sexta-feira, fevereiro 21, 2014

A Demagogia de Gaia

Na ultima semana a divida do município de Vila Nova de Gaia voltou a tema de actualidade.
Á boleia de uma investigação do DN, com imediata repercussão televisiva e consequente aproveitamento da esquerda parlamentar, lá se voltaram a escancarar algumas bocas de espanto face à alegada divida de 300 milhões de euros e processos judiciais respeitantes a parcelas dessa dívida.
Não é, seguramente e por várias razões, minha intenção fazer de advogado de defesa dos responsáveis por essa divida.
Ela existe, é inegável, e parte dela era perfeitamente evitável se determinadas opções não tivessem sido feitas de forma errada e sem controle de custos.
Para lá de outros gastos que não compete a mim esmiuçar.
Mas manda a justiça que se diga o seguinte:
Em Gaia, durante os 16 anos de governo de Luís Filipe Menezes e respectivas vereações, o concelho passou do inicio do século 20 com tudo que isso significa de atrasos a vários níveis para o século 21.
Quase 4.000 habitações sociais foram construídas, centenas de quilómetros de saneamento (o tipo  de obra que não se vê mas custa muito dinheiro), novas vias de comunicação que agilizaram brutalmente as deslocações do interior para o litoral, instalações desportivas e culturais, sedes de junta de freguesia, escolas, transformação radical da frente de mar, recuperação do centro histórico, cais de Gaia, grandes iniciativas como o "Red Bull" (a meias com o Porto) ou as "Marés Vivas", medidas pioneiras (mas que outros seguiram) como a oferta de livros aos estudantes do ensino básico e secundário, piscinas em freguesias do interior, centro de treinos do Olival, estádio de Pedroso, centro náutico de Crestuma são alguns dos muitos exemplo possíveis daquilo que foi feito nos dezasseis anos de Menezes como presidente.
E tudo isto custou muito dinheiro!
Muito mesmo.
E por isso quando se fala da divida é bom que se tenha consciência que ela não resulta de dinheiro atirado ao rio Douro mas sim de investimentos direccionados para a melhoria da qualidade de vida dos gaienses e da projecção da imagem do município na região e no país com os benefícios que daí advém
O dinheiro foi todo bem gasto?
Claro que não!
A maior parte dele foi bem utilizado?
Não tenho a miníma duvida.
Conheço Gaia à mais de 40 anos.
E sei bem o que o município evoluiu e se modernizou nos mandatos de LFM de forma notável e que não tem retrocesso.
E digo mais por ter a clara noção de que corresponde à verdade.
Se a lei de limitação de mandatos não o impedisse, e ele quisesse como é óbvio, estou certo que Luís Filipe Menezes teria ganho novamente as eleições em Gaia com toda a facilidade.
E é bom que os "falsos púdicos", aqueles que agora andam aí de boca aberta a produzir a mais grosseira demagogia sobre a divida de Gaia, se lembrem disso.
O povo, o tal que desde à 40 anos "é quem mais ordena" (pelo menos é o que se diz), sempre apoiou maioritariamente e de forma insofismável o modelo de governação de Menezes.
O resto são tretas!
Depois Falamos.

P.S. Aliás a sensatez com que o actual presidente, Eduardo Vítor Rodrigues, tem falado do assunto mostra bem que sabe separar o "trigo" do "joio".
O que só lhe fica bem.

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