segunda-feira, março 17, 2025

Excepção

Tenho muito respeito pelas opiniões de Sérgio Sousa Pinto que considero um homem inteligente e bem formado e uma das poucas vozes lúcidas e esclarecidas num PS submerso numa vaga de radicalismo nunca dantes vista. 
Aliás a opinião dele é partilhada por outras pessoas à esquerda e à direita do PS. 
Mas não estou de acordo. 
Achando desde logo "sui generis" que se apele ao fecho de uma empresa que trabalha normalmente, tem os seus clientes, dá algum lucro e não tem dívidas.
E cujo percurso empresarial foi exposto até ao tutano sem que se encontrasse uma ilegalidade ou um crime. 
E interrogo-me porque razão se faz de Luis Montenegro uma excepção quando a outros nada disso foi exigido. 
Mário Soares foi primeiro ministro e presidente da república e ninguém lhe exigiu que encerrasse o Colégio Moderno. 
Jorge Sampaio foi presidente da câmara de Lisboa e presidente da república e ninguém lhe exigiu que encerrasse o seu escritório de advogado. 
Francisco Pinto Balsemão foi primeiro ministro e ninguém lhe exigiu que fechasse o Expresso. 
Entre outros exemplos possíveis. 
Mas, já agora, a pergunta do milhão de dólares. 
Se a 18 de Maio Pedro Nuno Santos for primeiro ministro alguém vai exigir-lhe que encerre as empresas familiares? 
Ou assume ele próprio e desde já esse compromisso?
Depois Falamos.

Sem comentários: