Confesso que o li com um atraso de cerca de dois anos , em relação à data da sua publicação,o que no futebol português é uma imensidão de tempo.
Era um dos que estava à muito em lista de espera para ser lido mas lá acabou por chegar a sua vez.
Devo dizer, antes de mais, que aprecio o trabalho jornalístico e de comentador de Rui Santos.
Nem sempre estou de acordo com ele, às vezes até em frontal desacordo, mas reconheço-lhe duas qualidades fundamentais para quem exerce a sua profissão:
Sabe de futebol e é isento no comentário sem fazer fretes a ninguém e muito menos aqueles três clubes a quem quase todos fazem os tais fretes.
Neste livro aborda algumas questões candentes do nosso futebol desde as finanças dos clubes às arbitragens passando por alguns dos seus principais protagonistas a nível de jogadores,treinadores e dirigentes e por temas importantíssimos como os direitos televisivos.
Espaço ainda para uma abordagem ao futebol internacional, nomeadamente às convulsões na FIFA que levaram à queda de Blatter, e à forma como a FPF se tem posicionado na UEFA e na própria FIFA.
Mas o tema central do livro,e que tem sido uma preocupação do autor nesta ultima década, é mesmo a introdução das tecnologias como auxiliares da arbitragem causa pela qual Rui Santos se vem batendo há muito.
Nomeadamente pela tecnologia "olho de falcão" e essencialmente pelo vídeo árbitro que ele considera um factor decisivo para auxiliar os árbitros a defenderem a verdade desportiva das competições.
Em suma um livro muito interessante para quem se interessa pelo futebol para lá das palas da clubite mais desenfreada.
Depois Falamos
4 comentários:
Caro Luís Cirilo.
Esse jornalista é tudo menos isento. A capa do livro atesta a sua dependência dos 3 do costume.
Cumprimentos,
Fernandes.
Caro Fernandes:
A capa do livro é precisamente a prova da sua isenção.
E coragem.
Porque pôs na capa os maiores protagonistas da mentira que é o nosso futebol. Que são os presidentes dos três clubes a quem se chama "grandes".
Caro Luís Cirilo.
Estamos em desacordo. Não aceito esse jornalista como isento.
Se fosse isento, não participava no programa que faz ao domingo onde se discute o futebol de 3 clubes... e não "dirigia" o programa que faz à terça-feira... onde tudo gira em torno dos 3.
Cumprimentos,
Fernandes.
Caro Fernandes:
respeito a sua opinião.
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