terça-feira, setembro 30, 2014

Indigna !

A forma como o PS, e o vencedor das "primárias" , descartaram António José Seguro foi absolutamente indigna e deve envergonhar todos aqueles socialistas que não se revêem em atitudes de puro revanchismo e vingança politica.
Seguro, bem ou mal, pior ou melhor, "pegou" no PS numa situação desgraçada depois de os portugueses terem corrido do governo Sócrates e a sua tralha por razões que todos conhecemos e não vale a pena repetir.
Ao longo de três anos liderou o partido dentro da sua forma de fazer politica e das capacidades que tem.
Por muitos ou pouco,depende da perspectiva, venceu duas eleições nacionais.
É então que Costa, que em 2011 se escondera de uma candidatura à liderança com o argumento (falso como agora se comprova) da câmara de Lisboa e que apenas há um ano atrás fizera um acordo com Seguro de "paz interna", resolve promover um "golpe de Estado" por pensar que acabado o programa de assistência e melhorada a situação do país era tempo de avançar para a liderança do PS e ser primeiro ministro nas legislativas de 2015.
Para voltar a "estourar" o que outros tinham aforrado e endireitado.
E esse bem sucedido "assalto" ao poder, sem regras nem respeito por quem estava, teve como corolário a vergonhosa noite de domingo.
Em que o vencedor não teve uma palavra para o vencido e em que os apoiantes do vencedor (tão "bons" como ele) se entretinham a gritar o seu nome enquanto as televisões passavam o discurso de renúncia de Seguro no largo do Rato.
Não sou socialista nem estou nada preocupado quer com o estado do PS quer com a eleição de Costa para a liderança lá por altura do Natal.
Mas preocupa-me o abandalhamento das regras da democracia, o revanchismo como forma de acção politica, a sanha persecutória como resultado de uma disputa interna.
A noite de domingo foi uma (falta de ) vergonha para o PS.
E um aviso para os portugueses.
Porque quem trata assim camaradas de partido, que ainda por cima tinham exercido cargos de liderança para que foram eleitos, não terá pejo nenhum em proceder de igual forma para com Portugal e para com os portugueses.
O que nem será novidade.
Porque  a ascensão de Costa significa o regresso ao passado da "tralha socratista".
E essa já sabemos bem o que nos custa actualmente e o que ainda vai custar durante muitos anos.
Depois Falamos.

P.S. A forma digna como António José Seguro se demitiu ainda realçou mais a indignidade dos que ganharam sem saberem estar à altura dos acontecimentos.

Lua


Istria, Croácia


Águia e Raposa


domingo, setembro 28, 2014

Levantar a Cabeça

Foto: O Jogo

Não éramos a melhor equipa da Liga antes do Funchal.
Não passamos a ser a pior depois.
O futebol é assim mesmo e há dias em que tudo corre mal.
Foi o caso de hoje.
Em que o Marítimo cada vez que ia a nossa baliza fazia um golo enquanto que o Vitória nem de penalti conseguiu marcar.
Mas isso não significa que as fragilidades hoje expostas não mereçam a atenção necessária a que os erros que permitiram os golos maritimistas não se voltem a repetir em próximos jogos.
E a verdade é que três dos quatro golos foram demasiado parecidos com os jogadores insulares a aparecerem com enorme à vontade na área vitoriana para finalizarem com toda a tranquilidade os cruzamentos oriundos dos flancos.
Num deles o marcador até teve de se baixar para cabecear...
Erros de marcação, facilidades a mais na forma como os cruzamentos eram efectuados, uma equipa demasiado "aos papeis" em comparação com o que se tinha visto noutros jogos.
Embora a fragilidade defensiva já tivesse sido detectada no jogo com o Paços de Ferreira.
Não é caso para "crucificar" ninguém (foi a equipa como um todo que esteve mal) mas é evidente que hoje foi daqueles dias em que "pagamos" o preço de termos uma equipa jovem e com alguma falta de experiência da primeira liga de vários dos seus jogadores.
Há que levantar a cabeça.
Corrigir o que tiver de ser corrigido, mexer onde for preciso e entrar em campo na sexta feira para com um triunfo convincente sobre o Boavista apagar os efeitos nocivos que uma derrota como a de hoje sempre provoca.
Depois Falamos

P.S. Apreciei o gesto de Maazou ao não festejar o golo. Chama-se respeito.
Como apreciei a sua exibição.
É um jogador que me deixa interrogações ainda por esclarecer.
Sobre a sua real valia e sobre a bondade da sua dispensa.

sábado, setembro 27, 2014

Excelente

Foto: Record
A noticia ontem divulgada das renovações de Tomané, Bruno Alves, Miguel Oliveira e Ni Plange é naturalmente motivo de regozijo para todos os vitorianos.
Desde logo porque é a confirmação plena do acerto de que se revestiu o projecto encetado em 2012 de aposta na formação e no futebolista português.
Dos quatro apenas Plange não se insere nestas premissas o que , a seu modo, também confirma que todas as regras tem as suas excepções.
Não é português nem formado no clube mas tem vindo a demonstrar o valor suficiente para o Vitória nele renovar a aposta feita na época passada.
Os outros três, sim, são um excelente exemplo do acerto neste caminho.
Tomané tem vindo a confirmar aquilo que de há muito (desde a formação) se sabia.
É um marcador de golos sem que seja um ponta de lança de área.
Sabe jogar lá ( e tem jogado) mas as suas caracteristicas parecem apontar mais para jogar atrás do ponta de lança, fazendo diagonais dos flancos para o centro, e aparecer como segundo homem de área usando o excelente jogo de cabeça e a espontaneidade de remate.
Bruno Alves é um médio completo.
Sabe jogar em todas as posições do meio campo , é um jogador de equipa e um líder nato, mas gosto particularmente de o ver em funções organizativas.
Joga simples, é esclarecido na hora de decidir, remata bem de meia distância.
Tem tudo para marcar um tempo na equipa do Vitória.
Miguel Oliveira é provavelmente o melhor guarda redes de sempre oriundo da nossa formação.
E tem tudo para ambicionar uma carreira de sucesso no Vitória, na selecção nacional e provavelmente no futebol europeu.
Estatura(1,94 mt) , agilidade, técnica de baliza, valentia nas saídas, é um guarda redes completo a que falta apenas a experiência que está agora a adquirir na equipa B onde é titular indiscutível.
Aos 20 anos de idade tem o mundo nas ...luvas.
E acho que o vai conquistar!
Quatro renovações que são quatro excelentes notícias.
Depois Falamos

Castelo do Ovo, Nápoles


Linha Férrea


Guaxinim


sexta-feira, setembro 26, 2014

Obrigado Pedro e Fernando

Como vitoriano o meu mais sincero e genuíno obrigado a Pedro Guerreiro e Fernando Sá.
Bem como aos seus mais directos colaboradores.
Na quarta feira, depois do jogo com o Cáceres, assumiram um compromisso que eu como vitoriano ansiava há mais de 45 anos.
Ver um responsável directivo e um treinador de uma equipa profissional vitoriana assumirem sem reservas nem medos uma candidatura do Vitória a campeão nacional.
Neste caso de basquetebol.
E mais do que assumirem, o que já é um passo gigantesco, garantirem (à Mourinho) que na próxima época o Vitória vai ser campeão.
Venha o Benfica ou venha quem vier.
Sem tacticismos ou reservas.
Sem medo ás brutais diferenças de orçamento face ao seu principal adversário.
Com uma ambição e um querer que a eles os honra e a nós vitorianos muito orgulha.
Isto é o ADN Vitória!
Ambição. Espírito de Conquista. Querer  triunfos e títulos.
Já nos deram duas taças de Portugal, um vice campeonato, um titulo na Próliga e um troféu António Pratas.
Mais do qualquer outra modalidade profissional do clube.
E por isso merecem o nosso crédito, e um apoio como só os vitorianos sabem dar, nesta ambição suprema de ganharem o titulo nacional.
E estou certo que tudo farão para o ganhar.
E se não o conseguirem este ano conseguem para o ano ou para o outro a seguir.
Porque tem raça de campeões.
Mas a alegria e o orgulho de os ver assumir essa ambição, sem temores nem vénias aos poderosos do costume, esse é um titulo que já ninguém lhes tira.
Campeões da ambição vitoriana!
Depois Falamos

Ilhas Lofoten, Noruega


Lua


Uff....

Termina hoje um período de suplicio para os portugueses!
A longa, fastidiosa e inenarrável campanha interna do PS que as televisões nos meteram diariamente pelas casas dentro como se fosse algo de tão relevante para o país que merecesse o acompanhamento diário que delas foi feito.
Diria, ao fim destes três penosos meses, que bastariam dois dias de campanha (e estou a ser generoso) face ao volume de informação útil que foi possível recolher da mais longa "peixeirada" da politica portuguesa.
Birras, ataques pessoais, amuos quase infantis foram  a constante.
Ideias, soluções, propostas exequíveis para o país foram algo de tão raro que me lembro apenas de duas ou três de Seguro e nenhuma, mas rigorosamente nenhuma , de Costa.
Perdeu o PS.
Porque ganhe quem ganhar a imagem de divisão e afrontamento interno que o partido deu ao longo destes meses chegou a ser penosa para todos aqueles que não sendo socialistas reconhecem a importância de um PS forte na oposição ao governo.
E vai ter reflexos futuros.
Porque uma "guerra civil" tão longa deixa marcas de que só o tempo permitirá avaliar a profundidade e só muito tempo conseguirá que acabem por se esbater.
E, lamentavelmente, em algumas ocasiões foi ultrapassada a fronteira do bom senso (aquela que define o que se pode dizer e especialmente o que não se pode dizer) através de declarações absolutamente censuráveis vindas de quem tinha por todas as razões a obrigação de manter a contenção e até de se alhear da disputa interna.
Como é o caso de um cada vez mais patético Mário Soares.
Felizmente a campanha acabou.
E até Costa veio declarar a sua satisfação por isso o que nem admira face à forma como lhe correram os debates televisivos
Restam uma ironia e uma vantagem.
A ironia é que a campanha não serviu para nada!
Quem vai decidir as primárias são os simpatizantes apressadamente arrebanhados durante estes meses.
E quem arrebanhou mais ganhará.
Até porque as eleições federativas (onde só votam militantes) revelaram equilíbrio de forças com ligeira vantagem para Seguro.
A vantagem é que os portugueses ,depois destes três horríveis meses de campanha, ficaram a conhecer muito melhor Seguro e Costa.
E isso é uma vantagem.
Para os portugueses!
Porque para os próprios e para o PS duvido muito...
Depois Falamos

quinta-feira, setembro 25, 2014

Respeito

Sou do tempo em que um minuto de silêncio, num estádio de futebol, era respeitado de forma quase religiosa fossem quais fossem as equipas em campo e fosse a homenagem a quem tivesse de ser.
Entendia-se que na hora da morte todos merecem o respeito de todos.
E por isso toda a gente, adeptos de um e outro clube, guardava o minuto de silêncio em pé num sinal de respeito.
Depois as coisas foram mudando.
Ao sabor de conceitos de educação e civismo que nalguns casos não evoluíram antes pelo contrário.
E foi-se assistindo ao quebrar desses minutos de silêncio através de vaias, cânticos e outros ruídos que para mais não serviam do que para tentativas malcriadas de desrespeito a quem tinha falecido.
Só porque ou era conotado com um dos clubes no relvado ou até com qualquer outro clube de que os espectadores não gostavam.
Muito feio.
Talvez por isso se foi evoluindo, nalguns casos, para enquanto intervenientes do jogo guardavam o minuto de silêncio nas bancadas aplaudia-se como tributo a quem tinha desaparecido.
Aplausos são mil vezes melhores que ruídos depreciativos mas o respeito autêntico é pelo silêncio que se mostra.
No Vitória-Paços de Ferreira prestou-se homenagem a Joaquim Jorge.
Um dos nossos melhores jogadores de sempre.
Que não substitui a homenagem que o clube deverá prestar-lhe mas foi ainda assim um momento bonito.
Pena que nas bancadas muitos vitorianos não se tivessem levantado, como era sua obrigação, durante o minuto de silêncio.
Joaquim Jorge merecia esse sinal de respeito.
Depois Falamos

Pavão Real


Lago Wanaka, Nova Zelândia


quarta-feira, setembro 24, 2014

Nike ou Nicles

Tenho um particular interesse pelas lojas do Vitória.
E pelo que nelas se comercializa.
Não só porque devem ter um papel relevante na expansão do clube, e captação de novos adeptos, mas porque a elas estive ligado no inicio da primeira.
A do Shopping de S. Francisco.
Era então secretário geral do clube quando os responsáveis pelo departamento de juventude( André Coelho Lima e José Luís Machado) me manifestaram o interesse de abrirem um espaço onde o Vitória pudesse comercializar produtos com a sua marca.
Um projecto lançado por eles com um entusiasmo inquebrantável que vergou até os mais cépticos na então direcção do clube.
Punha-se a questão do espaço.
Tive então a ideia de falar com o dono do "S. Francisco", Emílio Macedo da Silva, que prontamente disponibilizou uma loja ao Vitória de forma absolutamente gratuita é bom que se saiba.
E durante os anos que o Vitória a ocupou,tanto quanto sei,nunca pagou renda.
Vem isto a propósito de ter publicado na minha página de facebook o quadro acima retratado .
Um bordado da minha amiga Ana Vieira que tem precisamente como hobby fazer o mais diverso tipo de bordados com o emblema do Vitória.
Como por exemplo em babetes com o emblema e o nome do bebé.
E tenho recebido algumas mensagens de vitorianos a perguntarem porque razão nas lojas do clube não há este tipo de produtos.
E outros.
Não sei.
Sei é que em Guimarães existe muita gente que trabalha madeira, metal, pedra, bordados, pintura e outro tipo de materiais que bem gostaria de trabalhar em colaboração com as lojas do Vitória para que estas pudessem comercializar uma gama de produtos bem diferente da escassez actual.
Que produtos? Em que condições?
Tenho algumas ideias sobre o assunto mas não quero "invadir" (nunca quis) competências alheias.
Há gente no Vitória, remunerada, que tem a obrigação de fazer com que as lojas sejam um sucesso compatível com a grandeza do clube e a dedicação dos vitorianos a tudo que porte o nosso emblema.
Para que nas nossas lojas a opção não continue a ser entre a caríssima Nike e ...Nicles!
Depois Falamos

Mocho


terça-feira, setembro 23, 2014

Escandaloso!

Já não tenho idade para acreditar em coincidências destas.
Muito menos sofro de ingenuidade que permita acreditar que tudo isto é por acaso.
Não.
A Sport-Tv uma vez mais está a interferir na verdade desportiva das competições e a agendar jogos de molde a favorecer uns e prejudicar outros.
E o Vitória está a ser claramente prejudicado.
Atentemos nas transmissões das 12 primeiras jornadas das quais 5 já disputadas
1ª Jornada: Gil Vicente-Vitória num domingo ás 18.00h
2ª Jornada: Vitória- Penafiel numa 6ª feira ás 20.00h
3ª Jornada: Belenenses-Vitória num sábado ás 20.00 h
4ª Jornada: Vitória-Porto num domingo ás 17.00 h
5ª Jornada: Vitória-Paços de Ferreira numa 6ª feira ás 20.30h
Isto é o que já está disputado.
Dos três jogos em casa constata-se que dois foram à 6 feira (péssimo dia para o futebol em Guimarães) e um ao domingo num excelente horário para anfitriões mas também para os visitantes.
Curiosamente o...Porto!
Os jogos como visitante foram em dias e horários aceitáveis.
Mas o que vem a seguir é pior.
6ª Jornada: Marítimo-Vitória no domingo ás 16 h
7ª Jornada: Vitória-Boavista numa 6ªfeira ás 20.30h
8ª Jornada: Setúbal-Vitória numa 6ºfeira ás 20.30h
9ª Jornada:Vitória -Sporting num sábado ás 18 h
10ºJornada: Arouca-Vitória numa 6ªfeiras ás 20.30h
11ª Jornada: Vitória-Moreirense numa 6ª feira ás 20.30h
12ª Jornada. Braga-Vitória num domingo ás 20.15h
Ou seja:
Dos três jogos em casa verifica-se,uma vez mais, que dois são à sexta feira e o outro num sábado num horário bom para o Vitória mas também para o visitante.
Curiosamente...o Sporting!
Dos jogos fora o da Madeira é irrelevante o horário porque são quase nenhuns os adeptos que lá se deslocam, há dois jogados à sexta feira e o derby minhoto é num domingo à noite.
Em doze jornadas jogamos seis vezes á sexta feira.
E em seis jogos em casa quatro deles são à sexta feira sendo excepção as partidas com Porto e Sporting!
Podem chamar-lhe teoria da conspiração ou outra coisas qualquer.
Mas afirmo,convictamente,que esta calendarização de jogos tem como fim ultimo impedir que a nossa jovem equipa possa dispor do apoio  de que disporia se os jogos fossem disputados em horários convenientes e que propiciassem a ida dos adeptos aos estádios.
E sabendo-se da importância que os adeptos tem no nosso clube, e na motivação das nossas equipas, percebe-se claramente que também por aqui estamos a ser atacados por aqueles que nos temem e estão preocupados com o nosso excelente inicio de campeonato.
Claro como a água.
Só não vê quem não quer.
Depois Falamos

P.S. E esta história da calendarização de jogos pela sport-tv já não é nova.
Tem antecedentes.
Acontece é que o descaramento é cada vez maior.
E pior!

segunda-feira, setembro 22, 2014

Iwo Jima

Já por várias vezes tenho aqui manifestado o meu interesse por tudo quanto diga respeito à II guerra mundial .
Sobre ela tenho lido incontáveis livros e visto filmes e séries televisivas ao longo de muitos anos de curiosidade infinita sobre o assunto.
Incompreensivelmente, para alguém que tanto gosta dessa matéria, deixei "escapar" nos cinemas dois filmes que retratam uma das mais conhecidas batalhas aeronavais dessa guerra aquela que se travou pela conquista das ilhas japonesas de Iwo Jima.
Cujo unico interesse militar era a pista de aviação que permitia aos bombardeiros americanos e australianos uma importante base de apoio nas missões de bombardeamento sobre Tòquio a apenas 1200 klm de distância.
Uma das batalhas mais célebres da guerra e que ficou imortalizada pela imagem de 5 marines norte-americanos a hastearam a bandeira dos EUA no ponto mais alto da ilha.
Pois sobre o tema de Iwo Jima o realizador Clint Eastwood brindou-nos com mais duas obras primas.
A visão da batalha pelo lado americano ("As Bandeiras dos Nossos Pais") e pelo lado japonês ("Cartas de Iwo Jima") em que nos dá uma visão crua, e nada romântica, sobre combates que tiveram como corolário a vitória americana e a consequente via desimpedida para bombardear o Japão.
"Perdi-os" no cinema mas "apanhei-os" no canal Hollywwod.
Em boa hora.
Porque são dois excelentes filmes.
Depois Falamos

Castelo de Drácula, Transilvânia


Sidney


domingo, setembro 21, 2014

Superstições

Se há fenómeno que nunca perceberei, por mais anos que siga o futebol, é o da superstição tão profundamente arreigada no meio que se torna extremamente difícil encontrar alguém lá envolvido que não tenha a sua.
Autocarros que não podem fazer marcha atrás por que dá azar.
Galinhas, sapos e patas de coelho como factor desequilibrador dos jogos.
Ser o ultimo a entrar em campo.
Nunca entrar em campo com o pé esquerdo.
Vestir sempre a mesma roupa quando se ganha.
Uso de amuletos por baixo do equipamento.
Vestir determinada peça do equipamento em ultimo lugar.
Ouvir no autocarro sempre a mesma música enquanto a equipa não for derrotada.
Usar roupa interior de determinada cor.
E por aí fora.
Há jogadores e treinadores que tem dezenas de superstições e outros apenas uma ou duas mas fortemente enraizadas ao ponto de terem profunda influência no seu trabalho.
Quem não se lembre de Marinho Peres, na sua primeira passagem pelo Vitória, a orientar  equipa em pleno inverno com uma camisa de manga curta?
E depois há outro tipo de superstição.
A religiosa.
Jogadores que enchem a boca com Deus por tudo e por nada.
Marcou um golo?
Graças a Deus!
Fez uma boa defesa?
Graças a Deus.
A equipa está a jogar bem?
Graças a Deus.
Vai renovar contrato?
Graças a Deus.
Ás vezes interrogo-me quando vejo, por exemplo, a marcação de um penalti.
Sabendo que o marcador atribuirá o golo a Deus e o guarda redes a defesa ao mesmíssimo Deus consoante a sorte do lance.
E interrogo-me sobre o critério de Deus para decidir ajudar um em detrimento de outro.
Devo dizer que sou completamente avesso a superstições.
Não acredito minimamente nelas nem que tenham a mínima influência no jogo e na sorte dos lances .
Quando muito, e em nome da tolerância, faço uma cedência:
Tenho uma superstiçãozinha.
Acredito que no futebol marcar golos dá sorte e sofrê-los dá azar!
É até onde consigo ir em matéria de superstição.
Depois Falamos

Castelo Taraps, Suíça


Cores


sábado, setembro 20, 2014

O Nosso 14

Não é um empate frustrante, mas adequado ao que se passou no terreno de jogo, que põe em causa a excelente época que o Vitória está a fazer.
Uma equipa jovem, a "crescer", tanto fará resultados que nos surpreenderão pela positiva como aqui ou ali dará os "tropeções" próprios do tal crescimento.
A média continua excelente, a euipa tem marcado em todos os jogos e continua invicta.
Os 14 que jogaram:

Douglas: A ele devemos o não termos perdido. Negou pelo menos três excelente ocasiões de golo aos pacenses. No golo nada podia fazer mas ficou a sensação de ter falhado qualquer coisa na comunicação com Defendi.
Plange: Um regresso pouco positivo denotando dificuldades em defender e integrações no ataque pouco conseguidas. É ,provavelmente, o lugar da equipa mais em aberto. Até porque a Bruno Gaspar se junta Amorim recuperado da lesão.
João Afonso: Esteve melhor perante Jackson Martinez, um ponta de lança de categoria mundial,do que perante Cícero cujo futebol muito "físico" lhe criou muitas dificuldades vendo-se ultrapassado algumas vezes.
Defendi: Displicente no golo do Paços deu a sensação de ter ficar afectado para o resto do jogo. Longe do seu normal.
Traoré: Ultrapassado no primeiro ataque pacense(que deu golo) teve uma primeira parte muito complicada. Foi um daqueles a quem o intervalo fez bem e na segunda parte já esteve mais próximo daquilo a que nos tem habituado.
Cafu: Foi dos poucos que na primeira parte lutou contra o estado geral de confusão da equipa. Na segunda parte continuou em bom plano até ser substituído naquilo que foi uma decisão polémica de Rui Vitória.
André André: O melhor vitoriano ao longo dos 90 minutos. Liderou a equipa em busca de dar a volta ao resultado. Tal não foi possível mas ironicamente o fiscal de linha anulou-lhe(mal) uma jogada em que tal podia ter acontecido.
Bernard:Já não é um desconhecido e isso reflecte-se nas marcações que lhe são feitas. Remou contra a maré e sofreu um penalti que o árbitro do Porto (não sei em quantos sentidos...) viu mas não quis marcar.
Gui: Passou pelo jogo na primeira parte mas sem qualquer notoriedade. Bem substituído ao intervalo poucos suspeitávamos de que ainda íamos ter...saudades dele.
Tomané: Brioso e inconformado foi uma "ilha" plantada no "autocarro" pacense. "Merecia" ter a companhia de Álvez bem mais cedo.
Hernâni: Na primeira parte alinhou pela má exibição geral. Mas o intervalo fez-lhe bem e na segunda parte foi a maior dor de cabeça para o adversário que viu vários jogadores amarelado e um(apenas...) avermelhado por o travarem em faltas sucessivos.
Caiado: Uma aposta totalmente falhada. Não trouxe nada à equipa e ainda falhou um golo de baliza aberta. Parece estar a acusar o peso da camisola.
Álvez: A melhor "notícia" da noite. Um belo golo, uma cabeçada perigosa em que quase fazia o segundo e uma ligação com Tomané a pedir sequência.
Bruno Alves: tal como André André não sabe jogar mal. Entrou para "arrumar" a equipa e fê-lo com a classe habitual. Pôs a bola no chão e esclareceu o jogo.

Depois Falamos.

P.S. No banco ficaram Assis, Josué, Bruno Gaspar e Bouba

Nascer do Sol


Girafas


"Dores" do Crescimento

Um mau jogo, um mau resultado, dois pontos perdidos face a um adversário que jogou um futebol que já não se usa e com uma arbitragem daquelas que se continuam a usar.
O Vitória entrou mal.
Sofreu um golo aos três minutos, naquilo que pareceu uma falha de comunicação entre Defendi e Douglas, e a equipa pareceu estranhamente afectado por esse golo madrugador fazendo até ao intervalo uma exibição muito pouco inspirada e podendo dar graças por não ter sofrido mais.
Uma defesa intranquila, um meio campo com grandes dificuldades em agarrar o jogo e um ataque perdido no terreno.
Pese embora a substituição de Gui (apagado) por Caiado (desastrado) ao intervalo só se viu Vitória quando Álvez e Bruno Alves foram chamados a jogo e foi então possível empurrar o "autocarro" pacense para mais perto da respectiva baliza.
Alvez empatou num golo de belo efeito, teve ainda outro remate perigoso e Caiado falhou um golo de baliza aberta em que o mais difícil era mesmo falhar.
Pelo caminho o trio de arbitragem, vindo da A.F. Porto ( curiosa "coincidência"),perdoou um penalti sobre Bernard, marcou um fora de jogo muito duvidoso a André que ficava isolado e permitiu quantas perdas de tempo o Paços de Ferreira quis fazer.
Mas não  nos queixemos do árbitro.
A responsabilidade maior foi mesmo nossa.
Porque a equipa depois da bela exibição contra o Porto deu hoje uma imagem inicial de descontracção, a que se seguiu uma fase de difícil concentração e depois faltou discernimento no assalto final à baliza pacense.
São as "dores" do crescimento de uma equipa jovem e talentosa mas a que , naturalmente, ainda falta experiência.
E estes insucessos não só a ajudam a crescer como contribuem para que se percepcione a realidade como ela é e não como os sonhos desmedidos de alguns a querem fazer crer.
Depois Falamos

sexta-feira, setembro 19, 2014

Bernard

Não sou muito de me entusiasmar à primeira vista por um jogador.
Especialmente se muito jovem, vindo de outros continentes e culturas e a dar os primeiros passos no profissionalismo.
Mas há excepções.
Em 1986, era eu colaborador nas horas vagas da extinta ( e saudosa) Rádio Guimarães na qual coordenava o departamento desportivo, no inicio da época fui assistir aos primeiros treinos da equipa então liderada por Marinho Peres.
Uma equipa que no ano anterior, sob o comando de António Morais, tinha feito um magnifico campeonato e onde se destacavam já nomes como Cascavel, Roldão,Costeado, Nascimento, Adão e Jesus entre outros.
Para essa época de 86/87 o Vitória tinha-se reforçado significativamente com nomes como Ademir, Nivaldo, Carvalho,Néné , Heitor e um trio de zairenses que despertava imensa curiosidade.
Basaúla, N'Kama e N'Dinga.
Entre tantas novidades, misturadas com os craques da época anterior, houve um que me chamou de imediato a atenção.
N'Dinga.
Um miúdo de 20 anos mas com um talento e uma desinibição a jogar que mostravam desde logo estar ali um jogador de largo futuro.
Jogou dez anos no Vitória, foi capitão de equipa e ainda hoje é o jogador com mais jogos feitos com a nossa camisola.
Foi um jogador excepcional, dos melhores que vi com o "Rei" ao peito, e a que apenas um certo "carimbo" terá cerceado uma carreira de ainda maior notoriedade.
Foi há vinte e oito anos que chegou ao Vitória.
E nestas três décadas nunca vi ninguém que me lembrasse tanto N'Dinga como Bernard.
O mesmo talento, a mesma desenvoltura e desinibição (veja-se o "descaramento" com que marcou o penalti ao Porto) a jogar, a forma como conduz a bola colada ao pé, a facilidade de remate espontâneo.
Melhor na marcação de lances de bola parada.
Um talento brutal que augura um futuro magnifico.
Não tenho ideia dele nos juniores mas o ano passado vi-o muitas vezes pela equipa B e fiquei certo que este ano iria dar o salto.
Beneficiando de trabalhar com Rui Vitória, que não tem nenhum problema em lançar jovens, Bernard é já uma das sensações da Liga e está apenas no inicio.
Se jogasse num dos chamados grandes acredito que os diários desportivos já teriam feito meia dúzia de capas com o miúdo vindo do CNS e que em quatro jogos na Liga marcou quatro golos(sendo médio) e rubricou excelentes exibições.
Mas como joga no Vitória  não tem "promoções" dessas.
Pouco importa.
Hoje o futebol não tem segredos e Bernard já está a ser visto por muita gente.
Espero que quando daqui sair o faça no tempo certo, para uma das grandes Ligas europeias que serão o espaço natural da afirmação plena do seu talento, e por valores que resolvam todos os problemas financeiros ao clube e ainda deixem margem para investir no futebol.
"Gerir" Bernard, desportiva e financeiramente, é um dos maiores desafios que se põe ao Vitória e de cujo sucesso pode depender a nossa capacidade de darmos o tal "salto" que há muito tempo todos esperamos.
Na certeza de que oportunidades como esta, e jogadores como este, não aparecem todos os anos.
Nem todas as décadas.
Depois Falamos.

Não

Ao contrário da icónica imagem (decalcada da de Iwo Jima)a Escócia não hasteou ontem o pavilhão da sua independência.
Por vontade livremente expressa de uma maioria clara dos escoceses que por 55% dos votos expressos manifestaram a sua inequívoca vontade de continuarem a ser parte integrante de um Reino Unido onde estão desde 1707.
E quando assim é nada a dizer.
Um referendo democrático, uma taxa de participação elevadíssima (85%), uma campanha serena e civilizada, um resultado claro.
Exemplar.
Resta agora esperar que as promessas de Londres quanto ao reforço de poderes autónomos sejam uma realidade rápida (muitos escoceses terão votado "não" com base nesses compromissos do governo de David Cameron)e que a Escócia consiga ultrapassar as divisões que uma questão desta envergadura sempre provoca.
Naturalmente que o resultado deste referendo provocou um profundo alívio, por razões fáceis de identificar, nalgumas capitais europeias.
Para Londres, Madrid, Bruxelas, Roma e Berlim o dia de hoje é de sol.
Mesmo que chova.
Depois Falamos

P.S. Para Washington também.
Vá-se lá saber porquê mas  Barak Obama e Bill Clinton também intervieram a apoiar o "não".
Geoestratégias...

Atrani, Itália


Terra


Ursos


quinta-feira, setembro 18, 2014

Juízo !

Há alturas em que por mais que o sangue nos "ferva" nas veias não temos o direito de seguir impulsos nem de colocar o coração à frente da razão.
E isso aplica-se ao que se escreve e ao que se faz.
Especialmente, nalguns casos, ao que apetece fazer.
Aplica-se também a todos os vitorianos.
O que se passou no domingo na bancada topo sul foi, não tenho qualquer dúvida disso, um inaceitável abuso de poder traduzido numa carga brutal e "cega" sobre adeptos que nada fizeram para o merecer.
O presidente do Vitória, na RTP-Informação, já disse o que havia a dizer sobre isso e representou bem a indignação de todos nós.
Há que deixá-lo desenvolver as diligências que enunciou mantendo a razão do seu e do nosso lado.
E isso significa que os adeptos vitorianos tem de manter um comportamento sem mácula nos próximos jogos do clube.
Com uma pontinha de exagero diria que nem uma ponta de cigarro podem atirar para o chão pese embora não haver cinzeiros nas bancadas...
Porque quem esteve por trás daquela carga injustificada, os paineleiros que nas televisões se apressaram a colocar-nos rótulos de desordeiros e todos aqueles que desejam o nosso mal apenas esperam mais incidentes para exercerem represálias sobre o nosso clube.
A noticia de " A Bola" de hoje, referindo instruções do comando distrital da PSP para impedir a entrada de bandeiras e faixas no nosso estádio no próximo jogo, espero bem que seja falso alarme.
Mas, atendendo ao histórico de que não temos o direito de nos esquecermos e que retrata uma permanente má vontade contra nós, é bem provável que seja verdade.
E isso seria uma provocação inaceitável.
Porque traduziria uma discriminação (mais uma) em relação aos nossos adeptos quando em relação a adeptos de outros clubes se segue a politica da tolerância máxima.
Mas se assim for (espero que não mas temo que sim)temos de reagir com inteligência e serenidade.
Desde logo porque a PSP de Guimarães não tem qualquer responsabilidade nisto.
Depois porque em ultima análise, mas primeira para nós, o grande prejudicado de qualquer tipo de atitudes menos correctas será sempre o Vitória.
Sempre!
Com multas, com interdições do estádio (e parece-me que não faltam ansiosos por isso), com o impedir o apoio dos adeptos a uma equipa que está a fazer um magnifico início de campeonato.
E ,depois, é fácil de prever que a repressão sobre os nossos adeptos nos jogos fora (especialmente nos distritos de Braga e Porto)também se irá intensificar como se ela não fosse já muito para além do razoável.
Se impedirem as claques de levarem faixas e bandeiras,como se teme, a resposta terá de ter dois níveis.
A SAD terá de desenvolver os contactos institucionais não só para acabar com esta perseguição mas também para perceber porque foi ela desencadeada.
E nós, adeptos, teremos de saber protestar e mostrar a nossa revolta sem incidentes e dentro do maior civismo.
Porque quem está em causa é o Vitória!
Depois Falamos.

P.S. Há muitas formas de protestar.
Desde cada adepto levar uma bandeira a fazermos, de pé, um minuto de silêncio logo que o árbitro apite para o inicio do jogo.
Entre outras...

quarta-feira, setembro 17, 2014

5000

Este já "velho" blogue, com oito anos e uns meses de idade, vai completando uns números "redondos" que não deixam de ser interessantes.
Meses atrás ultrapassou o seu primeiro milhão de visitas e já vai,alegremente, a caminho do segundo milhão que atingirá (ou não...) um dia daqui a uns anos.
Hoje completou outro número redondinho.
A postagem número 5000 !
Sendo certo que uma parte, com algum significado, delas são fotografias ainda assim sobre uma maioria de textos sobre os mais diversos assuntos e traduzindo sempre de forma clara (pelo menos assim acho)as minhas opiniões.
Curiosidades de um blogue feito a "solo" mas que conta com a inestimável colaboração de muitos leitores que aqui vão deixando os seus comentários e sugestões.
A "luta contínua"...
Depois Falamos.

P. S. : O próximo número redondo é chegar ao comentário nº 25.000.
Faltam poucas centenas...

O Califado

Não sei, sinceramente, se a maior ameaça para a paz mundial está hoje na Ucrânia ou no norte do Iraque e da Síria.
Num lado a Rússia imperialista, liderada por um Putin que se acha czar, retoma ambições territoriais do século 19 e vão tacteando o pulso ao Ocidente (leia-se EUA porque quanto à Europa estamos conversados...) para perceberem até onde os deixam ir.
A Crimeia...já era e o leste da Ucrânia vai pelo mesmo caminho caso o Ocidente (EUA) não descubram a melhor forma de travar o expansionismo russo.
Creio que nos massacrados estados bálticos (Lituânia, Letónia e Estónia) já se devem sentir uns arrepios frios e não é do Outono que está a chegar...
Na outra região citada assiste-se a um recrudescimento da barbárie e do terror, que parece mais próprio do século X ou XI do que do XXI, perpetrado por terroristas radicais (chamar-lhes islâmicos é ofender o Islão que nada tem a ver com aquelas práticas) sem qualquer respeito pela vida e pela dignidade da pessoa humana.
Autênticos selvagens.
Que tem como objectivo o regresso ao califado,com a abrangência territorial que a imagem demonstra, e dando-nos a duvidosa honra de Portugal ser uma das reconquistas.
Creio, apesar de tudo, que destes bando de loucos criminosos não virá uma ameaça tão substancial como da Rússia.
Porque , apesar dos apoios de  que dispõe, não passam de um exército sem pátria e sem acesso ao armamento de uma super potência como a Rússia continua a ser.
Para além do facto de ter sido relativamente fácil reunir um conjunto de países, incluindo os da região, dispostos a fazerem-lhes frente e a exterminarem a ameaça.
Vai demorar tempo, custar vidas e haveres, mas acredito que o problema se resolverá.
Falta é saber as sequelas, nomeadamente ao nível de terrorismo urbano em cidades europeias, que vai deixar.
Na Ucrânia, isso sim, está um sério problema.
Porque reedita os tempos da "Guerra Fria"( embora hoje falar de "Pacto de Varsóvia" seja impossível) e coloca frente a frente os velhos adversários de sempre.
Os Estados Unidos da América e a Rússia "herdeira" da União Soviética.
E aqui convém, por todas as razões, que o assunto se resolva mesmo pela via diplomática.
Na qual a Nato, a União Europeia e os EUA deverão fazer uma séria reflexão sobre se todos os "sinais" que tem enviado para a Rússia nos ultímos anos serão os mais adequados e conducentes a ter o maior país do mundo numa posição de tranquilidade perante os que o rodeiam.
Ás vezes parece-me que não.
Depois Falamos

Rinocerontes


Farol de Arnel, Açores


Alhambra, Granada


terça-feira, setembro 16, 2014

Joaquim Jorge

Imagem: www.vitoriasc.pt

No domingo "partiu" um dos nossos!
Por sinal um dos melhores que vestiram a nossa camisola ao longo de 92 anos de História.
Joaquim Jorge.
Nascido em Moçambique veio para o F. C.Porto onde jogou durante três anos antes de se transferir para o Vitória (envolvido na ida de Djalma para as Antas)onde esteve durante sete brilhantes temporadas em que ganhou para sempre o reconhecimento dos vitorianos.
Fez toda a carreira como defesa central.
Rápido, duro, implacável na marcação mas de uma lealdade e fair play que correspondiam por inteiro ao Homem que estava por trás do jogador.
Formou com Manuel Pinto talvez a melhor dupla de centrais do clube (pelo menos das que vi jogar foram de certeza) e conseguiram a proeza, nesses tempos quase impensável, de serem chamados à selecção nacional.
Fui, com o meu pai e outros vitorianos, ás Antas ver um Portugal-Grécia em maio de 1969 em que os dois centrais do Vitória foram os titulares da selecção perante o imenso orgulhos de todos os adeptos do nosso clube.
Desse jogo recordo, para além de ver os dois centrais que estava habituado a ver de branco a alinharem de camisola vermelha, que ganhamos e Eusébio marcou um grande golo.
Na inesquecível época de 1968/1969 (em que conquistamos pela primeira vez o terceiro lugar e ficamos a 3 pontos do titulo) Joaquim Jorge venceu o troféu individual para o melhor jogador do campeonato atribuído pelo jornal "A Bola" e patrocinado pela empresa vimaranense Somelos.
Foi o primeiro jogador do Vitória a alcançar essa distinção.
Concluída a sua passagem pelo Vitória ainda jogou mais algumas épocas na Oliveirense, Penafiel e Paredes.
Encerrada a carreira continuaria ligado ao futebol em funções técnicas nomeadamente no Penafiel cidade onde fixou residência.
Mas manteve uma sempre uma forte ligação a Guimarães e ao Vitória (nomeadamente às "Velhas Guardas") sendo presença assídua no estádio D.Afonso Henriques para assistir aos jogos daquele que também era o "seu" clube.
Dele recordo o homem afável, simpático e de uma extrema educação que das vezes em que conversamos sempre demonstrou um enorme amor ao Vitória.
"Partiu" no domingo.
Dia em que se o destino não o tivesse chamado estaria certamente no estádio a ver, feliz, a exibição de uma jovem equipa vitoriana que em tanto se parecia com o Joaquim Jorge enquanto jogador.
Talento, entrega , garra e imenso respeito pela camisola que vestiam.
Sim, os "miúdos" prestaram a Joaquim Jorge a mais bela das homenagens.
Seguiram o seu exemplo!
Depois Falamos

Pôr do Sol


Imagens de Domingo