E na véspera de um jogo decisivo em Chaves a verdade é que Pedro Martins arriscou.
Talvez demasiado porque mudar nove jogadores em relação ao último jogo (sendo certo que por opção foram "apenas" oito porque Josué estava suspenso) poderia desequilibrar a equipa, mesmo considerando que este Nacional é muito fraquinho e tem provavelmente a pior equipa dos últimos anos, e porque a vantagem com que o Vitória vai a Chaves permite alguma tranquilidade.
A verdade é que arriscou.
E obteve boas respostas dos jogadores menos utilizados que ao longo dos noventa minutos dominaram o jogo e apenas o terminaram em alguma aflição porque a concentração no tempo de descontos foi algo abaixo e permitiu o golo adversário e um outro lance de que adiante falaremos.
Como atrás disse a revolução foi grande e do jogo com o Rio Ave apenas permaneceram Pedro Henrique e Zungu porque todos os outros tinham sido suplentes ou nem sequer convocados para essa partida.
O ataque titular ficou no banco, a defesa apenas registou a permanência de Pedro Henrique porque todos os outros, do guarda redes ao defesa esquerdo, mudaram e na intermediária "sobrou" Zungu registando-se o regresso de Rafael Miranda cumprido o jogo de suspensão e de João Aurélio.
A verdade é que a equipa entrou bem no jogo,teve logo duas oportunidades por Zungu e Sturgeon a que o aguarda redes se opôs com excelentes defesas, e quando chegou ao golo por Rafael Miranda percebeu-se que estava unida, coesa e a explanar um futebol agradável a que dificilmente o adversário se conseguiria opor.
O Nacional ainda teve duas oportunidades mas a primeira parte encerrou com um espectacular remate de cabeça de Texeira a que Adriano correspondeu com uma não menos espectacular defesa mostrando que o Vitória continuava em bom plano e a procurar o segundo golo.
Na segunda parte a toada manteve-se com o Vitória a controlar o jogo e o Nacional a tentar igualar o marcador mas sem criar jogadas de perigo nem incomodar Douglas e a sua defensiva.
Com as entradas de Marega e Hernâni (grande "maldade" de Pedro Martins a um Nacional já desgastado) percebeu-se que o segundo golo do Vitória seria apenas uma questão de tempo e ele acabou por aparecer num lance em que Texeira aproveitou muito bem uma bola perdida e sentenciou o jogo.
Houve ainda uma reacção do Nacional que chegou ao golo em cima dos 90 minutos, num lance em que a defesa vitoriana facilitou, e depois mesmo a acabar um lance que se tornou polémico apenas por ser na altura que foi dado que houve clara falta do jogador nacionalista sobre Sacko antes de a bola entrar na baliza.
Em suma um merecido triunfo do Vitória, a confirmação de que há jogadores que quando chamados estão à altura (Texeira, Sacko, Rapnhinha ) e outros (Prince, Rúben Ferreira, Sturgeon) que terão de fazer mais para merecerem novas oportunidades.
O árbitro Rui Costa, com um ou outro pequeno erro sem influência no resultado, fez uma arbitragem isenta e corajosa o que merece realce.
Outros , com o resultado em 1-2 e em cima da hora, teriam validado o golo em falta do Nacional.
Depois Falamos
6 comentários:
Foi uma prova que não precisamos de emprestados. Grande vitória do basquetebol em oliveira de Azeméis. Terça-feira é para confirmar o bilhete para o jamor. H...
Caro H.M.:
Em três frases disse tudo.
Foi um jogo em que Pedro Martins arriscou demasiado... e ganhou a aposta!
Muitos (como eu) devem ter pensado que era demasiado arriscado um 11 com 9 surpresas, mas quem jogou mostrou estar à altura do desafio que o treinador lhes lançou.
No entanto, os 10 últimos minutos de jogo mostraram a outra face desta equipa, com muitos nervos e faltas de concentração que, se não fosse a coragem deste árbitro, poderiam ter dado um dissabor aos vitorianos. O controle mental nos minutos finais (em jogos com diferença minima no resultado) parece-me ser um aspecto a rever. E este deve ser um ponto fundamental a treinar para jogos futuros, começando já amanhã com o jogo em Chaves.
Caro Saganowski:
Arriscou demais. E se não fosse a coragem do árbitro lá tinham ido mais dois pontos ao ar perante uma das equipas mais fracas da Liga.
Esperemos que em Chaves a equipa jogue no topo. Nomeadamente em concentração.
Caro Cirilo,
No que respeita a coragem do árbitro, prefiro destacar a audácia do mesmo em manter o lateral esquerdo do nacional em campo durante os 90 minutos. Arruaça e caceteiro, que só conseguiu levar amarelo à quinta falta.
No resto, gostei da fluidez do meio-campo, apesar da evidente falta de rotinas da equipa. Ficou claro que o colombiano proveniente do buraca atrapalha mais do que ajuda.
Cumprimentos,
Caro JRV:
Sim esse jogador pisou o risco e houve tolerância a mais. Mas isso não invalida o que escrevi sobre o árbitro. Quanto ao meio campo creio que Zungu assume um papel cada bez mais importante e espero que em Chaves mantenha a titularidade
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