Portugal conseguiu o seu primeiro objectivo neste Mundial ao conseguir apurar-se para os oitavos de final da competição através de resultados, dois empates e uma vitória tangencial, que serviram mas com base em exibições muito, mas muito, aquém do exigível a um campeão europeu.
Valeu a Portugal o talento de alguns dos seus jogadores, nomeadamente Ronaldo e Quaresma a marcarem e Pepe e Rui Patrício a defenderem, para suprir as deficiências de uma equipa que funciona mal como ...equipa.
Ontem face ao Irão, uma equipa de terceiro nível do futebol mundial (e treinada por alguém sem...nível) , Portugal até entrou bem mas depois afundou-se na mediocridade habitual e permitiu que a equipa adversária equilibrasse o jogo e remetesse os portugueses para uma aflição defensiva completamente impensável.
Que o banco, ou seja Fernando Santos, nunca conseguiu emendar parecendo também ele baralhado pelo clima conflituoso que os iranianos e o seu treinador imprimiram a todo o jogo mas muito em especial à segunda parte do mesmo em que até o árbitro paraguaio andou quase sempre aos papeis.
Aos papeis e ao VAR.
Demorando muito tempo a mexer na equipa, e mexendo mal, o seleccionador contribuiu para que o desnorte se acentuasse e foi um quase milagre que nos últimos instantes da partida um iraniano tenha rematado às malhas laterais em vez de fazer o golo que pareceu inevitável.
A troca de Quaresma por Bernardo Silva apenas confirmou que o segundo está longe da sua melhor forma, a de João Mário (que devia ter saído bem mais cedo) ainda trouxe alguma experiência a uma equipa aflita mas a de André Silva por Gonçalo Guedes foi simplesmente ridícula porque a equipa naquela altura precisava bem mais de alguém como Bruno Alves ou Manuel Fernandes para ajudarem a defender do que de um avançado para refrescar o ataque.
Enfim, correu bem e isso foi o que mais importou, mas desiludam-se aqueles que dizem que os resultados é que importam porque jogar bem não interessa porque diz-nos a experiência que quando se joga bem é mais fácil ganhar.
E sábado, face a uma excelente equipa do Uruguai que tem provavelmente a melhor dupla de avançados deste Mundial (Suárez e Cavani) , Portugal ou joga bem mais do que nestes três primeiros jogos ou corre o sério risco de terminar a sua participação na prova.
Resta dizer, e não é questão menor no resultado do jogo, que Portugal tem sobejas razões de queixa da arbitragem e do VAR.
Para além da contemporização com as continuas palhaçadas de Carlos Queiroz (com um bom árbitro tinha sido expulso) há ainda um conjunto de lances de que temos farta razão de queixa.
O penálti a favor do Irão é invenção pura e dura do VAR.
No penálti falhado por Ronaldo quando o jogador português remata o guarda redes iraniano está um metro à frente da linha de golo pelo que devia ter existido repetição da marcação.
Há um livre de Ronaldo em que um jogador iraniano intercepta a bola com o braço num penálti que ficou por marcar.
Na primeira parte Quaresma é agredido com uma cotovelada que o árbitro não viu e o VAR fez de conta que também não viu.
E depois há o estranho lance em que o VAR tenta expulsar Ronaldo e apenas o bom senso do árbitro o impediu.
Em suma muitos erros graves, com influência directa no resultado do jogo , na classificação final do grupo e no percurso que Portugal (e Espanha....) terão de fazer daqui em diante.
Sábado há mais. E espera-se que melhor!
Depois Falamos.
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