O livro não é assustador.
A realidade que ele descreve pormenorizadamente, essa sim , é.
E muito!
Porque mostra o mais importante cargo executivo do mundo inteiro entregue a um individuo sem qualquer preparação para o desempenhar, egocêntrico, inculto, instável e que não transmite qualquer garantia de competência mínima para o seu desempenho.
Mostra um "Casa Branca" entregue a lutas de facções entre protagonistas que vão de familiares de Trump a pessoas por ele nomeadas e que se vão demitindo a uma velocidade alucinante ora ao sabor dos caprichos de Trump (mais a filha e o genro) ora à medida que se vão fartando do ambiente de perfeita loucura que perpassa pela Sala Oval.
Vem a propósito referir que enquanto lia o livro se demitiu mais um elemento do staff próximo, Hope Hicks, no caso a directora de comunicação da presidência e uma das mais fieis e leais defensoras de Trump.
Sobre a presidência de Trump ,e o livro é claro nisso, pesam como chumbo as suspeitas de ligações à Rússia e a interferência dos russos nas eleições americanas actualmente sob investigação de um procurador especial e que nem o tresloucado acto de Trump ao demitir o director do FBI conseguiu impedir.
Steve Bannon, figura dominante e ideológo do "Trumpismo", também ele já demitido de funções disse a certa altura que há 33% de hipóteses de as investigações em curso levarem à impugnação do presidente, 33% de ele se demitir por pressão do próprio gabinete face ao disposto na vigésima quinta Emenda e 33% de hipóteses de levar o mandato até ao fim a "coxear".
Não acredita é que haja recandidatura e menos ainda segundo mandato.
Face à realidade que o livro demonstra seria bom que o mandato em curso durasse o menos possível e a investigação do procurador especial levasse à destituição de Trump.
A bem dos Estados Unidos e do mundo em geral.
Em suma um livro imperdível.
Depois Falamos
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