segunda-feira, abril 01, 2024

Gelo

Amanhã toma posse o governo e inicia-se uma nova fase da vida política nacional. 
Um governo composto por um bom elenco de ministros mas que sabe que vai governar com uma oposição à esquerda impiedosa e à direita imprevisível. 
As coisas são o que são. 
E o desagradável episódio da eleição do presidente da mesa do parlamento teve pelo menos a virtude de deixar algumas lições que devem ser aproveitadas pelos partidos do governo e por aqueles que na oposição não querem que a curto /médio prazo o PS volte a governar. 
O PSD não pode voltar a ser ingénuo na relação com os outros partidos e o Chega tem de perceber que a chicana política em nada contribui para a sua credibilidade. 
O único que sai bem desse processo é a Iniciativa Liberal honra lhe seja feita. 
Mas agora é outro tempo. 
Um tempo que recomenda a que dirigentes dos partidos não socialistas ponham algum gelo nos "calores" que sobraram da passada semana e consigam encontrar pontos de convergência que permitam ao governo andar para a frente sem a ameaça permanente de moções de censura e chumbos do orçamento de estado. 
Tal como militantes e apoiantes desses partidos têm de perceber que ,a exemplo do que acontece no futebol em que após jogos polémicos se assiste a trocas de acusações entre dirigentes e furiosos debates nas redes sociais entre adeptos , há um tempo para a discutir e outro para a vida continuar. 
É esse tempo que vem agora. 
E manter o "calor" da passada semana em nada ajuda ao objectivo primordial que é em Novembro o O.E. ser aprovado. 
E para isso já todos sabemos que com o PS não se pode contar. 
Há, pois, que saber relativizar os acontecimentos da passada semana. 
Que tendo sido feios e dispensáveis não foram piores do que as falhadas tentativas de eleger Fernando Nobre em 2011. 
Porque se na passada semana foi um partido da oposição que faltou ao que prometera em 2011 foram muitos dos deputados da então maioria absoluta PSD/CDS que falharam aos seus compromissos para com os partidos pelos quais tinham sido eleitos. 
Há que ter memória. 
E pôr gelo nos mais acalorados. 
A bem da Nação!
Depois Falamos.

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