terça-feira, março 11, 2025

Racismo

No passado domingo um cidadão luso/cabo verdiano foi alvo de insultos racistas no local onde trabalhava provindo de uma dúzia de energúmenos que se representam a eles próprios e a mais nada nem a mais ninguém.
Foi alvo de pronta solidariedade pelos companheiros de profissão, independentemente da entidade patronal, e mais tarde também pelo sindicato que defende os interesses dos profissionais do sector em que trabalha.
Faltou, porém, o resto.
O resto que já se vira, e empolado até ao absurdo, num caso com algumas semelhanças ocorrido anos antes com um cidadão do Mali no local onde então estava a desempenhar a sua profissão.
Faltou a indignação das mais altas figuras do Estado.
Faltou a indignação da generalidade da Comunicacão social.
Faltaram as aberturas de telejornais e a postura inquisitorial de um pivot televisivo que de bento só o nome.
Faltou a solidariedade de alguns "troianos" que ao serviço do que consideram politicamente correcto  se indignaram com o caso do maliano e fizeram pesado silêncio neste caso.
Faltou, lamentavelmente, a solidariedade da entidade patronal do cidadão insultado e ofendido.
Este texto é sobre racismo e não sobre qualquer outra matéria.
E o combate ao racismo é um dever civilizacional de todas as pessoas e todas as entidades que não querem viver num mundo pautado por tão despreziveis sentimentos e tão abjectas atitudes.
Deixo aqui, pois, uma palavra solidária ao cidadão ofendido.
Na certeza que a dignidade da sua reação terá ajudado muito mais a causa do combate ao racismo do que os silêncios que deviam envergonhar os que os praticam.
Depois Falamos.

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