Nos jogadores a partir dos 30 e nos treinadores a partir dos 50.
Num caso porque "já não pode com as pernas" e noutro porque "está desactualizado".
Santa ignorância.
Desde logo, no caso dos jogadores, porque a idade vê-se em campo e não no bilhete de identidade e quem sabe um pouco de futebol está farto de ver jovens de vinte anos "velhos" na mentalidade, gastos nas atitudes e que nunca darão nada precisamente porque que estão "velhos" antes de o serem enquanto outros com trinta e muitos anos continuam a jogar futebol a altíssimo nível
Ricardo Carvalho, Buffon ,Ibrahimovic, Zanetti, Maldini são apenas cinco de muitos exemplos possíveis de jogadores de categoria mundial a quem o passar dos anos apenas refinou qualidades e o que perderam em frescura física ganharam em experiência e saber estar .
O mesmo vale para os treinadores.
Porque quem treina, gosta da sua profissão, é ambicioso e quer estar sempre actualizado sabe que como em muitas outras profissões tem de estudar durante toda a vida,tem de manter uma atitude de permanente aprendizagem,tem de se manter actualizado sobre todos os desenvolvimentos na sua área profissional.
Pessoalmente, e com todo o respeito pelos mais novos, prefiro treinadores experientes,com muitos anos de futebol e com uma experiência e um saber que apenas os anos de trabalho dão e que não se aprende em nenhuma faculdade deste mundo.
É um treinador desse perfil que eu escolheria para o Vitória.
O treinador hoje é o coordenador de uma equipa técnica e não como há trinta ou quarenta anos um "faz tudo" em termos de treino.
Tem colaboradores para a metodologia de treino, para a preparação fisíca,para o treino de guarda redes, para a análise estatística, para a observação dos adversários, para a recuperação fisíca dos jogadores que vem de lesões ou que estão com a preparação atrasada por qualquer razão.
A ele compete-lhe coordenar a equipa, processar a informação e depois definir a estratégia para os jogos e as mudanças técnicas e tácticas ao longo dos mesmos.
O treinador não tem de correr, de saltar, de sprintar, de ir ao choque, de rematar ou efectuar desarmes de carrinho.
Tem de pensar, tomar decisões, avaliar a cada momento a sua equipa e a equipa adversária, montar a estratégia, prever a estratégia adversária , efectuar as modificações necessárias ao longo do jogo quer de esquema táctico quer de jogadores.
E para tal a idade não interessa mas a experiência conta.
E muito!
Por isso gosto de treinadores com o saber da experiência feita.
E tanto me faz que tenham cinquenta, sessenta ou até setenta anos.
Quero é que sejam competentes, profissionais, actualizados e permanentemente ambiciosos e que nunca se cansem de ganhar.
Depois Falamos
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