Devo dizer, ante de mais, que não tenho qualquer simpatia por qualquer um dos retratados na imagem e nutro até bastante antipatia por alguns deles.
Mas também não posso deixar de dizer que este cartaz do Chega é de uma infelicidade tremenda e propicia ambiguidades sobre o real significado da legenda que não são aceitáveis e extravasam o jogo político democrático e civilizado.
E tenho pena que o Chega se esteja a radicalizar cada vez mais.
Porque foi um partido que soube implantar-se, agarrou alguns temas que são abrangentes (mesmo para os que com eles concordam mas não tem coragem de o dizer) , cresceu espectacularmente em muito pouco tempo mas dá toda a sensação, desde as últimas legislativas, de estar a deslizar de uma direita radical inteligente para uma extrema direita trauliteira que atira a tudo que mexe sem ponderar consequências.
Assim foi desde a eleição do presidente do Parlamento à moção de censura na Madeira, entre outros assuntos menores, que para mais não serviram que não fosse para fazerem dois enormes fretes ao PS o tal partido que juraram combater.
Por isso acho que é legítimo esperar de um partido com 50 deputados ,e que representa o voto de mais de um milhão de portugueses , mais ponderação, mais sensatez e mais sentido de Estado e não uma agitação, um frenesim e uma incoerência que não serve o país nem serve para nada que não seja para criar permanentemente focos de instabilidade e discórdia.
É um erro que o Chega pagará mais cedo ou mais tarde e do qual não poderá atribuir responsabilidades a mais ninguém que não a ele próprio.
Porque foi o proprio partido que escolheu este caminho.
Depois Falamos.
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