domingo, dezembro 29, 2019

Vitória 2020

O meu artigo desta semana no zerozero.

Com a época desportiva praticamente a meio, e com a reabertura do mercado de transferências daqui a dois dias, importa fazer um balanço do que tem sido a temporada do Vitória até hoje e as perspectivas para a segunda metade da temporada com tudo de decisivo que ela encerra.
No início da época o clube encontrava-se perante a disputa das quatro competições em que sempre deve estar presente (embora nem sempre isso aconteça) e que são o campeonato, a taça de Portugal, a taça da liga e a competição europeia para que se tiver apurado e que normalmente é a liga Europa.
Nesse contexto, e chegados a Dezembro, pode dizer-se que a prestação da equipa tem sido desigual e com oscilações bastante grandes entre competições.
Muito bem na taça da Liga onde venceu o seu grupo de forma categórica, com mais do dobro dos pontos do segundo classificado que foi o Benfica actual campeão nacional em título, e assegurou a presença na “final four” de Braga a disputar-se já no próximo mês de Janeiro e onde começará por defrontar o Porto.
Bem no campeonato em que segue na quinta posição a três pontos do quarto classificado, que é um Famalicão que surpreendeu mas está a perder gaz,  e por isso a conquista de um lugar europeu (e do tal quarto lugar que deve ser nas actuais circunstâncias o seu objectivo mínimo)está perfeitamente ao seu alcance especialmente se este Janeiro não for parecido com “Janeiros” anteriores.
Menos bem na Liga Europa onde as exibições foram melhores que os resultados e acabou eliminado mas deixando a clara sensação de que podia ter seguido em frente face à forma como se bateu com adversários de outro escalão financeiro como Arsenal e Eintracht.
Nada bem, pessimamente diria, na Taça de Portugal onde foi escandalosamente eliminado por um adversário do terceiro escalão fruto de uma exibição miserável que permitiu ao Sintra Football seguir em frente por ter sabido aproveitar os erros do Vitória.
Em suma das quatro competições restam duas e nelas o Vitória pode aspirar a ganhar uma e a conseguir noutra uma classificação que lhe permita estar uma vez mais na Europa como é sua obrigação.
E vem aí Janeiro o tal mês da reabertura de mercado que todas as equipas aproveitam para ajustarem o respectivo plantel através de contratações, transferências, empréstimos e dispensas ao sabor do que às suas equipas técnicas (e não só...) parece mais adequado.
Não querendo perder tempo a falar do passado direi apenas que nos últimos anos o período de reabertura do mercado , no que ao Vitória concerne, foi mais de enfraquecimento da equipa do que de reforço e causou alguns desgostos aos seus adeptos.
E como será agora?
Desde logo é uma oportunidade de a nova SAD marcar alguma diferença e fazer deste período uma época de reforço da equipa e de sustentação das respectivas ambições através de reajustamentos cirúrgicos no plantel.
Começando pelas saídas que terão de ser algumas face a um plantel que já era excessivamente grande no início da temporada, mesmo com quatro competições para disputar, e agora com a equipa presente em apenas duas provas (e uma termina em Janeiro) tem forçosamente de ser encurtado.
Quem sairá?
Face ao que se tem visto penso que dos quatro guarda redes um sairá e tudo aponta para que Miguel Oliveira possa ser emprestado para jogar com uma regularidade que no Vitória, neste momento, não terá.
No sector defensivo , que neste momento tem dois jogadores para cada posição, não me parece que venha a verificar-se alguma saída e espero que algumas tentações que andam no ar... pelo ar fiquem. Muito mau será se assim não for.
No meio campo tem o Vitória dez elementos mas as prolongadas lesões de André André, Wakaso e Joseph fizeram com que outros seis tivessem muitas oportunidades de jogar.
O restante elemento, Ibrahim Touré, sem um minuto que seja de utilização tem obviamente a porta de saída escancarada.
Mas com a recuperação dos lesionados (e quanto tempo demorou André André a recuperar...) continua a haver gente a mais no setor sendo provável que um ou dois jogadores possam sair por empréstimo perfilando-se André Almeida como uma dessas possibilidades já que nos seus 19 anos precisa de jogar com regularidade.
Na dianteira tudo aponta para a saída de Guedes (não sou nada dessa opinião mas é apenas a minha opinião) podendo ainda sair um dos extremos sendo as probabilidades maiores os nomes de Ola John ou Rochinha.
Com estas quatro ou cinco saídas o plantel ficará, ainda assim, com vinte e seis ou vinte e sete jogadores um número ainda ligeiramente elevado e que não abre portas à entrada de mais ninguém.
Que para acontecer terá de ser a contrapartida a transferências, e não empréstimos ou dispensas (que é do que vimos falando), sendo os alvos mais evidentes de cobiça nomes como Tapsoba, Davidson e Edwards que são aqueles que mais se tem destacado nesta primeira metade da temporada.
Sendo certo que a saída de qualquer deles será um rude golpe para as ambições da equipa. Quanto a possíveis reforços há três jogadores, entre muitos outros, cujas exibições me fazem crer que poderiam constituir excelentes reforços para esta equipa do Vitória.
Kraev do Gil Vicente, Mansilla do Vitória FC e Nuno Santos do Rio Ave.
A partir da próxima quarta feira começam as movimentações.
Espero poder concluir, a 31 de Janeiro, que o Vitória estará mais forte.
Porque se essas movimentações dificilmente terão influência na “final four” da taça da liga podem ser decisivas para a conquista do quarto lugar.
Aguardemos!

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