sábado, outubro 23, 2021

O Último a Rir

Foi daqueles jogos em que o velho adágio de que "quem ri por último ri melhor" teve pleno cabimento face à forma como decorreu a partida.
O Vitória fez uma boa primeira parte, na qual Bruno Varela foi um quase espectador, mas ao bom futebol praticado não corresponderam os golos muito por força de uma equipa que dominou o jogo mas criou muito poucas oportunidades de marcar que se resumiram a remates de Estupinan , Mumin e Quaresma bem defendidos por Paulo Vitor. 
Ao intervalo o resultado era injusto mas o Vitória tinha deixado boas indicações e dominados todos os capítulos do jogo.
A segunda parte, na esmagadora maioria do tempo, foi mais do mesmo.
Vitória a dominar, os laterais Sacko e Helder Sá a criarem muitas jogadas pelos flancos, Edwards e Quaresma a tentarem criar lances de golo para Óscar Estupinan mas a defensiva e guarda redes maritimistas a irem chegando para as encomendas.
O Vitória tem então uma fase de grande pressão com uma "bomba" de Alfa Semedo ao poste, um excelente lance de Hélder Sá a que Estupinan chegou ligeiramente atrasado e outra "bomba", desta vez de Bruno Duarte , dificilmente defendida para canto pelo guarda redes.
Na sequência do canto e lá nas alturas Estupinan foi "rei" e fez o mais que merecido golo vitoriano.
Numa altura em que Pepa já dera entrada a Rochinha, André Almeida e Bruno Duarte todos eles com participação bastante positiva no jogo e revelando-se apostas acertadas do treinador vitoriano.
Que depois viria a dar entrada a Handel e Janvier para recompor e refrescar o meio campo dado que a equipa, e bem face à necessidade de marcar, estava a jogar com dois pontas de lança e dosi extremos abrindo algum espaço na sua intermediária
O Marítimo reagiu à desvantagem e passou a dividir o jogo, embora sem criar lances de perigo, até que numa jogada fortuita, em que a defensiva vitoriana foi algo passiva, chegou a um empate que manifestamente não merecia e que lhe caiu do céu aos trambolhões o que motivou festejos excessivos e que foram entendidos como quase provocatórios pelos adeptos do Vitória.
Mas o último a rir é mesmo o que ri melhor.
No recomeço do jogo Marcus Edwards tirou da cartola uma das suas genialidades e foi até à linha final para cruzar para a entrada da pequena área onde da disputa de bola por Bruno Duarte e dois maritimistas resultoum um ressalto que Rochinha aproveitou para sentenciar o jogo e garantir ao Vitórua um triunfo mais que justo.
Justo mas escasso porque face ao domínio e ao bom jogo do Vitória um triunfo por dois ou três golos adequar-se-ia bem melhor ao que se viu no D. Afonso Henriques.
O árbitro André Narciso fez um trabalho sem margem para reparos técnicos mas disciplinarmente ficou a dever ao Marítimo dois ou três cartões amarelos por faltas a cortarem saídas do Vitória para o ataque.
Mas nunca pior.
Depois Falamos.

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