de derrota caseira com o CSKA, foi a Basileia e de lá saiu vergado ao peso de expressiva goleada que apenas confirmou o enorme erros de gestão desportiva da sua SAD no último defeso.
Ter como prioridade vender sem cuidar de encontrar substitutos à altura (erro que também se comete amiúde noutras paragens...) resultou num plantel claramente mais fraco do que aquele que na época passada conquistou o titulo o que  a par da cada vez maior veterania de jogadores nucleares como Luisão, Jonas ou Júlio César só podia dar no que deu.
Considerando que os seus dois próximos jogos são com o Manchester United, equipa de outra galáxia, parece claro que é melhor os encarnado irem pensando no Liga Europa. E mesmo essa...
A 17 e 18 de Outubro a "festa " continua com a disputa da terceira jornada após a qual se confirmarão, ou não, estas tendências.
Depois Falamos

Eilean Donan, Escócia


Barcelona


Águia


quarta-feira, setembro 27, 2017

"Está Velho"

É difícil encontrar uma frase que revele tanta ignorância sobre o que é a realidade do futebol como o epíteto tantas vezes usado, em Portugal, contra jogadores e treinadores a partir de uma certa idade como o é o "está velho".
Nos jogadores a partir dos 30 e nos treinadores a partir dos 50.
Num caso porque "já não pode com as pernas" e noutro porque "está desactualizado".
Santa ignorância.
Desde logo, no caso dos jogadores, porque a idade vê-se em campo e não no bilhete de identidade e quem sabe um pouco de futebol está farto de ver jovens de vinte anos "velhos" na mentalidade, gastos nas atitudes e que nunca darão nada precisamente porque que estão "velhos" antes de o serem enquanto outros com trinta e muitos anos continuam a jogar futebol a altíssimo nível
Ricardo Carvalho, Buffon ,Ibrahimovic, Zanetti, Maldini são apenas cinco de muitos exemplos possíveis de jogadores de categoria mundial a quem o passar dos anos apenas refinou qualidades e o que perderam em frescura física ganharam em experiência e saber estar .
O mesmo vale para os treinadores.
Porque quem treina, gosta da sua profissão, é ambicioso e quer estar sempre actualizado sabe que como em muitas outras profissões tem de estudar durante toda a vida,tem de manter uma atitude de permanente aprendizagem,tem de se manter actualizado sobre todos os desenvolvimentos na sua área profissional.
Pessoalmente, e com todo o respeito pelos mais novos, prefiro treinadores experientes,com muitos anos de futebol e com uma experiência e um saber que apenas os anos de trabalho dão e que não se aprende em nenhuma faculdade deste mundo.
É um treinador desse perfil que eu escolheria para o Vitória.
O treinador hoje é o coordenador de uma equipa técnica e não como há trinta ou quarenta anos um "faz tudo" em termos de treino.
Tem colaboradores para a metodologia de treino, para a preparação fisíca,para o treino de guarda redes, para a análise estatística, para a observação dos adversários, para a recuperação fisíca dos jogadores que vem de lesões ou que estão com a preparação atrasada por qualquer razão.
A ele compete-lhe coordenar a equipa, processar a informação e depois definir a estratégia para os jogos e as mudanças técnicas e tácticas ao longo dos mesmos.
O treinador não tem de correr, de saltar, de sprintar, de ir ao choque, de rematar ou efectuar desarmes de carrinho.
Tem de pensar, tomar decisões, avaliar a cada momento a sua equipa e a equipa adversária, montar a estratégia, prever a estratégia adversária , efectuar as modificações necessárias ao longo do jogo quer de esquema táctico quer de jogadores.
E para tal a idade não interessa mas a experiência conta.
E muito!
Por isso gosto de treinadores com o saber da experiência feita.
E tanto me faz que tenham cinquenta, sessenta ou até setenta anos.
Quero é que sejam competentes, profissionais, actualizados e permanentemente ambiciosos e que nunca se cansem de ganhar.
Depois Falamos

terça-feira, setembro 26, 2017

Porquê?

Há um "mistério" chamemos-lhe assim, que não consigo decifrar pese embora já ter feitos várias tentativas nesse sentido ao longo destes últimos anos.
E que se prende com a razão pela qual a generalidade dos clubes portugueses, nas competições nacionais e europeias, quando joga fora de casa leva apenas dois guarda redes nos jogadores convocados para os jogos.
Eu explico.
A baliza é um lugar muito especifico para o qual os jogadores tem de possuir capacidades e aptidões próprias o que implica que para ser ocupada de forma capaz exija especialistas no lugar.
Todos sabemos que quando por qualquer razão um jogador de campo tem de ir para a baliza é uma aflição para a sua equipa porque a capacidade não é a mesma de um guarda redes de origem.
Quando as equipas jogam fora, por exemplo nas ilhas e por maioria de razão nas competições europeias, levar apenas dois guarda redes significa o risco de uma lesão num treino ou uma vulgar gripe deixarem a equipa na contingência de ir para o jogo com apenas um guarda redes (por não haver tempo de mandar vir outro) e exponencialmente sujeita a uma lesão ou um cartão vermelho que a obrigue a colocar na baliza um jogador de campo.
E por isso não entendo porque razão não levam três guarda redes para os jogos fora.
Quando muitas vezes até fazem viajar vinte ou vinte  e um jogadores sabendo que só podem incluir na ficha de jogo os dezoito regulamentares tendo de deixar dois ou três na bancada mas não sendo nenhum deles o terceiro guarda redes.
Para mim é um mistério até porque é prática seguida há muito noutros campeonatos.
Depois Falamos.

P.S. Em Portugal apenas o Benfica segue de há muito essa política acertada de fazer viajar três guarda redes. Os outros clubes por norma...não!

Nova Orleães


Doninha


André

O meu artigo desta semana no jornal digital Duas Caras.

Estamos na ultima semana de uma campanha eleitoral como Guimarães nunca viu nos últimos trinta anos.
Muito por força de pela primeira vez neste longo consulado socialista de três décadas existir uma força e um candidato na oposição que não só “combateram” ao longo de quatro anos (algo a que o velho poder não estava nem de longe nem de perto habituado) como lideraram esse combate em muitas ocasiões quer na Câmara, quer na Assembleia Municipal , quer na rua onde o PS não estava de todo habituado a ter concorrência.
Porque nas inaugurações, nas solenidades, nos eventos desportivos, nas homenagens, nas festas e romarias, nas sessões solenes, nos aniversários de instituições, na apresentação de matérias de interesse concelhio onde estava o poder estava a oposição, onde estava Domingos Bragança estava André Coelho Lima.
Só para quem, como é o meu caso, sabe o que estar no poder e na oposição em termos de autarquias, consegue avaliar o brutal esforço pessoal, logístico e financeiro que isso representa para quem faz política a pagar do próprio bolso contra quem faz política pago pelo erário público e dispondo dos meios que uma autarquia põe à disposição de quem a governa.
Não tem comparação possível.
Naturalmente que a oposição liderada pelo PSD e por André Coelho Lima fez ,ainda, muito mais do que o atrás exposto.
Porque se o estar presente, o ser assíduo na resposta a todos os convites formulados, o ter uma atitude de permanente proximidade às populações já constitui, por si só, motivo de fartos encómios face à disparidade dos meios em confronto isso seria insuficiente se não fosse acompanhado de propostas programáticas com vista a fazer diferente daquilo que o actual poder fez.
E isso foi feito.
Ao longo de quatro anos do mandato e não apenas com a proximidade das eleições como se vê acontecer em tantos e tantos lados.
Na Câmara na discussão dos mais importantes documentos do mandato sempre a coligação teve propostas próprias,devidamente fundamentadas e indicando quando necessário caminhos alternativos aos defendidos pelo poder.
Mas teve também a iniciativa de ao longo de todo o mandato, em praticamente todas as reuniões, apresentar ideias, contestar o que era de contestar, convergir no que era de convergir e mostrar que ao longo de quatro anos em muitas dezenas de reuniões os vereadores da coligação levavam sempre o trabalho de casa feito e bem feito.
Fruto do seu trabalho, de muitas horas de estudo e reflexão, do tempo tirado às famílias e às profissões para prepararem as reuniões, sem a “nuvem “ de assessores que o poder tem para lhes prepararem as matérias, com um respeito exemplar pelo exercício do mandato recebido.
O mesmo se passou na Assembleia Municipal.
Em que os grupos parlamentares da coligação tiveram participação activa nas reuniões, lideraram debates, obrigaram o PS a copiar propostas (tal como na Câmara aliás) , demonstraram a fragilidade do argumentário socialista e ainda obrigaram o PS durante quatro anos a assumir que não quer que os vimaranenses possam seguir as sessões da sua assembleia municipal na Internet como acontece em tantos municípios deste país e muitos deles governado pelo PS como Lisboa, Barcelos,Coimbra ou Cabeceiras de Basto.
Por isso digo, num aparte, que quando o PS de Guimarães fala em transparência isso deve ser encarado apenas e só como uma anedota.
Todo este trabalho desenvolvido o longo de quatro anos, todas as visitas (e foram centenas) feitas pela coligação a todo o tipo de instituições para ouvir quem nelas trabalha, estuda, pratica desporto ou reside , todo o estudo e reflexão feitos em volta de Guimarães tiveram como corolário natural um programa eleitoral rico em ideias e propostas, abrangente na visão do concelho, inovador nas soluções que propõe e nos caminhos que aponta para o futuro.
Grandes propostas para a cidade, para a mobilidade entre todos os pontos do concelho, para a criação de emprego e fixação de população, para o fortalecimento das vilas e freguesias nas suas valências, para diminuir as assimetrias entre cidade e o resto do concelho, para tornar os vimaranenses mais iguais perante Guimarães estão plasmadas nesse programa que é de muito longe o que melhor perspectiva o futuro da nossa Terra , que inova e abre caminhos não se refugiando num vago “Continuar” que espremido nada quer dizer.
E ao programa corresponde a equipa.
Gente experiente, gente com profissão, gente de idades diversas mas que no seu todo conhecem muito bem Guimarães e tem um currículo profissional e político que dá todas as garantias de serem capazes de governarem o município com inteligência, sensatez, competência, criatividade e paixão pelo que fazem.
E a liderar essa equipa está André Coelho Lima.
O político que na história do Guimarães democrático melhor se preparou para ser presidente da câmara.
Estudou, reflectiu, consolidou conhecimentos, falou com centenas de instituições e milhares de pessoas, ouviu com a humildade de querer aprender quando não sabia, correu os quatro cantos do concelho, fez milhares de quilómetros ( no carro dele…) por estradas nacionais, municipais e caminhos de Guimarães para hoje poder dizer ,sem receio de desmentido, que conhece o concelho na perfeição e em toda a sua globalidade.
Esta é a sua hora.
A hora de um vimaranense apaixonado por Guimarães, de um cidadão que já serviu com mérito inegável algumas das suas principais instituições, de um político preparado, motivado, na força da vida,liderar Guimarães com energia, criatividade, competência , conhecimento de causa e de causas e uma enorme visão de futuro.
Guimarães merece um Presidente assim.
André Coelho Lima vai ser esse Presidente a partir do próximo domingo.

segunda-feira, setembro 25, 2017

O Nosso 13

Quando se tem um plantel construído tarde e a "más horas", com jogadores a chegarem com as competições iniciadas e com a pré época por fazer, com lacunas que continuam a existir pese embora o tempo que houve para as colmatar é evidente que o treinador tem um bico de obra para resolver o que leva a que se veja na necessidade de fazer sucessivas experiências na tentativa de fazer o melhor conserto possível na manta de retalhos que lhe puseram à disposição.
Ontem, sem desta vez fazer funcionar a roleta dos pontas de lança, assim foi e Pedro Martins deu a titularidade a João Aurélio e Héldon com claros benefícios para a equipa que produziu a que terá sido a melhor exibição da corrente época.
Individualmente:
Douglas: Sempre bem no que foi chamado a fazer e salvando o triunfo com duas boas defesas nos instantes finais.
João Aurélio: Boa exibição com segurança defensiva e integrando-se bem no ataque.
Jubal: "Pagou" a necessidade de o árbitro ajudar o Benfica na deslocação da próxima semana à Madeira e foi expulso depois de um vulgar troca de palavras(o que há de mais comum no futebol) com o central maritimista Zainadine também  expulso pela razão atrás apontada. Até lá vinha fazendo uma exibição sem reparos.
Pedro Henrique: Uma exibição tranquila chegando sempre para o trabalho que os adversários "apresentaram" no seu sector.
Konan: Bem a atacar mas mal a defender. Nos lances ofensivos já esteve mais perto do seu normal mas a defender teve grande responsabilidade no golo ao não marcar Edgar Costa.
Wakaso: Uma boa exibição, até como central durante minutos, a recuperar muitas bolas e a cede-las da melhor forma.
Célis: Um jogo regular em que nem brilhou nem comprometeu.
Hurtado: Uma exibição de bom nível ligando meio campo e ataque.
Héldon: Uma aposta ganha. Deu profundidade ao futebol ofensivo, equilíbrio aos flancos que ficaram menos dependentes de Raphinha e esteve nos dois golos marcando um e assistindo para o outro.
Estupiñán: Voltou a ser aposta para ponta de lança mas embora voluntarioso não me recordo de um remate que fosse. Em nove jogos oficiais (Liga,Liga Europa e supertaça) os pontas de lança não marcaram um único golo. E não é com citações de Cristiano Ronaldo que o assunto se resolve. Preocupante.
Raphinha: Excelente jogo constituindo permanente dor de cabeça para os adversários. Está em grande forma e faz temer...Janeiro.
Foram suplentes utilizados:
Marcos Valente: Entrou para compor a defesa após a expulsão de Jubal e cumpriu sem problemas.
Hélder Ferreira: Entrou a três minutos do fim mas teve ainda tempo para um excelente passe a isolar Raphinha para um dos lances mais perigosos da segunda parte.
Não foram utilizados:
Miguel Silva, Rafael Miranda, Francisco Ramos, Rincon e Rafael Martins.

Melhor em campo: Raphinha

Num jogo marcado por estreias (no onze e no banco) e pela continuidade na "seca" goleadora dos pontas de lança causou alguma estranheza que nos minutos finais de pressão maritimista o Vitória não tivesse recorrido a uma terceira substituição para queimar tempo e quebrar o ritmo adversário como é comum fazer-se nestas  ocasiões.
E no banco estava,por exemplo, Rafael Miranda que é um jogador talhado para a posse e circulação de bola.
Opções...
Três pontos face a um adversário directo, uma melhoria exibicional que se espera sustentada e para continuar, mas a continuidade de problemas que exigem engenho do treinador na sua solução dado que o mercado fechou e os desempregados dificilmente são solução.
No caso dos pontas de lança, por exemplo, se a utilização individual de Texeira, Estupiñán e Rafael Martins rendeu até agora zero golos não seria de tentar um modelo que contemplasse a utilização simultânea de dois deles?
Até porque Texeira me parece muito mais talhado para jogar dessa forma.
Depois Falamos.

P.S. Não deixa de ser sintomático que Daniel Ramos se tenha insurgido energicamente contra a expulsão de Zainadine enquanto Pedro Martins, placidamente, disse aceitar a de Jubal.
Há atitudes e exemplos, que vem de cima para baixo, que nem tem cabimento no ADN vitoriano  nem servem os interesses do clube.

95 Anos

O meu artigo desta semana no zerozero.

Na semana passada o Vitória Sport Clube completou a bonita idade de 95 anos de vida.
É o meu “velhinho” preferido!
E completou-os de boa saúde, acompanhado por uma “família” excepcional que não para de crescer e de o apoiar nos bons e maus momentos e seguramente pronto para continuar uma caminhada gloriosa que o transformou no motivo maior de orgulho da sua Terra e num exemplo para o país desportivo.
Desde que nasceu o Vitória fez o seu caminho contra o vento.
Os seus fundadores tiveram desde logo a lucidez de o fazerem original e o bom senso de não copiarem modelos que lhe eram estranhos ou modas que nada diziam aos vimaranenses.
Não lhe deram o nome da cidade e concelho,porque intuíram que isso estaria implícito noutras marcas identitárias como o símbolo, ao contrário do que acontecia na generalidade dos clubes desportivos desse tempo.
Para emblema recusaram a moda da bicharada, real ou imaginária, que pontifica em quase todos os clubes e escolheram o primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques (mais de setenta anos depois os associados vitorianos votaram esmagadoramente para que esse fosse também o nome do estádio em perfeita sintonia com os fundadores) nascido em Guimarães e cuja ligação à cidade e ao concelho é umbilical.
Finalmente escolheram um nome que desde logo traduz ambição-Vitória- recusando a facilidade de associarem ao nome do clube o de outros clubes já então predominantes e marcando desde logo um caminho original.
Guimarães é um concelho profundamente bairrista desde sempre.
E claro que um clube com estas características originais, portando no símbolo a figura do Rei mais marcante da História de Portugal (até porque sem ele não haveria...Portugal) e tendo em si toda a ambição do mundo tinha tudo para se tornar na grande referência da Terra, no seu motivo de maior orgulho e na construção de uma ligação fortíssima entre instituição e comunidade.
Assim foi.
E por isso hoje Guimarães e Vitória e Vitória e Guimarães são duas marcas fortes, que se complementam e fortificam entre elas, indissoluvelmente ligadas por valores e orgulhos que lhes são comuns e que permitem que em Guimarães , ao contrário do resto do país, só exista um clube “grande” enquanto aquele que nos visitam por “grandes” que sejam noutros sítios em Guimarães são pequenitos e os seus adeptos locais sem outra expressão que a não a que advém de serem raridades!
95 anos é um longo percurso de vida.
Que começou em sedes alugadas e campos alheios, que teve o seu primeiro património no já desaparecido campo da Amorosa pertença do clube e onde se começou a construir a ideia, verdadeira, de que ser clube visitante em Guimarães é muito difícil (Costa Pereira, guarda redes do Benfica campeão europeu dos anos 60 do século passado dizia que a Amorosa era o campo mais difícil do país para jogar como visitante) , que continuou num estádio que foi municipal durante muitos anos e que a partir de 1980 , sob a liderança do histórico presidente António Pimenta Machado, iniciou um percurso de modernização do estádio e de construção de património que leva à situação actual.
O estádio D. Afonso Henriques é um dos mais modernos do país e pertence ao clube, o Vitória foi o primeiro clube português a ter o seu complexo desportivo (muito antes de se falar de Alcochete, Seixal ou Olival) com campos relvados e sintéticos, tem um pavilhão próprio já insuficiente para o pujante ecletismo do clube e um edifício sede com cinco pisos no qual se alojam valências diversas.
E tem, como seu património maior, em permanente crescimento e renovação através de sucessivas gerações de vitorianos( Em Guimarães ensinar os filhos a serem vitorianos é requisito obrigatório na educação dos mesmos) os melhores adeptos do país que apoiam o clube de forma incessante,nos jogos em casa e nos jogos fora criando no D. Afonso Henriques um ambiente único nos estádios portugueses e provocando noutros estádios do país admiração pelo número de adeptos que se deslocam e pela intensidade com que apoiam o Vitória em muitos casos silenciando até os adeptos locais.
Com altos e baixos, muitos momentos de enorme alegria intervalados aqui ou ali por alguns de profunda tristeza (descidas de divisão e finais perdidas por exemplo) , o Vitória tem atrás de si 95 anos de que se pode orgulhar.
Orgulhar e inspirar para um futuro ainda melhor.
Porque a “pedra no sapato” destes 95 anos está no palmarés.
Um clube com características tão únicas, com uma presença tão marcante na História do futebol português , com uma massa adepta excepcional que vai de casa para os estádios e dos estádios para casa sem concessões aos sofás como se vê noutros emblemas, tem em termos de futebol um palmarés exíguo para um clube tão grandioso.
Uma taça de Portugal em sete finais disputadas, um supertaça em quatro tentativas, três títulos nacionais na formação são o que de mais relevante tem para apresentar.
Tem nas modalidades, com especial relevo para voleibol e basquetebol, um palmarés bem mais consentâneo com a dimensão do clube mas mesmo aí aquém daquilo que poderia ter se as circunstâncias e a sorte(que também tem o seu peso) tivessem sido outras ao longo dos anos.
Em 1997 , a convite de António Pimenta Machado, tive a honra de presidir à comissão que organizou as comemorações do 75 anos do clube e que tiveram como ponto alto a inauguração do complexo desportivo e pavilhão pelo então presidente de república Jorge Sampaio.
E recordo-me bem que no discurso que então proferi numa sessão solene ter referido esta questão do palmarés manifestando o desejo de que nos vinte e cinco anos seguintes, até ao centenário, essa fosse a grande prioridade do clube visto a questão patrimonial estar resolvida e sendo então o tempo dos títulos e troféus.
Passaram vinte anos.
E embora neste espaço de tempo o palmarés, muito por força do contributo das modalidades, tenha crescido bastante atingindo no futebol a conquista de um objectivo longamente perseguido ( Taça de Portugal) o Vitória continua a dever a si próprio mais conquistas e conquistas mais importantes que as até hoje conseguidas.
95 anos é uma idade bonita.
Mas daqui a cinco anos celebra-se a mais bonita de todas as idades para uma instituição.
O centenário.
E nestes cinco anos que faltam o Vitória deve ter como prioridade das prioridades enriquecer o seu palmarés com aquele que é o titulo mais desejado por todos os seus adeptos e que será um ponto alto desse percurso então centenário.
O titulo de campeão nacional de futebol.
E ele é possível.
Deem-se os passos certos!

Peixe Leão


Linha


Merecido

Sendo o Marítimo um adversário directo na luta pelos lugares europeus, e ainda para mais estando a fazer um bom início de época, para o Vitória era absolutamente necessário vencer o jogo para encurtar distâncias e manter a equipa na parte cimeira da classificação considerando que o adversário entrava no D. Afonso Henriques com impensáveis oito pontos de vantagem ao fim de apenas seis jornadas.
Para o efeito Pedro Martins voltou a mexer na equipa dando, desta feita, a titularidade a João Aurélio e Héldon deixando Rincon no banco e Vítor Garcia na bancada.
E ganhou as apostas de forma clara.
Porque João Aurélio equilibrou a posição na dupla vertente de defesa e ataque enquanto Heldon a melhorar a condição física a olhos vistos é um extremo clássico que dribla bem, é rápido, está à vontade no um para um e cruza com propósito como se viu no primeiro golo.
A equipa beneficiou claramente destas duas mexidas e fez um jogo de bom nível, criou bastantes oportunidades de golo e tendo marcado dois ficou a dever a si própria mais dois ou três face à forma como desperdiçou oportunidades flagrantes.
Claro que é dos livros que quem não marca acaba por sofrer e o Vitória terminou o jogo num sufoco absolutamente desnecessário em que um poste e Douglas negaram duas claras oportunidades aos insulares nos instantes finais da partida sem que estranhamente,pelo menos para mim, o técnico vitoriano não tenha nesses momentos derradeiros utilizado uma terceira substituição para gastar tempo e quebrar o ímpeto ofensivo aos madeirenses.
E tinha, por exemplo, Rafael Miranda no banco.
Em suma foi a melhor exibição do Vitória esta época, com uma equipa mais desenvolta e a jogar futebol mais ligado, mas nem uma andorinha traz a Primavera nem um triunfo justo sobre um adversário de valor esconde os problemas que continuam a existir nesta equipa dos pontas de lança que não marcam aos golos que se continuam a sofrer na sequência de cruzamentos para a área como já tinha acontecido em Braga por duas vezes e voltou a suceder ontem.
Fábio Veríssimo, já famoso pelas suas lamentáveis actuações como vídeo-árbitro e conhecido pelas arbitragens tendenciosas a favor do "dono disto tudo", confirmou ontem o que já se sabia.
É um árbitro fraquissímo que anda a mais no futebol profissional.
As expulsões de Jubal e e Zainadine, por trocas de palavras entre os jogadores (facto normalíssimo no futebol), apenas é explicável pelo facto de na próxima jornada o Marítimo receber o Benfica e o árbitro não quis deixar de ajudar o seu clube de coração a preparar o jogo.
Azar do Jubal que apanhou por tabela.
Depois Falamos

domingo, setembro 24, 2017

Lofoten, Noruega


Morsas


O Futuro...Já!

No sábado estive no salão paroquial de S.João de Ponte a assistir a um comício conjunto do movimente "Ponte o Nosso Partido" liderado por Diana Fernandes e da coligação "Juntos por Guimarães" liderada por André Coelho Lima.
Não vou voltar a referir-me às especificidades, chamemos-lhes assim,das eleições naquela vila porque já o fiz em várias ocasiões e não vale a pena gastar mais "cera" com tão ruim "defunto".
Mas devo testemunhar, e com muita satisfação o faço, que foi oportunidade para assistir a dois excelentes discursos de dois protagonistas seguros do futuro de Guimarães.
Conheço a Diana Fernandes há alguns anos.
Mas conhecendo-lhe outras qualidades, como o trabalho e a responsabilidade, não lhe conhecia a veia política que revelou num discurso límpido, cristalino, objectivo e em que deixou muito bem expresso o projecto político que lidera e as ambições que tem para a sua freguesia.
Excelente!
Quanto ao André Coelho Lima não há muito mais a dizer sobre o homem que é o protagonista certo para o futuro do concelho de Guimarães.
Apenas o registar que estando como convidado num comício que era essencialmente do movimento "Ponte é o Nosso Partido" teve a grandeza de atitude de não aproveitar a excelente moldura humana que enchia a sala para fazer a sua própria campanha optando, isso sim, por no curto discurso que proferiu se referir apenas à Diana Fernandes e à sua equipa manifestando-lhe o total apoio da coligação.
Pequenos detalhes que revelam a excelência de um político e de um cidadão.
Diana Fernandes em Ponte e André Coelho Lima no concelho são os protagonistas certos para um futuro que começa de hoje a oito dias.
Guimarães não pode perder mais tempo.
É a hora de mudar.
Depois Falamos

Outono


Mais do Mesmo

No PSD parece estar-se, uma vez mais,naquele cíclico processo que de x em x tempo leva a aparecerem noticias sobre movimentações internas, descontentamentos com o líder e candidatos à liderança quando para o efeito se realizarem eleições.
Normalmente essa notícias aparecem na imprensa, "plantadas" por assessores de comunicação ao serviço do PS e são depois diligentemente ampliadas pelos comentadores de esquerda de piquete ao PSD e por alguns idiotas úteis do próprio partido sempre dispostos a criticarem o seu próprio líder a troco de 5 minutos de protagonismo gratuito.
Não é de hoje este fenómeno, tem mais de trinta anos, mas na actualidade com as redes sociais, os blogues e outras formas de comunicação instantânea tem uma repercussão mais imediata e alastra com muito mais rapidez porque entre pelos computadores e telemóveis dentro com espantosa facilidade.
Naturalmente que em período eleitoral, com o PSD a travar um combate difícil (também por culpa própria em concelhos onde escolheu mal, não escolheu e até num espantoso caso desistiu de concorrer...) e o seu líder a dar a cara pelos resultados que hão-de vir a 1 de Outubro, era inevitável que a questão da liderança fosse atirada para a opinião pública como algo em conexão directa com os resultados das autárquicas e traçando um destino fatídico a Passos Coelho se os resultados forem maus.
Claro que para se falar de disputa de liderança tem de se arranjar putativos candidatos e por isso se atiram para a ribalta nomes tão diversos como Rui Rio ou Luís Montenegro com a singularidade de Rio quando questionado sobre o assunto o alimentar com frases ambíguas, vagas , de múltipla interpretação (como já fez no passado com o resultado que se sabe) enquanto Montenegro afirma a sua solidariedade com Passos Coelho e nega que alguma vez seja candidato contra ele!
Embora sejam posições completamente antagónicas nem por isso deixam de ser colocados como candidatos à liderança em plano de igualdade por alguma imprensa e alguns comentadores muito sui generis "que por ai andam.
O futuro próximo dirá quais as  especulações se confirmam e quais as que não passam de...especulações.
Para já uma única verdade importa reafirmar: O PSD tem líder, eleito em directas, com um mandato para cumprir que não deve ser colocado em causa por eventual mau resultado nas autárquicas.
Por duas razões:
A primeira porque os lideres avaliam-se em legislativas e não em autárquicas.
E a segunda porque das duas vezes em que Pedro Passos Coelho foi avaliado em legislativas...ganhou-as!
E esse é um dado que não pode ser esquecido quando se fala de liderança.
Depois Falamos.

P.S, Vejo alguns notáveis do PSD a criticarem, às claras uns e em surdina outros(bastantes mais por sinal) escolhas de Passos para algumas câmaras. Não vi nenhum deles oferecer-se para concorrer e fazer melhor que essas tais escolhas.

sábado, setembro 23, 2017

Loucuras

O mundo está cada vez mais perigoso.
Perdido entre uma escalada verbal que não parece ter limites, mas da qual enquanto tal não vem mal ao ...mundo, entre o presidente americano eleito democraticamente e o ditador norte coreano que sucedeu no poder ao pai e ao avô, mas também entre algumas acções concretas que fazem temer o pior como o lançamento de misseis da Coreia do Norte e as manobras militares da Coreia do Sul e dos Estados Unidos daí resulta uma desagradável sensação de que a qualquer momento pode ser dado um passo do qual depois não exista recuo.
É por demais evidente que as sanções da ONU, por mais desagradáveis que sejam para a ditadura norte coreana, não farão Kim Jong Un recuar porque a  sobrevivência do regime está dependente desta escalada e da necessidade de agitar o fantasma de um inimigo externo,como é típico das ditaduras, para consolidar o poder interno.
Do outro lado um Donald Trump, personagem que como se sabe não é da minha simpatia, que percebeu que com o ditador norte coreano só a linguagem da força pode ter algum efeito porque todas as outras tem falhado apesar de múltiplas vezes tentadas.
No meio disto tudo que já não é pouco, assiste-se a uma ambiguidade da China, único país com alguma influência no louco de Pyongyang ,que receosa de perder influência na península da Coreia vai pelo silêncio acalentando as loucuras de quem já há muito devia ter sido arredado do poder.
Ninguém sabe como tudo isto vai acabar.
Na melhor das hipóteses seria com a deposição de Kim Jong Un e a instalação de um regime democrático na Coreia do Norte.
Na pior, que ninguém de bom senso quer sequer imaginar, passará por um ataque norte coreano à Coreia do Sul ou ao Japão com misseis convencionais e com a inevitável resposta desses países e dos Estados Unidos com uma escalada militar de consequências imprevisíveis face à posição que a China viesse a tomar.
E depois há ainda uma outra hipótese mais aterradora.
Que é o ditador louco, levar a loucura para lá do inimaginável, e atacar directamente os Estados Unidos eventualmente com misseis atómicos.
Seja Guam, seja o Alasca, seja a costa oeste do país.
É evidente que dez minutos (com algum exagero) depois desse ataque a Coreia do Norte desapareceria do mapa face à retaliação americana.
Mas estaria aberta a mais terrível das caixas de Pandora e sabe-se que uma vez aberta já não é possível fechá-la.
 E o que assusta mais em tudo isto é ninguém saber se o louco de Pyongyang tem noção disso.
Depois Falamos.

P.S. É verdade que os Estados Unidos  são hoje governados por alguém que em termos da sanidade mental exigível a um Presidente não dá grandes garantias.
Mas numa democracia há sempre forma de conter desvarios de quem manda.
Numa ditadura é que não.

sexta-feira, setembro 22, 2017

Farol

Foto: National Geographic

Avião


Falcões

Foto: National Geographic

Eldon

Soube hoje do falecimento, com apenas 59 anos e depois de uma prolongada doença, de Eldon.
Um ponta de lança brasileiro que fez carreira no futebol português (Académica, Vitória, Sporting, Marítimo e novamente Académica) no qual marcou 160 golos em 309 jogos uma marca assinalável ainda para mais num jogador que se retirou com apenas 32 anos.
Embora os seus melhores anos em Portugal tenham sido na Académica também no Vitória deixou a sua marca de qualidade apontando oito golos em trinta e um jogos numa época que não correu nada bem à equipa vitoriana.
Pessoalmente apreciava muito o sue estilo de jogo desde os tempos de Coimbra.
Um goleador que rematava bem com ambos os pés, bom jogo de cabeça, forte no despique físico e que não sendo muito rápido tinha ainda assim um notável sentido de desmarcação que lhe permitia aparecer muitas vezes isolado.
A sua vinda para Guimarães, depois de o Vitória vencer um despique pela sua contratação com vários clubes (recordo-me de Braga e Sporting pelo menos) , despertou grande entusiasmo na massa associativa pelas qualidades que lhe eram reconhecidas e pelas expectativas criadas em relação à sua capacidade goleadora.
Infelizmente,pese embora os tais oito golos, as expectativas ficaram longe de serem cumpridas quer por ele quer pela equipa.
Num plantel de excelente nível que contava , entre outros, com Silvino e Jesus para a baliza, com laterais como Gregório Freixo, Costeado e Laureta, centrais como Alfredo Murça , Amândio e Tozé, médios da qualidade de Nivaldo, Joaquim Murça, Paquito , Barrinha e Kiki, avançados como Fonseca e Da Silva e pontas de lança da categoria de Eldon , Júlio e Paulo Ricardo treinados pelo austríaco Herman Stessl a verdade é que as coisas não correram nada bem.
O treinador foi despedido, houve vários jogadores alvos de processos disciplinares depois de uma deslocação ao Luxemburgo para um jogo particular em que a folia se terá sobreposto ao profissionalismo, e o Vitória acabou o campeonato no sexto lugar posição que nesse tempo era considerada má.
Curiosamente foi depois da suspensão desses jogadores que se deu um dos mais espantosos resultados de que me lembro no nosso estádio quando a três jogos do fim do campeonato o Vitória recebeu o Benfica, treinado por Sven Goran Eriksson e com uma constelação de estrelas que viria a sagrar-se campeã nacional, e venceu por 4-1 alinhando uma equipa com alguns habituais reservistas e dois juniores (Soeiro e Jorge Machado) e orientada por Alfredo Murça como treinador/jogador.
A verdade é que contra todas as expectativas, que apontavam para um "esmagamento" da aparentemente débil equipa vitoriana, aos dezoito minutos de jogo o Vitória já vencia por 3-0 e faria ainda o 4-0 no inicio da segunda parte com o Benfica a reduzir já em tempo de descontos.
Eldon, que não saiu do banco muito por força dos tais problemas disciplinares atrás referidos, envergaria nesse jogo pela ultima vez a camisola vitoriana já que nos dois restantes não foi sequer convocado.
Daqui iria para o Sporting, com alguma polémica à mistura, deixando a imagem de um bom jogador que contudo prometera mais do que cumprira.
Memórias vitorianas em dia de aniversário do clube.
Neste caso associadas à tristeza de ver partir alguém, que um dia foi um dos nossos.
Depois Falamos.

Parabéns Vitória

O Vitória completa hoje 95 anos.
95 anos de uma História bonita, honrosa, na qual todos os vitorianos tem imenso orgulho e que constitui não só mais um motivo de amor ao clube como também um legado precioso que recebemos dos que vieram antes e que deixaremos para os que vem depois.
Vitoriano como todos os outros tenho porém particular orgulho,que penso ninguém levará a mal, no história vitoriana da minha família que já vai na quinta geração de adeptos e tenho a certeza continuará pelos tempos fora.
Neto e filho de vitorianos (o meu avô integrou inclusive os orgãos sociais nos anos cinquenta) tenho também o prazer e orgulho de ser pai de dois vitorianos e avô de outro (para além de vários outros familiares de sobrinhas e sobrinhos a primas e primos) numa família em que se "respira" Vitória desde que se nasce.
Pela parte que me toca "cheguei" ao Vitória aos cinco anos ao ver na Amorosa o meu primeiro jogo de campeonato, entrei para sócio aos onze anos (embora o meu avô me tenha garantido sempre que me inscreveu a sócio quando nasci o que acreditando plenamente nunca consegui provar), comecei a colaborar em 1983 com o clube no extinto jornal "O Vitória" para o qual escrevi durante alguns anos, depois integrei os orgãos sociais entre 1995 e 2002 em cargos diversos desde a Mesa da Assembleia Geral a secretário geral, a eles regressei fugazmente em 2012 como vice presidente para o futebol e modalidades e no Vitória estarei sempre quer no honroso "cargo" de sócio com lugar anual na bancada nascente quer noutras funções que eventualmente venham a surgir e em que tenha a oportunidade de servir o clube uma vez mais.
95 anos é uma idade muito bonita para um clube desportivo.
E o Vitória a eles chegou, depois de um percurso assinalável no qual se converteu numa das maiores referências do desporto português, a caminho de um centenário que será um momento altíssimo do clube e que merece ser preparado com tempo e assinalado com a conquista daquilo que ainda não conquistamos.
Na minha família as duas primeiras gerações "partiram" sem verem concretizado o sonho de terem um Vitória campeão nacional de futebol.
Pode ser que à terceira, geração, o sonho se concretize para que depois as gerações seguintes assistam e colaborem na consolidação nacional e internacional do Vitória através da conquista de mais títulos, mais troféus, mais e melhores participações nas competições europeias de clubes.
É esse o meu voto hoje, dia de aniversário e de parabéns, para o futuro do Vitória.
Que nos cinco anos que faltam para o centenário consigo o titulo pelo qual milhares e milhares de vitorianos esperam desde 1922.
Depois Falamos.

quarta-feira, setembro 20, 2017

Marroquinos e Espanhóis.

É sabido que na mais antiga e mais profunda de todas as rivalidades do nosso desporto, a existente entre Vitória e Braga, de há uns anos a esta parte que os adeptos de ambas as equipas resolveram denominar os seus congéneres da outra equipa pelos simpáticas alcunhas de "marroquinos" e "espanhóis".
Os vitorianos chama marroquinos aos bracarenses enquanto estes retribuem chamando-lhes espanhóis.
É uma questão privada , entre Vitória e Braga, que depois alguns "macacos de imitação" (nomeadamente um da zona centro que joga agora com as equipas B dos dois clubes) resolveram imitar nem sequer percebendo o que estava na origem das alcunhas.
Macaquices em suma.
Pela parte que me toca, enquanto vitoriano, devo dizer que interpreto essa alcunha de "espanhóis" como um verdadeiro elogio que traduz bem a admiração que os adeptos do clube de Trás Morreira tem pelo Vitória e o sonho escondido desde sempre de um dia o clube deles ser como o nosso.
Porque ao chamarem-nos espanhóis estão a reconhecer implicitamente que o Vitória devia jogar num campeonato de outra dimensão, com grande equipas mundiais como o Barcelona e o Real Madrid, num campeonato de estádios cheios, com verdade desportiva, repartição justa de direitos televisivos e em que ninguém oferece bilhetes na compra de grades de cerveja para não terem os estádios às moscas.
E naturalmente um campeonato em que cada clube é o preferido da sua terra por mais simpatizantes que lá existam dos dois grandes clubes referidos.
Também acho isso.
Que o Vitória devia jogar no campeonato de Espanha onde encontraria adversários à sua dimensão, onde os seus adeptos teriam em todos os jogos adeptos de outros clubes que os estimulassem a serem ainda melhores em vez de ganharem  por "goleada" em todos os estádios onde se deslocam, onde não teríamos a APAF e os VAR a aldrabarem todas as semanas os resultados de alguns jogos.
Dir-me-ão, e estou de acordo, que o actual Vitória teria imensas dificuldades no campeonato de Espanha e seria candidato a lutar apenas pela não despromoção.
É verdade.
Mas isso é um problema que os vitorianos a seu tempo resolverão e que uma vez resolvido permitirá ao Vitória outras ambições e outros objectivos.
Termos de jogar neste caricatura de campeonato, como é o português, é que infelizmente não está ao nosso alcance resolver.
E por isso temos de aturar marroquinos e outros "espécimes" (há quem lhes chame estarolas) sem os quais passávamos muito bem.
Depois Falamos.

Luar


Castelo de Dunnottar, Escócia


terça-feira, setembro 19, 2017

O Nosso 14

Conhecidas as vicissitudes na formação do actual plantel, claramente inferior ao que o Vitória tinha um ano antes, e constatada a evidente má forma de alguns jogadores fruto de estarem a fazer agora a pré temporada que deviam ter feito dois meses atrás é evidente que a expectativa racional para este jogo nunca poderia ser muito alta porque do outro lado estava um adversário forte e que soube fazer o que lhe competia atempadamente.
E por isso a derrota foi natural face a um adversário com quem nunca tinha sido natural perder ao longo de muitas décadas.
Individualmente:
Douglas: Sem culpa nos golos. No resto fez o que tinha a fazer.
Vítor Garcia: Aguentou-se a defender mas não existiu a atacar.
Jubal: Com responsabilidades no segundo golo teve ainda outros momentos de insegurança. Perto do fim podia ter feito o empate mas o remate saiu à figura.
Pedro Henrique: O mais regular de todos os vitorianos.Pelo seu lado nunca houve problemas.
Konan: Mal fisicamente está uma sombra do Konan da época passada.
Wakaso: Enquanto teve "pulmão" cumpriu na batalha do meio campo. Mas é dos que está em pré época e foi naturalmente substituído.
Célis: Muita entrega mas pouco discernimento. Ele e Wakaso são demasiado iguais para a dupla fincionar na vertente defender/atacar.
Hurtado: Excelente abertura para o golo de Raphinha mas foi o que fez de melhor. De resto os habituais "eclipses". É uma posição em que a equipa precisa de uma alternativa.
Rincón: Passou al lado do jogo e foi naturalmente substituído ao intervalo.
Estupinán: Na roleta dos pontas de lança a sorte saiu-lhe a ele desta vez. Com o mesmo "sucesso" dos colegas porque em seis jogos os três pontas de lança ainda não marcaram um golo que fosse.
Raphinha: Fez o golo numa excelente iniciativa,teve mais duas ou três jogadas interessantes, mas é manifestamente exagerado pedir-lhe que ande com a equipa às costas.
Foram suplentes utilizados:
Heldon: Está em pré temporada, longe da forma física e técnica, pelo que da sua entrada nada resultou.
Kiko: Rendeu Wakaso na tentativa de dar um cariz mais ofensivo ao meio campo mas não teve grandes hipóteses de o fazer. Melhorou a circulação de bola e já não foi mau.
Rafael Martins: Uma substituição ridícula porque a três minutos do fim mete-se um jogador para queimar tempo, quebrar o ritmo ao adversário, dar tempo à equipa para respirar e não para tentar dar a volta a um jogo que se está a perder desde o intervalo. Nada fez porque nada podia fazer.
Não foram utilizados:
Miguel Silva, João Aurélio, Marcos Valente e Rafael Miranda.

Melhor em campo: Pedro Henrique

Que a equipa não está bem nota-se à vista desarmada.
E por isso não se entendem algumas opções de Pedro Martins.
Hélder Ferreira começou bem a época, fez exibições prometedoras,sendo consistentemente dos melhores jogadores da equipa. De repente até das convocatórias desapareceu. Para dar lugar a jogadores como Rincon,Sturgeon e Heldon que em nada tem sido melhores do que ele. 
Está a pagar o ter vindo da formação e ser de fácil substituição quando as coisas correm mal?
Rafael Martins e Texeira não desaprenderam de jogar nem Estupiñán deixa de ser um jogador prometedor. A verdade é que ainda não fizeram um golo que fosse.
Razão para perguntar se não seria melhor em vez de os andar a desgastar animícamente numa roleta constante no que toca à titularidade mudar o sistema de jogo e utilizar dois em simultâneo?
Creio que com um mais fixo e outro a jogar nas suas costas os golos apareceriam com naturalidade.
Domingo com o Marítimo muita coisa terá de mudar para que não cheguemos ao final de Setembro a vermos os lugares europeus por um...canudo!
Depois Falamos.

Castelo de Saint-Ulrich, França


Ponte

O meu artigo desta semana no Duas Caras.

Há muitos anos atrás uma banda que já não existe, os Jafumega, cantavam uma música-Ribeira- cujo refrão era “...a ponte é uma passagem,para a outra margem...” e que fez grande sucesso nesses tempos.
Hoje nas eleições autárquicas em Guimarães também há uma “Ponte” que separa de forma inultrapassável duas margens que nada tem a ver entre elas.
De um lado está a margem da decência percorrida por todos quantos tem da politica uma visão assente em ética, valores, coerência e respeito por companheiros e adversários enquanto do outro lado se situam todos aqueles que acham simplesmente que na política e na vida...vale tudo.
Mas não vale.
Em 2013 a freguesia de Ponte era governada pelo PS dando sequência anteriores vitórias socialistas nessa freguesia.
Nesse ano a coligação “Juntos por Guimarães” apresentou uma candidatura liderada por um cabeça de lista cujos méritos pessoais e profissionais não discuto, também porque não os conheço, mas que politicamente não era rigorosamente ninguém por ser completamente desconhecido das lides políticas.
Foram a coligação e André Coelho Lima que lhe deram a oportunidade aparecer e ser alguém na politica vimaranense.
Durante quatro anos o presidente de junta e a sua equipa governaram a freguesia tendo tido da parte da coligação e dos partidos que a compõe todo o apoio, toda a solidariedade, todas as oportunidades de promover a imagem (do presidente de junta bem entendido) por considerarem que era um quadro político capaz, leal e no qual valia a pena apostar.
Recordo a propósito a vinda a Guimarães do Professor Marcelo Rebelo de Sousa, durante a sua campanha presidencial, e em que no almoço realizado foi dada ao presidente de junta uma notoriedade e um protagonismo manifestamente acima do que seria normal precisamente no âmbito dessa ideia de que era um político para o futuro e com futuro.
Ao longo desses quatro anos em  todos os contactos, em todas as reuniões em que esteve presente, em todas as conversas que manteve com André Coelho Lima e restantes dirigentes da coligação nunca o presidente de junta manifestou uma discordância, uma divergência, uma opinião diferente.
Nomeadamente no grupo parlamentar do PSD, de que fazia parte, e onde nunca lhe foi conhecida qualquer divergência com a orientação política seguida.
Nenhuma!
Tudo parecia decorrer , pois, na maior das normalidades dentro do que deve ser a relação entre um eleito e a força política que o elegeu.
Parecia…
Porque em simultâneo com essa atitude “às claras”o presidente de junta, no negrume da “noite” , andava em negociações com o PS, em grandes negociações com Domingos Bragança, num 
”namoro” eticamente obsceno que dificilmente podia deixar de resultar num “casamento” para as autárquicas de 2017.
Deve dizer-se que em abono da verdade há muito tempo que algumas atitudes amáveis a raiarem a pura bajulação do presidente de junta para com Domingos Bragança e em simultâneo atitudes descorteses para com André Coelho Lima indiciavam que à primeira “cavadela” apareceria grande “minhoca” que é ,como se sabe,  um verme invertebrado.
E como se sabe que nesta matéria de “comprar” autarcas de outros partidos o PS de Guimarães nunca foi de cerimónias, nem que para isso tenha de por de lado os seus próprios camaradas das freguesias onde vai fazer essas “aquisições”, havia mais que razões para estar de pé atrás com as movimentações numa das margens da Ponte.
Bastava ver a página de Facebook do presidente de junta para se perceber o “negócio” que se desenhava entre ele e Domingos Bragança.
Mas em nome de um personalismo de que o PSD não abdica, e da recusa em fazer falsos e eventuais injustos juízos sobre terceiros (mesmo quando paulatinamente iam existindo cada vez mais razões para isso…), esperou-se uma definição por parte do presidente de junta que ao longo dos últimos meses nunca disse aos dirigentes da coligação que não seria por ela candidato.
Mas um dia, quando já não podia adiar mais, lá assumiu o segredo mais mal escondido da politica vimaranense e afirmando-se candidato pelo PS não resistiu a numa de subserviência , sabujice e ingratidão lançar um ataque pessoal mentiroso e desavergonhado ao André Coelho Lima através da comparação dele e de Domingos Bragança com personagens do mundo futebolístico  não atingindo sequer o ridículo de que se cobriu ao enveredar por esses caminhos.
Percebo que quem nasce para dar 8 não possa dar 80 em termos de intelecto, de elegância, de correcção nos procedimentos e portanto lhe fuja a boca para a facilidade da linguagem  futebolística, quando quer justificar o injustificável, mas nada explica o tratar mal quem sempre o tratou bem.
Felizmente Ponte tem outra margem.
A margem da decência.
Na qual se reuniram diversas pessoas de vários partidos,e outras sem partido, que não se conformando com a imagem que o presidente de junta estava a dar da freguesia nas suas trocas e baldrocas político partidárias resolveram convergir no essencial e deixando de lado naturais divergências partidárias (as que militam em partidos obviamente) uniram-se em volta de um projecto comum para a sua freguesia apostadas em contribuírem para o seu progresso pelo mérito próprio da comunidade e não por razões de outra ordem.
Sob o sugestivo nome de “O Nosso Partido é Ponte” e lideradas por Diana Fernandes, uma pessoa inteligente, dinâmica e profunda conhecedora da sua freguesia, esse grupo de cidadãos protagoniza uma candidatura independente das forças partidárias que tem como objectivo primeiro, único e ultimo o desenvolvimento da vila de Ponte sem que para tal necessitem de vender a alma ao diabo ou recorrerem a um qualquer “alfaiate” da politica que as ajude a virar a casaca.
“ A ponte é uma passagem para a outra margem” cantavam os Jafumega.
No dia 1 de Outubro os eleitores de Ponte terão,também eles,a oportunidade de levarem a sua freguesia para a outra margem. 
A da decência.
Apoiando Diana Fernandes e a sua equipa!

Infelizmente Natural

Não vale a pena procurarmos explicações muito rebuscadas para a derrota do Vitória em Braga num jogo em que nunca deu,sequer, a sensação de o poder ganhar.
Porque estavam frente  a frente realidades muito diversas.
De um lado o Braga que aprendeu com os erros da época passada, reforçou quantitativa e qualitativamente a equipa de forma significativa, preparou a temporada de forma consistente e ambiciosa face às competições que tem para disputar e vinha de vencer em casa do quinto classificado da liga alemã a apenas dois pontos do primeiro.
Do outro lado um Vitória onde o quarto lugar da época passada parece ter sido, para alguns, algo de excepcional (como se o clube não tivesse já alcançado esse lugar-e melhores-por varias vezes) a merecer festejos sem fim, que preparou a época de forma leviana e incapaz, que dispensou e cedeu jogadores que tinham lugar neste plantel (e ,pior, fê-lo sem ter alternativas) , que se reforçou mal deixando lacunas graves em todos os sectores, que esperou por empréstimos que nunca vieram, que se viu obrigado a recorrer ao mercado de desempregados para tentar colmatar tarde e a más horas o que teve imenso tempo para fazer e que vinha de um empate em casa face a um Salzburgo que a equipa de há um ano teria vencido sem problemas de maior.
Eram as realidades em confronto na "Pedreira".
E por isso o Braga ganhou e por isso o Vitória perdeu.
Perdeu face a um Braga fisicamente mal, que apesar de ter um excelente plantel não fez uma excelente exibição, perdeu porque deu durante noventa minutos uma aflitiva imagem de fragilidade, de impotência, de incapacidade de jogar e de jogar como equipa.
Por isso a derrota foi infelizmente natural.
E pese embora uma inevitável decepção com a gestão técnica da equipa a cargo de um Pedro Martins que parece baralhado, e até perdido, na liderança de um plantel com número significativo  de jogadores chegados às "pinguinhas" e que ainda estão a fazer a pré época, dois meses depois do tempo destinado a isso, é óbvio que a responsabilidade maior não é dele mas sim de uma SAD que não soube preparar a época, consolidar o que de bom foi feito na época passada e merecer a confiança e entusiasmo dos adeptos que como sempre são o que de melhor e mais fiável o clube tem.
O que em tempo de gestões profissionais é completamente inadmissível.
Depois Falamos

Estrelas


Bérgamo, Itália


Macaquices


segunda-feira, setembro 18, 2017

Lugar Ingrato

O meu artigo desta semana no zerozero.

Não há no futebol lugar mais ingrato que o de guarda-redes.
Tão ingrato é que no Brasil, onde ser guarda-redes é quase “castigo”, se costuma dizer que guarda-redes é lugar tão ruim que onde ele joga nem nasce relva!
A verdade é que jogar à baliza pressupõe qualidades e a aptidões muito diferentes das que são necessárias para jogar noutras posições, desde logo porque os jogadores de campo jogam essencialmente com os pés enquanto os que vão para a baliza jogam quase sempre com as mãos, o que torna o guarda-redes num corpo quase estranho numa equipa de futebol.
Estranho mas decisivo.
Porque enquanto os jogadores de campo tem o “direito” de falharem, sem que desses falhanços resultem situações comprometedoras em muito dos casos, já quando o guarda-redes falha o mais certo é a equipa ser penalizada com um golo.
E por isso desde os grandes mestres aos treinadores recentemente diplomados (já no que toca a dirigentes o panorama é por vezes bastante diferente) todos sabem que uma boa equipa se constrói de trás para a frente e nessa construção o guarda-redes tem um papel absolutamente decisivo.
Não é em vão que se diz que os ataques ganham jogos mas as defesas (incluindo os guarda redes como é óbvio) ganham campeonatos pelo que ter um grande guarda-redes equivale a ganhar desde logo alguns pontos.
E por isso ao longo dos anos, nomeadamente nas últimas décadas, o treino dos guarda-redes que dantes se processava sem grandes diferenças em relação ao dos restantes jogadores passou a adquirir características extremamente especificas surgindo técnicos especializados no seu treino e autonomizando cada vez mais os guarda-redes dos outros colegas de equipa.
Bastará atentar, e eu gosto bem de o fazer, na forma como jogadores de campo e guarda-redes fazem o aquecimento antes dos jogos para perceber que há todo um mundo de diferenças entre eles ao ponto de alguns guarda-redes trabalharem mais no aquecimento do que no próprio jogo que se lhe segue.
Não admira por isso que nos clubes onde se sabe que a diferença está nos detalhes, e se valoriza devidamente a competência provada e comprovada, se dê hoje uma particular atenção à contratação dos treinadores de guarda-redes porque do seu trabalho podem resultar os tais pontos que no fim das provas fazem a diferença.
Sendo igualmente certo que por maior que seja a sua competência não fazem milagres como o de transformarem guarda-redes “apenas” bons nos tais guarda-redes de topo que podem dar muitos pontos, títulos e troféus.
Atente-se, a título de exemplo, no que se passa nos três candidatos ao título.
Enquanto o Sporting tem na baliza um dos melhores guarda-redes do mundo e titular indiscutível da selecção campeã europeia, o Porto tem como número um uma autêntica lenda do futebol que é um dos melhores guarda-redes de todos os tempos, o Benfica vendeu o excelente Ederson, manteve um Júlio César em fim de carreira e muitas vezes lesionado o que levou Rui Vitória a ver-se obrigado a dar a titularidade a um jovem Bruno Varela que sendo um bom guarda-redes está muito longe de se poder comparar aos que defendem as balizas dos principais rivais.
E é um caso paradigmático de um clube que tendo um dos melhores treinadores de guarda-redes do futebol europeu, Luís Esteves, não lhe pode pedir o milagre de transformar Bruno Varela num iker Casillas ou num Rui Patrício porque isso não está ao alcance dele nem de ninguém.
É simplesmente impossível.
E isso, mais a opção errada dos dirigentes em não contratarem um guarda-redes ao nível do transferido Ederson, vai custar os tais pontos que no apuramento final do campeonato podem fazer diferença.
Muita diferença diria.
Tenho muito apreço pelos guarda-redes.
Posição solitária, que requer qualidades muito específicas das quais a coragem não é a menor, facilmente responsabilizados pelas derrotas mas mais raramente apreciados na hora dos triunfos são ainda assim um espectáculo dentro do espectáculo e proporcionam ao futebol alguns dos seus momentos mais sensacionais.
Já vi jogar tantos guarda-redes de elevado nível que me é impossível dizer com justiça quais os melhores porque correria sempre o risco de me esquecer de algum.
Ainda assim se tivesse de escolher dez seriam estes:
Michel Preud’Homme, Peter Schmeichel, Manuel Neuer, Rinat Dasaev, Gianluigi Buffon, Iker Casillas, Lev Yashin, Vitor Baía, Sepp Maier e Edwin Van der Sar sem que a ordem tenha qualquer significado.
Opções de quem aprecia, desde sempre, a forma de jogar dos “donos” das balizas.