domingo, fevereiro 23, 2014

Balanço do 35º Congresso!

Assisti ao 35º congresso do PSD com uma expectativa muito moderada.
Quer quanto aos resultados quer especialmente quanto à renovação dos orgãos dirigentes do partido e ao aparecimento de novos rostos que refrescassem uma equipa nitidamente desgastada e sem a necessária visibilidade politica.
Que dizer hoje?
Que o congresso valeu por meia dúzia de discursos, parte dos quais de ex lideres, que encheram a alma aos militantes mas de cujos resultados na prática diária do partido me é licito duvidar.
Foi dada ao país uma imagem importante de unidade (mais ou menos verdadeira) com a aparição dos ex lideres Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Santana Lopes, Luís Marques Mendes, Luís Filipe Menezes e Rui Machete o que dá sempre uma excelente perspectiva para o exterior.
Pedro Passos Coelho encerrou o congresso com um excelente discurso, ao nível dos melhores ouvidos no congresso, mas agora tem de levar à prática o que enunciou.
O anúncio de Paulo Rangel como cabeça de lista ao Parlamento Europeu, embora não seja novidade, foi uma jogada politica inteligente que aumenta a pressão sobre o líder do PS.
A partir disto que dizer?
Que a nova/velha equipa dirigente foi uma desilusão nos nomes(é, a todos os títulos, mais do mesmo) e até no facto de nem o principio da paridade ter sido seguido quer na comissão permanente quer na própria comissão politica.
Não é estatutariamente obrigatório mas ...ficava bem!
Que houve dois ou três discursos, de gente com responsabilidade, que eram bem dispensáveis pela vacuidade nuns casos e por trazerem á liça,noutros casos,assuntos que já não interessam a ninguém a não ser aos próprios.
Que o Conselho Nacional está mais fragmentado que nunca muito por força da escolha de um cabeça de lista, por Passos Coelho, que causou polémica e para quem talvez ainda fosse um bocado cedo para o regresso à politica activa.
Peço desculpa a quem pensa o contrário, e são muitos, mas este não é um congresso que fique para a História como um dos grande congressos do PSD.
Gramaticalmente não merecerá um ponto de exclamação , tão pouco de interrogação, mas apenas reticências.
Muitas reticências.
Depois Falamos

P.S. Há muito que defendo que para a sessão de encerramento não devem ser convocados outros partidos (com excepção do CDS quando com ele estamos coligados)ou centrais sindicais.
Já que não tem a decência de um respeito mínimo por quem os convida, e aproveitam o mediatismo de virem ao nosso congresso para nos tratarem mal e até insultarem em nossa "casa", mais vale não os convidar!

7 comentários:

CMM disse...

Concordo, não fosse a presença, súbita, dos ex-Presidentes do Partido, e dos excelentes discursos de alguns deles e, este Congresso seria um fracasso.
Quanto às listas, nem comentários merecem.

Anónimo disse...

Meu Caro,

Não me convence Dr. Doutor Cirilo.
O Dr. andou toda a semana a lembrar pecados velhos, a desculpar-se que não pôde ir ao Congresso e agora quer acabar a semana com a cereja em cima do bolo pondo uns paninhos quentes para não se queimar nas asas da panela.
Vem dizer que assitiu a algumas intervenções de luxo (apenas vi luxo na gravata!), e se foi a Lisboa vai aproveitar para se deixar ficar para o dia seguinte. Porque o seu Vitória quando joga com o Benfica é mais importante que o PSD! Juntou o sentido útil ao lamentável. É a vida.
Estes congressos do PSD ou de qualquer outro só servem para galvanizar os dirigentes. Dizer-lhes que não estão sós, que as bases existem e estão vivas, quando na verdade assistimos a uma conclusão de qualquer coisa que se vai ver nas próximas eleições.
Como balanço, posso afirmar que este congresso é um falhanço. Em toda a linha. Primeiro porque não surgiu sangue novo. Quiseram dizer que está tudo bem com as velhas glórias, tal como o Eusébio fazia no Benfica. Quiseram mostrar o esplendor de outros tempos, quando o que sobra é o desgosto de uma liderança enfraquecida, às cambalhotas da troika. O Dr. não diz, mas é o que pensa! Ou julga que andamos a dormir? Segundo porque não é com discursos que se faz um Congresso do partido que está no Governo. É com obra feita. As projecções passistas são balelas demagógicas.
Contudo, concordo com o que disse. Com a missão penosa dos observadores. Vão lá para insultar e dizer mal, sem diplomacia possível. Neste contexto, ou o PSD gosta de masoquismo ou deixa-se ir atrás de modas tolerando o inadmissível. Só lhe dou os parabéns pelo post scriptum.
O resto, é converda fiada.

Rui Santos

luis cirilo disse...

Cara CMM:
O problema está precisamente nisso.
Alguns dos ex presidentes animaram o congressso mas não tem nenhuma participação activa no dia a dia do partido ou do governo.
Ao contrário do que aconteceu com outros que subiram ao palco e não entusiasmaram ninguém.
Quanto ás listas...reitero o que já disse: são mais do mesmo.
E o "mesmo" exigia algumas mudanças que não foram feitas.
Caro RUi Santos:
Não vale a pena levar os comentários para terrenos em que les não tem cabimento.
Não misture Vitória com PSD porque eu nunca o fiz nem farei.
Quanto ás suas restantes opiniões respeito-as embora discordando de algumas e concordando com outras.

Anónimo disse...

Olá

O que está o Dr. Coelho Lima a fazer? Ele não votou?

João Lobato

luis cirilo disse...

Caro João Lobato.
Não. Não votou.
Porque podendo ir como delegado preferiu ir como participante (na qualidade de primeiro vereador eleito)deixando o lugar de delegado para outro militante.
E os participantes não tem direito a voto.
De resto, mesmo que tivesse, nada obrigava o André Coelho Lima a votar no mesmo sentido do César Teixeira e do Tiago Laranjeiro. No PSD, felizmente, há liberdade.

Anónimo disse...

Caro Sr. Luis Cirilo

Obrigado pela explicação.
Você percebe disto a potes! É uma pena o partido não suplicar pela sua re-aproximação!!!
Pergunto-me sobre o porquê de não ter um papel no partido mais interventivo como tinha antigamente!?
É uma questão de paciência perdida ou porque o actual "plantel" não tem referências suas?

João Lobato

luis cirilo disse...

Caro João Lobato:
Há um tempo para tudo. De resto o PSD não tem de me pedir nada. Sou um militante de base que cumpre as suas obrigações para com o partido.