quinta-feira, novembro 15, 2012

Parabéns PSP

Podemos pensar o que quisermos sobre a greve geral.
Ou sobre a manifestação da CGTP.
Uma foi legitima embora não tenha resolvido nada.
A outra decorreu dentro do civismo e da ordem que são exigíveis num estado democrático.
Quem quis manifestar-se civilizadamente contra o governo, a troica, a austeridade ou qualquer outra coisa teve ontem duas oportunidades: fazendo greve e participando na manifestação.
Quem assim agiu de nada tem que se queixar quanto á sua segurança ou integridade física.
A partir daí acaba o que é normal em democracia e começa aquilo que tem de ser severamente reprimido em defesa do estado de direito em que vivemos e queremos continuar a viver.
A desordem, a violência, a marginalidade, a delinquência pura e dura.
O Parlamento é a "casa da democracia".
E como tal tem de ser defendido de vândalos e marginais.
Que encapuçados (o que demonstra logo as "boas" intenções que os animam...)atiram petardos, pedras e tudo mais que tem à mão contra as forças policiais que se limitam a impedir a entrada no edifício do Parlamento e a consequente vandalização que esses energúmenos tanto gostariam de levar a cabo.
A actuação ontem (e em oportunidades anteriores é bom dizê-lo) da PSP foi excelente e merece sinceros parabéns.
Aguentaram a pé firme, e com notável espírito e sentido do dever, horas de provocações e agressões por parte desses marginais.
Quando chegaram ao limite do suportável actuaram.
Com firmeza e coragem fizeram o que tinha de ser feito e deram um valioso contributo para que essa canalha perceba que o estado democrático sabe , pode e vai defender-se de quem não o respeita.
Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele ,diz o povo na sua infinita sabedoria, e portanto quem andava no meio dos marginais não pode lamentar-se de ter sido atingido pela carga policial.
Até porque a PSP avisou, com tempo, as pessoas para dispersarem antes de passarem á acção.
Repito: A PSP prestou um relevante serviço à democracia e está de sinceros parabéns.
Depois Falamos

P.S: Foi pena não terem sobrado umas bastonadas para alguns jornalistas que bem fizeram por merecê-las face ao teor dos seus comentários.
Mas pode ser que numa próxima oportunidade...

12 comentários:

Luis Melo disse...

Caro Luís,

Nao só estou totalmente de acordo como subscrevo na íntegra (nota final incluída) o que escreveu.

Sobre o mesmo assunto escrevi Só se perderam as que cairam no chão

freitas pereira disse...

Como escrevi no Facebook, da mesma maneira que num estádio de futebol a violência não pode mudar o resultado e marca duma nódoa indelével o espírito do desporto, também a violência, quando a democracia permite de se exprimir livremente, não faz progredir a causa mais justa. Pode mesmo retirar-lhe legitimidade.
São sempre os inimigos de um e de outro que retiram benefício dessa violência.

Freitas Pereira

Anónimo disse...

Bastonadas para os jornalistas? Isso não é um incentivo à violência? Então o senhor defende no texto a manutenção da ordem pública e depois no fim não resiste a um incentivo a umas bastonadas?? Algo não bate certo no seu pensamento!

Anónimo disse...

o povo tem todo o direito de protestar e manisfestar e etc, agora perderam toda a razao quando destruiram as calçadas e começaram atirar pedas e etc, uma vergonha, so foi pena quem começou com isto nao levar mais

José Duarte disse...

"Atirei pedras, são as armas que temos" - justificou o cidadão Paz, 65 anos, à porta do tribunal.

Pois é. Vocês estão numa de elogiar a carga policial, a eito! Mas esquecem-se que o cidadão Paz - citado pelo jornal CM - é um dos sobreviventes dos "festivais" antes 25 de Abril, que um saudoso Vilhena chegou a retratar num dos seus adorados postais (à mistura com a fome)como a DANÇA DOS PAULITEIROS.

Neste pobre país nimguém está de acordo com a Violência, mas que ela existe... existe.

luis cirilo disse...

Caro Luis:
Eu li o seu artigo e estou de acordo.
Caro Freitas Pereira:
É de tal forma evidente que me admiro como há pessoas que não percebem isso.
Caro Anónimo:
Não sei se já ouviu falar em sentido figurado...
Caro ANónimo:
Exactaente. Protestar é uma coisa e vandalizar outra bem diferente.
Caro José Duarte:
A questão não é de violência. É d eordem publica e da legitimidade do estado de direito se defender perante marginais e vândalos. Naturalmente que s elamenta quando inocentes são apanhados pela violência.Mas só lá estava, e permaneceu depois dos avisos policiais, quem quis.

Rogério disse...

Caro Luís Cirilo,
Desde já, deixo claro que a violência gratuita e inconsequente é sempre condenável.
Depois, meu caro, nós não somos inocentes e vocês (membros e adeptos do poder dominante) por muito que se esforcem, e esforçam, não fazem de nós todos parvos.
Vamos lá ver:
A função da policia é manter a ordem pública. Estaremos de acordo.
Sendo assim qual é a explicação para que tenha sido possível levantar uma calçada quase completamente, arrancar sinais de trânsito e tudo o mais que aconteceu ao longo de cerca de uma hora, nas barbas da polícia sem que esta mexesse um "pintelho" como - diria o seu comparsa partidário Miguel Catroga?
É visivel nas imagens que o arremesso de pedras e outros objectos era feito por um pequeno grupo que estava mesmo em frente da polícia (a alguns metros apenas). Porque é que a polícia não isolou este grupo e actuou de imediato? E a policia tem meios e capacidade para o fazer. o Luís Cirilo sabe que sim. Ainda para mais quando entre os manifestantes estavam bastantes polícias à paisana.
Como se explica que a policia tenha assumido perante o apedrejamento um papel de "bons cristãos" disponiveis para o sacrificio?
Ó Luis Cirilo, a carga repressiva sobre os manifestantes estava programada!
Mas numa encenação estratégica, a direcção da polícia - provavelmente sob ordens superiores ministeriais - fez o papel de vítima. Com as televisões toda em directo, fizeram aquele papelão de vitimas legitimando assim a carga brutal, indiscriminada e condenável sobre tudo o que mexia naquele espaço.
Esta é que é a verdade e só não a vê quem não quer ver ou não interessa ver.
Mas cabe na cabeça de alguém que a polícia possa estar durante cerca de uma hora a ser apedrejada, ver todo o cenário que estava em curso e não fazer nada? Então que raio de policia é que nós temos para nos protejer? é aquele corpo passivo? Ora, ora Luis Cirilo.
É óbvio que o pequeno grupo de atiradores de pedras e petardos fez o favor de embarcar na encenação da polícia e permitir que a repressão policial já programada fosse entendida publicamente.
Repressão essa que se estendeu depois às prisões arbitrárias, à negação de direitos aos detidos como tem sido relatado pela imprensa e já denunciado pelo bastonário da ordem dos advogados e pela amnistia internacional. É nesta democracia que se revê Luis Cirilo? Repressão policial, prisões arbitrárias, negação de direitos aos detidos, impedimento de contacto com os advogados? Que caso não se lembre, são inocentes até prova de culpa.
Ora, ora Luís Cirilo...

Anónimo disse...

Já fui reler outra vez o p.s. Não, aquilo não está em sentido figurado. O senhor não domina a língua, é o que é!

Sarita disse...

Tenho que deixar aqui uma nota do jornalista do Expresso Henrique Monteiro:

"E, já agora, uma nota final para os ignorantes que comparam estas cargas às que existiam antes do 25 de Abril. Estive em várias e era assim. Um estudante (lembro-me de José Luís Saldanha Sanches, por exemplo) saltava para a escadaria da Faculdade de Direito e discursava contra a guerra colonial. De repente, de trás da reitoria, saía a polícia de choque do célebre capitão Maltez. Às vezes traziam cavalos, mas a maioria das vezes cães. Batiam em quem podiam, sem que nada fosse arremessado contra eles. Sem avisos, sem jornalistas que pudessem presenciar. Acham que há comparação? Não brinquem com coisas sérias!"

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-sor-desculpe-por-acaso-estava-a-apedrejar=f767093#ixzz2CRrHJC3a

luis cirilo disse...

Caro Rogério:
Revejo-me por inteiro na actuação da PSP e na forma como tem lidado com esses criminosos disfarçados de manifestantes. Quanto ao resto são "filmes" que vem seguramente de uma imaginação prodigiosa caro Rogério.
Não vale a pena esconder o sol com uma peneira nem mistificar a realidade. A PSP defendeu o estado de direito. Alguns criminosos falharam mais uma vez na tentativa de o por em causa.
Caro Anónimo:
S ealgum dia precisasse de explicações de português era capaz de pedir a sua ajuda. Mas não preciso.
Cara Sara:
Há gente com complexos de esquerda e alguma saudade pelas policias politicas (não as do Estado Novo certamente mas aquelas que foram acabando a partir da queda do Muro)que não consegue discernir que neste casos a razão está toda do lado da PSP.

Rogério disse...

"Brigadas infiltradas entre manifestantes esperaram, em vão, que o Corpo de Intervenção cercasse agressores e lhes permitisse detenções cirúrgicas, escreve o 'Correio da Manhã'.

De acordo com este jornal, o treino policial para intervenção em conflitos urbanos pressupunha que o Corpo da Intervenção da PSP, ao ser apedrejado à frente do Parlamento, tivesse em poucos minutos formado um cerco à dezena de agressores. Tal teria permitido que os agentes da PSP à civil, no meio dos manifestantes, efetuassem detenções cirúrgicas.

Segundo o 'Correio da Manhã', o facto desta manobra tática não ter avançado, por decisão do Comando de Lisboa, causou desconforto junto de responsáveis policiais."

Caro Luis Cirilo:
Parece que não sou o único com uma imaginação prodigiosa...

O sr. já foi governador civil, sabe melhor que eu que a polícia tem estratégias, táticas e treinos de intervenção para estas situações.

Até sou capaz de entender a defesa cega do seu governo e do seu ministro Miguel Macedo, mas... a verdade é que, esbarrando a minha imaginação prodigiosa claramente na sua necessidade de defender o indefensável: a repressão policial, brutal e desproporcionada da polícia de intervenção, os factos e as imagens falam por si.
Mas... curiosamente não responde a nenhuma das questões que lhe coloco (habilidades de político, certamete).
Como se explica que a policia tenha assumido perante o apedrejamento um papel de "bons cristãos" disponiveis para o sacrificio?
Se a função da policia é proteger, como explica o facto de ser possivel levantar uma calçada quase completamente, arrancar sinais de trânsito e tudo o mais que aconteceu ao longo de cerca de uma hora, sem reação da tal polícia que devia manter a ordem pública?
Já que insiste em louvar a actuação da polícia, o que tem a dizer sobre as prisões arbitrárias, a negação de direitos aos detidos, o impedimento de contacto com os advogados e familiares?
E já agora, aconselho-o a ver esta reportagem fotográfica:

http://5dias.net/2012/11/19/milicias-da-comunicacao-social/

Ficará concerteza mais ilucidado da barbarie policial que está a louvar.

P.S. - E olhe que eu não defendo os idiotas que estiveram durante cerca de uma hora a arremessar pedras. Aliás, a minha opinião é clara aqui:

http://bandeira-vermelha.blogs.sapo.pt/146476.html

luis cirilo disse...

Caro Rogério:
Não há defesa cega do governo. Quem tem a paciência de ler este blogue sabe bem que tenho criticado em várias oportunidades a governação do PSD/CDS. A militância partidária nunca me tolheu a capacidade de ver as coisas como elas são.
Não houve barbárie policial nenhuma e não são os "Correios da Manha" deste mundo que me convencem do contrário.
P.S. Os que atiravam pedras são idiotas sem duvida. Mas também são criminosos!