Portugal assiste na actualidade a um dos maiores exercícios de contorcionismo político, acompanhado da indispensável desfaçatez e falta de vergonha, de que há memória em tempos de democracia.
Ainda por cima protagonizado a duas "mãos" por PCP e Bloco de Esquerda.
Como estarão recordados em 2015 esses dois partidos defensores de totalitarismos diversos ofereceram-se ao PS, a qualquer preço e sem fazerem questão em serem vistos numa fotografia conjunta, para viabilizarem uma solução de governo não tendo para isso qualquer pejo em abdicarem de coerência e princípios.
Tal como o PS aliás.
Durante quatro anos, submissos e obedientes, aprovaram todos os orçamentos de estado e todas as políticas que o governo entendeu como necessárias à execução do seu programa sem tugirem nem mugirem com exceção das "Festas do Avante" e dos "Acampamentos " do BE em que deixavam vir ao de cima a sua verdadeira natureza.
Em suma sempre que o PS precisou deles eles nunca disseram que não.
Mas este ano há eleições.
E mais do que haver eleições há sondagens e estados de alma da opinião pública que mostram que os fretes de PCP e BE ao governo poderão ter para estes partidos um alto preço eleitoral face ao progressivo descontentamento dos portugueses com o estado do país.
Pelo menos daqueles portugueses que não se deixam iludir por propaganda intensa e retórica mais ou menos elaborada num português mais ou menos perceptivel.
E então ,nesse tal acto de contorsionismo desavergonhado, PCP e BE resolveram fazer de conta que são oposição, que não tem nada a ver com estes quatro anos, que não tem qualquer responsabilidade no estado do país.
Mas tem.
E pesadas responsabilidades diga-se de passagem.
Tem responsabilidade no estado do SNS, no descontentamento de professores e enfermeiros, nos milhares de milhões que se continuam a meter na banca, na maior divida pública de sempre, nos escândalos de Tancos e Pedrogão e em tantas outras coisas em que foram fieis apoiantes do PS e do governo.
PCP e Bloco de Esquerda são tão culpados como o PS.
E por isso não adianta esta patética tentativa de tentarem fazer crer que são oposição, de tentarem colar agora o PS a medidas do anterior governo, de "ousarem" até criticar um primeiro ministro que serviram fielmente e sem que se lhes conhecesse qualquer critica ou divergência de fundo durante quatro anos.
São culpados e por mais que se contorsam não há volta a dar quanto a isso.
Esperemos que a 26 de Maio e depois a 6 de Outubro sejam todos (PS, PCP e BE) punidos pelos eleitores.
Não merecem outra coisa.
Depois Falamos
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