Esta época todos os jogos tem sido difíceis para o Vitória independentemente da valia e posicionamento classificativo do adversário.
Este, com o Aves, não fugiu à regra num momento em que os vitorianos vivem a desilusão de verem um lugar europeu longe de mais e em que o lento deslizar para lugares...indesejáveis precisava de ser travado quanto antes.
E Peseiro procurou responder ao desafio da forma mais pragmática possível.
Recuperou a dupla de centrais mais utilizada constituída por Pedro Henrique e Jubal (com alguma injustiça para João Afonso e sobretudo Dénis Duarte), nas laterais manteve (bem) a aposta em João Aurélio e Konan e do meio campo para a frente sem Wakaso e Célis jogou com quem tinha disponível para trinco, manteve Matheus Oliveira que tem subido de jogo para jogo e utilizou o melhor quarteto ofensivo que tem com Rafael Martins a ponta de lança, Raphinha e Heldon nos flancos e Hurtado a deambular por onde lhe apetece.
Do outro lado tinha um Aves em lugares de alguma aflição treinado por um José Mota, que não gosta do Vitória nem os vitorianos gostam dele, que anda há muitos anos nisto e sabe perfeitamente como montar uma equipa para "jogar" com a intranquilidade do Vitória e com a pressão dos adeptos vitorianos.
O Aves jogou bem em grande parte do tempo, diga-se de passagem, disputando o jogo em todo o campo e criando várias oportunidades de golo a que Miguel Silva se opôs com sucesso excepto no lance em que o Aves marcou e no qual o guardião vitoriano na podia fazer.
O Vitória,por seu turno, chegou cedo ao golo e depois podia ter voltado a marcar mas o poste, a falta de pontaria e o guardião adversário evitaram que isso sucedesse ao longo da primeira parte em que a equipa da casa podia ter ganho uma vantagem preciosa.
Não marcou, sofreu como é dos livros, mas na segunda parte teve o engenho de voltar a marcar num lance bem construido e depois soube segurar a vantagem face a uma intensa pressão final do adversário.
Exibicionalmente a equipa melhorou alguma coisa, muito por força da subida de forma de Matheus e do bom momento que atravessam Konan e João Aurélio que dão um grande apoio à manobra ofensiva, mas não é expectável que melhore muito mais porque as coisas são...o que são!
Ganharam-se três pontos importantes, alargou-se a distância para os lugares abaixo e recuperou-se algum terreno a Chaves, Boavista e Rio Ave mas dificilmente poderemos almejar a mais do que um sexto ou sétimo lugar o que para o Vitória é uma classificação abaixo das expectativas normais.
O árbitro João Pinheiro foi muito contestado pelo Aves mas creio que tendo cometido alguns erros não teve interferência no resultado.
Depois Falamos
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