terça-feira, agosto 17, 2021

Afeganistão


Agora que o país parece regressar às trevas do radicalismo islâmico não deixo de me admirar (não muito) com alguns silêncios e algumas "bojardices" que se vão ouvindo. 
Silêncio dos pseudo progressistas da nossa praça , das Joacines aos Mamadou, dos BE ao PCP quanto à verdadeira natureza do regime taliban , aos incontáveis crimes que perpetrou no passado e previsivelmente se prepara para perpetrar no futuro, ao triste destino que está reservado às mulheres afegãs muito em particular mas a todos os afegãos em geral.
Preferem dedicar-se às "bojardices", acompanhados por alguns saudosistas de um maluco chamado Trump, querendo diabolizar a decisão dos EUA em completarem (porque ela foi iniciada ainda no tempo de Obama e continuada pelo referido maluco) a retirada do Afeganistão como se nessa retirada se consubstanciassem todos os problemas afegãos.
É verdade que a saída foi precipitada na sua fase final e isso facilitou a vida ao talibans que apoiados por China e Paquistão tiveram um avanço e um conjunto de vitórias militares que não eram supostos acontecerem. 
Mas se depois de vinte anos de presença ocidental (essencialmente EUA mas também aliados) o que restou foi um presidente e um governo que fugiram e um exército que não quis combater qual era solução? 
Os EUA e a NATO ficarem para todo o sempre?
Transformarem o país num protectorado amecicano ao arrepio da sua História e do seu direito à independência? 
O problema do Afeganistão terá de ser resolvido prioritariamente pelos afegãos e sem ingerências externas. 
Porque todas as que ocorreram, desde as do defunto Império Británico à da União Soviética passando pela dos EUA acabaram mal. 
Terão de ser o povo a revoltar-se contra os taliban e a livrar-se deles para sempre. 
De outra forma o problema nunca se resolverá
Depois Falamos

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