Não vale a pena procurarmos explicações muito rebuscadas para a derrota do Vitória em Braga num jogo em que nunca deu,sequer, a sensação de o poder ganhar.
Porque estavam frente a frente realidades muito diversas.
De um lado o Braga que aprendeu com os erros da época passada, reforçou quantitativa e qualitativamente a equipa de forma significativa, preparou a temporada de forma consistente e ambiciosa face às competições que tem para disputar e vinha de vencer em casa do quinto classificado da liga alemã a apenas dois pontos do primeiro.
Do outro lado um Vitória onde o quarto lugar da época passada parece ter sido, para alguns, algo de excepcional (como se o clube não tivesse já alcançado esse lugar-e melhores-por varias vezes) a merecer festejos sem fim, que preparou a época de forma leviana e incapaz, que dispensou e cedeu jogadores que tinham lugar neste plantel (e ,pior, fê-lo sem ter alternativas) , que se reforçou mal deixando lacunas graves em todos os sectores, que esperou por empréstimos que nunca vieram, que se viu obrigado a recorrer ao mercado de desempregados para tentar colmatar tarde e a más horas o que teve imenso tempo para fazer e que vinha de um empate em casa face a um Salzburgo que a equipa de há um ano teria vencido sem problemas de maior.
Eram as realidades em confronto na "Pedreira".
E por isso o Braga ganhou e por isso o Vitória perdeu.
Perdeu face a um Braga fisicamente mal, que apesar de ter um excelente plantel não fez uma excelente exibição, perdeu porque deu durante noventa minutos uma aflitiva imagem de fragilidade, de impotência, de incapacidade de jogar e de jogar como equipa.
Por isso a derrota foi infelizmente natural.
E pese embora uma inevitável decepção com a gestão técnica da equipa a cargo de um Pedro Martins que parece baralhado, e até perdido, na liderança de um plantel com número significativo de jogadores chegados às "pinguinhas" e que ainda estão a fazer a pré época, dois meses depois do tempo destinado a isso, é óbvio que a responsabilidade maior não é dele mas sim de uma SAD que não soube preparar a época, consolidar o que de bom foi feito na época passada e merecer a confiança e entusiasmo dos adeptos que como sempre são o que de melhor e mais fiável o clube tem.
O que em tempo de gestões profissionais é completamente inadmissível.
Depois Falamos
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