quinta-feira, agosto 05, 2021

4 à Grande

 O "4 à Grande" começou ontem a sua terceira temporada mantendo o plantel inicial e sem que tenha recorrido a chicotadas psicológicas até ao momento!
Ou como dizia ontem o Humberto Ferreira (moderador do programa) estamos há mais tempo que a maioria dos treinadores da primeira liga nos respectivos clubes.
Devo dizer que é um programa engraçado.
Desde logo porque o "zerozero" teve a coragem de montar um programa sobre futebol sem sentir a necessidade de recorrer a pessoas ligadas a Porto, Benfica e Sporting preferindo dar a vez, e a voz, a comentadores que são adeptos do Vitória, do Braga e do Boavista embora estejam lá na simples e honrosa qualidade de adeptos e não assumindo qualquer tipo de representação dos clubes.
O que significa , também, que é um programa de gente livre, com opinião e sem cartilhas.
E conhecendo-me a mim próprio e aos meus colegas de programa sei que isso seria impossível de acontecer em qualquer circunstância.
Mas é também um programa que começou por ser de debate mas foi progressivamente tornando-se numa tertúlia entre três amigos improváveis (não nos conhecíamos de lado nenhum antes do programa), com a excelente moderação do Humberto, que falam de futebol com boa disposição, com humor, com algumas provocaçõezinhas que advém da rivalidade entre clubes mas que não aborrecem e dão algum "sal" às emissões.
É também a prova, e aí creio que se tem feito alguma pedagogia, de que rivalidade à parte vitorianos, boavisteiros e braguistas podem ter uma relação sadia, bem disposta e sem as agressividades que por vezes caracterizam as relaçoes entre massas associativas.
No fundo todos os três sabemos que para o futebol português ter a evolução, modernização, verdade e transparência que sabemos indispensáveis a uma indústria saudável, prestigiada e atractiva para patrocinadores e adeptos o Vitória , o Boavista e o Braga tem de estar unidos do mesmo lado da barricada deixando a rivalidade para relvados, pavilhões e piscinas onde equipas e atletas dos três clubes se defrontem.
Mas esse é um caminho que infelizmente ainda me parece mais longo do que devia ser...
Depois Falamos.

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