quinta-feira, abril 23, 2020

Microclima

O futebol português é um microclima já todos o sabemos.
Felizmente para o futebol há poucos assim porque caso contrário a modalidade teria sérios problemas em subsistir e mais inda em ser o grande desporto de massas que não tem igual em todo o planeta em termos de popularidade.
Neste tempo de pandemia, para o qual ninguém estava preparado, é evidente que a forma de reagir varia de país para país, em termos de Europa, e de clube para clube no que a Portugal diz respeito e face à conhecida "criatividade" dos portugueses.
Uns clubes já treinam, outros prepararam-se para recomeçar os treinos, outros estão de férias e por aí fora naquela bandalheira tão típica do "xico espertismo" nacional.
Sabemos, também, que a verdade desportiva é uma preocupação menor dos responsáveis do futebol pelo que o facto de esta bandalheira por em causa a igualdade de todas as equipas não os preocupar por aí além (menos ainda o mau exemplo que dão ao país) face à pressa que tem de recomeçar o campeonato o mais depressa possível.
E por isso a tese do jogar à porta fechada é já incontornável e volta a ganhar força a ideia de juntar todas as equipas numa mesma região , no caso o Algarve vá-se lá saber porquê, para jogarem à presão as dez jornadas em falta.
Sobre isto tenho, e reitero, uma posição clara.
Entendo que só se deve jogar quando existirem todas as garantias de segurança face às possbilidades de infecção e isso implica ausência de risco e contágio e consequente presença de público nas bancadas.
Não sendo assim, e teimando-se nos jogos à porta fechada, então que se dê o máximo de normalidade possível permitindo que cada clube utilize o seu estádio e que os intervenientes do jogo possam regressas a suas casas com este finalizado.
Jogar em exclusivo numa região só no caso de ser na Madeira, como já tive oportunidade de escrever, porque é a única em que os riscos de infecção são menores face à condicionante geográfica e nela existem estruturas desportivas suficientes para garantir o apoio a todas as equipas e a realização de todos os jogos.
A não ser na Madeira porque há-de ser no Algarve e não no Minho? Ou no distrito do Porto? Ou no distrito de Lisboa? Em qualquer dessas alternativas há mais e melhores estádios para se jogar e mais e melhores relvados para as equipas treinarem.
O Algarve porquê? A quem interessa que seja lá? E interessa porquê?
Quando o Algarve até é em Junho e Julho uma das regiões mais quentes do país e portanto menos propensa ao treino e à competição
É inquinar pela dúvida , logo à partida, algo que já não será muito "saudável" por natureza.
Depois Falamos.

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