sexta-feira, abril 26, 2024

Fumo

Noutra oportunidade darei a minha opinião sobre a escolha de Sebastião Bugalho para cabeça de lista da AD bem como sobre a composição da restante lista candidata.
Hoje gostaria apenas de comentar a forma ardilosa como a comunicação social afecta ao PS (que é quase toda) utilizou a escolha do cabeça de lista da AD para lançar uma autêntica nuvem de fumo sobre duas realidades da lista do PS que em nada abonam em favor das escolhas de Pedro Nuno Santos.
E ao escrutinarem com uma fúria quase pidesca (ironias de Abril...) o que Sebastião Bugalho disse, escreveu , comentou, elogiou e criticou nos últimos anos, os tarefeiros pró PS apenas pretendiam desviar as atenções de algo que bem merece tê-las.
Por um lado o saneamento de todos os eurodeputados do PS em funções a que não escapou um único o que no mínimo traduz uma visão muito negativa do trabalho por eles desenvolvido nestes cinco anos ao ponto de o partido considerar que nem um merece a recondução.
Sendo certo que um partido que escolheu tão mal em 2019 não dá nenhuma garantia de o fazer melhor em 2024 como os três primeiros nomes da lista apresentada bem demonstram.
Uma ministra que deu cabo do SNS e teve de se demitir do governo depois de sucessivos escândalos na área da Saúde, um "sempre em pé" pretensamente moderado mas que nas eleições internas apoiou o candidato radical percebe-se agora a que preço e uma ex ministra a que não se conhece uma única ideia própria sobre nada e menos ainda sobre a Europa!
E por isso a estratégia é falar de Sebastião Bugalho.
Digamos que o "spin" do PS já teve melhores dias mas vão fazendo o que podem.
Tem é de haver contraditório e haver resposta.
Senão uma mentira ou um conjunto delas ditas muitas vezes vai transformar-se para muita gente em verdades absolutas.
E nessa matéria há que reconhecer que o PS tem uma longa prática!
Depois Falamos.

quinta-feira, abril 25, 2024

Rurais e Urbanos

Em tempos remotos do PSD houve uma disputa entre os " rurais" de Francisco Sá Carneiro e os "urbanos" de António Sousa Franco.
Os "rurais" representavam o país profundo e os "urbanos" as elites de Lisboa, Porto e da linha de Cascais segundo definição dos elitistas com um indisfarçável tique de superioridade e sobranceria. 
Os "rurais" ganharam. 
Hoje um dos "urbanos" desse tempo ressuscitou a terminologia. 
E o deplorável conceito que lhe está associado. 
Penoso!
Depois Falamos.

quarta-feira, abril 24, 2024

Saúde

Receio bem que o senhor Presidente da República esteja com algum problema de saúde não detectado mas cujos sintomas são cada vez mais evidentes. 
Só isso explicará que num jantar com jornalistas estrangeiros tenha feito estas declarações sobre o actual e o anterior primeiro ministro cuja inoportunidade, deselegância e falta de sentido de Estado são gritantes. 
Bem como outras sobre a presença de Portugal em África que são absolutamente vergonhosas. 
Não sei que possa ser feito, para lá do urgente tratamento médico , mas que é imperioso fazer alguma coisa isso é. 
Antes que o problema pessoal de saúde se torne num problema do país maior do que já é neste momento.
Depois Falamos. 

https://blogs.correiobraziliense.com.br/vicente/presidente-de-portugal-diz-que-novo-primeiro-ministro-e-caipira-imprevisivel-e-da-muito-trabalho/

https://app.expresso.pt/politica/2024-04-24-marcelo-diz-que-temos-de-pagar-pela-escravatura-em-africa-e-massacres-coloniais-00c34700?utm_source=site&utm_medium=share&utm_campaign=whatsapp

Mona Lisa de Leonardo da Vinci

Ilha de Hashima, Japão

Girafas

terça-feira, abril 23, 2024

Cautelas

Creio ser uma decisão que acautela os interesses das seleções e defende os jogadores. 
Porque com a cada vez maior sobrecarga de jogos durante a época a que estão sujeitos o risco de lesões sobe e por isso com 26 convocados os treinadores poderão fazer uma melhor gestão física dos atletas. Mas obriga também a outro tipo de cautela. 
É que podendo ser convocados 26 jogadores aumenta o leque dos que podem ambicionar estarem presentes na fase final abrindo a possibilidade disso a alguns que com apenas 23 convocados dificilmente encontrariam espaço na escolha dos respectivos selecionadores. 
No caso de Portugal, que é o que nos interessa, são vários os atletas que podem ambicionar a integrar esse lote de três suplementares sendo certo que os outros 23 estão praticamente decididos de há bastante tempo salvo lesões. 
E que cautela acarreta isso? 
Simples. 
Os clubes perante a hipótese de terem jogadores no Europeu e por mais vontade que tenham nesse sentido devem evitar transferir jogadores antes da convocatória de Roberto Martinez porque obviamente que sendo convocados o seu valor sobe. 
E sendo convocados devem evitar vende-los enquanto Portugal estiver a competir (deseja-se que até à final) porque jogando valorizam-se mais ainda. 
Mais uma vez peço desculpa por devido á falta de jeito não fazer um desenho. 
Mas mais uma vez acho que não é preciso.
Depois Falamos.

https://www.abola.pt/futebol/noticias/portugal-deve-mesmo-poder-ter-26-convocados-no-euro-2024042314000663104

VAR

Sou, de há muito, defensor da introdução da tecnologia no futebol para que a defesa da verdade desportiva seja cada vez maior e as decisões à vontade do freguês (leia-se do árbitro)  em lances polémicos cada vez menos.
É porém evidente que a introdução do VAR com competências claramente definidas é um passo nesse sentido mas também um passo na exigência de grande rigor nas suas decisões porque com toda a tecnologia ao seu dispôr é completamente inaceitável que tenha intervenções erradas ou nem as tenha quando devia ter.
Infelizmente em Portugal o VAR tem estado ainda bastante longe de cumprir aquilo que dele se exige e por vezes mais parece o cumplice do crime perfeito do que um instrumento para erradicar o erro e defender a verdade desportiva.
Mas a incompreensão perante os erros do VAR não se esgota no nosso país porque noutros, como Espanha bem aqui ao lado, também já são demasiadas as vezes em que os erros do VAR foram denunciados por influenciarem resultados de jogos.
A imagem mostra o último e muito discutido erro do VAR, ou não tivesse sido num Real Madrid vs Barcelona o grande clássico do país vizinho, e é realmente incompreensível a não ser num cenário de distorção voluntária da verdade desportiva.
Como se pode ver a bola está totalmente dentro da baliza do Real mas o golo do Barcelona não foi validado porque o VAR nas conversas com o árbitro garantiu sempre não ter nenhuma imagem que garantisse que tinha sido golo. O que é obviamente falso e se percebia logo nas imagens teelvisivas e sem grande necessidade de repetições.
Face a este "erro" do VAR o Real Madrid acabaria por vencer um jogo que devia ter empatado e somou dois pontos que não eram dele.
De facto ter VAR para isto não vale a pena porque apenas serve para adensar suspeitas  e suspeições sobre a lisura das competições.
Porque se num lance assim era admissível que árbitro e fiscal de linha pudessem ter dúvidas é inaceitável que o VAR as tivesse porque com todas as repetições ao seu dispor só não viu que foi golo porque não quis que o Real Madrid o sofresse.
O resto é treta.
Lá como cá.
Depois Falamos

Nota: Lances como este reforça a necessidade de nas grande competições nacionais e internacionais se implementar a tecnologia da linha de baliza permitindo acabar definitivamente com dúvidas se a bola entrou ou não na baliza.

segunda-feira, abril 22, 2024

Jeremias

Completa hoje 75 anos um dos melhores jogadores e dos maiores goleadores da nossa História já centenária. 
Uma eterna lenda da família vitoriana. 
Muitos parabéns Jeremias.
Depois Falamos.

Ponte velha de Mostar, Bósnia Herzegovina

Las Vegas

Camaleão

Zé Carlos

Já outros vitorianos como Vasco André Rodrigues e Margarida C. Martins o fizeram mas não posso deixar de manifestar alguma estranheza pelo eclipse de Zé Carlos. 
Chegado na época passada do Varzim rapidamente se impôs, curiosamente como lateral direito quando é médio de raiz, e foi dos mais utilizados por Moreno a par de chamadas à seleção de sub 21. 
Esta época ,que se esperava fosse a da definitiva afirmação , o jogador entrou no tal estranho eclipse estando presente em 20 jogos do campeonato mas apenas com 368 minutos de utilização e muito em especial nos últimos dez jogos em que foi suplente não utilizado em oito ( incluindo os últimos 5) e jogou apenas 5 minutos face ao Moreirense e 28 minutos em Portimão. 
No sagrado princípio de considerar que quem trabalha com ele todos os dias saberá melhor que ninguém a razão da sua não utilização não posso deixar de estranhar que num plantel desgastado como o nosso Zé Carlos tenha deixado de ser opção. 
Esperemos que seja apenas uma fase e que no que falta jogar de campeonato ainda possa ser útil à equipa. 
Seria uma pena que um jogador tão prometedor não passasse de promessa ou fosse confirmar o seu talento para outras paragens.
Depois Falamos.

Antes & Depois

Nas imagens abaixo pode constatar-se que o jornal" O Jogo " na sua versão on line errou. 
Mas tendo corrigido o que estava mal não teve a ombridade de pedir desculpa do erro e tão pouco de o explicar. 
As atitudes ficam com quem as toma. 
Pela parte que me toca lamento ter acreditado numa publicação de um jornal que normalmente trata decentemente o Vitória e mais ainda ter acreditado que Álvaro Pacheco pudesse ter dito aquilo. 
Ao nosso treinador devo um pedido de desculpas. 
Fica apenas a consolação de de alguma forma o meu post ter servido para que o erro fosse corrigido. 
Ao menos isso.
Depois Falamos.

Manutenção

Como? Importa-se de repetir? O objectivo era a manutenção? 
Desde quando no Vitória a manutenção é objectivo?
Lamento profundamente ver um treinador do Vitória dizer isto. 
A nossa História, equipa, adeptos e por absurdo ele próprio não mereciam! 
Que é que nós, adeptos, não sabemos? 
Uma coisa sabemos contudo. 
Não somos o Vizela nem o Estoril.
Depois Falamos.

Urso

Estádio La Cartuja, Sevilha

Big Ben

domingo, abril 21, 2024

Interessa

Vamos ao que interessa. 
E o que interessa é ganhar os próximos quatro jogos. 
Este era daqueles que já estava praticamente perdido antes de ser jogado. 
Por varia razões. 
A primeira é que o Sporting tem bem melhor equipa e plantel que o Vitória e com o título à vista era impensável tropeçar em casa naquele ambiente de festa. 
E o árbitro teve a gentileza de lhe facilitar o caminho não fossem as coisas complicar-se. 
Depois sabe-se que o Vitória é uma equipa cansada cuja época começou cedo, sem opções para nalgumas posições render os jogadores mais fatigados. 
E com quatro titulares lesionados e castigados o problema obviamente que se agravou bastante. 
E talvez por tudo isso Álvaro Pacheco deixou de fora Jota Silva ( porque razão o meteu com o jogo perdido é um pequeno mistério) dando a clara ideia de o querer poupar para os quatro jogos decisivos. 
E portanto o triunfo do Sporting mesmo com o alento arbitral acaba por ser natural e até podia ter sido por diferença maior. 
Uma nota final para dizer o seguinte. Na primeira volta o Sporting já era mais forte, embora a diferença fosse claramente menor, e o Vitória venceu por 3-2. 
Com golos de Tiago Silva... André Silva e Dani Silva. 
Face à minha falta de jeito não faço um desenho. 
Mas acho que também não é preciso.
Depois Falamos.

Comentário

Ao intervalo é fácil comentar. 
Nos últimos seis jogos tivemos quatro árbitros da A.F.Porto. 
Com o Farense foi o que se viu. Hoje é o que se está a ver. 
Falta clara no primeiro golo do Sporting e faltou ação disciplinar ao guarda redes leonino pela entrada brutal sobre Afonso Freitas. 
O facto de ser marcado fora de jogo não anula a agressão. 
Pobre futebol
Depois Falamos

Onze

E é este o onze com que vamos a jogo em Alvalade. 
Com Mangas e João Mendes lesionados , com Bruno Gaspar e Jorge Fernandes a cumprirem castigo, as opções de Álvaro Pacheco estão reduzidas face a uma "manta" que se sabe curta. 
Talvez a presença de Jota Silva e Nélson Oliveira no banco surpreendam mas o pragmatismo aponta no sentido de não ser este jogo decisivo para a disputa do quarto lugar. 
E assim sendo mais vale poupa-los, especialmente a um desgastado Jota Silva, para as quatro derradeiras e decisivas batalhas.
Depois Falamos.

Nota: Isso não significa que o Vitória não entre com o pensamento em pontuar.Ganhando ou empatando.

sexta-feira, abril 19, 2024

Romeu

Não posso garantir mas tenho quase a certeza que em toda a História do futebol português o único jogador a ter actuado nos quatro clubes com mais participações na primeira divisão foi Romeu.
Fruto da formação do Vitória, para onde veio muito jovem, foi no clube que se estreou na primeira divisão (e depois na seleção nacional ) dando início a um percurso que o levaria a Benfica, Porto, Sporting e Salgueiros onde viria a concluir uma carreira em que foi 11 vezes internacional A e venceu dois campeonatos nacionais e uma supertaça.
Quatro épocas no Vitória, duas no Benfica, regresso a Guimarães para mais duas temporadas, depois quatro anos no Porto, três no Sporting e uma época derradeira no Salgueiros.
Mas foi no Vitória que fez mais jogos (114) e marcou mais golos (23) merecendo especial destaque os onze obtidos na época de 1974/1975 em que formou com Tito e Jeremias um trio atacante de excelência e seguramente um dos melhores de toda a História do clube.
São algumas curiosidades em torno de um jogador que foi nos anos setenta uma das grandes referências do Vitória onde depois também trabalharia integrando equipas técnicas.
Depois Falamos.

Duelo

Creio que toda a gente atenta ao fenómeno desportivo tem dedicado alguma da sua atenção a este já longo processo eleitoral no Futebol Clube do Porto que opõe as listas encabeçadas por Jorge Nuno Pinto da Costa (PC) e André Villas Boas (AVB) num duelo que neste momento se afigura de resultado imprevísivel.
Nao sendo adepto e menos ainda associado do clube, e embora tenha a minha opinião sobre o assunto, não me vou pronunciar sobre quem entendo que deva ganhar o acto eleitoral.
Essa é uma questão que deve ser debatida e decidida pelos
 associados do FCP.
Mas tendo muitos amigos e alguns familiares que são portistas, uns apoiando PC e outros AVB, tenho percebido em várias conversas o "drama" que os acompanha nestes dias e que se vai intensificar na ida às urnas.
"Drama" esse que em boa verdade afecta muito mais os apoiantes de AVB do que os de PC.
Por uma razão simples.
Os apoiantes de PC, alguns dos quais nunca conheceram outro presidente do FCP, vão votar na lista do actual presidente uns por convicção considerando que continua a ser a melhor solução e outros por gratidão porque mesmo entendendo que o clube está na hora de mudar não querem ver PC terminar o seu percurso de mais de 40 anos com uma derrota eleitoral.
Mas de facto o "drama" é maior nos apoiantes de AVB.
Porque reconhecendo o percurso impar de PC, as inúmeras vitórias, títulos e troféus que connquistou para o clube, o contributo que deu para transformar um clube regional numa potência nacional e com marcante presença internacional simultaneamente não gostam da gestão dos últimos anos, não gostam das contas do clube, não gostam dos negócios muito mal explicados, não veêm com bons olhos o peso da claque na gestão do clube, abominam os milhões com que os administradores se remuneram a si próprios, detestam alguns personagens que rodearam PC nos últimos anos com benefícios pessoais mas prejuízo para o clube.
E nesses apoiantes de AVB há claramente dois tipos; os mais novos que votarão convictamente nele sem qualquer reserva e aqueles mais antigos que sempre apoiaram PC mas agora vão votar AVB mesmo não desejando a derrota do PC pelo que o seu voto terá a tal carga "dramática".
É o que tenho concluido dessas conversas com amigos e familiares.
E por isso creio não andar muito longe da verdade se considerar que as eleições se vão decidir numa disputa entre gratidão e futuro.
Entre o voto numa gratidão que não garante o futuro e um futuro que não se faz apenas de gratidão mas também não se faz sem ela.
Difícil escolha para os associados do Futebol Clube do Porto.
Essa é a única certeza absoluta quanto às eleições.
Depois Falamos.

Nota: Não conheço André Villas Boas. Conheço Jorge Nuno Pinto da Costa. A quem nas poucas vezes que contactamos tenho a agradecer a cordialidade e simpatia com que sempre me tratou. Mas conhecendo um e não conhecendo outro fiz obviamente questão que nada houvesse de  pessoal no texto que escrevi.

Livra

Há que dizer, desde já, que gostos não se discutem. 
E por isso se há quem goste deste tipo de televisão, deste pseudo jornalismo, desta alienação de massas em função dos interesses comerciais nada a opõr. 
Cada um come do que gosta e se gostam "disto" façam o favor de se servirem. 
Mas acho francamente preocupante que não contentes com esta "coisa", que tem pelo menos o mérito de divertir com os seus frequentes momentos de ignorância e costumeiros lapsos, os proprietários se preparem para lançar outro canal que pelos vistos se chamará "Canal 9" e arrancará depois do verão. Canal informativo dizem eles. 
A avaliar pela informação deste promete ser coisa bonita promete. 
E quando se sabe quem foi o primeiro comentador político contratado ( um senhor que se demitiu do cargo e agora se queixa que o puseram a andar) é caso para dizer que quando se pensa que o grupo CM já bateu no fundo em termos de qualidade ele consegue sempre surpreender pela negativa. 
Em suma gostos não se discutem. 
Mas quando se constatatam as elevadas audiências da CM TV e se sabe que o Correio da Manhã é o jornal mais lido do país será caso para dizer que a sociedade portuguesa tem um sério problema. 
Não de gosto. 
Mas de bom gosto. 
Ou falta dele!
Depois Falamos.

quinta-feira, abril 18, 2024

Castelo de Almourol

Estádio Metropolitano, Madrid

Colorado Spring, EUA

Expectável

E tal como está escrito na imagem que ilustra este texto chegou ao fim a legítima ambição vitoriana de uma nova presença na final da Taça de Portugal.
Chegou ao fim da forma que infelizmente era a mais expectável, depois do resultado da primeira mão, com o justo apuramento do Porto que foi a melhor equipa nos dois jogos e por isso mereceu plenamente ser finalista da prova.
O Porto foi melhor no primeiro jogo, foi melhor no segundo jogo e embora o Vitória tenha melhorado nesta segunda partida face à prestação muito modesta na primeira o resultado da eliminatória nunca esteve em causa.
Não vou entrar em apreciações individuais porque ganham e perdem todos mas não há duvida que Álvaro Pacheco e os jogadores fizeram tudo (ou quase) que estava ao seu alcance mas isso não foi suficiente para derrotarem 180 minutos um Porto que sendo o mais fraco do corrente século tem ainda assim argumentos que não estão ao alcance do Vitória.
E que ainda por cima já estavava prevenido pelo triunfo vitoriano dias antes.
E mesmo privado de dois titulares indiscutíveis (Diogo Costa e Evanilson) e com quatro jogadores afastados do grupo (Toni Martinez, Ivan Jaime, André Franco e Sanchez) o Porto continua  a dispôr de um naipe de jogadores que em quantidade e qualidade são superiores ao Vitória.
As coisas são o que são e bastará pensar no jeito que nos daria um dos afastados- Toni Martinez- face à nossa falta de soluções para a sua posição.
Não, desta vez não foi por culpa de Soares Dias.
Que embora disciplinarmente tenha evidenciado dois critérios (escusado será dizer que muito mais apertado para os jogadores do Vitória) não teve nenhuma influência no resultado nem tem culpa de Charles ter cedido um penalti completamente desnecessário ou de Borevkovic se ter dedicado á insólita tarefa de esburacar a marca de grande penalidade vendo por isso um amarelo tão justo na amostragem como estúpido no motivo.
A verdade é que a "manta" vitoriana é curta.
E embora isso não explique que a perder e precisando de fazer golos se tenha ao intervalo trocado avançado por avançado e depois central por central quando a equipa precisava era de mais poder ofensivo e estava um ponta de lança no banco, ou de Zé Carlos não ter entrado (fizemos apenas quatro substituições) para refrescar a equipa já carregada de "amarelos" no sector defensivo, a grande verdade que explica bastante este resultado é que o Vitória não tem pontas de lança goleadores depois de a SAD se ter entretido a vender em Agosto o melhor goleador da época passada, em Dezembro um jogador que neste momento seria bem útil e em Fevereiro com o mercado fechado o melhor goleador desta época que atravessava o seu melhor momento no clube!
Três homens que fazem golos mais o extremo Nélson da Luz  com a contrapartida da entrada de um miúdo que promete como extremo mas não como goleador e de um jogador experiente mas que estava com pouca competição e ainda está longe do que pode render num momento em que não há tempo para esperar.
Para lá de não ser um típico homem de área mas mais um segundo avançado que aparece na área a fazer golos sem ser um goleador por excelência.
Em suma ontem venceu a melhor equipa e venceu com justiça porque foi melhor nos dois jogos.
O Vitória tem agora de se concentrar nos cinco jogos que faltam no campeonato tentando mais do que um quinto lugar que já está garantido mas sinceramente não vai ser nada fácil depois dos dois pontos que nos foram habilidosamente retirados no jogo com o Farense e face a um sector ofensivo que com Jota Silva claramente cansado cria muito poucas expectivas de fazer os golos necessários.
A ver vamos.
Depois Falamos.

segunda-feira, abril 15, 2024

Entrevista

Anda muita gente a falar desta entrevista de Pedro Passos Coelho a Maria João Avillez na Rádio Observador. 
Nomeadamente as televisões e o comentadores que por lá pululam na sua esmadora maioria pertencentes à esquerdalha. 
Mas depois ouvindo-se a entrevista confirma-se que essa tropa ou não a ouviu e fala de cor transmitindo os recados do costume ou ouviu e deturpa o sentido das declarações de PPC para causar eventuais embaraços ao governo e no seio do PSD. 
A verdade é que se trata de um depoimento notável em que Passos Coelho explica como se chegou à troika, como foi governar em tempo de austeridade, as dificuldades colocadas pelo Tribunal Constitucional e pela falta de sentido de Estado do PS, a necessidade de fazer reformas mesmo em tempos difíceis e muitas outras coisas. 
Aproveitando para desmentir de forma convincente algumas narrativas como a de o seu governo querer ir mais longe do que a troika que tantas vezes é esgrimida contra ele. 
Do PSD e de Luís Montenegro numa entrevista de 90 minutos fala três ou quatro e de forma que só é polémica para os carilheiros avençados do PS que fazem comentário televisivo. 
Um pouco mais polémico, isso sim, em relação a Paulo Portas e às dificuldades que a certa altura o CDS criou ao governo. 
Mas as coisas foram o que foram. 
Em suma uma grande entrevista que merece ser ouvida e que só pode ser discutida, aplaudindo ou criticando, por quem a tiver ouvido toda.
Depois Falamos

Para quem tiver interesse fica aqui o link.

Árbitro

E aí está a esperada nomeação para o Porto vs Vitória de quarta feira que decidirá o segundo finalista da Taça de Portugal. 
Artur Soares Dias! 
Não farei qualquer comentário. 
Há escolhas e decisões que falam por si próprias. 
De resto estou cansado de falar em árbitros , VAR e arbitragens. 
Que falem outros...
Depois Falamos.

Nascimento de Vénus de Boticelli

Sea Cloud

Zebra e Gnus

domingo, abril 14, 2024

Campeão

Não tenho particular simpatia (nem nenhuma antipatia ) pelo Bayer Leverkusen, embora registe com agrado que neste ano histórico um dos seus principais jogadores foi Tapsoba que contrataram ao Vitória, mas fiquei satisfeito por ter conquistado o título alemão. 
Desde logo porque o mereceu, porque joga muito bem, porque continua invicto no campeonato. Também porque pôs termo à monotonia de onze inacreditáveis títulos consecutivos do Bayern de Munique. 
Mas essencialmente porque quando se vê um clube com 118 anos conquistar o seu primeiro título de campeão nacional isso é um motivo de esperança e um farol que ilumina o caminho a tantos clubes já centenários que nunca foram campeões nos seus países. 
Que sigam o caminho do Bayer Leverkusen fazendo o trabalho de casa bem feito, criando as condições desportivas e financeiras necessárias e pode ser que num futuro mais ou menos próximo apareçam na Alemanha e noutros países europeus, e muito em especial da Europa do sul, novos campeões nacionais fugindo a monotonias que existem um pouco por todo o lado.
Depois Falamos.

2 Pontos

Foi o preço que o Vitória pagou por este claro erro do VAR. 
Porque mesmo que Jota Silva estivesse fora de jogo ( e tenho muitas dúvidas quanto a isso) o corte do defesa do Farense dá início a uma nova jogada que elimina eventuais irregularidades da anterior. 
E na nova jogada não há nenhuma irregularidade pelo que o VAR não tinha de intervir. 
É o que diz o protocolo de funcionamento do VAR. 
Claro como água. 
O que me admira é ninguém do Vitória reagir a mais um atropelo que lesou os nossos interesses. 
Não basta a indignação dos jogadores e do banco porque essa é no momento mas não tem qualquer repercussão. 
Era , mas mais um vez não foi, a SAD que se devia pronunciar institucionalmente sobre o assunto. 
Até porque acredito que no staff que a rodeia alguém deve saber as leis do jogo e o protocolo do VAR. E ninguém sabe a falta que estes dois pontos poderão fazer nas contas finais do campeonato. 
Depois Falamos.

André André

Foi bom ver ontem André André de regresso à sua melhor forma. 
Entrado ao intervalo teve clara influência na melhoria da equipa porque o Vitória passou a ter bola com mais critério, a circulação dela melhorou claramente, aumentou a pressão no ultimo terço do terreno e criou mais lances perigosos junto da baliza adversária. 
E em tudo isso esteve o "dedo" e a sabedoria de André André. 
Que, cereja em cima do bolo de uma boa exibição, ainda teve aquele passe mágico picando a bola a isolar Maga que infelizmente não conseguiu fazer golo. 
Para estes seis (desejavelmente sete) jogos que faltam ter André no seu melhor é sem dúvida um trunfo importantante para Álvaro Pacheco.
Depois Falamos.

Gatos

Budapeste

Escola de Atenas de Rafael

sábado, abril 13, 2024

Indigesto

Este é um daqueles resultados indigestos, porque inesperados embora se saibam possíveis, que de vez em quando surgem no futebol.
E é indigesto por cinco razões.
A primeira é que o Vitória foi duramente penalizado, e quase foi pior, pelos sortilégios próprios do jogo e pelas habilidades próprias do "sistema" numa partida que dominou totalmente e na qual foi a única equipa que procurou consistentemente o triunfo jogando futebol.
Os jogadores deram tudo, Álvaro Pacheco mexeu bem e atempadamente na equipa mudando a disposição táctica, as oportunidades apareceram mas a bola não entrou.
Acontece.
A segunda razão chama-se Farense.
No bom e no mau.
No bom porque entrou bem a jogar o jogo pelo jogo, criando oportunidades e marcando um golo e dando ideia de que iria contribuir para um bom jogo.
Puro engano.
Passou grande parte da primeira parte e toda a segunda parte praticando um anti jogo primário, com constantes simulações de lesões, aproveitando todos os pretextos para queimar tempo perante a passividade de um árbitro a quem essa forma de estar em nada incomodou ou, versão bondosa, não teve autoridade para pôr cobro a isso.
Em todo o segundo período, que me lembre, o Farense fez um único remate à baliza e ao lado.
Uma forma de jogar e uma postura que são o retrato de um treinador que não sabe nem nunca soube para mais que isto.
E que ainda teve a lata de se queixar do tempo de compensação dado pelo árbitro que foram oito minutos em cada parte. E se na primeira foi adequado na segunda mais três ou quatro minutos não seriam exagero nenhum.
Mas não foi por mais ou menos minutos de descontos que o Vitória não venceu.
A terceira razão chama-se árbitro e VAR.
Árbitro permissivo ao anti jogo e à dureza dos jogadores do Farense, sem autoridade como se viu em vária ocasiões e muito poupadinho no tempo de compensação do segundo período.
VAR que anulou um golo ( e que grande golo) de João Mendes pretextando um fora de jogo que não existiu e cuja marcação foi uma barbaridade.
A quarta razão dá pelo nome de Conselho de Arbitragem.
Que para um jogo em que se discutia o terceiro lugar mandou um dos árbitros mais inexperientes do quadro da primeira categoria que na época passada apitou nove jogos e nesta época tinha apitado apenas cinco e nenhum que envolvesse a disputa de lugares com acesso às provas europeias.
Mas o Conselho de Arbitragem ainda foi mais longe com a gentileza em relação ao Vitória.
Numa altura em que estamos a disputar o terceiro lugar com o FCP nomearam um árbitro e um VAR (que teve influência decisiva no resultado) pertencentes à Associação de Futebol do ...Porto!
Para não dizer mais, muito mais, direi apenas que é de uma enorme insensatez que em nada defende a imagem do futebol.
A quinta e última razão, mais profunda e a que voltarei no futuro, tem a ver com o facto de não sendo o terceiro lugar o objectivo (nem o quarto em bom rigor) mas proporcionando as incidências do campeonato a possibilidade de entrar nessa disputa estejamos fragilizados neste momento decisivo por uma gestão desportiva que vem desde o final da época passada enfraquecendo a equipa e reduzindo as opções do treinador para lugares cruciais.
Não costuma imaginar o que esta equipa, com alguns jogadores já evidentemente desgastados, poderia render se ainda tivesse nos seus quadros André Silva, Dani Silva, Nélson da Luz e até Safira .
Porque hoje uma vez mais ficou patente que é na falta de um verdadeiro goleador que reside a grande lacuna desta equipa.
E essa é, provavelmente, a razão mais forte para a indigestão de hoje!
Depois Falamos.

Pergunta

Onde está o fora de jogo que justificou a anulação do golo de João Mendes? 
Onde?
Depois Falamos.

sexta-feira, abril 12, 2024

Seis

O jogo com o Farense é uma das seis finais que restam nesta imprevista, mas saborosa, disputa por um terceiro lugar que no inicio da época não faria parte nem das mais optimistas previsões de qualquer vitoriano. 
Em bom rigor nem o quarto quanto mais o terceiro. 
Mas o futebol é assim e num misto de excelente rendimento da equipa vitoriana, resistindo até à maldade de lhe terem retirado no mercado de inverno quatro jogadores que muito jeito dariam para esta ponta final, e de rendimento abaixo do esperado de Porto e Braga acontece esta luta a três que muita emoção dará a este final de campeonato. 
Amanhã é o Farense. 
Uma.boa equipa, que está a fazer um bom campeonato e onde pontificam três jogadores que já passaram pelo Vitória. 
Um jogo de máximo empenho, de máxima concentração e de um apoio nas bancadas que como sempre fará a diferença. 
E quem sabe se esta jornada, uma vez cumprido o nosso dever, não nos trará boas surpresas de outros estádios. 
A ver vamos...
Depois Falamos.

quinta-feira, abril 11, 2024

Sectarismo

Vinte e dois cidadãos , da direita à esquerda passando pelo centro direita e centro esquerda, resolveram escrever um livro inserindo cada um deles um texto na obra.
Que traduz, naturalmente, a visão de cada um deles sobre o tema do livro.
Dentro do principio da liberdade de expressão, que é uma trave mestra da democracia, e no gozo de uma Liberdade cuja conquista se comemora este mês.
Para apresentar a obra convidaram um outro cidadão, cujo curriculo e serviços prestados ao país falam por si, que na apresentação da obra e no gozo da tal nunca por demais celebrada Liberdade teceu as considerações que muito bem entendeu.
Ainda no uso da tal Liberdade cinquentenária que permite o direito de reunião estiveram na apresentação da obra umas dezenas de pessoas de vários quadrantes políticos por razões que apenas a cada um dizem respeito.
Tudo normal num país que não tivesse uma esquerda tão ignorante, tão sectária , tão totalitária como Portugal infelizmente tem.
E a que nem a tareia eleitoral de 10 de Março parece ter aberto os olhos!
Porque nos regimes que eles idolatram e defendem convictamente, da Rússia à Venezuela passando pela Coreia do Norte, já se sabe que só se publicam os livros que os regimes deixam, já se sabe que não há liberdade de expressão, já se sabe que quem discorda só o faz uma vez.
Mas Portugal é um que vive em liberdade e democracia.
Liberdade graças ao 25 de Abril e Democracia graças ao 25 de Novembro.
E quando se veêm estas manifestações de intolerância, de sectarismo e proque não dizê-lo de estupidez perante vinte e dois cidadãos que resolveram escrever um livro e um outro que aceitou apresenta-lo apenas apetece dizer que o 25 de Abril merecia que Portugal tivesse outra esquerda. 
Mais inteligente, mais tolerante , mais democrática.
Mas não tem.
E hoje, infelizmente , até o PS de Pedro Nuno Santos parece ter saltado alegremente para o lado errado de um muro que caiu em 1989.
Não?
Há um velho provérbio que explica tudo.
Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és.
Depois Falamos.

Mirror Lake, EUA

Joaninhas