Um jogo entre Portugal e Marrocos, ainda para mais na fase final de um Mundial, lembra irresistivelmente a vergonha de Saltillo onde a selecção nacional protagonizou comportamentos reivindicativos que não tiveram correspondente expressão no plano desportivo.
Já para não falarmos de outro tipo de comportamentos...
A verdade é que depois de um triunfo sobre a Inglaterra e uma derrota com a Polónia bastava a Portugal um empate com Marrocos para se apurar para a fase seguinte o que não viria a acontecer face à derrota sofrida.
Mas isso foi há trinta e dois anos e o jogo de amanhã nada tem a ver, como é evidente, com essas "Saltilladas" de péssima memória a não ser no facto de agora como então a equipa lusa ser favorita mas precisar de o provar no terreno de jogo.
Portugal começou o Mundial de forma positiva, empatando com um dos favoritos, mas estaremos todos de acordo que isso se ficou a dever mais ao talento individual de um jogador do que ao acerto exibicional da equipa que deixou algo a desejar ,nomeadamente na coesão defensiva, frente a uma Espanha que é a melhor equipa que vi até agora neste Mundial.
Para amanhã há duas coisas que são inevitáveis: Uma é que Fernando Santos proceda a alguns retoques na equipa e outra que Portugal entre de forma ambiciosa e dominadora fazendo jus ao estatuto de candidato, mas não favorito, que o seleccionador tanto gosta de referir.
Depois do visto com a Espanha parece-me que há vários jogadores a "pedirem" banco dado o discreto rendimento que evidenciaram.
Gonçalo Guedes e Bruno Fernandes à cabeça mas também não admiraria se Cédric e até Bernardo Silva não fossem opções iniciais em favor de André Silva, João Mário (ou Adrien) Ricardo Pereira e Quaresma ou Gelson.
Com uns ou com outros uma coisa é certa: Portugal tem de ganhar para não complicar as contas finais do grupo.
Amanhã saberemos.
Depois Falamos
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