quinta-feira, setembro 12, 2024

Vontade

Costuma-se dizer que o sonho comanda a vida.
E portanto é natural que um profissional, seja qual for a profissão, tenha o legítimo sonho de progredir na carreira, de alcançar outros níveis profissionais e muito naturalmente de ter benefícios salariais superiores aos que em cada momento aufre.
Quando se trata do futebol, que é um mundo onde os sonhos campeiam, é ainda mais natural que os jogadores tenham permanentemente o sonho de jogarem num campeonato melhor, num clube que lhes pague mais e onde a sua carreira posssa evoluir.
Sempre assim foi e sempre assim será.
Mas depois há os clubes.
Que também tem os seus interesses, os seus objectivos e os sonhos dos seus adeptos.
E por isso quando um jogador quer sonhar, e é legítimo e natural que o faça, tem de se lembrar sempre do clube onde está, do contrato que livremente assinou e do interesse óbvio da sua entidade patronal em contar com o seu contributo.
Como digo muitas vezes não são só os clubes que tem obrigações para com os jogadores porque estes também tem para com os clubes.
E por isso a primeira coisa a que as direções /Sad tem de ser sensíveis não é aos interesses e sonhos dos jogadores (para isso já bastam os próprios mais os empresários) mas sim aos interesses do próprio clube e SAD para cuja defesa foram eleitos.
E a partir daí as  coisas são muito simples.
Se o jogador tem o sonho de sair e apresenta um clube disposto a pagar a cláusula de rescisão nada há a fazer.
Se quer sair mas não tem quem pague a cláusula, que no caso do Vitória é o que acontece sempre, então há que negociar defendendo os interesses do clube mas também olhando à forma como o jogador o serviu e em função disso ser mais ou menos flexível na negociação.
O caso de Jota Silva, excelente profissional que deu tudo pela camisola e construiu um empatia excepcional com os adeptos, é dos tais em que a prestação do jogador merecia ser ponderada na hora de negociar e aí percebe-se que a sad tenha sido sensível ao desejo do jogador.
Desde que os interesses do Vitória, ou seja vender por um preço compatível com o valor do jogador ainda que abaixo da cláusula de rescisão, tivessem sido acautelados.
Não foram. 
E isso é que é de lamentar.
Depois Falamos
 

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