quinta-feira, abril 18, 2024

Expectável

E tal como está escrito na imagem que ilustra este texto chegou ao fim a legítima ambição vitoriana de uma nova presença na final da Taça de Portugal.
Chegou ao fim da forma que infelizmente era a mais expectável, depois do resultado da primeira mão, com o justo apuramento do Porto que foi a melhor equipa nos dois jogos e por isso mereceu plenamente ser finalista da prova.
O Porto foi melhor no primeiro jogo, foi melhor no segundo jogo e embora o Vitória tenha melhorado nesta segunda partida face à prestação muito modesta na primeira o resultado da eliminatória nunca esteve em causa.
Não vou entrar em apreciações individuais porque ganham e perdem todos mas não há duvida que Álvaro Pacheco e os jogadores fizeram tudo (ou quase) que estava ao seu alcance mas isso não foi suficiente para derrotarem 180 minutos um Porto que sendo o mais fraco do corrente século tem ainda assim argumentos que não estão ao alcance do Vitória.
E que ainda por cima já estavava prevenido pelo triunfo vitoriano dias antes.
E mesmo privado de dois titulares indiscutíveis (Diogo Costa e Evanilson) e com quatro jogadores afastados do grupo (Toni Martinez, Ivan Jaime, André Franco e Sanchez) o Porto continua  a dispôr de um naipe de jogadores que em quantidade e qualidade são superiores ao Vitória.
As coisas são o que são e bastará pensar no jeito que nos daria um dos afastados- Toni Martinez- face à nossa falta de soluções para a sua posição.
Não, desta vez não foi por culpa de Soares Dias.
Que embora disciplinarmente tenha evidenciado dois critérios (escusado será dizer que muito mais apertado para os jogadores do Vitória) não teve nenhuma influência no resultado nem tem culpa de Charles ter cedido um penalti completamente desnecessário ou de Borevkovic se ter dedicado á insólita tarefa de esburacar a marca de grande penalidade vendo por isso um amarelo tão justo na amostragem como estúpido no motivo.
A verdade é que a "manta" vitoriana é curta.
E embora isso não explique que a perder e precisando de fazer golos se tenha ao intervalo trocado avançado por avançado e depois central por central quando a equipa precisava era de mais poder ofensivo e estava um ponta de lança no banco, ou de Zé Carlos não ter entrado (fizemos apenas quatro substituições) para refrescar a equipa já carregada de "amarelos" no sector defensivo, a grande verdade que explica bastante este resultado é que o Vitória não tem pontas de lança goleadores depois de a SAD se ter entretido a vender em Agosto o melhor goleador da época passada, em Dezembro um jogador que neste momento seria bem útil e em Fevereiro com o mercado fechado o melhor goleador desta época que atravessava o seu melhor momento no clube!
Três homens que fazem golos mais o extremo Nélson da Luz  com a contrapartida da entrada de um miúdo que promete como extremo mas não como goleador e de um jogador experiente mas que estava com pouca competição e ainda está longe do que pode render num momento em que não há tempo para esperar.
Para lá de não ser um típico homem de área mas mais um segundo avançado que aparece na área a fazer golos sem ser um goleador por excelência.
Em suma ontem venceu a melhor equipa e venceu com justiça porque foi melhor nos dois jogos.
O Vitória tem agora de se concentrar nos cinco jogos que faltam no campeonato tentando mais do que um quinto lugar que já está garantido mas sinceramente não vai ser nada fácil depois dos dois pontos que nos foram habilidosamente retirados no jogo com o Farense e face a um sector ofensivo que com Jota Silva claramente cansado cria muito poucas expectivas de fazer os golos necessários.
A ver vamos.
Depois Falamos.

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