São muitas as razões e esta que vamos apontar nem será das mais importantes mas contribui seguramente para essa realidade de a Espanha ser um país mais rico e mais desenvolvido que Portugal com uma diferença que se tem vindo a acentuar nos últimos anos.
O mapa que ilustra este texto retrata a aposta firme na ferrovia que em Espanha se faz desde há muito e que permite que as suas principais cidades de norte a sul e de este a oeste estejam ligadas por TGV ou por comboios rápidos equivalentes aos nossos Alfa.
De Madrid pode ir-se a Barcelona, Valência, Sevilha, Saragoça, Gijon, Corunha, Málaga, etc, em TGV, com algumas (poucas porque alta velocidade é alta velocidade) estações intermédias numa rede que ainda não chega ao País Basco mas já falta pouco para a ligação entre Burgos e Bilbau ser terminada.
Em Portugal é o que sse sabe e basta olhar o mapa.
A 25 de Abril de 1974, a tal data que este mês comemora os seus 50 anos, a rede ferroviária nacional chegava a todas as capitais de distrito e cobria de forma eficaz todo o território nacional.
Cinquenta anos de desinvestimento na ferrovia e de encerramento de linhas que serviam o interior do país levam a que Portugal seja hoje um país atrasado na matéria que sonha megalonomamente com o TGV entre Porto e Lisboa (sempre o litoral, sempre as grandes cidades) quando o resto do país está quase todo pessimamente servido de ligações ferroviárias com graves prejuízos para as pessoas e para o tecido económico.
E nessa matéria PSD e PS não podem apontar o dedo um ao outro.
Ambos são responsáveis pelos enormes erros cometidos na politica ferroviária.
Depois Falamos.
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