O jogo de Portimão, face aos resultados conhecidos de alguns rivais directos na luta pelo quinto lugar, afigurava-se como decisivo quanto às pretensões do Vitória se manter no rumo europeu e com isso tentar salvar uma época em que todos os objectivos foram sendo falhados.
A equipa ao entrar em campo sabia disso como também sabia que só o triunfo permitiria continuar nessa disputa porque o ponto de um eventual empate pouco ou nada servia.
Sabendo tudo isso o Vitória entrou mal no jogo e permitiu que desde o inicio o Portimonense fosse a equipa mais empreendedora e que desde logo procurou chegar ao golo enquanto a equipa vitoriana ficou um pouco a ver no que paravam as modas.
Pararam no golo algarvio, num lance feliz para o quem o marcou e de infelicidade para a defesa vitoriana, mas ainda assim o Vitória soube responder e passados cinco minutos chegou à igualdade numa grande penalidade bem convertida por Raphinha.
Voltando à estaca zero, em termos de resultado, pensava-se que o Vitória conseguiria rectificar a má entrada em jogo e partir em busca do tal triunfo que lhe permitiria manter algumas aspirações europeias.
Só que meia dúzia de minutos após o empate uma precipitação incrível de Douglas levou-o a uma entrada violenta sobre Fabricio e a ser consequentemente bem expulso pelo árbitro com um cartão vermelho que simbolicamente também se aplicou às aspirações do Vitória no jogo e no próprio campeonato.
A equipa em desvantagem numérica ainda foi aguentando a igualdade, embora prescindindo quase por completo de atacar, mas percebia-se que mais minuto menos minuto o Portimonense voltaria a marcar tais os problemas que ia causando à defensiva visitante.
Aconteceu à passagem da hora de jogo e face à debilidade vitoriana ficou claro que mais golo menos golo o vencedor estava encontrado.
E estava.
O Vitória ainda esboçou uma ténue reacção nos dez minutos finais, muito por força de boas iniciativas de Konan, mas nunca pondo em sério risco a baliza algarvia o que permitiu aos anfitriºoes gerirem o jogo a seu bel prazer.
A oito jornadas do fim o panorama é sombrio.
A dez pontos do Rio Ave, a seis de Boavista, Marítimo e Chaves (e neste caso a distância ainda pode aumentar dependendo do resultado dos flavienses face ao Sporting), empatado com o Portimonense e com Tondela e Belenenses a apenas um ponto o Vitória está mais perto de se afundar na classificação do que de disputar um lugar compatível com os seus pergaminhos que já não me parece passível de ser atingido.
E por isso podemos,infelizmente, deixar de fazer contas aos pontos necessários a obter um lugar europeu esperando não ter de fazer outro tipo de contas bem mais penoso.
Quem diria...
O árbitro Luís Godinho fez um bom trabalho tendo estado bem nas duas decisões mais importantes como o foram a expulsão de Douglas e o penálti sobre Rafael Martins.
Depois Falamos.
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