Assim nos Tratam

Portugal tem três jornais diários desportivos.

Um luxo a que países com bem mais habitantes não se dão por ser absolutamente supérflua tanta informação diária sobre assuntos que versam uma área sectorial das sociedades.

Mas em Portugal somos pobres nos meios mas grandes nas manias.

E por isso diariamente três jornais aparecem nas bancas.

Claro que para encherem 48 páginas cada qual tem de recorrer à imaginação.

E por isso todos os dias noticiam potenciais transferências para três clubes, todos os dias noticiam o interesse em jogadores de três clubes por parte dos grandes do futebol mundial(um dia teria piada apurar-se o rácio de quantas dessas noticias se confirmam), todos os dias enchem de verdadeira palha páginas e páginas a falar do Benfica, Porto e Sporting.

Mas isso ainda não chega para encher tantos jornais.

E por isso convidam adeptos de três clubes a escreverem crónicas (num dos jornais até lhes chamam senadores ou coisa do género) de promoção dos respectivos clubes e rebaixamento de todos os outros, e convidam ainda pretensos escritores e intelectuais para virem para as suas páginas trazerem doutas opiniões sobre assuntos de que em bom rigor não percebem nada.

Claro que esses pretensos intelectuais gostam de trazer um ar de diferença, de intelectualidade, de se arvorarem em moralistas e defensores das maiores verdades e das mais puras justiças.

Prudentemente, porque além de cobardes gostam de escreverem nos únicos sítios onde são realmente lidos, tem sempre o cuidado de usarem luvas de renda quando escrevem sobre três clubes e punhos de ferro quando escrevem sobre os outros.

Porque é assim que os administradores dos jornais gostam e porque é assim que não correm o risco de desagradarem a grandes massas de adeptos.

E o Vitória é um alvo sempre apetecível.

Tem adeptos, e bem amantes do seu clube é verdade, mas não tem tanto como os outros três. 

E a cidade e concelho onde está sediado comete a heresia de não ter "feitorias coloniais" (noutros concelhos chamam-lhes casas deste e daquele) a representarem interesses que não são os nossos.

E isso para esses pregadores de moral faz-lhes confusão, intriga-os e irrita-os quando vêem qualquer um dos três "venerados" jogar em Guimarães e estar nas bancadas do D.Afonso Henriques apoiado por uma pequeníssima parte dos espectadores de um estádio cheio.

Daí que na primeira oportunidade e por qualquer motivo ( e na maior parte das vezes sem motivo) se entretenham a "malhar" no Vitória, nos vitorianos e em Guimarães com a "coragem" de quem calunia, mente e insulta atrás de um teclado de computador.

São uns cobardes!

A derrota escassa infligida ao Sporting no sábado, essa então, desatou as "fúrias" de jornais e jornaleiros, colunistas, comentadores e paineleiros.

Que de tudo escreveram a tentarem justificar a derrota.

Foi o árbitro, foi o fiscal de linha, foi a relva "fofinha", foram os incidentes no exterior do estádio, foi tudo e o seu oposto.

É nessa linha que se inserem os dois casos retratados nas imagens que encimam este post.

No jornal "A Bola" , sempre tão privilegiado por algumas fontes de dentro do Vitória, escreve-se no cartoon que o Sporting perdeu em ...Braga.

É demasiado disparate para ser apenas...disparate.

Mas bem pior é o texto cobarde, mentiroso e caluniador de um pretenso escritor chamado Joel Neto.

Que ofende o Vitória, insulta os vitorianos e calunia Guimarães.

Vem publicado noutro jornal, "O Jogo", que também não tem razões de queixa no tratamento que o clube lhe dispensa.

Creio que neste ultimo caso é perder tempo a sequer responder ao sujeito.

Espera-se, exige-se, que quem dirige o clube saia em defesa do nosso bom nome.

Bom nome do clube, dos seus adeptos e da cidade em concelho em que o Vitória vive há 92 anos.

Há insultos que são demasiado grandes para passarem sem a devida , e firme, resposta.

Que não pode ficar só pelo pseudo escritor.

Tem que passar também pela assumpção de responsabilidades por parte do jornal que deu guarida ao texto infame.

Depois Falamos.

P.S Sei que via e-mail e facebook foram já muitos os vitorianos que expressaram o seu repúdio pelo miserável texto .

Mas não devem ser sempre, e neste caso menos ainda, os adeptos a tomarem todas as "dores" e a assumirem toda a responsabilidade de defenderem o seu clube.