Acredito que hoje o Vitória teve um dia mau.
A equipa vinha de um excelente triunfo em Braga e acreditava-se que tal funcionasse como factor de moralização para o jogo com o Porto que sendo uma boa equipa está longe em termos de poderio de equipas de anos anteriores e por isso poderia ser, eventualmente, mais acessível.
A verdade é que o Vitória entrou muito mal no jogo ao ponto de se poder dizer sem grande receio de desmentidos que fez a pior primeira parte desta época.
Uma equipa sem garra, com pouca ambição ofensiva, com dificuldades em ter bola e parecendo mais predisposta a suster as ofensivas adversárias do que em assumir o comando do jogo e atacar a baliza do oponente.
A verdade é que a postura do Porto não foi muito diferente e pese embora alguma ousadia ofensiva superior ao Vitória dificilmente o golo podia ter surgido numa das balizas tal a falta de oportunidades para isso.
Ao intervalo o 0-0 era um resultado mais que justo face ao que passara no relvado.
E aí podia pensar-se que Rui Borges tinha dua spossibilidades.
Ou mexia logo na equipa, face ao rendimento mais que discreto de jogadores como Kaio Cèsar e Nuno Santos, procurando retomar o jogo com outra atitude ou então optava por esperar e ver no que paravam as modas.
Optou pela segunda hipótese e não teve que esperar rmuito porque aos 47 m o Porto abriu o activo e o que ao intervalo já parecia necessário tornou-se então urgente porque se percebia claramente que por quele caminho o Vitória não ia lá pese embora uma reação interessante da equipa ao golo sofrido mas sem consequências efectivas.
Estranhamente Rui Borges não fez nada e foi já sem grande surpresa que se viu o Porto faze ro segundo golo aproveitando bem o imenso espaço disponível nas costas da defesa vitoriana.
Se com 0-1 as coisas estavam mal paradas então com 0-2 mais mal paradas ficaram porque se via um Porto confortável no jogo e um Vitória incapaz de encontrar caminhos para a baliza portista.
Mais estranhamente ainda o treinador vitoriano demorou onze longos minutos após o segundo golo a mexer na equipa e a forma como o fez também deixa interrogações a que só ele saberá responder porque se as saídas de Nuno Santos e João Mendes foram acertadas e apenas pecaram por tardias já com a equipa a perder por dois golos trocar ponta de lança por ponta de lança significou reiterar a aposta num dispositivo táctico que não estava a resultar.
Quando o centro da defesa do Porto, ainda por cima, parece o sector mais frágil da equipa e aumentar a pressão na área com dois pontas de lança poderia (nunca o saberemos é claro) ter tido melhores resultados.
Depois ainda houve lugar ás entradas de Manu Silva e Telmo Arcanjo (este tal como Gustavo Silva deixou a sensação de que talvez pudesse ter entrado mais cedo) mas o jogo estava mais que decidido e o triunfo do Porto aceita-se como um resultado justo embora algo exagerado.
O árbitro Fábio Veríssimo não teve influência no resultado (também não foi preciso...) mas fez uma arbitragem ao seu nível, ou seja fraquíssima, com critérios diferentes consoante a cor das camisolas ao ponto de parecer que o Porto tinha onze "capitães" de equipa porque toda a gente falava com o árbitro (ao contrário do que está disposto e que apenas permite ao "capitão" de equipa fazê-lo) enquanto jogador do Vitória que com ele falasse era amarelado como aconteceu, inclusivé, com o próprio "capitão" Bruno Varela.
Mas não foi pelo árbitro que o Vitória hoje perdeu.
Foi mesmo por erros próprios e por mérito do adversário.
Depois Falamos
Nota: A forma como os adeptos do Vitória deram um voto de confiança à equipa nos momentos finais e depois do jogo terminado durante alguns minutos ovacionando-a e entoando cânticos de apoio tem apenas uma retribuição possível, Vencer o Casa Pia no próximo domingo e provar que hoje foi apenas um dia mau.
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