

Três notas prévias.
A primeira para dizer que votarei na AD em 18 de Maio.
A segunda para reiterar o que já escrevi muitas vezes e que é a defesa de que as listas dos partidos deverem ser compostas por militantes dos partidos salvo raríssimas excepções.
A terceira para considerar, também, que as listas incluindo os cabeças de lista devem ser compostas por pessoas com efectiva ligação ao distrito por onde se candidatam salvo ainda mais raras excepções.
Dito isto vamos então tecer singelas considerações sobre os cabeças de lista da AD para as próximas eleições de 18 de Maio todas elas lideradas por candidatos indicados pelo PSD.
Aveiro: Luis Montenegro é o candidato natural pelo distrito. É de lá, lá tem residência ,por lá foi deputado várias vezes.
Beja: Não conheço, embora saiba que é deputado, por isso não comento.
Braga: Hugo Soares é outro candidato natural. É Secretário Geral, é do distrito, reside no distrito. Uma candidatura perfeitamente pacífica.
Bragança: Hernâni Dias é uma opção...imprudente.
Castelo Branco: Pedro Reis por ser ministro e não por qualquer ligação ao distrito.
Coimbra: Rita Júdice é outra opção compreensível. Volta a ser cabeça de lista no seu distrito.
Europa: José Manuel Fernandes mais pelo prestigio assegurado enquanto eurodeputado do que propriamente por ser ministro. Pessoalmente penso que seria bem melhor ser cabeça de lista por Vila Real ou Bragança distritos aos quais dedicou particular atenção enquanto eurodeputado.
Évora: Francisco Figueira é presidente da distrital. Uma candidatura...típica.
Faro: Maria da Graça Carvalho. Situação idêntica à de Pedro Reis. Penso que seria bem melhor numa região tão específica como o Algarve ter um cabeça de lista algarvio.
Fora da Europa: José Cesário é uma escolha acertada face ao excelente trabalho que há muitos anos desenvolve junto das comunidades.
Guarda: Dulcineia Moura não comento porque não conheço.Sei que já é deputada e que tem um exelente curriculo profissional.
Leiria: Margarida Balseiro Lopes é outra escolha compreensível e defensável dadas as suas ligações ao distrito de onde é natural.
Lisboa: Joaquim Miranda Sarmento. Com o primeiro ministro em Aveiro é normal que o ministro das finanças encabeçe a lista da capital. Mas...confesso que tinha expectativa num nome mais popular.
Portalegre: Manuel Castro Almeida é um dos melhores ministros do actual governo mas Portalegre nunca foi a sua "praia". Ainda por cima um distrito muito difícil que só tem 2 eleitos sendo um do PS e outro do Chega. Aposta arriscada.
Porto: Paulo Rangel é uma opção normal. É do distrito e nele tem residência.
Santarém: Fernando Alexandre é provavelmente o melhor ministro da educação das últimas décadas. Vai por Santarém por ser ministro e não por qualquer ligação ao distrito.
Setúbal: Teresa Morais repete a candidatura de 2024. É vice presidente do Parlamento e um dos melhores quadros políticos do PSD. Talvez isso justifique o regresso a Setúbal.
Viana do Castelo: José Pedro Aguiar Branco é presidente do Parlamento e esse é um dos cargos que justifica excepções. Não é do distrito mas já por lá foi candidato e enquanto ministro da defesa no governo de Passos Coelho salvou os estaleiros de Viana do encerramento. Uma candidatura perfeitamente compreensível.
Vila Real: Ana Paula Martins, ministra da saúde, tem a duvidosa honra de ser a mais discutivel de todas estas escolhas. Nada a liga ao distrito e duvido que seja mais valia eleitoral. Repito que José Manuel Fernandes seria muito melhor opção se o critério fosse, como foi, ter um ministro a encabeçar a lista.
Viseu: António Leitão Amaro é outra escolha natural.
Em suma nos vinte cabeças de lista temos onze ministros, o que me parece algo demais, e uma proporção de catorze homens e seis mulheres o que me parece algo de menos quanto a estas últimas mas nada de escandaloso em ambos os casos.
Mas fazer listas destas sei bem o quão difícil é e por isso creio que no actual contexto ,e no combate político tremendo que se trava actualmente, os cabeças de lista da AD dão boas garantias de estarem globalmente à altura dos desafios.
E isso já não é nada pouco.
Depois Falamos.
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