domingo, abril 16, 2017

O Nosso 14

Ontem no regresso de Chaves , e reflectindo sobre o estranho "apagão" do Vitória na segunda parte idêntico ao do jogo com o Tondela e com semelhanças com o anterior jogo com o mesmo adversário para a Taça de Portugal, lembrei-me de...Fernando Mamede!
Isto também porque alguns vitorianos, que com toda a naturalidade tem opinião diferente, acham que o que conta é ganhar e que a equipa está a fazer um campeonato excelente e vai alcançar marcas e recordes que não tinha como o número de pontos ou de triunfos fora e por isso as exibições, e os sinais que elas transmitem, pouco ou nada interessam,
E por isso me lembrei de Mamede.
Que também fazia grandes marcas e alcançava recordes mas depois naquilo que conta para a história, que são as medalhas em grandes competições, ia-se abaixo por não aguentar a pressão de ter de ganhar.
As nossas "medalhas" são o quarto lugar (e a vitória na Taça) não recordes de pontos e de triunfos fora que se não nos assegurarem a referida classificação para pouco mais servirão do que para curiosidade estatística.
E a sensação "mamediana" que a equipa vinha/vem dando é estar com muita dificuldade em aguentar a pressão da conquista, quer do quarto lugar quer da taça de Portugal, e por isso a pálida exibição no jogo que assegurava o acesso ao Jamor e estes estranhos "apagões" nas segundas partes de jogos em que vai para intervalo com vantagens confortáveis no marcador.
Espera-se que agora que estamos de facto em quarto lugar,e com dois pontos de avanço (não em igualdade pontual como durante semanas estivemos), e com o lugar no Jamor assegurado os jogadores consigam libertar-se dessa pressão e voltem a um nível exibicional regular e a índices de auto confiança que sustentem as nossas legítimas aspirações.
Porque ao contrário de Fernando Mamede, que nunca o conseguiu, nós podemos ganhar as "medalhas" a que somos candidatos.
Individualmente:
Douglas: Uma grande exibição a garantir os três pontos com várias defesas de grande qualidade. Chaves em apenas uma semana viu por duas vezes o melhor Douglas da época. Sorte a nossa.
Bruno Gaspar: Muitas dificuldades a defender e pouco visto a atacar. Longe da melhor forma.
Prince: Na marcação ainda foi cumprindo mas com a bola nos pés revelou muita insegurança.
Pedro Henrique: Não está isento de culpas no segundo golo e no resto foi o melhor do quarteto. Mas faltou alguma liderança na altura de maior desacerto da equipa.
Konan: Dificuldades a defender, incerto a atacar, uma exibição muito discreta.
Rafael Miranda:  Quando as coisas corriam bem integrou-se no acerto geral. Depois esperava-se mais da sua experiência quando o sufoco apertou.
Zungu: Procurou jogar com a bola no pé e foi dos menos perturbados na fase de desacerto.
Hurtado: Uma exibição regular. Curiosamente foi após a sua saída que o Chaves começou a dominar o jogo talvez porque deixou de existir na intermediária vitoriana quem segurasse a bola e pensasse o jogo.
Marega: Sempre voluntarioso mas pouco eficaz. O terceiro golo é mais dele que de Hurtado que se limitou a empurrar uma bola que entraria de qualquer forma.
Texeira: Uma oportunidade e um golo. Também da sua saída a equipa se ressentiu porque deixou de ter na frente quem segurasse a bola, desse tempo para os médios subirem e tabelasse em jogadas de 2x1. Marcou pelo quarto jogo consecutivo o que é de assinalar.
Hernâni: Um excelente golo, uma assistência para outro e algumas boas jogadas. Na segunda parte também ele foi atingido pelo "apagâo".
Foram suplentes utilizados:
João Aurélio: Vinha de problemas fisícos de que pelos vistos se terá ressentido. E a equipa acusou isso porque não pôde usufruir da sua experiência e entrega a 100%.
Raphinha: Não se viu.
Célis: Entrou para ajudar a defender.
Não foram utilizados:
Georgemy, Josué, Tozé e Sturgeon

Melhor em campo: Douglas

Faltam cinco jogos que terão de ser encarados com o espírito de cinco finais.
O Vitória está em quarto lugar, o tal que garante desde logo a entrada na fase de grupos da Liga Europa, e só depende de si para chegar ao final do campeonato nessa posição.
Que terá de ser sempre a "sua" enquanto não puder aspirar a posição mais alta.
Tem valor para isso, já o demonstrou ao longo da prova, e apenas depende de ter atitude para o conseguir.
Depois Falamos

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